A Slava (comemoração) de Sara Kali acontece nos dia 24 e 25 de maio. A Cigana Escrava que Venceu os Mares com sua Fé e Virou Santa.
Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões. Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias. Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio.
Segundo o livro oráculo (único escrito por uma verdadeira cigana) “Lilá Romai: Cartas Ciganas”, escrito por Mirian Stanescon – Rorarni, princesa do clã Kalderash, deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: “Dalto chucar diklô” (Te darei um bonito lenço). Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no Sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um Diklô, o mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.
Para as mulheres ciganas, o milagre mais importante da vida é o da fertilidade porque não concebem suas vidas sem filhos. Quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo. A pior praga para uma cigana é desejar que ela não tenha filhos e a maior ofensa é chamá-la de DY CHUCÔ (ventre seco). Talvez seja este o motivo das mulheres ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para fertilidade.
Considerada pela Igreja Católica como Santa de culto local , pois nunca passou pelos processo de canonização, Sara esta ligada à história das tradições cristãs da Idade Média e o assim chamado culto às virgens negras. Não se conhece a razão exata que levou os ciganos a eleger Santa Sara como sua padroeira, mas foi ela quem converteu os ciganos para o Cristianismo.
Ela é a mais venerada Santa para os ciganos e todo acampamento cigano conduz uma estátua da virgem negra depositada num altar de uma das tendas cercadas por velas, incenso, flores, frutas e alimentos. Contam as lendas que os restos mortais de Sara foi encontrados por um rei em 1448 e depositados na cripta da pequena Igreja de Saint-Michel em Saint Maries de La Mer.
Assim, todos os anos na madrugada de 24 de maio milhares de ciganos de quase todas as regiões da Europa, África, Oriente e dos quatro cantos do mundo, reunem-se na pequena igreja de Saint-Michel em louvor e homenagem a sua padroeira.
Outras versões são contadas, mas essa é a mais popular entre todas.
Internet-Povo Cigano
Boa história acerca dos ciganos só discordo quando fala que o único livro sobre ciganos escrito por uma verdadeira cigana é o da Mirian ( do clã Kalderash).
Os ciganos se dividem em famílias (clãs) e cada clã possui o seu Barô (líder do grupo, normalmente é o mais velho do grupo).
Não conheço nenhum outro livro cigano escrito por cigana Kalderash sem ser o da Mirian, porém, existem vários livros da cigana Sybyla Rhudhana, que é cigana de sangue, de família tradicional não pertencente ao clã Kalderash.
Posto abaixo duas pequenas histórias acerca da origem dos ciganos.
Os ciganos fazem parte de uma etnia de cultura própria, rica, já que por variadas razões encontram-se dispersos por todo o mundo, tendo passado, em suas andanças, por diferentes países, legando e enriquecendo a sua cultura. Uma pequena parcela, hoje em dia, ainda é nômade, mas a maioria, como no caso dos ciganos do Rio de Janeiro, é seminômade e sedentária. Segundo Arthur R. Ivatts, sociólogo, educador britânico e assessor da Comissão Consultiva para a Educação dos Ciganos e Outros Nômades, a concentração maior desse povo fica na Europa, ou seja, da população mundial cigana, mais ou menos a metade é residente na Europa, sendo que dois terços na Europa Oriental, e, parte reside ainda, no norte e no sul da África, no Egito, na Argélia e no Sudão. Nas Américas, o contingente está distribuído dos Estados Unidos à Argentina, tendo uma maior concentração no território brasileiro. Devido ao modo de vida cigano, é difícil calcular o número exato deles, mas, segundo Ivatts, em 1975, sem contar com a Índia e o sudeste asiático, os ciganos eram, em média, cerca de sete a oito milhões em todo o mundo. Antes de desenvolver o tema, é preciso deixar claro que o termo cigano é genérico, assim como índio, ou seja, dentro dessa etnia existem subdivisões e, nelas, existem famílias que fazem das tradições uma cultura própria de acordo com o subgrupo ao qual pertencem. No Brasil, mais particularmente no Rio de Janeiro, existem dois grandes grupos de ciganos: o Rom e o Calom. O grupo Rom é mais disperso, pois, devido a sua origem extra-Ibérica, é encontrado no mundo todo, da União Soviética à Argentina. São os considerados ciganos autênticos e tradicionais. No Rio de Janeiro, foram contactadas famílias de três grupos rons: o Kalderash, o Khorakhanè e o Ragare. Os nomes dos subgrupos são apresentados por força de uma profissão própria e predominante na família através dos tempos, como os kalderashès (ferreiros, caldeireiros, produtores de panelas, parafusos, utensílios, chaves, pregos, ferramentas, selas, cintos e outros objetos de couro). Alguns são exibidores de feras amestradas, os circenses (lovares) e (manushes). Outros ainda, que eram antigos negociantes de cavalos, atualmente, negociam com carros, sendo também exímios comerciantes, mecânicos e lanterneiros, como os ciganos do grupo Calom. Há também os que vendem ouro, jóias, roupas, tapetes, que são os mercadores ambulantes ou feirantes.
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Os ciganos do grupo Calom situam-se, na Espanha — particularmente em Andaluzia, onde existe a maior concentração de calons — em Portugal, na África do Norte e no sul da França, são os chamados ciganos Ibéricos. Há muitos anos, alguns desse grupo foram deportados ou emigraram para as Américas, existindo, assim, uma grande parte desses ciganos no Brasil.
Diferenciam-se dos rons ( Romá) pelo aspecto físico, dialeto e costumes. Sua maioria encontra-se nômade, principalmente no Norte e Nordeste, mas uma grande parte já está totalmente sedentarizada, principalmente no Rio de Janeiro. Muitos exercem profissões ligadas à justiça: juízes, promotores, advogados, oficiais de justiça e policiais.
Salve Sara Khali!!!!
Opcha!!!
Bartai Sastimos!!!! (Boa sorte e boa saúde!!!)
Ègbé,
A cultura do povo cigano, vai muito além do nosso imaginário, confunde-se com a própria fé enraizada na quiromância, no sopro no ouvido, seus hábitos, costumes, seus pré-nomes e seus segredos, não é uma seita, não é uma religião, é sobre tudo, um Povo e nômade. Ainda, os menos afortunados, vivem e moram em acampamentos, muitos trabalham no comércio do Saára no Rio de Janeiro, e tem uma grande concentração nas cidades Barra do Piraí, Piraí, Rezende, Volta Redonda e todo Vale do Paraíba/RJ e ainda podemos ver Ciganas na Quinta da Boa Vista fazendo leituras das mãos de transeuntes.
O que observamos hoje em dia é uma completa falta de cultura e muita ignorância a cerca do Povo Cigano, muitos confunde e cultuam como espiritos de antepassados, ancestrais divinizados, promovem festas ligados aos grandes Ciganos e Ciganas do passado, sincretizam personagens, até mesmo catiços ciganos fazem parte desse embrólio complicado que concerne de um lado; a cultura do Povo Cigano, esse povo que existe sobrevive e estão entre nós, e do outro lado; a seita de culto as entidades de espíritos de ciganos e ciganas, chegando até mesmo as Pombagiras Ciganas e Exús Ciganos, comum em algumas casas de umbanda tentando manter as tradições básicas e primárias.
O Povo Cigano e sua cultura própria “versus” seita Cigana e seus desdobramentos de cunho religioso, esse sincretismo que na verdade não contempla o “Colocar as Cartas” e nem o porque de “ler as mãos de alguém”.Um paradígma perdido no tempo. Aríba!
Axé.
Boa tarde, Fernando!
Não sei se entendi errado! Os ciganos não fazem leitura de cartas? Isso não é de sua tradição? Como também a leitura de mãos? Outra coisa, o sopro no ouvido é da cultura cigana? O que significa soprar no ouvido?
Um abraço.
Mário,
Claro que lêem! O sopro é da cultura cigana, é alí que ele ganha seu verdadeiro nome.
Axé.
Baba Fernando eu sou suspeito para falar de força Cigana.
Você conheçe minha história, parabéns e obrigado pela lembrança.
Ire aikù.
Da Ilha,
Lembrar de Santa Sara com um post é o mínimo que podemos fazer, o povo Cigano é maravilhoso, carinhoso e fraterno.
Aríba!
parabens Baba Fernando pelo espaco reservado em homenagens ao ciganos em geral no dia de hj cada vez mais eu fico mais surpreso com o conhecimento e a atencao de todos do blob sou um fã de vcs boa noite Mutumba…
A LENDA
Santa Sara Kali…
(A cigana escrava que venceu os mares com sua fé e virou santa)
Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.
Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio. Segundo Míriam Stanescon – Rorarni (princesa do clã Kalderash), deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: Dalto chucar diklô (Te darei um bonito lenço).
Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um diklô, o mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.
Para as mulheres ciganas, o milagre mais importante da vida é o da fertilidade porque não concebem suas vidas sem filhos. Quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo. A pior praga para uma cigana é desejar que ela não tenha filhos e a maior ofensa é chamá-la de DY CHUCÔ (ventre seco). Talvez seja este o motivo das mulheres ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para fertilidade.
De: Muito axé
ORAÇÃO…
Santa Sara, minha protetora, cubra-me com seu manto celestial. Afaste as negatividades que porventura estejam querendo me atingir. Santa Sara, protetora dos ciganos, sempre que estivermos nas estradas do mundo, proteja-nos e ilumine nossas caminhadas. Santa Sara, pela força das águas, pela força da Mãe-Natureza, esteja sempre ao nosso lado com seus mistérios. Nós, filhos dos ventos, das estrelas, da Lua cheia e do Pai, só pedimos a sua proteção contra os inimigos. Santa Sara, ilumine nossas vidas com seu poder celestial, para que tenhamos um presente e um futuro tão brilhantes, como são os brilhos dos cristais. Santa Sara, ajude os necessitados; dê luz para os que vivem na escuridão, saúde para os que estão enfermos, arrependimento para os culpados e paz para os intranqüilos. Santa Sara, que o seu raio de paz, de saúde e de amor possa entrar em cada lar, neste momento. Santa Sara, dê esperança de dias melhores para essa humanidade tão sofrida. Santa Sara milagrosa, protetora do povo cigano, abençoe a todos nós, que somos filhos do mesmo Deus.
Oi sou Catarina, gostaria d saber endereos de terreiros em Aracaju. Obrigada.
Catarina, não temos contato em Aracaju, vc poderia pesquisar a Federação Espirita do seu Estado e falar com eles.
Ire o.
Pai muito obrigado por tamanha atenção a esse povo maravilhoso , e que o Baro Igor traga sempre na ponta de seu punhal qualquer dificuldade que possa ter em sua vida .Q ue a grandiosa MAMIORRI ( cigana da intuição)
esteja sempre ao seu lado. MUK LEVE SI (que assim seja) TAJEL SA DUVVEL (em nome de Deus)
Olá Dofono,
Salve Santa Sara!
Meu pai de lhe abençoe.
Axé.
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