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Archive for Março, 2018

Bom dia e abenção de todos!
“A um tempo atrás, postei uma matéria falando a respeito da origem dos Caboclos e Boiadeiros e hoje gostaria de falar e fazer um breve resumo sobre a origem e tradição dos nossos amados Pretos Velhos”
* Nota: Hoje falarei somente sobre os Negros Bantus, pois eles são a origem dos Pretos Velhos.
– Como disse no post dos Caboclos e Boiadeiros, os Negros Bantus após sua captura e escravatura, e quando eram “comercializados” no Brasil, eram separados e classificados por suas habilidades manuais.
– Os que sabiam mexer com o pastoreio animal iam para o nordeste da Bahia, dai surgindo os Caboclos e Boiadeiros.
– Os que eram mais domesticados, e de feições mais agradáveis eram os trabalhadores domésticos da casa grande.

– As Mulheres novas e bonitas eram as amas e cozinheiras da fazenda.

– Os caçadores e mais fortes eram geralmente alçados ao posto de Capitães do Mato ou homens de confiança dos Srs Fazendeiros, seguranças e etc.
– E os que mexiam com agricultura, iam para o sul da Bahia mexer com o plantio de cacau, café, cana de açucar e todas as outras culturas alimentares, e esses sim são a origem dos Pretos Velhos.
– Mas não foram todos os agricultores que foram divinizados Pretos Velhos, e sim o “Clã de Feiticeiros e Curandeiros”, aqueles negros e negras que sabiam ou tinham o dom da cura e do feitiço, os “Ngangas”.
– Se os Srs notarem, praticamente todas as cantigas de Pretos Velhos, falam de mandinga, feitiço e etc…
– Exemplos:
Maria Conga, é que vence demanda…
…Uma bahiana me chamou para eu ir na Bahia fazer uma macumba, ela me deu banho de ervas fumo de rolo para me “matar”…
– E isso posto podemos afirmar assim como os Caboclos, que a ancestralidade dos Pretos Velhos, são Angolanas, e foram muito bem absorvida pela Umbanda, em seus ritos de curas e atendimentos espirituais.
Logico que a história é bem mais profunda, mas pelo menos podemos ter a noção da origem de tais divindades.
– Quase todos os estudiosos e antropólogos como; Nina Rodrigues, Roger Bastid, Prandit, Manuel Quirino e Rute Lands, fazem menção em seus estudos, na importância desses “Ngangas” na vida tribal.

E isso foi trazido para o Brasil nos porões dos navios, e aqui graças a Nzambi, foram divinizados e hoje, prestam seus serviços aos terreiros e sua comunidade.
Nzambi ua kuatesa!

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