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Archive for Setembro, 2018

Cosme e Damião.

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Hoje é o dia de Cosme e Damião – 26 de setembro.

Santo Cosme e Santo Damião são considerados padroeiros dos farmacêuticos, dos médicos e das faculdades de medicina

No dia 26 de setembro, a Igreja celebra no seu calendário, a festa de São Cosme e Damião, que são dois santos da Igreja, dois homens, que não são gêmeos, nem irmãos de sangue, mas duas pessoas muito amigas que dispuseram-se a ajudar o mais necessitados.

No dia 27 de setembro a Umbanda comemora a festa das crianças com muita festa e muitos saquinhos de doce, muita gente paga promessa aos santos católicos, um sincretismo incrível, as ruas ficam cheias de crianças e até adultos correndo atrás de saquinhos de doce, uma energia contagiante.

Salve a magia da fé!

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Por G1 BA


Terreiro Tumba Junsara — Foto: Carolina di Lello/Divulgação

Terreiro Tumba Junsara —

Foto: Carolina di Lello/Divulgação

O Terreiro Tumba Junsara, localizado no Engenho Velho de Brotas, em Salvador, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nesta quarta-feira (20). Fundado em 1919, o templo está entre os mais antigos de tradição da Angola no Brasil.

O tombamento foi determinado durante reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, no Rio de Janeiro. De acordo com o Iphan, todos os participantes do evento votaram a favor da decisão. Com isso, o templo passa a ser Patrimônio Cultural Brasileiro.

Criado pelos irmãos Manoel Rodrigues e Ciriaco, o terreiro teve sua primeira sede no município de Santo Amaro, no recôncavo da Bahia. Em seguida, o templo foi transferido para Salvador, já no Engenho Velho de Brotas. Contudo, somente em 1938, o Tumba Junsara foi para o atual endereço, na Ladeira da Vila América.

O terreiro está em uma região de Salvador que concentra vários outros templos. Entre eles, alguns já tombados pelo Iphan, como Oxumaré, Gantois e Alaketo e Casa Branca.

Terreiro Tumba Junsara — Foto: Carolina di Lello/DivulgaçãoTerreiro Tumba Junsara — Foto: Carolina di Lello/Divulgação

Terreiro Tumba Junsara — Foto: Carolina di Lello/Divulgação

Assentamentos, moradias, barracão, mata e uma fonte de água, fazem parte da estrutura atual do terreiro. A Fonte Dandalunda “recebe” quem entra no templo. Bem no meio está a moradia principal e mais antiga, que antecede o quarto do segredo, Lemba Oxalá. A cozinha da residência é também a cozinha sagrada. A mata reduzida é formada por pés de nativo, jurema, bambu, obi e akokô, que têm uso medicinal em rituais, alimentar e paisagístico.

 

A Casa reproduz em seu território as estruturas litúrgicas e mundanas necessárias para a tradição, o espaço mato e o espaço construído, que juntos, formam uma área sagrada. A comunidade do Terreiro Tumba Junsara abraça as tradições e se reinventa como culto.

Conforme o Iphan, Tumba Junsara faz da mistura entre Angola e Brasil um caminho para manter suas referências culturais. Uma característica da Nação Angola, por exemplo, é a presença de um culto específico em reverência aos ancestrais indígenas.

Terreiro Tumba Junsara — Foto: Nalva Santos/DivulgaçãoTerreiro Tumba Junsara — Foto: Nalva Santos/Divulgação

Terreiro Tumba Junsara — Foto: Nalva Santos/Divulgação

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Os Igbominas

QUEM SOMOS NÓS.

Os Igbominas são um dos grandes sub-grupos da nação yoruba.

Coloquialmente Igbonna ou Ogbonna (etnia de pessoas yorubas), ocupam a porção centro-norte da região yoruba do sudoeste da Nigéria . Além do yoruba, eles falam o dialeto igbomina (ou igbonna), classificado entre a língua yoruba central como uma das três áreas dialéticas do yoruba principal.

Há igbominas espalhados por toda parte que é hoje o norte do Osun (estado) (especialmente Ila Orangun, Oke-Ila e Igbomina Ora) e do leste do Kwara (estado). As áreas periféricas da região linguística têm algumas semelhanças com os dialetos das adjacentes Ekiti, Ijesha e Oyo.

Distribuição geográfica

Igbomina é composta por três autoridades locais (LGAs) do estado de Kwara: Irepodun, Ifelodun e Isin LGAs (Área de Governo Local); bem como duas áreas de governo local do estado de Osun: Ifedayo e Ila LGAs.

As principais cidades igbominas em Osun (estado) são Oke-Ila Orangun, Ora e Ila Orangun, Oba-Ile, enquanto as principais cidades de Kwara (estado) (onde se concentra grande número de Igbominas) incluem Oba, Ajasse Ipo, Eleju da UEJ-terra, Eku-Mesesan-Oro, Oke-Onigbin, Isin Isanlu, Omu-Aran, Esie, Omupo, Igbaja, Oke-Ode, Owu-Isin, Oro-Ago, Aran-Orin, Arandun, Oke-Aba, Owode Ofaro e Ido-oro, Iludun-Oro.

Igbomina é adjacente, ao oeste e ao noroeste, a vizinhos importantes, como a região Oyo (yoruba), no sul e sudoeste do Ijesha (yoruba), no sul e sudeste do Ekiti (yoruba), a leste de Yagba (yoruba) e ao norte com Nupê (não yoruba), região sul do rio Níger. Outros vizinhos menores dos Igbominas são
Cronologia Arqueológica e História Antiga

Mais de 800 esculturas em pedra, que representam principalmente figuras humanas, foram encontradas em torno de Esiẹ em Igbomina ocidental, e nas aldeias Ijara e Ofaro. Não se sabe quem criou as esculturas, mas parece terem sido criadas por volta de 1100 dC.

As evidências arqueológicas e linguísticas sugerem que as pessoas igbominas podem ter antecedido os povos vizinhos, exceto, talvez, os Nupês e os Yagbas. Embora na terra Igbomina haja uma tradição que tenta explicar a origem de sua linguagem comum, a cultura e as instituições políticas, a partir de sua descendência através de uma única ascendência (a de Oduduwa), os igbominas nunca foram unidos sob uma única autoridade política. E, definitivamente, a terra Igbomina é anterior a Oduduwa. Como a terra igbomina era dividida em um grande número de pequenas unidades políticas, talvez tenha sido esse fator que influenciou o padrão de resistência a vários intrusos estrangeiros como os Nupês e os Fulanis, de Ilorin .

Por tradições “orais” sobre a diáspora de Oduduwa, no momento das correntes migratórias causadas por uma invasão berbere no Egito, era postulado que se reuniam, nas terras igbominas, dinastias existentes no local, mas deslocadas e subjugadas a ele. Segundo o mito, a antiga terra Igbomina foi dividida por disputas de sucessões (ou de realojamento do reino para um novo sítio) centradas entre filhos e netos de Oduduwa. Daí, houve as migrações ou diásporas dos igbominas. Segundo Pierre Verger , esse fato provocou deslocamentos de populações igbominas inteiras em direção ao oeste, para terminar em Borgu (região dos Baribas).

Após ser destronada, parte da dinastia da Terra Igbomina de Obatalá, nessa ocasião, teve de ir para as colinas yorubas, terra que foi tornada fértil à agricultura. Em uma das resistências em que os “guerreiros mascarados” igbôs aterrorizavam e incendiavam sítios inimigos, há um relato de que o Rei dos Igbôs fora sucumbido pela beleza e astúcia de Moremi, a qual, mais tarde, deu as informações necessárias para a conquista do território Igbô. Há também a versão de que o rei dos Igbôs teve de se refugiar em Ideta-Oko. Acerca desses episódios, alguns segmentos religiosos tomam a narrativa do mito da criação do Mundo como embate mitológico entre os dois, em que o guerreiro legendário Oduduwa subjuga Obatalá. Este (representação feminina – culto à terra) é preterido por Olodumare na criação do mundo e aquele (representação masculina do guerreiro), escolhido.

Parece que, além dos mais recentes conflitos nos últimos dois séculos, o Império de Oyo, Ijesha e o Ekiti podem ter, em tempos mais antigos, pressionado o território igbomina, capturando seu povo nas planícies e restringindo-o na terra mais dura e de qualidade inferior das colinas yorubas. Os igbominas, por outro lado, parecem ter pressionado os Nupês e os Yagbás, levando seu território para longe deles em alguns lugares, mas também perdido território para eles em outros lugares. Transtornos maiores, os conflitos e guerras, bem como epidemia, causaram grandes e antigas dispersões (migrações) como a diáspora Obá, documentada na história oral, poesia e canções em louvor a vários clãs igbominas.

Com a dispersão das pessoas de Obá-Ilê, do antigo Reino de Obá dos Yorubas Igbominas, para outras áreas da Nigéria, surgiram várias cidades com o nome de Obá, todas fundadas por remanescentes do antigo Reino de Obá, como Obá-Ile (em Osun State), Obá-Oke (em Osun State), Obá-Ile (em Akure/ Ondo State), Obá-Akoko (em Owo/Ondo State) e Obá Igbomina (em Kwara State). É interessante ressaltar que os Igbominas são oriundos de três grupos distintos que migraram também em tempos diferentes para a formação de seu antigo Reino. Eles vieram das cidades de Ile-Ife, de Oyo e de Ketu, na atual República do Benin.

Religião dos Igbominas

As principais religiões são o Islamismo, o Cristianismo e as Religiões tradicionais africanas (Animismo).

Dentre os yorubas, os igbominas foram os primeiros a se converterem ao islamismo , por causa da posição geográfica em que estão fixados na Nigéria, ou seja, Kwara (estado) faz fronteira às áreas muçulmanas de onde se iniciaram as invasões islâmicas às terras yorubas. Por isso, a maioria dos Igbominas de Kwara são muçulmanos. Nesta região eles viviam e vivem em contato com os Nupês (Tapás). É importante citar que o muçulmano yoruba não abandonou suas tradições caseiras ligadas à religião tradicional.

ÌGBÓMÌNÀ NO BRASIL

Para o Brasil vieram muitos africanos da diáspora do antigo Reino Igbomina. Um exemplo disso são os africanos oriundos da cidade Ketu (Benim). No entanto, por conta da diáspora igbomina e da criação de novas cidades (estados), muitos povos desconhecem sua origem.

Na Bahia, muitos dos africanos islamizados que participaram da Revolta dos Malês eram igbominas, embora fossem classificados como de outras etnias, pois havia dificuldade em classificá-los. Como não eram um povo (etnia) “cordeiro”, muitos foram dizimados como os hauçás, fulanis etc. Após essa revolta, o termo alufá , no Bahia, não pode ser utilizado abertamente, pois denotava líder (negro revoltoso) “perigoso à sociedade colonizadora”.

Muitas tradições e histórias envolvem o antigo Reino de Obá, porém, diante da destruição do Reino em tão longínquo século em relação à vinda de yorubas para o Brasil, conclui-se que a tradição oral de algumas confrarias religiosas afro-brasileiras (Axés) está ligada à diáspora dos Igbominas. Em solo brasileiro, ainda há esses templos religiosos que procuram manter (e recuperar) os ensinamentos da tradição afro-brasileira igbomina (ou que se reconhecem igbominas).

Existentes desde os tempos da escravidão, eles mantêm, em sua linhagem sucessiva, os princípios da tradição oral religiosa trazida por yorubas oriundos das cidades da antiga terra Igbomina (diápora Igbomina). Exemplos: Sociedade de Culto Afro-Brasileiro Terreiro Filhos de Obá, que foi fundada em 1909, em Laranjeiras (Sergipe) , e Axé Obá Igbô , em Duque de Caxias (Rio de Janeiro) .

Clã de Igbominas

Os clãs igbominas se estendem até as áres de Ekiti (estado). Muitos ketus são descendentes desses clãs.

Olomu Aperan também chamado Omu Aran (Ile-Ife);
Oloro – Dinastia no Oro Ago (Ketu);
Elese de Igbaja (Oko – Oyo);
Olora (Ora);
Oniwo (Iwo);
Oba (Ikosun);
Alaran (Orii – Oyo)

Ver também:

Osun (estado)
Kuara (estado)
Yoruba
Nigéria
Oba-Igbomina

Referências:

↑ DK Aiyedun. “olaria IN IGBAJA, ÁREA IGBOMINA, ESTADO Kwara”. Centro de Estudos da Nigéria Cultural, Ahmadu Bello Retirado 2009/11/27.
↑ Diplomacy and Emirate Formation: The Integration of the Igbomina into the Ilorin Emirate in the 19th Century, por E.O. Ibiloye.
↑ Orixás.
↑ Provavelmente, Oke-Igbô, que foi renomeado para Oke-Onigbin.
↑ Dr. Jonathan Olumide Lucas, “a religião dos yorubas”, Lagos 1948, Livraria CMS. Segundo Olumide Lucas, Egba é sinônimo de Igbô (Igbomina).
↑ RAJI, Adesina Yusuf. “O crescimento do Islã no pré-colonial Igbomina”. In: Jornal de Negócios minoria muçulmana. Volume 19, Issue 2 , 1999, páginas 211-221.
↑ Sacerdote igbomina de Ifá. Líder. Passaram a assumir outro termo de outra etnia (babalaô).
↑ SCHUMAHER, Schuma, BRAZIL, Érico V. Mulheres Negras do Brasil. São Paulo: Senac Editoras,2007, p. 110.
↑ PENNA, Fábio Rodrigo. Um confraria dos igbominas no Brasil. Rio de Janeiro. F. R. Penna, 2011.
↑ PENNA, Antonio dos Santos. Mérìndilogun Kawrí – Os Dezesseis Búzios. Rio de Janeiro: A. Santos Penna, 2008.
Texto: Antonio dos Santos Penna

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