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O Mundo dos Orixás

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Orixá regente 2021

Janeiro 10, 2021 por Fernando D'Osogiyan

Este é um artigo que possui objetivo esclarecedor. Tentarei tornar compreensível um assunto que surge todo princípio de ano. A imprensa faz reportagens e as pessoas indagam umas as outras ou perguntam a si mesmas sobre o orixá que influenciará o novo ano que surge. Fazem isso na tentativa de adivinhas o que é preciso ser divinado. Adivinhar é fazer conjecturas sobre um tema usando a intuição, o que todo ser humano pode fazer. Divinar, todavia, é entrar em comunicação com o sagrado, através de rituais guiados por sacerdotes. É claro que todo ser vivo, por possuir uma parcela divina, é capaz de se conectar com os deuses. Mas a utilização de oráculos, os quais fornecem informações mais precisas sobre o destino da comunidade, requer uma preparação especial e um estilo de vida que propicia à intuição inerente a todos apresentar-se de maneira muito mais clara. A intuição se transforma aqui em revelação: quando os véus que encobrem os mistérios são retirados pelos deuses, a fim de que nossa jornada aconteça de uma maneira orientada e, assim, possamos cumprir a tarefa que nos foi legada com o mínimo de percalços possível, o que torna a vida bem mais leve.

Os leitores acostumados com os artigos que escrevo poderão estranhar a formalidade deste texto. É que “há tempo para tudo”: para contar anedotas, falar poesias, refletir sobre a vida… Esse tema pede seriedade! Faço isso porque creio ser a imprensa o meio ideal para esclarecer assuntos, que só não só melhor comentados por falta de oportunidade e conhecimento. Tendo agora esta oportunidade que me é dada pelo jornal A TARDE, não quero desperdiçá-la. Mesmo tendo eu a consciência de que nada se modifica de um dia para o outro, aproveitarei o momento para tentar fazer com que a população melhor compreenda as respostas do oráculo trazido pelos africanos para o Brasil, esperando que as sementes aqui jogadas possam um dia florescer e dar bons frutos.

A pergunta correta não é qual o orixá que rege o ano e, sim, qual o orixá que rege o ano para aquelas pessoas que cultuam as divindades e estão vinculadas à comunidade em que o jogo de búzios foi utilizado. Se isso não for bem esclarecido e, consequentemente, bem compreendido, parece que todos os sacerdotes erram em suas respostas, uma vez que uma iyalorixá diz que o orixá do ano é Iyemanjá, enquanto outra diz que é Oxum, ou um babalorixá diz que é Oxossi. Mesmo correndo o risco de o texto ficar enfadonho, insistirei em alguns pontos, a fim de elucidá-los melhor. No nosso terreiro, o Ilê Axé Opô Afonjá, o regente do ano 2012 é Xangô. A referida divindade, que se revelou no jogo feito por mim, não esta comandando o mundo inteiro, nem mesmo o Brasil ou a Bahia. Ela é o guia das pessoas que, de uma maneira ou outra (mais profunda – como é o caso dos iniciados; ou mais superficial – os devotos que freqüentam a “Casa”), estão vinculadas a mim enquanto iyalorixá, ou ao terreiro em questão.

O leitor, diante dessa explicação, poderá ficar confuso e sentir necessidade de perguntar: “E eu, que não cultuo orixá e não tenho relação com o candomblé, não serei orientado nem protegido por nenhuma divindade?” A resposta é: “Claro que sim! Por aquela que você cultua ou acredita”. Um católico, ou um protestante será guiado pelos ensinamentos de Jesus; um budista, pelas sábias orientações de Buda… Outra pergunta ainda poderá surgir: “E quanto às pessoas que não são religiosas, elas ficarão à toa?”. Não, é claro que não. Essas serão guiadas e orientadas pela natureza, que é a presença concreta do Deus abstrato. Seus instintos, protegidos por suas cabeças e corações, conduzirão suas vidas de modo que seus passos sigam sempre na direção correta.

Que Xangô – divindade da eloquência, da estratégia, do fogo que produz o movimento necessário a todo tipo de prosperidade – possa receber, de meus filhos espirituais, cultos suficientes para que fortalecido possa torná-los cada vez mais fortes para enfrentar as intempéries que todo ano traz consigo. Obrigada, Ano Velho, pelas experiências passadas para o Ano Novo.

Maria Stella de Azevedo Santos
Iyalorixá de Ilê Axé Opô Afonjá
Jornal A TARDE 04/01/2012

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Xangô & Airá

Outubro 2, 2020 por Fernando D'Osogiyan

Sango & AyráSango e Ayrá são dois Orixas muito confundidos aqui no Brasil, tanto que algumas pessoas pensavam que Ayrá é uma qualidade (caminho/versão) de Sango mas isso não é verdade.Vamos aproveitar essa minha arte para esmiuçar assim entender melhor essa situação? Vamos! Primeiro vamos entender que o nome real de Ayrá é ARA sem o Y e a forma mais comum de se referir a ele é “Ara-Gbona”., aqui no Brasil Airá. Ará se traduz como “raio”. Sango se traduz como “arrebentar/estourar”.Segundo ponto é entender que existe sim “Sango Arira” e que ele é uma divindade diferente de Ara-Gbona, provavelmente a semelhança entre Ará e Arira ajudou nessa confusão. Sobre as localidades:Sango é um Orisa que nasceu em Nupê (Empe), reinou em Koso mas sua fama se deu em Oyó e em toda região do império. Ara-Gbona é um Orisa que nasceu em Ibariba, ele foi muito famoso nas cidades de Itasa (Itile), Ilara, Iwere, Idiko, Save (Sabe) e Ketu. O culto de Ara-Gbona em Itasa/Itile é um dos que mais se mistura com o de Sango já que esta cidade foi fundada por Ilemola que era membro da família real de Oyó e fazia parte da linha de sucessão do trono. Assim como Sango é chamado Alaafin em Oyó, Ara-Gbona é chamado Ara Onitile (ou Intile) em Itasa, ambos os títulos dão referencia aos cargos de chefia das cidades.Ara-Gbona e Sango são sim parentes, os dois são descendentes de Oduduwa mas não se sabe precisar o grau de parentesco.Sango teve dezesseis esposas, mas as mais famosas são Oyá, Obá, Osun e Yemojí (Yemojí é diferente de Yemoja).Ara-Gbona foi marido de Orojafin, Amode, Obalá e Osun. Osun sendo esposa tanto de Sango quanto de Ara tem sua tradição similar com os dois sendo considerada uma esposa distante que não mora na mesma casa que o marido e não se submete a ele.Não se sabe dizer qual a ordem dos casamentos de Osun, mas tudo leva a crer que ela se casa com Ara após o fim do casamento com Sango.Sango é filho de Oranmiyan e Torosi.Os pais de Ará eu nunca soube quem são, a mãe dele é constantemente chamada de “Oloja”, mas isto não é um nome e sim um título que significa “dona do mercado”, e esse titulo é usado por dezenas de Orisa e assim fica difícil saber quem de fato sería ela.Sango tinha um ilustre irmão mais velho, Dadá Ajaka.Ara tinha um ilustre irmão mais velho, Obaji.Sango tem como amigos Orunmilá, Obaluaye e Orisa Oko.Ara tem como amigos Osoosi, Ogodo e Ogun.Sango come inhame e carneiro.Ara come inhame e carneiro. Os dois apreciam os mesmos ingredientes mas preparados de formas distintas. Sango se veste de muitas cores mas principalmente de roxo e vermelho.Ara se veste de muitas cores mas principalmente vermelho e branco.Em Itasa existe uma certa rivalidade entre Sango e Ara. Em Save (Sabe) Ara é casado com Sango (já que nesta região existe um culto onde Sango é uma divindade feminina).Porem há regiões que não conhecem qualquer relação de Sango com Ara.Os poderes de Ara e Sango são idênticos, fora eles também existe uma outra divindade do Raio chamada Oranfé que hora é relacionada a eles, ora não.Essa meu texto não é para criticar ou condenar quem cultua Ará e Sango como se fossem um só Orisa, afinal eu sou plenamente ciente da situação sofrível pela qual a cultura africana chegou no Brasil e isso justifica todas as misturas.Porem Ara na África é sim um Orisa totalmente separado de Sango.

Texto:Grupo Alákétu Ọdẹ.

Foto: Felipe Caprine

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Ègbé Òrun

Agosto 13, 2020 por Fernando D'Osogiyan

Orixá Egbé – A Comunidade Aráagbó.

Pouquíssimo conhecido no Brasil, os Egbés são divindades cultuados pelos iorubás para que o homem possa ter progresso, desobstruir o que estiver obstruído na vida, ter satisfação e bem estar.

Significa a Sociedade dos Espíritos Amigos, onde temos o Egbé Òrun (elemere), a Sociedade de amigos do mundo invisível ou Amigos Espirituais  e o Egbé Aiyé (terra) que é a Sociedade de amigos do mundo visível, Amigos do mundo visível.

 

Aráagbó é o  Habitante da Floresta ou Habitante do Além, é a comunidade espiritual que protege e acalma o devoto de sofrimentos espirituais, físicos e materiais (Salami e Ribeiro, 2011) à qual pertencem os àbíkús – nascidos para morrer. Constituído pela Egbé Aiyé e pela Egbé Òrun de modo que os dois mundos são entrelaçados e intimamente ligados, exercendo  influência mútua entre si.

 

Árvore Egbé Osogbo Nigéria

Foto: Floresta sagrada. Árvore Egbé. Osogbo, Nigéria.

 

Àbíkús – a bi o ku – o parimos e ele morreu, são crianças ou jovens que antes de chegar à fase adulta morrem antes de completar o ciclo natural da vida. Segundo Salami, “há dois tipos de àbíkú: os ábíkú-omode que morrem ainda na infância e os àbíkú-àgbà que morrem jovens ou adultos. Considera-se que os àbíkú estabelecem ójó orí com a Sociedade Abiku, ou seja, o pacto de retornarem ao orun ao atingir determinada idade.”

 

O natural são os pais e avós morreram antes dos filhos e não o inverso. Há casos mais severos onde o ori àbíkú permanece renascendo várias vezes numa mesma família para trazer constante sofrimento. É possível reconhecer o espírito àbíkú através de consulta ao Ifá.

 

Tudo nesta vida há um universo paralelo. Temos um duplo, uma cópia nossa no òrun que se não for tratado começa a trazer sofrimento para muitas pessoas, impedindo que se viva satisfatoriamente, por exemplo, pessoas com sintomas (nem sempre todos juntos) de depressão, suicídas, sonambulismo, infertilidade, abortos, não conseguem relacionamento sério ou casamento, não páram em emprego, estão sempre doentes fisicamente, tristes, insônia, abusam de drogas e têm vícios, arriscando- se em situações sem necessidade, entre outros.

 

Os pactos realizados no òrun refletem no aiyé, visto muitas vezes mulheres  atraentes que não conseguem estabelecer compromisso de relacionamento amoroso por ainda estarem ligadas aos seus “esposos” no òrun; ou pessoas saudáveis que ficam impossibilitadas de gerarem filhos. Para que uma pessoa possa viver feliz no aiyé, é preciso que esteja em harmonia com seus amigos espirituais no òrun.

 

Processos iniciáticos no Ifá e neste orixá Egbé cortam esse pacto e permitem que o àbíkú permaneça no aiyé tendo uma vida saudável, mas em constante manutenção e vigilância. É comum também o culto ao Ibejis (vide post Ancestrais Veneráveis: Ibeji), Kori e Iroko para maior estabilidade física e emocional do devoto, fortalecendo mais os laços com a terra. Para cultuar Ibeji é necessário o culto a Egbé.

Algumas situações importantes na vida de um devoto devem ser sinais de alerta para riscos de vida como aniversários, casamentos, mudanças ou conquistas; são momentos em que o Égbé òrun pode desejar fortemente o seu retorno e atuar para conseguir isso. Vésperas de aniversários o àbíkú poderá adoecer, mesmo já tendo sido tratado espiritualmente.

Não importa se o homem já é iniciado em outro orixá. Somente Egbé é capaz de salvar e afastar as tendências àbíkú.

 

babás

Foto:  Bàbáláwo Awodiran Sówùnmí, Bàbáláwo Arê e Welemu Babá Egbé

 

Um sacerdote pode diagnosticar o caso e a necessidade de cuidar desse Orixá e afastar o sofrimento.

 

“Alguns recursos para evitar a morte de um filho abiku e para retirar seu espírito da sociedade à qual pertence podem ser utilizados. Através de rituais é estabelecido um jogo de forças entre Egbé Aragbô e Egbé Abiku: forças de retenção do ser no aiye e forças de resgate deste mesmo ser no orun. Cultos e oferendas são realizados tanto para uns quanto para outros: para esta desistir de retomar seus membros e para aquela protegê-los de serem reconduzidos à companhia de seus pares no orun. Egbé Aragbô atua com Exu pela necessidade de manter o equilíbrio entre o aiye e o orun; age com o auxilio também de Oxum, pela influência dela sobre a fertilidade”. (Oduduwa – Templo Egbe)

 

Realizamos o ritual do Sàra, onde alimentamos às pessoas e familiares do devoto regularmente com comidas e bebidas para que o òrun perceba o bem-estar que está sendo proporcionado nesse momento alegre e que Egbé possa conceder benefícios materiais e espirituais.

 

Iyas Egbe Abeokuta Nigeria

Foto: Iyalorixás Egbé, Abeokutá, Nigéria

Um àbíkú “tratado” destaca-se consideravelmente na vida, tem grande liderança e consegue bens materiais razoavelmente rápido e status social. Passa a ter satisfação, pois seu espírito está sendo alimentado e isso reflete na sua vida naturalmente. Além de protetores das crianças, os Egbés agem impedindo a morte prematura, curam doenças e são facilitadores de conquistas nas diversas áreas da vida.

 

Outra forma de cultuar Egbé e que muitos devotos esquecem é através do relacionamento com o outro, e com a família. É preciso a compreensão de que ninguém é sozinho e que faz parte estar em comunidade e sociedade, sendo necessário a boa conduta nas relações interpessoais.

 

Eleguns Egbe Abeokuta Nigeria

Foto: Jagun o guerreiro e Iyalode a mãe. Eleguns Egbé Abeokutá, Nigéria (2019).

Ikú yè. Ó lo o Òyèlè!

Àrùn yé. Ó lo o Òyèlè!

A morte se desviou! Foi embora. Vitória!

A morte se desviou! Foi embora. Vitória!

 

(Salami e Ribeiro 2019)

Por: Iyalorixá Vanessa Osuntayo (Orixás & Caminhos)

 

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Ọ̀ṣọ́ọ̀sì, o nome.

Julho 25, 2020 por Fernando D'Osogiyan

Oxossi

Para àqueles que ainda possuem dúvidas (pois, muitos vieram me questionar sobre) em relação ao nome de Ọ̀ṣọ́ọ̀sì, baseando-se em meus aprendizados e pesquisas, e respeitando o conhecimento daqueles que podem ter aprendido diferente de mim, resolvi escrever este pequeno texto para melhor esclarecer aqueles que ainda possuem dúvidas.

Inicio dizendo que, feiticeiro em iorubá é Oṣó (Oxô) e não Ọ̀ṣọ́ (Óxó). Oṣó entre os iorubás é todo homem que é pactuado no culto de Ìyámi Òṣòròngà ou todo homem que pratica “magia negativa”, feitiçaria, este termo não é bem visto entre os iorubás, assim como o termo Àjẹ́ (feiticeira/bruxa). Ọ̀ṣọ́ entre os iorubás significa tanto vigilante/vigia, que também é chamado de Ẹ̀ṣọ́, quanto adorno, enfeite. Os caçadores (Ọdẹ) em terras iorubás possuem além do hábito de caçarem e trazerem o sustento paras as famílias, aldeias e cidades, o hábito de vigiar, guardar aldeias e cidades iorubás, o verbo vigiar, ficar de olho, em iorubá é “ṣọ́”, que gera o substantivo “Ẹ̀ṣọ́/Ọ̀ṣọ́” = vigilante, vigia, guarda.

Ọ̀ṣọ́tókanṣoṣo, que significa “Vigilante de somente uma (flecha)“, era o nome do caçador de Ìrẹ́mọ (em Ilé Ifẹ̀) que matou o pássaro das Ẹlẹ́yẹ que pousou no teto do palácio de Odùduwà em Ilé Ifẹ̀, Ọ̀ṣọ́ọ̀sì foi um título dado à Ọ̀ṣọ́tókanṣoṣo em consequência deste ato.

Ọ̀ṣọ́ọ̀sì vem de Ọ̀ṣọ́wùsì, significando “Vigilante/Vigia famoso/popular”, pois, foi isso que Ọ̀ṣọ́tókanṣoṣo tornou-se após ter livrado o rei e o povo do poderoso pássaro das feiticeiras. Mais tarde Ọ̀ṣọ́wùsì tornou-se Ọ̀ṣọ́ọ̀sì.

A tradução de Ọ̀ṣọ́ọ̀sì como “O feiticeiro canhoto”, rsrsrsrs, é uma tradução publicada pelo Bàbáláwo Ọbanífá, tradução que foi copiada por alguns Bàbáláwo brasileiros, respeito, mas discordo completamente e qualquer pessoa pode ver claramente que etimologia do nome é diferente, como eu bem mostrei neste artigo.

Respeitados autores e sacerdotes iorubás grafam o nome da Divindade assim: Ọ̀ṣọ́ọ̀sì e nunca: Oṣóòsì (Feiticeiro esquerdo/Feiticeiro canhoto).

Ọ̀ṣọ́ọ̀sì é Ọ̀ṣọ́ e não Oṣó, Ele é um vigia, vigilante, guarda e não um feiticeiro, e assim é cultuado até hoje, seja em Ifẹ̀, seja em outras cidades, Ele é aquele que guarda a casa de Ògún, de Ọbàtálá, é aquele que nos protege dos pássaros das feiticeiras, para que eles não pousem em nossos telhados, como fizeram no palácio de Odùduwà…

Wúya, Wúya, Wúya, Ọdẹ ooo.

Plágio é crime!
Todos Direitos Reservados ©
Hérick Lechinski
14/07/2020
***Copyright***

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A Árvore da Jurema

Junho 20, 2020 por Fernando D'Osogiyan

O nome “Jurema” vem do tupi-guarani:

Ju significa “espinho”
Remá, “cheiro ruim”.
A jurema é uma planta da família da leguminosas. Os frutos das plantas leguminosas são vagens. Existem várias espécies de jurema, como por exemplo: Jureminha, Jurema Branca, Jurema Preta, Jurema da Pedra e Jurema Mirim.

Esta planta tem muita importância no culto espiritual dos caboclos e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, tanto que dá nome a um culto chamado de “Culto à Jurema”.

Esse culto deve-se ao fato de que os nossos índios enterravam seus mortos junto a raiz da jurema. Daí passavam a cultuar esses mortos para que eles evoluíssem espiritualmente e habitassem o tronco da jurema ajudando a todos da tribo em suas necessidades.

No Nordeste, este culto recebeu outros nomes como: Toré, Curicurí Praiá e Juremado.

Mas, o culto de caboclo não ficou restrito apenas ao índio brasileiro. Os negros de origem banto incorporaram os caboclos aos seus cultos e passaram a chamar este culto de “Candomblé de Caboclo” ou “Samba de Caboclo”.

Nos Juremados, o mestre utiliza-se de um maracá, espécie de chocalho e de um cachimbo feito às vezes de pinhão-roxo para soprar fumaça para à esquerda ou para a direita.

UTILIZAÇÃO:
A jurema é utilizada para tomar banho de descarga com suas folhas. Serve como defumador para cura de dor de dente, doenças sexualmente transmissíveis, insônia, nervos, dores de cabeça. Faz ainda: figas, patuás, rosários. Utiliza-se para fazer rezas com suas folhas contra mau-olhado e olho-grande.

Serve ainda para fazer um dos maiores fundamentos do Culto à Jurema, que é uma bebida à base de infusão das folhas da jurema, com casca do tronco e da raiz misturado com mel de abelha, garapa de cana-de-açúcar e cachaça. Essa é a bebida preferida dos Encantados que baixam no Toré e no Culto à Jurema

O VINHO DA JUREMA
O vinho de Jurema, preparado à base de variedades de jurema, principalmente a jurema-preta Mimosa hostilis, a jurema-embira ou vermelha (Mimosa ophthalmocentra) e a Jurema-branca (Mimosa verrucosa), é usado pelos remanescentes índios e caboclos do Brasil. Além de conhecido pelo interior do Brasil na farmacopeia popular como cicatrizante, tratamento de infecções é também utilizado nas cidades em rituais de Candomblé, combinado com diferentes ervas, com diversas formas de preparo (mantidas como segredo).

Os efeitos do vinho de jurema são muito bem descritos por José de Alencar no romance Iracema. Para entender seu efeito psicoativo não basta analisar a composição molecular e comparar com as denominadas drogas alucinógenas é necessário situar-se no contexto de expectativas e formas de uso da substancia nos sistemas de crenças brasileiros. Deve-se considerar o processo aculturação, assimilação resultante dos ´”aldeamentos” indígena da missões colonizadoras bem como o retorno à identidade étnica, períodos quando não se registrou o hábito de beber a jurema e momentos em que os torés foram resgatados ou criados entre os grupos indígenas do Nordeste. Nos referidos grupos tanto a bebida da jurema voltou a se fazer presente, como permanece apenas sendo citada em suas canções, invocações, enquanto símbolo – alicerce de sua autoctonia.

Apesar de parecer óbvia a suposição de que se drogas psicotrópicas afetam o sistema nervoso central do homem de modo semelhante a estas deve ser associado um número finito de símbolos, a diversidade cultural e individualidade humana é sempre surpreendente. Assim tem procedido os especialistas em tal classe de psicotrópicos, promovendo o conhecimento do maior número possível de ritos e descrições individuais.
Observe-se inclusive que por esse método de pesquisa já se denomina essas substancias como enterógenos opondo-se a classificação como alucinógeno ou psicotomimético com as descrições de estados oníricos, das psicoses em vez de êxtase religioso e possessão divina como o nome enterógeno refere.

A persistência do uso da jurema em rituais indígenas e religiões populares do Nordeste do Brasil (Catimbó), apesar de combatida pela colonização católica, com os rigores da inquisição e da polícia, por si só indica sua importância farmacêutica e simbólica para grupos que possuem uma forma específica de organização social entre a sociedade tribal e as comunidades religiosas. Contudo pode-se atribuir a essa perseguição a diversidade no modo de uso e mesmo as dificuldades da identificação da espécie.

Os índios do Nordeste apesar do processo de integração à sociedade nacional conservaram em algumas regiões organizações que sobrevivem como grupos religiosos e entidades civis tuteladas pelo estado identificadas em etnias sobreviventes e Missões indígenas. Pelo menos 5 etnias ainda utilizam a Jurema em seus rituais: Kiriris, Tuxás, Pankararé no Nordeste; Tupinambás de Olivença – Sul da Bahia; Atikun, Fulniôs, Xucuru-kiriri em Pernambuco e Kariris em Alagoas e os Xocós de Sergipe.

Fonte: grupomazucadaquixaba.wordpress.com/Wikipedia.
Adaptado por Fábio Oliveira.

A JUREMA é a cidade-estado deste mundo espiritual. Em Alhandra, localidade do litoral paraibano, considerada por muitos o berço de uma grande linhagem de catimbozeiros e mestres do além, como Manoel Inácio e Maria do Acais, que lá formaram escola quando em vida; as árvores de Jurema cultivadas pelos catimbozeiros são consideradas as próprias cidades espirituais. “A `cidade’ mais antiga de jurema, cujo pé de jurema teria sido plantado pelo `mestre Inácio’, regente dos índios, é o arbusto velho e enorme que se encontra na atual propriedade `Estiva’… O arbusto é sempre venerado, e muitas vezes há velas acesas ao anoitecer. … O lugar é chamado pelos entendidos de `cidade do Major do Dias’… Mestre Inácio e o mestre Major do Dias foram proprietários de Estiva. O atual proprietário, o mestre Adão, um dia tornar-se-á também `mestre’ do além depois que o seu espírito for lavado .”

Nenhuma descrição de foto disponível.

Foto: Internet

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Odé Dana-Dana, belo caçador.

Março 18, 2020 por Fernando D'Osogiyan

Odé Danadana by Felipe Caprini

Ele na verdade é um vodum filho de Dambira, portanto seu culto vem da tribo de dan, e ele, como Yewá, acabaram sendo também cultuado em territórios Ketu após sua imigração. Segundo os antigos ele é o senhor da polvora e de todas as armas de fogo, alguns dizem que ele é um dos guardiões do poço de Becén e no ketu, o Oxumarê.

Ode Dana-dana (o nome desse ode não pode ser pronunciada dentro das casas de Jeje, quando querem se referir a ele chama-o de O Belo Ofa),justamente porque a lenda conta que ele matou a Dan sagrada e refugiou-se no povo de Ketu.

Possui fortes ligações com Exu e Oxumare, esse Odé foi raptado por Ossain, devido sua beleza, Ogum vai em sua procura e o liberta , depois leva dana-dana para Exu, quebra o feitiço posto por Ossain, com Exu e Ossain . Dana-Dana aprendeu muitas magias se tornando um bruxo poderoso.

Ele é o fogo da mata, Orixá muito quente de temperamento extremamente difícil.  Ode dana-dana= o caçador de Dan ou caçador dan-dan ,que usa o fogo, que coloca fogo.

Sua iniciação nos fundamentos certos é difícil trabalhosa e perigosa, pois vai fundamento de Oxossi, Oxumare e Exu tudo junto, muitos pais de santo faziam e fazem Odé Akueran ou Ogun Onire, pois são os únicos que conseguem cobrir Dana-Dana, já que fazer o mesmo na qualidade é muito perigoso e trabalhoso… possui dois assentamentos parte de ode e outra de exu.

Odé dana-dana é o caçador que rasteja, dizendo as lendas de barracão que ele é metade Odé metade cobra Dan, é muito quente, e nervoso, não existe nada que ele não consiga caçar, uma das qualidades mais lindas de Oxóssi, uma das qualidades mais perigosas de Odé,  seria (segundo os mais velhos),canibal e por isso foi exilado e muitos zeladores quando fala seu nome cospe no chão.

Pode vestir-se de panos de  cor de escarlate(vermelho), o iyawo de ode obefaruja ou odébelofá (outro nome de Odé Dana -Dana), no Ketu é dofono de si mesmo, o iyawo entra sozinho.

Dana- Dana é o Oxossi cultuado nas terras Efon (Republica do Benin, antigo Daomé), é um Orixá também da caça, , com estreito fundamento com Oxumarê. Carrega a cor azul-turquesa, mas tem um fio de conta nas cores amarelo e verde de Oxumarê. É uma qualidade de excepcional beleza plástica em suas danças, pois simula a caça como se fosse metade homem, metade cobra (Símbolo de Dã). “Dana-Dana, Odé Baylá”, o Caçador que Rasteja… Uma qualidade excepcional.

Para muitos, um Orixá à parte, existem vários mistérios em torno desse caminho. Os antigos dizem que Dana-Dana seria o único Odé que enfrentou a morte e não a teme, tem fundamento com Exu, Ossain e Oyá, está profundamente ligado a noite. Permanece o tempo todo coberto de waji ou como é o único Orixá que entra na mata da morte, joga sobre si um pó sagrado, avermelhado, chamado AROLÉ, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune a morte e aos EGUNS.

Seus presentes são entregues entre a 1h e 3h da manhã, nos caminhos estreitos e fechados das matas. Seu grito (ilá) imita um gavião. Sempre colocamos junto às frutas entregues a ele, um cabaça com otin (água ardente) e outra com farinha de mandioca e fumo de rolo, assim como acarajés.
Suas roupas e aparamentas, geralmente são rústicas, com imitações de peles, pode usar o azul ou até mesmo em suas roupas podemos colocar o azul noturno, fazendo alusão à noite.,pois é caçador noturno. Carrega Ofá e Erú, mas também pode carregar uma lança de madeira, ou até mesmo um ogó pequeno[igual o de Exú, segundo os mais ortodoxos usa chapéu de coro, enfeitado com penas negra.

Orixá que entra na mata da morte e sai sem temer Egun e a própria morte. Gosta da cor azul claro.

Oxóssi Dana-Dana é um caçador guerreiro, impetuoso e muito agitado, não é fácil traze-lo e mante-lo no aperê, muito sensibilidade para lhe dar com essa energia, foge quando menos se espera. Ligado a Exú, todo o cuidado é pouco, é um arerê para inicia-lo!
É recomendável que se prepare a Iyawo deste Orixá, fora do ronkó, por ser um Orixá muito bugre e também por ter Ossain como seu companheiro .

E difícil encontrar eleito desde Odé e muitos zeladores não gostam de fazê-lo, come com Exú e mora do lado esquerdo, onde está situado toda a sua força. Êle é um Ebóra da esquerda. Cura-se e raspa-se pelo lado esquerdo.

Olodé é o ÈSÙ que acompanha Dana-Dana e come pelo lado esquerdo. toda carne que se oferece a esse Orixá tem que ser cozida, pois ele era o caçador que caçava e ateava fogo na caça para comer.

O Dana-dana (Ele Dana-Dana)
Ti sè eran odè [O bom caçador que prepara a sua caça)
Kí rí kí rí bodè (Cumprimentamos ao encontrar o Sr. Caçador)
Odè ni o (O grande caçador)

Texto: Internet (aguardando o nome do autor)
Formatação: Babá Fernando D’Osogiyan
Foto: Felipe Caprini

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Oya Logunerè,

Fevereiro 22, 2020 por Fernando D'Osogiyan

 

Nome do orixá Logunerè, significa em yorubá: “Da Guerra de Ere”, e Ere é uma cidade da Nigéria. Patrona dessa cidade, foi associada ao culto de Gbale aqui no Brasil, e também aos orixás: Ogun, Omolu e Logun. Além da arte da guerra, Logunerè conhece a caça e trás consigo um forte extinto materno, como podemos ver na lenda adiante.

Logunerè e o filho de Oxum

Logunerè era uma moça simples que vivia em um vilarejo próximo a Ire, e a cidade de Ipondá, era uma excelente caçadora e também conhecia a mata e o poder das ervas medicinais. Ogum havia instalado naquela região uma guerra que seguia de Irè até Daomé, por onde passava conquistava, contudo deixava para trás um rastro de destruição. Então Logunerè e Omolu, iam de tribo em tribo ajudando os feridos. Em uma dessas missões, os dois andavam pela mata fechada próximo a Ipondá, cortando caminho entre uma aldeia e outra, e de longe ela viu um menino correndo, era Logunedé, que decidiu brincar com casa de abelha, literalmente, então ela em um estalo rápido pediu que Omolu, com suas palhas afastasse as abelhas do menino, e assim ele fez. Logunerè acalmou Logun e levou a até Oxum, que agradeceu a Omolu e também deu a ela uma abebé banhada no mais puro cobre e Oxum pede que Oya Logunerè cuidar da educação de Logun, e  deu a ele alfange que mais tarde ele usaria para lutar na guerra de Edé.  Com OGUN ele aprende a arte da guerra , tornando-se assim um grande guerreiro, Rei de Ilexá.

Oya Loguneré em algumas casas  tem seu culto ligado a Igbalé e a nação Efon  no que faz sentido, devido a sua graciosidade e leveza ao dançar Ijexá,graciosa e guerreira se difere tornando-se única também no Ketu.

Esse orixá usa as cores,  marrom ou verde estampado,  carrega espada, ofá e uma abebé em forma de leque. Em suas aparamentas podemos colocar idés de bronze, búzios, eruxin, carrega mariwò, bastante coral.
Come acarajé e abará.

Texto/parte: Egbomi Helenice D’Osogiyan e Bàbá Fernando D’Osogiyan

Pesquisa: Internet

Foto: Felipe Capri

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