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Archive for Junho, 2019

COMPLETA 100 ANOS NO RIO O OGAN MAIS VELHO DO BRASIL!

 

Aos 100 anos, morando há 50 no Rio de Janeiro, Luiz Angelo da Silva, o Ogan Bangbala, foi diretor do Afoxé Filhos de Gandhi RJ.

Ogan Bangbala é uma entidade, um baiano, que acaba de completar 100 anos e vive em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. No Candomblé, ogan é quem toca os instrumentos musicais atabaque e agogô. Bangbala é o mais antigo ogan vivo no Brasil e em atividade. Ele não entra em transe, mas provoca. É através de seu toque que os orixás incorporados executam suas danças.

Para se tornar ogan a pessoa deve ser escolhida pelo orixá, a partir de um membro que o incorpora, normalmente, é integrante já muito ativo na comunidade de terreiro, consagrado um mestre.

Luiz Angelo da Silva, o Ogan Bangbala, estudou até o ensino primário, teve dezesseis irmãos, mas apenas três passaram dos primeiros anos de vida.

“Sou o último membro da minha geração na família, todos os outros já morreram”, afirma. “A mãe de santo mais próxima de mim Mãe Beata de Yemanjá – Ile Omiojuaro, minha melhor amiga, faleceu aos 86 anos. Eu fui o responsável pelo rito fúnebre dela, o axexê.” Inclusive, o próprio, há 61 anos, no terreiro de Olga do Alaketo, estava na iniciação de Mãe Beata.

#vilacruzeirorjoficial #ogan
#candomblé #axe #bangbala

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Obatalá Oseremagbo

Òrìşànlá Ọșẹrẹmágbo

O aprisionamento de Ợbatalá

 

Deixe a lebre aperfeiçoar sua raça

Deixe o javali ser esperto com sua cabaça

As dançarinas profissionais que esperam para dançar em Ootu Ifé devem vestir-se muito bem

A divinação de Ifá foi feita para Òrìşànlá Ọșẹrẹmágbo

No dia em que ele desejou fazer uma viajem para a cidade de Isolu

Antes que uma pessoa siga com um projeto importante ela deve procurar pelo conselho de Ifá

O deus Yorùbá da sabedoria

Ợbatalá consulta esses sacerdotes antes de fazer sua jornada a Isolu, e o sacerdote aconselhou-o a fazer um sacrifício para evitar embaraços

Ợbatalá não fez o sacrifico, e se aprontou para viajar.

Em Isolu há um grande rio próximo a entrada da cidade.

Os homens, as mulheres e crianças de Isolu pegam água desse rio para beber, ou tomar banho e ás vezes para lavar suas roupas com ela.

Os habitantes de Isolu sabem da existência de um homem louco que sempre vem ao rio para molestar as pessoas.

O homem louco é esperto também; ás vezes ele finge estar tomando banho e assim que as pessoas aproximam-se dele, ele as assedia.

Isso fez com que pessoas avisassem a todos de que da próxima vez que cruzarem com ele novamente, ele deve ser preso.

Como Ợbatalá estava chegando perto da cidade, ele teve vontade de tomar um banho.

Ele estava quase nu, usando apenas suas calças e começou a tomar banho.

Algumas mulheres vieram da cidade para pegar água. Elas viram Ợbatalá de costas e pensaram que fosse o louco novamente.

Elas correram de volta para avisar o povo da cidade e todos correram para o rio.

Ợbatalá foi confundido com o louco e foi aprisionado. Por dias Ợbatalá sofreu pelo crime que não cometera.

Ele ficou irritado e tocou Osu em sua cabeça. Toda a cidade de Isolu ficou inquieta.

A chuva recusou-se a cair. A desolação instalou-se visivelmente, os que estavam doentes ficaram impossibilitados de melhorar. Nenhuma comida – há uma grande estiagem e o rei mandou chamar seus conselheiros.

Eles chamaram um babalawo para aconselhá-los. Ele fez a divinação Anukunrin, mas não pode precisar o que era o real problema com a cidade, porque Ợbatalá não permitiu que ele soubesse.

Após algum tempo, eles convidaram outro sacerdote para vir aconselhá-los. Anu Kunrin, o sacerdote de Isolu. Foi a mesma coisa. E tudo ficou ainda pior para eles.

Foi um dos conselheiros do rei que o aconselhou a chamar Ogbigbi, um dos mais famosos babalawo. Quando o rei mandou chamá-lo, ele consultou seu próprio Ifá, de modo que pudesse ter sucesso na empreitada a qual o rei o chamara.

Foi dito a Ogbigbi que fizesse um sacrifício com água de igbin e que ele esfregasse os olhos com ela e limpasse antes de ir ao palácio – foi o que ele fez.

Por esse motivo foi que ele teve a capacidade de ver claramente o problema em particular que eles tinham na cidade de Isolu. Ele disse que foi por causa de um homem inocente que eles haviam aprisionado, e que a cidade precisava de uma limpeza especial com água para tornar tudo calmo.

Ợbatalá precisava ser acalmado com dezesseis igbin e uma toga branca. O rei ordenou que Ợbatalá fosse libertado e eles imploraram que ele os perdoasse. Eles deram uma bela toga para ele e fizeram um banquete com guisado de igbin. Tudo que Ợbatalá gosta foi dado a ele. E eles tocaram tambor e regozijaram-se com ele para agradá-lo e ele os abençoar. E então eles cantaram –

“Ợbatalá to to fun un!

Too!

Ợbarìşà to to fun un

Too!”

E Ợbatalá disse:

“Anukunrin é um sacerdote em Isolu. Ogbigbi porque revelaste isto, Ogbigbi?

Anukunrin é um sacerdote em Isolu. Ogbigbi porque revelaste isto, Ogbigbi?”

E o rei e os chefes convenceram-no a perdoá-los e a esquecer a ofensa  deles

“Ợbatalá to to fun un!

Too!

Ợbarìşà to to fun un

Too!”

 

Odù Idin Kanran

Epá Odù. Epá Òrìşà!

 

Do livro: As aventuras de Ợbatalá – Ifá e os deuses da criação

Araba Elebuibon

 

Tradução: Odé Olaigbo

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