Reflexão para vida.
“Você pode falar perfeitamente o Yorùbá e saber todos os acentos ao escrevê-lo também.
Mas se você não sabe como falar com bondade e amor ao seu irmão ou irmã, então, você não aprendeu nada.
Você pode memorizar cada Oriki e cada ẹsẹ Odu do Corpus Literário de Ifá e saber como lançar uma adivinhação perfeita.
Mas se você não sabe como tratar as pessoas e como superar suas formas destrutivas e negativas, você ainda é um novato no reino espiritual.
Você pode conhecer cada dança e todas as músicas além de todos os protocolos de sua linhagem.
Mas se você não pode andar por um caminho de paz e de alegria interior ….
…Isto então e apenas uma outra canção e uma outra dança.
Você pode conhecer todos os rituais, cerimônias, e como fazer milhares de obras e trabalhos espirituais.
Mas se você não pode viver o ritual da vida e viver as virtudes do Òrìşà, Egun e seu Ori, então, você é um mero técnico, mas certamente não é um mestre espiritual.
Você pode ter alguns títulos, os mais impressionantes, um ile, templo ou casa de culto para dez mil pessoas.
Mas se você sentir a necessidade de degradar, controlar, manipular os outros ou ofendê-los enquanto eles estiverem em uma posição inferior, você será apenas mais um ego de criança impulsionando e tentando tirar proveito as custas dos outros.
Você pode estar no culto toda a sua vida.
Mas se você acha que isso te faz melhor ou mais avançado do que alguém espiritualmente, então, você é um tolo, pois você não poderá reconhecer que nosso Ori é o nosso primeiro professor…
…e tem ele tem ensinando a cada um desde o nascimento.
Você pode ser velho de anos e chamar a segurança social.
Mas se você ainda viver a vida como uma criança temperamental de 10 ou 15 você ainda terá que caminhar para chegar ao sacerdócio.
Fale-me de Èşù quando você for capaz de fazer escolhas capacitadas e falar a verdade em palavras e atos.
Fale-me de Ògún quando você for capaz de romper suas próprias ilusões, enfrentar seus medos, seus fracassos e corajosamente evoluir para manifestar o melhor de si.
Fale-me de Òsún, quando você for capaz de criar harmonia, alegria e abundância em sua própria vida sem egoísmo.
Fale-me de Ợbàtálá, quando você for capaz de semear a paz mais pura e manter uma mente tranquila.
Fale-me de Òya, quando você for capaz de estar no olho do furacão da vida e fluir facilmente quando os ventos da mudança estiverem sobre você.
Fale-me de Òlòkún ou Yemojá, quando você for capaz de equilibrar suas emoções e empatia com os outros.
Fale-me de Òrúnmìlá, quando você for capaz de ver o mundo através do olho da sabedoria e equilibrar o julgamento com compaixão e não duras críticas e outras inadequações.
Fale-me de Şàngó, quando você puder transcender o seu ego e servir aos outros com compaixão.
Fale-me de Ìyàámi quando você for capaz de honrar as mulheres em sua vida e tratá-las bem e abraçar o lado feminino de sua própria alma.
Fale-me de Egbe Ợrùn / Ibeji quando você for capaz de conhecer e distribuir o amor universal.
Fale-me de Òșóòși quando você for capaz de repartir o alimento com o estrangeiro.
Fale-me Ǫbalúwayè quando você for capaz de identificar e cuidar das doenças do corpo e da alma de um semelhante.
Fale-me de Ìwá Pèlé (caráter) quando você puder realmente tratar os outros como você gostaria de ser tratado, porque você percebe…
…não há separação entre você e eu…
…exceto o que está em nossas próprias mentes.
Fale-me de Ọlódùmarè quando você tiver a certeza que a fonte existe e nos alimenta, que estamos interligados e que ninguém conseguirá cumprir seu destino sozinho.
Se você ainda não se considera capaz de aceitar este ensinamento, você deve retornar ao útero e tentar tudo novamente.
Èmi ni Isese.”
Texto: Iyanifá: Iya Awo Fayele.
Lindo texto, vem muito a calhar nos dias de hoje, onde as pessoas do culto mais estão preocupadas com o que o outro pensa do que consigo mesmo. o ṣeun.
Muito bom sabias palavras,essa a essência de nosso culto de nossa vida de nossa alma asé
Mo juba Bàbá Fernando.
O texto é da autoria da Iyanifá: Iya Awo Fayele.
As palavras escritas são uma excelente oportunidade para se jogar a vaidade no chão e seguir o caminho que nos foi ensinado por Orunmilà:
Seja honesto, seja humilde, as divindades sempre irão apoiar quem age dessa forma.
Ire alaafia.
Mo Jubá àse meu amigo,
Coloquei o título porque não tinha. Vamos dar o crédito no texto e vou avisar ao Tomeje de quem compartilhei.
Adupé.
Ire àse.
[…] Fonte: https://ocandomble.com/2016/10/03/otito-fun-aye/ […]
Que texto MARAVILHOSO! 💙
Gratidão!
Boa tarde!
Motumba!
Que texto maravilhoso!!
Oiii! Há muito tempo, minha mãe fez parte do candomblé. Ela ficou por pouco tempo, mas acabou vendo as minhas informações também, mas tudo que ela lembra é que sou de Xangô (meu outro Orixá ela infelizmente não lembra) e que sou rodante. Aí é que tá, eu sou rodante. Eu gostaria que vocês me esclarecessem o que é ser um rodante, mas não apenas dizer que eu viro, mas dizer se ser rodante é ser especial, assim como ser Ekedji é ser uma mãe. Valeu!
Pedro Jorge rodante é um termo muito incomum, não usual dentro da religião seria e tradicional.
O iniciado ou Iyawo é a pessoa que passa pelos ritos iniciáticos e está apto a ter um conexão direta com o irunmolè ou òrìsà.
Ele pode ser chamado para o sacerdócio ou não, pode assumir cargos, que não são apenas ou Ekèjì, existem outros cargas sacerdotais dentro da religião.
Todos nós somos especiais, pois, a viagem do Orun ao Aye (Céu à Terra) é uma guerra e somente os vencedores conseguem a travessia, somente por esse motivo nos tornamos especiais. Além disso temos toda a assistência de diversos òrìsà, irunmolè e Odù que participam de nossa criação física.
Mesmo assim não queira ser especial, seja você mesmo, seja um servo das forças divinas e siga sua vida dentro da leis divinas e cumpra seu destino.
Ire