Este é o Òpèlè Ifá (instrumento de consulta do Bàbáláwo) mostrando a figura do Odù Ògúndá mèjì.
O texto é um Iton deste Odù.
Iton não são verdades absolutas, são narrativas que nos ajudam a entender o valor do mito gerado por sua historia ‘de vida’ e importância dentro do culto de Ifá/Òrìsà.
Ògúndá Mèjì foi um dos mais poderosos divinadores, tanto no céu como na terra. Ele era considerado por ter a força de Ògún e a inteligência de Ọrùnmìlá em seu trabalho. Foi ele quem revelou a estória da segunda tentativa de fazer as divindades colonizar a terra. Òbàrà Bòdí um dos discípulos de Òrùnmìlá revelará mais tarde os detalhes da primeira tentativa de colonizar a terra e como foi fundada.
Ògún, a divindade do ferro e a mais velha das divindades criadas por Deus era também fisicamente mais forte que todas as 200 divindades. Ele freqüentemente era referido como o Desbravador de Caminhos, porque guiou a segunda missão de reconhecimento do céu para a terra. Diz Ògúndá-Mèjì, que foi por conta dos atributos físicos de Ògún que Deus apontou-o para abrir uma trilha para a segunda habitação na terra. Ele era conhecido por ser egocêntrico, vaidoso e quase nunca consultava alguém para aconselhar-se.
Ele confiava quase que exclusivamente em suas habilidades produtivas e força física. O que explica o porquê não se incomodou em ir a divinação ou consultar alguém quando foi indicado por Deus para empreender a tarefa de estabelecer habitação na terra.
Assim que recebeu de Deus a ordem de prosseguir, ele o fez quase que imediatamente. Deus lhe deu 400 homens e mulheres para acompanhá-lo na missão. Chegando a terra, não demorou em descobrir as consequências de não fazer os preparativos adequados antes de virem do céu.
Seus seguidores mortais logo ficaram com fome, e exigiram comida. Já que vieram para o mundo sem nenhum suprimento, ele apenas poderia recomendar-lhes a cortar gravetos de uma floresta próxima para comer. O processo de se alimentar com gravetos não os satisfez e logo seus seguidores começaram a morrer de fome. Apreensivo por perder todos os seus seguidores por inanição decidiu retornar para o céu e comunicar o Pai Todo Poderoso que sua missão era impossível.
Em seguida Deus convocou Olókun, a divindade da água para guiar a segunda missão para a terra.
Ele também é igualmente orgulhoso e cheio de alto confiança. Também lhe foi dado 200 homens e 200 mulheres para acompanhá-lo. Ele também não fez nenhuma consulta nem divinação com os mais velhos celestes antes de vir para a terra. Chegando ele também não teve indício de como alimentar seus seguidores. Ele apenas pediu-lhes para beberem água quando ficassem com fome. Já que a água não podia alimentá-los com eficiência, começaram a morrer de fome. Logo em seguida, ele também retornou com seus seguidores que sobreviveram ao céu para informar o fracasso de sua missão. Deus então convocou Ọrùnmìlá, acompanhado por 200 homens e 200 mulheres para estabelecer uma habitação na terra. Ọrùnmìlá ponderou se ele poderia ter sucesso na missão a qual tinha desafiado os esforços dos mais velhos e das divindades mais fortes como Ògún e Olokún.
Deus persuadiu-o a fazer o seu melhor, porque era necessário despovoar o céu, estabelecendo uma habitação satélite na terra. Seu servo fiel Òpèlè avisou Ọrùnmìlá a não recusar a tarefa porque com as preparações adequadas, ele estava convencido que o sucesso o aguardava.
Com as palavras de persuasão de seu Òpèlè favorito, Ọrùnmìlá concordou em partir na missão, mas apelou a Deus em lhe dar a indulgência para se preparar em alguns dias antes de partir.
Ọrùnmìlá implorou as divindades mais velhas do céu para assisti-lo no planejamento de sua missão.
Eles lhe garantiram que ele teria sucesso em estabelecer uma habitação na terra. Ògúndá-Mèjì, um de seus próprios filhos pediu-lhe seis cawries e avisou-o para coletar um de cada dos animais e plantas comestíveis no céu, para a missão. Ele também avisou para dar um bode para Èşù e apelar para Èşù segui-lo para a terra na missão.
Após fazer todos os sacrifícios prescritos, ele foi finalmente liberado por Deus. Antes de partir implorou a Deus para permitir que Ilè, a divindade da habitação, fosse com ele.
Mas Deus lhe disse que não era sua intenção divina despachar duas divindades para terra ao mesmo tempo, já que Ele pretendia mandá-las uma após outras. Deus, entretanto assegurou a Ọrùnmìlá que ele teria sucesso na terra, e enviaria seu servo Òpèlè para voltar ao céu e buscar Ilè, para auxiliá-lo. Ele então partiu para a terra.
Tão logo Ọrùnmìlá partiu, Èşù foi contar a Ògún que Ọrùnmìlá estava viajando para terra pela rota a qual ele (Ògún) estabeleceu. Ògún imediatamente foi bloquear a rota com uma espessa floresta.
Quando os partidários de Ọrùnmìlá se aproximaram da floresta, não sabiam o que fazer. Ele enviou o rato para procurar um caminho através da floresta. Antes que o rato retorna-se, Ògún apareceu a Ọrùnmìlá e interrogou-o pela ousadia em prosseguir para a Terra sem informá-lo. Ele, entretanto explicou que havia enviado Èşù para informá-lo e quando Ògún relembrou que foi Èşù quem realmente avisou-o, imediatamente limpou a floresta para Ọrùnmìlá prosseguir em sua jornada.
Antes de deixá-lo, Ògún avisou Ọrùnmìlá que apenas outra obrigação ele lhe devia, era alimentar seus seguidores com os gravetos da mesma forma que ele fez, e então Òrúnmìlá prometeu fazer.
Nesse meio tempo, Èşù também informou à Olokún que Ọrùnmìlá estava em seu caminho para a terra para ter sucesso aonde eles falharam. Olokún reagiu provocando um largo rio para bloquear o avanço. Quando Ọrùnmìlá veio à margem do rio, despachou um peixe para procurar uma passagem através do rio. Enquanto aguardava pelo retorno do peixe, Olokún apareceu e interrogou-o porque ele ousou embarcar em uma viagem para a terra sem obter sua permissão.
Ọrùnmìlá explicou que longe de desdenhar Olokún, ele tinha na verdade enviado Èşù para informá-lo de sua missão na terra. Quando Olokún compreendeu que Èşù tinha vindo a ele, retirou a água para Ọrùnmìlá prosseguir em sua jornada. Contudo alertou Ọrùnmìlá que ele estava sob a obrigação divina de alimentar seus seguidores como ele (Olokún), com água. Ọrùnmìlá prometeu acatar o conselho de Olokún. Sem mais obstáculos em seu caminho, Ọrùnmìlá prosseguiu sua jornada.
Chegando ao mundo, ele rapidamente avisou a todos os seus seguidores masculinos para limpar o mato e construir cabanas temporárias cobertas com esteiras. Quando aquela tarefa foi completada, retiraram os produtos agrícolas e sementes que ele trouxe para seus seguidores plantarem no mato que tinham limpado. Ao anoitecer todos eles se retiraram para dormir em suas cabanas. Èşù, que tinha recebido um bode antes da missão partir do céu, foi trabalhar nas sementes plantadas e nos animais. Quando eles levantaram ao amanhecer, descobriram que todos os produtos agrícolas tinham não apenas germinado, mas tinham produzido frutos, prontos para a colheita. Estes incluíam inhames, plantações, milho, vegetais, frutas, etc. Ao mesmo tempo toda a criação que eles trouxeram do céu tinham se multiplicado durante a noite. Aquele foi o primeiro milagre operado por Ọrùnmìlá na terra, como uma manifestação direta dos sacrifícios que ele fez antes de vir do céu.
Quando seus seguidores então pediram por comida antes de se lançarem ao trabalho rotineiro do dia, ele lhes disse, em respeito à injunção de Ògún, para cortar gravetos do mato ao lado para comer. Eles fizeram como lhes foi dito. Após mastigarem os gravetos por um longo tempo, lhes disse para beberem água como ele foi advertido em fazer por Olókun. O processo de acatar as instruções dadas a ele por Olókun e Ògún é seguido até os dias de hoje por toda a humanidade, por meio da rotina de começar o dia com a mastigação de gravetos ou escovação dos dentes e enxaguando a boca com água.
Tendo atendido aos desejos de seus mais velhos, Ọrùnmìlá disse ao seu povo para se alimentar com os animais e plantas que abundavam no povoado. Eles tinham sucesso em preparar o terreno para uma habitação permanente na terra. Satisfeito que nada então ficou em seu caminho para o sucesso na terra, Òpèlè propôs a Ọrùnmìlá que era hora de enviá-lo para informar a Deus que a terra já estava adequadamente habitável o suficiente para Ilè juntar-se a ele. Ọrùnmìlá concordou, mas lhe disse que ele primeiro convocaria Èşù para acompanhá-lo na terra antes de pedir por Ilè. Tendo prometido anteriormente acompanhá-lo assim que fosse convocado, Èşù imediatamente concordou em acompanhar Òpèlè a terra.
Antes da chegada Ọrùnmìlá pediu a seus seguidores para construir uma cabana para Èşù na entrada do povoado. Tão logo Èsù instalou-se em seus aposentos, Ọrùnmìlá enviou um bode a ele. Ele ficou muito feliz em comer a sua comida preferida, a qual imaginou que não estaria disponível na terra.
Quando Òpèlè veio conferir se Èşù estava bem, o primeiro lhe disse-lhe para pedir a Ọrùnmìlá para perdoá-lo por causa das dificuldades iniciais que criou antes do mesmo partir do céu, incitando Ògún e Olókun contra ele. Ọrùnmìlá perdoou e implorou a Èşù para ficar na terra para ser seu posto de ouvinte, prometendo sempre alimentá-lo. Após aguardar em vão pelo fracasso de e retorno para o céu de Ọrùnmìlá e seus seguidores, Olokún decidiu no céu retornar a terra para descobrir como a missão estava indo. Quando Olokún chegou a terra, encontrou Èşù que lhe disse que Ọrùnmìlá tinha tido sucesso em tornar a terra habitável. Quando Olokún encontrou Ọrùnmìlá, pediu-lhe para perdoar por conta dos obstáculos iniciais criados por ele. Ọrùnmìlá lhe disse que as desculpas não eram necessárias porque o sucesso não é gratificante sem dificuldades iniciais. Contudo Ọrùnmìlá disse para Olokún concordar em viver com ele na terra. Ele então concordou em fazê-lo, mas insistiu que teria que ir ao céu para pedir ao Pai Todo Poderoso para permiti-lo retornar com seus seguidores. Olókun chegou ao céu e Deus permitiu-lhe retornar a terra com seus seguidores.
Quando Ògún ouviu que Olókun havia partido para acompanhar Ọrùnmìlá na Terra, ele também decidiu ir e ver as coisas por si mesmo. Quando Òpèlè viu Ògún partindo do céu para a Terra, alertou Òrúnmìlá que imediatamente instruiu seus seguidores a dar outro bode a Èşù para evitar algum choque entre eles. Quando Ògún chegou, Èşù ainda estava comendo seu bode e estava muito ocupado para se incomodar. Ele simplesmente indicou a Ògún para seguir para onde Ọrùnmìlá morava. Assim que Ọrùnmìlá viu Ògún, se ajoelhou para cumprimentá-lo, sendo seu irmão mais velho. Ògún retribuiu a altura desculpando-se com Ọrùnmìlá pelas dificuldades iniciais que criou para ele. Novamente Ọrùnmìlá explicou que as desculpas eram desnecessárias porque sem aqueles problemas duros, provavelmente não teria tido indicio de como alimentar seus seguidores. Ọrùnmìlá então persuadiu Ògún em ficar na Terra com ele, porque sem ele (Ògún) era impossível alguma tecnologia se desenvolver na Terra. Ọrùnmìlá explicou que sabia apenas fazer divinação, mas que não sabia como inventar ou fabricar. Sentindo-se lisonjeado, Ògún rapidamente concordou em retornar ao céu para ter permissão de Deus para voltar com seus seguidores para a terra. Ògún por fim retornou com seus seguidores.
Foi naquele estágio que Ọrùnmìlá finalmente enviou Òpèlè para trazer Ilè do céu. Quando Òpèlè narrou a mensagem de Ọrùnmìlá para Deus, o Pai Todo Poderoso, instantaneamente convocou Ilè para seguir para a Terra para auxiliar Ọrùnmìlá. Èşù foi novamente o primeiro agente que Ilè encontrou chegando a Terra. Èşù encaminhou-o para encontrar Ọrùnmìlá em sua cabana. Longe de desafiar Ilè como fez com Olokún e Ògún, Èşù implorou a Ilè que ele sempre seria mais bem sucedido que seus irmãos mais velhos e sem ele ninguém teria satisfação completa na Terra, porque ele era caracteristicamente paciente e inofensivo. Quando Ilè encontrou Ọrùnmìlá, prestou-lhe respeito, fazendo-o capaz de vir e auxiliá-lo na terra. Ọrùnmìlá retrucou proclamando com seu instrumento de autoridade (Àşè) que:
Se respeito lhe fosse prestado, seria sempre estendido a Terra;
Olokún sempre moraria na água tendo em vista o rio que usou para bloquear sua aproximação a terra, mas que ele seria o distribuidor de riquezas e prosperidade para a espécie humana;
Ògún sempre seria usado para produzir grandes feitos, mas que ele próprio sempre trabalharia agitadamente noite e dia e não teria paz de mente.
Ele então disse aos três para seguirem em seus caminhos em separado. Os três deixaram os aposentos de Ọrùnmìlá. Eles mal haviam se movido para fora do aposento, quando subitamente Ilè desfaleceu morto. Assim que caiu morto seu corpo desapareceu da vista e em seu lugar uma constelação de casas, prédios, e residências surgiram no chão. Desta forma, Ilè tinha se transfigurado em casas respeitáveis para todos os habitantes existentes e futuros morarem. Ọrùnmìlá rapidamente deixou sua cabana coberta de esteiras e foi para ficar no melhor e mais agradável aposento produzido para ele por Ilè. Ògún ficou aborrecido e se recusou a ficar em qualquer um dos aposentos providenciados por Ilè. Então construiu sua própria casa caindo aos pedaços, chamada izegede, a qual onde ele está até hoje.
Olokún também se sentiu provocado e voltou-se para a água para constituir-se nos oceanos, mares e rios dessa terra. Os homens e as mulheres trazidos para a Terra por Ọrùnmìlá, Olókun e Ògún, logo começaram a casar entre si e multiplicar-se pelos quatro ventos desta terra.
É importante relembrar que o fim da vida e reencarnação posterior dos seguidores que inicialmente vieram com Ọrùnmìlá, Ògún, Olókun e outras divindades tornaram-se os sacerdotes e filhos destas divindades até hoje e para a eternidade. Aqueles que desviaram o caminho do rebanho, ou que não foram privilegiados em descobrir sua família, são os homens e mulheres que passam por todos os tipos de dificuldades na Terra.
Neste estágio Òpèlè partiu para o céu, mas avisou a Ọrùnmìlá para procurar por ele depois de algum tempo no caminho para a fazenda. Por fim transformou-se em uma árvore cujo os frutos são usados até hoje para preparar o instrumento divinatório Òpèlè. Ele disse à Ọrùnmìlá como usar as sementes que ele traria dali em diante para divinação.
Por: Bàláláwo Osamoro
Tradução Odé Gbàfáomi
Olá, tenho muitas dúvidas na incorporação de orixás pois, quando estou incorporada, fico consciente e isso me atrapalha muito (orixá não tem direção)… Estou sofrendo muito com essa situação… Vocês podem me ajudar? Axé
Maria quem vai lhe ajudar?
Você e seu sacerdote.
Tudo que você está relatando a nós, deve ser dito a ele.
Quanto a consciência, isto é mais que normal.
Ire
Bom dia a tod@s, alguém poderia me ajudar na tradução dessa frase? “Abassá inté ifê ó ebi” é possível que alguma palavra esteja acentuada errada. Se puderem me ajudar, agradeço.
Marcelo
Ola.. falei tudo para minha sacerdote e ela me disse que não pode me ajudar… só meus guias e meu orixa poderia.. e quando temos algum evento sou humilhada por todos que dizem que não tenho orixa… podem me ajudar?
Marcelo fica muito difícil.
Tem angola, tem yorùbá, tem uma mistura de dialetos que fica difícil entender o que está escrito.
ire
Maria se o seu sacerdote não pode lhe ajudar então você está na casa errada.
Quanto a ser humilhada por dizerem que você não tem òrìsà eu pergunto:
Como está a sua vida e como está a deles?
ire
Muitíssimo obrigado pela resposta. Tinha dúvidas e por isso queria a opinião de uma pessoa mais esclarecida! Muito grato e obrigado por esse canal tão importante na vida dos adeptos do candomblé!
Obrigada pai… É que até mesmo minha sacerdote “tira sarro” de quando estou incorporada e meu santo não tem direção… Todos os dias penso se estou fazendo algo errado, se estou errada, se não existe uma forma dela me ajudar… Axé
Maria,
É o fim ! Um Zelador(ra) lhe responder isso !!!
No mínimo deveria abrir um jogo e ver o que o seu orixá responde !
Quanto as humilhações , confirma-se que não são realmente seus irmãos
de santo se é que possa chama-los de irmãos !!!
Uma casa onde ha desunião, todos sabemos muito bem pra onde vai
axé da casa !!!
Oxalá lhe mostre o seu verdadeiro caminho !
Obrigada Paulo… tenho sofrido muito com tudo pois abri meu coração para a zeladora mas, não tive orientação elucidativa. . Na verdade ela jogou a responsabilidade para mim e enquanto isso sinto que nao consigo desenvolver o que teria e o tempo está passando. .. penso muito se o problema sou eu… mas também sinto que faltou algo em minha obrigação. .. enfim está difícil. .. axe
Maria,
Aconselho a voce procurar e jogar com alguem integro/correto e lhe orientar !
Ja bastam nossos problemas diários que enfrentamos no dia a dia da vida !
Não é admissível haver descaminho dentro de uma casa de santo.
A responsabilidade de um pai santo sobre seus filhos é algo sério demais !!!!!
Este é um dos muitos motivos que vários abandonam o seu santo e tornam-se
até evangélicos. Desiludidos culpam o santo, a religião
Infelizmente ainda se escuta coisas do tipo : Ta apanhando do santo !
precisa dar mais isso,mais aquilo…. e mais isso !!!
Se voce comentar que deu uma topada na rua…é bem capaz de escutar
que ta devendo e vai ter que dar um bicho pra a,b,c… pro xirê todo !
Obrigada Paulo! Estou agora a procura de alguém que possa jogar pra mim e que seja mesmo alguém correto… Sei que somos humanos e cometemos erros mas, se um sacerdote não pode me orientar creio que tenha o direito de procurar outro… O que não posso é largar meu santo… Axé e obrigada
Bom dia a todos!Agô para fazer um comentário.Depois de muito tempo e de vivenciar na minha vida algumas coisas penso que as pessoas quando deixam o Candomblé ou a Umbanda na maioria das vezes não perdem a fé nos Orixás e nas entidades,mas sim por que se decepcionam com as pessoas responsáveis(ou irresponsáveis) pela casa.Só nos resta manter nossa fé e pedir auxílio aos Orixás.Aprendi muito acompanhando os moderadores deste site,ele é um recurso para nós que procuramos esclarecimentos.
Maria e Regio,
Leiam esse depoimento !
Quando minha mediunidade veio,…eu recebia qualquer coisa nos centros
que eu ia…mesa…umbanda…. chegaram a me botar pra dar passe !!!
Até que me levaram a um pai de santo para jogar..e fui de coração aberto !
Seu jogo era sério demais…até se negava a jogar pra questões amorosas
e tolas.
Quando abriu o jogo…me disse : Filho voce esta como uma casa, cheia de
janelas abertas… EGUM entra e faz a festa.
NAO PENSEI DUAS VEZES !
Entrei para a casa de santo… ASSENTEI LOGO MEU SANTO
E NUNCA MAIS TIVE NADA,…SAÍ OUTRO HOMEM !
PASSARAM-SE ANOS !!!
E HOJE SOU GRATO ETERNAMENTE A ESSA CASA QUE NAO EXISTE MAIS
QUE ME RECEBEU, ME ENCAMINHOU
ESSE PAI DE SANTO EXISTIU COMO POUCOS……POIS :
VIVIA PARA O SANTO,….NÃO DO SANTO !!!!
ESPERO ENCONTRA-LO DO OUTRO LADO E HUMILDEMENTE BATER
CABEÇA E AGRADECE-LO !
ESSE COMPORTAMENTO É QUE É AMOR A UM FILHO ..AO SANTO ..
Paulo aqui em São Paulo está muito difícil,já fui a vários lugares e só me decepcionei,mais de trinta,quando não fazem invenção e mentem na maior cara de pau,tanto em Umbanda e Candomblé.Estou tentando uma das últimas cartadas.Infelizmente as pessoas sérias que tinham por aqui próximas já partiram desse nosso plano.O que faço é acender uma vela e pedir para que os Orixás me ajudem a encontrar uma Casa se isso estiver no meu caminho se for minha missão.Tenho muita fé nos Orixás e entidades.Estive em um onde o caboclo riscou um ponto no papel com uma caneta,tenho pouco conhecimento as achei muito estranho.
Realmente está muito complicado. .. estou pedindo ao meu orixa que me mostre uma pessoa para cuidar… cuidar do orixa como merece… e que possa me orientar… Axe
Olá Régio!
Caboclo riscar ponto com caneta é nova!! Pai Oxalá, tenha misericórdia!!
Se me permite, posso dar minha opinião? Só posso falar baseado na minha experiência:
Anos atrás comecei a procurar uma religiosidade e fui em diversos lugares e diversas religiões. Quando eu cansei, resolvi ir num terreiro de Umbanda traçada (que possui rituais de iniciação em Orixá) realmente enorme, gigante mesmo, com mais de 500 médiuns, muito bem estruturado e bastante sério.
A vantagem de um lugar enorme é que te dá segurança e base sólida. A própria estrutura hierárquica trata de destroçar com o ego e as “frescuras” dos médiuns e um inspeciona o outro e a seriedade do ritual e das atividades. todas as coisas são vigiadas de perto por muitos olhos. Fiquei anos nesse terreiro até que percebi que estava estagnado e que minhas insistentes e numerosíssimas perguntas não poderiam ser respondidas por que as pessoas do meu barco não tinham a mesma vontade de conhecer que eu tinha.
Mas nessa etapa, já tinha minha própria estrutura e minha própria força (pelo menos, alguma força! heheheh), além de um profundo respeito pela casa que me acolheu e me desenvolveu, o que me permitiu, enfim, criar coragem e alçar voo em outras direções e em outras vertentes. Pude me desligar dessa enorme casa abraçando minha Mãe de Santo e deixando as portas abertas e os amigos, os verdadeiros amigos, ainda em contato!
Então, na boa, se você quer desenvolver sua mediunidade mesmo, procure uma bela casa, ser de grande porte ajuda, ou antiga, com muitos anos de tradição, e bem estruturada, que não tenha aberrações, e dedique-se e espere seu chamado pacientemente.
Nada de julgar, nada de forçar situações, nada de achar que a casa “tem que fazer e acontecer” por que ninguém “tem que” nada! Desenvolva sua humildade e sua vontade de servir,o,que é bem diferente de ser humilhado, mas se sentir-se humilhado, pare e pense bem se não é apenas seu ego querendo brilhar!
Aí, claro, COMPROMISSO! Siga as orientações, faça as rezas, banhos oferendas, programe-se para estar disponível com frequencia e vá em frente com muita perseverança e zero “mimimi”!
Ire ô (Boa sorte)!!
Bom dia!Fiquei realmente com um pé atrás,decepcionado,e essa casa é bem conhecida por aqui,teve pessoas que falaram bem da casa.O caboclo que riscou esse ponto no papel era de um médium da casa.Eu nunca vi caboclo atender as pessoas sorrindo,todo bonachão,Caboclo chefe usar o adjá,cantar ponto para Ogum e Iabás,Orixá rezar Pai Nosso.Perdi a vontade de ir nessa casa e por aqui não tem mais opções.A única maneira seria ir para outro estado,mas não tenho condições.A tempos atrás nesse terreiro foi indicado um trabalho a ser feito,já faz um ano e até agora não deu resultado,fiz tudo que me mandaram fazer.E o pior é que a minha situação só vai piorando.Já pedi para tudo quanto é orixá me ajudar,Anjo da guarda e entidades,a encontrar uma Casa mas todas que eu vou me decepciono.Se alguém conhecer uma Casa de Umbanda,mesmo que “traçada” ou mista como alguns falam poderiam me indicar.
Régio olhe seu email.
ire
Boa tarde irmãos, muitos dizem que Onira não é uma Oyá, já nos meus ensinamentos isso não é verdade, Oyá Onira é a qualidade de Oyá quando a senhora dos ventos mantia contato com Oxum, inclusive foi Oyá quem ensinou Oxum a guerrear, daí se deu o título de Oxum Opará, na opinião de vocês? Oq acham sobre o assunto?
Lukas,
Não é bem assim, estes dois Orixás se completam em fundamentos e se revezam em seus domínios.
Axé.