A formação do Sacerdote de culto de òrìsá e longa e penosa.
As noites, as histórias contadas e guardadas, os ensinamentos passados e as duras lições das madrugadas frias ou abafadas.
As indagações, a insegurança e o verdadeiro clamor pela fé.
A sabedoria, o conhecimento e a sensibilidade, advêm de saber muito mais ouvir do que falar, o precioso silencio, o saber que na hora exata tudo se mostrará, faz de figuras ímpares os verdadeiros disseminadores do amor e da fé de nosso culto maravilhoso, explendoroso e mágico.
Não basta a vontade, tem que ter ‘tombo’, ser o escolhido e ser verdadeiramente “verdadeiro” em seus propósitos.
Ser sacerdote é calar, admirar e adorar quando se está diante de uma divindade.
Diz um itan:
Foram os Babalawo que fizeram a adivinhação.
Quando Ómósile veio para à Terra, foi consultar com os Babalawo para saber qual deveria ser a sua profissão para ter uma vida prospera.
Eles lhe disseram que deveria se dedicar ao mercado.
E que somente rendesse culto às divindades, sem exercer o sacerdócio.
Ao chegar ao Mundo, Òmósile esqueceu-se do mercado e iniciou-se no culto aos Orisa.
Sem ter os devidos conhecimentos, abriu seu próprio templo sem fazer os ritos nem os ebo necesários.
Começou em pouco tempo a trabalhar com a religião e a iniciar outros.
Èsù, olhando que o templo feito por Ómósile não tinha a permissão das divindades, fez mexerico entre alguns seguidores de outro culto, dizendo que Òmósile fazia bruxaria para eles.
Avisados por Èsù, foram pela noite até o templo de Ómósile e atearam fogo.
Ao outro dia, quando Ómósile chegou e olhou tudo queimado, foi para a adivinhação.
Os Babalawo disseram que deveria esquecer-se da religião, pois não era seu caminho, pois deveria ser comerciante e apenas render culto às divindades sem exercer o sacerdócio.
Lhes aconselhou que fizesse ebó para achar o caminho da prosperidade.
Ele fez o ebó.
Ao tempo, sua vida mudou para melhor e começou a prosperar com as vendas.
Casou e teve muitos filhos.
Ele cantou e dançou em louvor aos Babalawos que fizeram a adivinhação.
“Nem todos tem caminho para o sacerdócio.”
Sabedoria celeste.
Por: Bàbá Osvaldo ómó Obàtálá.
Se todos os zeladores pudessem ler, entender e aceitar o texto tão maravilhoso acima….seria admirável…….
Não teríamos infelizmente tantas pessoas deixando, discriminando ou para os que não conhecem dizendo mal palavras de nossa religião….
É muito triste..encontrar filhos que nem deveriam ter sido filhos, ou se todos se espelhassem nas pessoas que se dedicam a este site e a sua vida de forma ética na religião. Mais acima de tudo aceitasse, que nem todos podem ou devem exercer o sacerdócio, pois isto é para poucos, ou seja, para os realmente escolhidos…. Axé para todos, que este site exista sempre para termos a certeza de que não podemos perder a esperança…os bons existem…
Motumbá a todos….
boa noite meu irmao de axe muito linda esta historia e uma grande verdade, que penas tem muito que nao da ouvidos a voz dos sabios ,e eu amei muito isso axe
Motumbá, Da ilha, Mais uma vez com textos maravilhoso.
A coisa e bem como a Dofona citou acima.
Muitos Nascem para o candomblé mais poucos trilhão o caminho para o sacerdócio. Tive exemplo dentro da minha casa onde um Irmão com muito mais tempo de preparo não assumiu o posto maior da casa, pois Ifá apontou para outro irmão, e assim foi feita sua vontade!!!
Àsé a todos…!
Adupè o,Thiago.
Ogun Ooni Ire.
adorei o teima abordado acima,e muito feliz pelas explicações,infelismente isso ocorre de formas que as vezes uma pessoa sem coerencia,sem a devida sabedoria,sobre estes teimas leva aos visistantes e as pessoas a desagreditar na nossa religião devido a fatos brustos que ocorrem quando correm giras,prestam atenção em cada movimento em cada passo de cada filho,portanto para que estes tenham uma boa condulta sobre este terreiro sobre esta casa,os filhos e filhas de santo da casa teem que zelar,pelo seu trabalho pela sua casa para que dali os visitantes saim satisfeitos,e louvando realmente com o trabalho que imprecionou .dali formam uma boa condulta onde aqueles que estava no determinado dia,presente a falar bem de sua casa,convidade e indicando pessoas para a quela casa…isso quando ocorre é muito lindo e tenho certeza que pos órixas ficam muito felizes por verem seus aparelhos bem ezemplados e prontos para poderem esta ali…uma coisa que sempre falo aos meus irmãos quantidade não é qualidade….sabe o porque precisamos primeiramente da qualidade para depois aderirmos quantidade…..!!!!em fim axé atodos……
Messias vaidade é um problema serio….
Ire o.
Eu amei o seu texto, Da Ilha, assim como adoro tudo que vc escreve. Apesar de iniciante ainda, é aqui que venho ler e aprender (ainda que quietinha), nas suas sábias palavras, as do Thiago bem como de todos os colaboradors.
Considero eu que poder e sabedoria são para poucos. Nas mãos erradas, podem fazer de fato, verdadeiro estrago, em qualquer âmbito, em qualquer religião. Quiçá no candomblé, onde muitas pessoas chegam aflitas e muitas vezes são mal direcionadas. Li alguém acima mencionar a discriminaçao – é verdade, sim. Infelizmente acontece. ie ie o, bjs e paz a todos!
Olá equipe do site…
Peço desculpas de antemão se esse for o local errado para essa postagem. Minha mae carnal foi iniciada para Ogun Xoroque ha 20 anos atras, sendo que quando entrou soube que estava gravida de mim, e hoje em dia ela foi buscar saber a fundo, e descobriu que é filha de exu. Pois bem, hoje estou na religiao tambem, porem quase descrente, mas nao dos orixas, mas sim dos homens. Estou com 18 anos, e todo jogo de buzios que faco sempre quem responde como sendo meu pai na maioria das vezes, é Ogun Xoroque, ou Ogunja ou Oxossi. Sempre costuma sair esses 3 orixas em meus jogos, porem nenhum pai de santo diz ao certo quem é. Fica minha duvida: qual a probabilidade de eu possuir os mesmos orixas que minha mae carnal? o que fazer para descobrir de vez?
Uma curiosidade: minha mae quando iniciada, foi feita na nação Angola bate folha, e em uma saida de yawo que fui uma vez em nação angola, me senti “mal” (nao sei se é a palavra certa), quando tocou pra Ogum e logo após para Iansa.
Aguardo, grato!
Emerson,
O fato de sua mãe ter dado obrigação estando grávida significa que você pode ser um abiaxé, mas, isso não quer dizer que você seja iniciado para o seu Orixá. Você terá que procurar uma casa do Axé Bate Folhas e fazer um jogo para entender essa situação. Aqui mesmo no blog, temos o moderador Euandilú que é do axé Bate Folhas. Repita essa pergunta dentro do post dele, basta clicar na foto e no post que aparecer.
Não existe a menor possibilidade de você trazer os mesmos orixás de sua mãe, eles podem até ficarem como herança para você.
Axé.
Mojubá
Gostaria de saber se é possivel alguém ter cargo de iya/babalorixá em uma casa que já tem pai ou mãe de santo e pai ou mãe pequena. É possivel exercer o cargo nessa casa ou a pessoa tem que sair e abrir sua própria? Ou até mesmo exercer outro cargo na casa?
Axé, mutumbá!
Abian,
O cargo de Iyalorixá pode ser exercido na casa sem problema algum, naturalmente esta pessoa terá algum cargo dentro do axé. Outra coisa é se esta pessoa já está preparada para abrir sua casa e precise ainda de aprender com sua zeladora e ganhar mais experiência.
Axé.
Motumbá. Realmente poucos nasceram para o sacerdócio, é óbvio ao observar o número incontável de templos que são abertos dia a dia….e principalmente, quantas pessoas têm suas vidas destruídas por estes “Templos”. Digo ao amigos…..os aventureiros não têm medo, pois abrem uma casa em qualquer lugar e a qualquer tempo, já os verdadeiros escolhidos ficam muitas vezes acoados e amendrontados pela imensa responsabilidade com orixá e com as pessoas que chegam à sua porta. Desejo coragem aos escolhidos e que a Força da Natureza atue sobre os inconsequentes.
Tenham uma excelente semana.
Boa noite!
Eu creio que os sacerdotes do culto aos orisás, inksis e voduns foram espiritos evoluídos (no orun) que voltaram pra o aiê pra disseminar e consolidar o culto às dinvindades africanas.
Axe.
Motumbá Àsé Edimar, que seja assim mesmo!!!
Àsé.
Boa tarde!concordo,nem todos tem um caminho para o sacerdócio,podem até terem orixá,dedicação,mas nem todos estão habilitados para a prática do sacerdócio!
boa noite gostaria de saber se no jogo de buzios tem como saber quando uma pessoa tem cargo dentro da religião o pai de santo deve ou não falar para o consulente o cargo que ele carrega.obrigado
Motumbá vania fernandes da silva, o Odú de cada pessoa muda constantemente, você pode chegar a ser Yalorixá ou Apetebi se seu esposo for Babalawò ou ate mesmo Iyanifá se você for iniciada em Ifá, Mais abrir seu terreiro e outra historia, Isso so o Odú do dia e quem pode revelar isso!!!
existe varias Yalorixá e babalorixás dentro de um terreiro mais so um casal tem a difícil tarefa de conduzir a todos.
Essa e minha opinião.
Muito àsé em seu caminho.
Oi para todos
da ILha sempre concordo com essa história, realmente nem todos nascerão para trilhar este caminho, realmente em maceió existe muitos que nem deverian ter entrado na religião !! mais falando sobre min gostaria de saber então o q deve ocasionar para que acontaça tantos sonhos com oxum se eu nen me lembro dela no meu dia a dia (só as vezes que canto em casa para lembra-lhe dos tempos de candonblé)são muitos os sonho que tenho virando com oxum e ela me batendo demais as vezes acordo assustado e ate ja aconteceu de chorando tbm.
É ai onde me preocupo se devo procurar saber o q é ou deixa como vc diz as aguas rolarão vc sabe que a vida de quem é pai mãe de santo ou abian mesmo é xeia de mistérios que ñ sabemos as vezes desifrar so deixar acontecer.E ai
Kolofé!!
Thiago D’Ògún
Nao entendi sua afirmação de que “Odú de cada pessoa muda constantemente” você poderia desenvolver melhor esse raciocínio ?
Vitor os Odu sendo, como Òrúnmìlá, testemunha de tudo que acontece no Cosmos, não poderiam deixar de testemunhar o que acontece na vida de cada ser vivo do planeta. Portanto o Odu que lhe observa hj e sabe de tudo que está acontecendo, amanhã não será o mesmo e assim sucessivsamente.
O único Odu que não irá mudar é o Odu que testemunhou sua primeira vinda ao mundo.
O odu de iniciação pode mundar de acordo com as suas vindas e iniciações para òrìsá.
Ou seja a cada encarnação uma nova iniciação e um novo Odu que rejerá esta cerimonia.
Ok.
Ire o.