O africano conta itans (histórias) para explicar diversas situações, principalmente as situações que interagem as energias dos Orixás e seus poderes e domínios.
Contam que, em terra da África, “Nanã, o ventre mãe de todas as gerações – senhora do portal da vida e da morte”, determinou, em caráter irrevogável, que nenhuma pessoa do sexo masculino teria acesso ao Mundo dos Mortos.
Òlufón, o grande Orixá funfum, inconformado com a decisão de Nanã, não somente por ser seu esposo, mas também pela sua condição diante dos demais Orixás, resolveu contornar a situação, colocando-se a seu favor.
Òlufón tinha ciência de que, ao Transpor o portal da vida e da morte, correria o risco de ficar retido no mesmo, mas, mesmo assim, seguiu Nanã sorrateiramente quando a mesma se dirigiu ao Mundo dos Mortos, aproveitando-de do descuido do portal aberto.
Sem que Nanã percebesse, Òlufón observou todos os seus atos e procedimentos junto aos mortos, nada passou despercebido ante a Òlufón, a tudo ele ficou atento: a entrega das folhas, as cabaças, o instrumento que os invocava, enfim, toda a liturgia e ritual da vida, da morte. No entanto, o que mais chamou atenção de Òlufón, foram os cântigos, uma vez que, Nanã ao invés de entoá-los, gungunava.
Após a realização de todos ritual, Nanã voltou ao àiyé, sem perceber que Òlufón a tinha seguido e voltado com ela do Mundo dos Mortos. Ao voltar para o àiyè, Òlufón engendrou um plano para entrar no Mundo dos Mortos e passar para sí os mesmos poderes atribuídos a Nanã. Antes de retornar, para executar seu plano, Òlufón entrou escondido nos aposentos de Nanã, apoderou-se de seu cetro e da sua coroa, colocando-a imediatamente sobre a sua cabeça e em seguida cobrindo-se totalmente com o manto preto e outro feito de palha da costa trançada em forma de rede, vestimenta essa que servia Nanã quando a mesma participava do ritual da vida e da morte. Após isso, Òlufón seguiu rumo a outra dimensão.
Totalmente disfarçado com as vestes de Nanã, Bagbá Òlufón chegou ao Mundo dos Mortos, tratando logo de executar seu ardiloso plano, procedendo da mesma maneira que Nanã. Entretanto, com apenas uma exceção, ao invés de gungunar com os mortos, Òlufón falou-lhes: ” A partir de hoje, vocês obedecerão também ao meu esposo Òlufón. Os desejos e as determinações dele deverão ser cumpridas. Sempre que ele fizer algum pedido, vocês deverão atendê-lo”.
Enquanto Òlufón executava seu astucioso plano no Mundo dos mortos, do outro lado da dimenção, Atioró, o pássaro sagrado que fica ostentado sobre o cajado de Nanã, não cessava de gritar, indo e voltando ao mundo dos mortos.
Nanã, ao perceber ao perceber que algo de anormal estava acontecendo no reino dos Mortos, seguiu imediatamente para o local, chegando justamente no momento que Òlufón terminava seu habilidoso plano. Nanã tentou de todas as maneiras desfazer a trama de Òlufón mas todos os seus esforços foram inúteis, os Egúns não reconheceram a sua voz, pois ela não falava com eles antes, apenas gungunava.
Irada como o procedimento de seu esposo, Nanã pronunciou-se: ” Não tenho como desfazer sua trama, serei obrigada a compartilhar contigo o segredo da morte, portanto, a partir de hoje, serás aquele que tocará o cajado/Oparun por três vezes consecutivas sobre a terra, prenunciando o fim de um ciclo, isto é, a morte de um ser humano.
Não satisfeita e ainda enraivecida, Nanã setenciou: ” Òlufón, em virtude de tua afronta, de hoje em diante, carregarás para sempre sobre teu ombro esquerdo o pássaro Atioró. Aceitarás, tal como eu, somente oferendas de animais do sexo feminino deixando assim de aceitar unicamente animais portadores de sangue branco.
Texto adaptado: Fernando D’Osogiyan
Nos sirés é permitido também para que os homens dancem em suas cantigas?
Eu como sou omogum não danço para nanã, tenho tentando entender se é qualquer homem que não pode dançar ou só filhos de ògúm. Pois não tenho nenhum rodante além de mim homem e além do babá também, que ele também é omogum.
Ògúm bacifuó
Marcelo,
É permitido que entrem na roda e dancem, ocorre que quando uma casa tem muitos filhos, o zelador pede que os homens não entrem na roda para não engarrafar o salão. Todos devem dançar para todos sem discriminação para todos os Orixás, alias, é comum aqui nos candomblés do Rio de Janeiro.
O fato de Nanã não se utilizar do ferro que é o elemento de Ogun, não tem nada a ver em os omo Ogun não daçarem para Nanã, criarem esse interdito sem cabimento. Ela não aceita porque sua liturgia é arcaica e antecede ao ferro, só isso. O resto é lenda mal produzida.
Axé.
Motunbà Bàbá, lindo Itan.
Mo kí o Fernando! Parabéns a todos pelos site e pelos seus idealizadores, acredito que o conhecimento não é de ninguém e deve ser passado. Ki Orisá Osàálá bá fé ati ire o!
Àsè
Rafael,
Olorún súre fún ò.
Mo Jùbá Babá Fernando,
como frequento uma Casa de Nação Efón há muito tempo, gostaria de obter maiores informações sobre a mesma. O Senhor poderia me indicar onde pesquisar ou encontrar informações idôneas? Quero desde já parabenizá-los pelo Site que tenho a certeza de que está ajudando muito a todos que querem aprender e seguir os ensinamentos como deve ser. Sua benção! Admá.
Admá,
Pesquise no Google as casas de Efon e suas ramificações.
Axé.
Adupé Fernando pelos esclarecimentos, agora entendo!
Ògúm bacifuó!
Oi meu nome é luiz ricardo da costa tenho 16 anos nasci em 16 de janeiro de 1996,tenho todas as caracteristicas de filho de exu sem tirar e nem por.Queria saber quais as vantagens e as disvantagens de ser filho de exu.
Luiz,
Todo e qualquer Orixá, inclusive Exú, quer o melhor para seu filho, vantagens e desvantagens estão dentro do seu caminho. Não confunda o personagem com o artista, no bom sentido, muito pelo contrário, ser filho de Exú requer tanto preceito quanto ser um filho de Oxalá.
Axé.
Oi fernando!obrigado por responder.vc tem orkut faicebook ou msn?se tiver me add lá(xxluizr@hotmail.com)este que ei dei serve pra o faice e orkut e msn.muito obrigado mesmo!eu tenho outra pergunta mas preferiria conversar por um desses chates acima que citei.
Luiz,
Quando não estou aqui, estou em outros afazeres que inclui trabalho e minha casa de candomblé e atendimento. Tenho essas ferramentas que você sugere, mais quase não as uso por falta de tempo. Espero que entenda e conversemos por aqui ou se vc for do Rio de Janeiro, marquemos um horário.
Axé.
Ok entendo sim!meu vó tinha um avó que era de cor, ele era bem escuro mesmo,não tinha cabelo do lado mas no meio da cabeça até a nuca tinha uma faxa de cabelo branco ele numca na vida tinha dado risada pra nimguém na vida!e quando deu risada pro meu vô ele começou a chorar sem parar.Até hoje meu vô disse que tinha visto uma carranca!E sempre quando ele bebe começa a xingar pessoas da propria familia.Minha vó diz que as vezes ele começa a ver uma carranca em mim e começa a chingar até a minha vó ele chinga.A mãe do meu vô diz que é a carranca do avó dele.o persegue até hoje!ah mais uma coisa!Ele tinha um livro esquisito que tinha feitiços ou sei lá o nome é são cipriano e qualquer pessoa que saisse atraz dele não conseguia o aconpanhar!dizia que ele virava raiz pedaço de tronco e outras coisas que não me vem á memoria nesse momento.me diga o que podi ser me da alguma imformação obrigado!
Prezados
Desejo a todos um 2012 de muita saúde, paz e axé !
Gostaria de saber quando uma Ekedi perdi o seu filho de santo (morte), o que é feito ? Ela continua como ekedi de outro orixá ?
Não sei se fui clara.
Obrigada
Bela da praia,
Se eu entendi o filho que você se refere é aquele que vira no Orixá para qual você foi confirmada? se foi isso que eu entendi eu lhe diria que você nunca deixará de ser uma ekedi, por que tanto Ogans quanto as ekedis, são confirmads para o mundo TAMBÉM, ou seja servem a todos os Orixás. Servirá a todos os Orixás dentro da sua casa e se precisar em qualquer outra casa de seu Axé ou raiz.
Axé,
olá meu nome é adalberto tenho 36 anos nascido em 21/10/1975 sou filho de oxalá ( oxaguian ) gostaria de perguntar porque na minha vida tudo e tão dificil, e porque com a mesma velocidade que ganho eu tambem perco. grato e no aguardo……………….
Adalberto existe uma regra dentro de nosso culto onde nós dividimos nossos ganhos, alegrias e perdas com Esù.
Não estou afirmando nada, mas pode ser que Esù de uma certa forma possa estar lhe alertando que nem tudo vem de graça.
Pagamos tributos as deidades e elas nos retribuem, é o nosso sacrificio.
Faça um jogo e investigue, pode ser que haja uma outra variante, mas convém investigar.
Ire o.
Muito lindo mesmo, como estou aprendendo é sempre bom ter quem compartilhe os ensinamentos.
Asé
Lindíssima história! Seria a única que explica o fato de Oxalá usar saias e comer bichos fêmeas?
Obrigado.
Rivaldo,
Exatamente! Entender os paradigmas é a questão.
Axé.
É vai se meter a bobo com Nanã. Adorei
E a saia, o Adé que cobre o rosto como das Yiabás ?
Francisco,
Exatamente!
Axé.