Esta semana um comentário no Blog me despertou um sentimento de frustração em relação a algumas pessoas e o modo de se relacionar dentro e com a nossa religião. Baseado nas afirmações indígenas e suas parábolas nigerianas vêem no texto abaixo o destino de pessoas que não encaram os desígnios da egregóra com seriedade.
As faltas cometidas são serias e os atos tanto de iniciados, oyès e sacerdotes, nos remetem a contemplação e pensamentos muito tristes. Os tabus são rompidos, a ética é esquecida em alguma gaveta, o desrespeito com os mais velhos e anciãos são recorrentes, já vimos este fato ocorrer no nosso Blog. Eu sempre digo que este mundo é o “mercado”, onde fazemos nossas compras e levamos para nossa verdadeira casa, o Òrum, que tipo de mercadoria viemos comprar?
Com que produtos devemos alimentar o nosso Eledá, que ficou no òrum esperando nossa volta?
Leiam e reflitam.
Ìdájó Ti Olórun – O Julgamento Divino.
Há um lugar definido, fora desta terra, para onde os falecidos vão. O nome utilizado para este lugar é Òrun que, num sentido geral, significa Céu, o lugar onde Olodumarè, os Òrìsás e os espíritos diversos habitam.
A denominação de todos esses habitantes do Òrun é Ara Òrun, cuja principal diferença entre eles e os araàiyé (habitantes da terra) é a de que aqueles não necessitam do èmí, a respiração, para sobreviver, no dizer de J. E dos Santos – “o òrun é todo espaço abstrato paralelo ao aiyé”. Outros alegam que o Òrun é muito longe, sendo por isso que o recém-morto tem que adquirir energia, consumido a comida e a bebida oferecidas durante a s cerimônias fúnebres, antes da ida para a longa viagem.
Para uma conclusão lógica da localização do Òrun, devemos nos fixar no seguinte: se Olodumarè é a origem desta alma que continua a viver depois da morte, ela forçosamente irá regressar à sua origem.
O Òrun é dividido em outros tantos espaços para acomodar todos os tipos de espíritos. São em número de nove, segundo as tradições, embora tenhamos conseguido relacionar apenas oito, com denominações diversas e condizentes com suas finalidades:
– Òrun Rere- o bom lugar para aqueles que foram bons durante a vida.
– Òrun Àlàáfíà- o local de paz e tranqüilidade.
– Òrun Funfun- òrun do branco e da pureza.
– Òrun Babá Eni- o òrun do pai das pessoas.
– Òrun Aféfé- o espaço da aragem, local de correção, onde os espíritos permanecem e tudo é corrigido, e lá ficarão até serem reencarnados.
– Òrun Ìsàlú ou Àsàlú- local onde são realizados os julgamentos.
– Òrun Àpàádi – o òrun dos “cacos”, do lixo celestial, das coisas
quebradas, impossíveis de reparar e de serem restituídas à vida terrestre através da reencarnação.
– Òrun Burúkú- o mau espaço, quente como pimenta e destinado às pessoas más.
Alguns dos òruns relacionados se equivalem pela finalidade que possuem, os mortos são encaminhados a um desses espaços após o fator decisivo do julgamento divino, pois, na realidade, o julgamento ocorre durante todo o tempo de vida da pessoa na terra. As divindades contrárias ao mal acompanham as pessoas em sua vida diária e dão a sua punição.
O juízo final fica a cargo de Olodumarè, decidindo quais são os bons e quais são os maus, e os encaminham para os respectivos òrun. O julgamento é
baseado nos atos praticados na terra e devidamente registrados no orí inú, que retorna para Olódùmarè. A maneira como é feito julgamento pode ser entendida através do seguinte provérbio:
“Todas as coisas que fazemos na terra, damos conta de joelhos no céu”
Somente quando se é absolvido por Olodumarè é que se tem a oportunidade de
reunir-se com seus ancestrais, podendo-se reencarnar e renascer dentro
da mesma família.
Se alguém, porém é condenado vai para o Òrun Àpáàdi, onde irá sofrer com os maus. Quando finalmente for libertado, não terá oportunidade de viver uma vida normal e será condenado a errar, por lugares solitários, comendo alimentos intragáveis.
Isto é lembrado em trechos de palavras de despedida a uma pessoa que morre:
“Não coma centopéias
Não coma vermes
Coma as coisas boas que eles comem no céu
Coma com eles”
Fonte: http://br.geocities.com/cleidepizani/
*Os nomes dados aos espaços do òrum carecem de confirmação.
Babá Da Ilha,
O senhor me perdoe a colocação que farei, mas me incomoda quando o senhor diz: “a nossa religião”: a maioria aqui é do Candomblé, e não da sua religião, que é a CTI, com todo o respeito à CTI.
Porém, como candomblecista, não partilho destes conceitos. Para mim, trata-se de um catolicismo traduzido. Veja:
Òrun Rere = Céu
Òrun Aféfé = Purgatório
Òrun Burúkú = Inferno
Isso só pra citar uma pequena amostra.
Outro dia comentei com uma pessoa: “aquele blog, que um dia chegou a ter um texto magnifíco sobre a inexistência do conceito do Pecado Cristão no candomblé, do jeito que ruma vai acabar um dia tendo um post que legitima o conceito de Pecado, quer apostar? E num blog que se chama O Candomblé!!!”
Dito e feito.
Veja, meu objetivo não é cencurar nada. O senhor posta o que desejar, a gente lê o que desejar. Meu objetivo é apenas dizer que me incomoda ouvir: “a nossa religião” logo após o logotipo “O Candomblé”, e em seguida afirmar conceitos alienígenas a nós.
Me perdoe a franqueza.
Ire O
Luciano, eu bem me lembro que vc comentou que estava cameçando a estudar nossa religião, eu inclusive lhe elogiei por esta atitude, não jogue por terra o conhecimento adquirido. Nas suas entrelinhas vejo um ar de preconceito, um Q de querer separar matriz CTI do Candomblé, não existe este conceito dentro da Tradição, se o que percebi está em desacordo com suas palavras me desculpo antecipadamente. Não fui eu que nomei os espaços do Orum e fiz um observação ao fim da postagem que não havia confirmação destes nomes. Quanto a nomenclatura que vc descreve, prugatorio, ceu, inferno e etc…, creio que não é esta a mensagem passada. Sempre digo que temos que nos aprofundar em conhecimentos para sabermos o que estamos cultuando. Os grandes movimentos em direção ao Orum rere, dizem respeito aos Eewò de Odu e Òrisá, Iwà Pèlé e Adoração. A saldação no Oro de Ori, Ori apere o, nada mais é que um pedido para que este Ori ascenda ao trono mais alto, abaixo apenas de Olodunmarè, que é seu por direito, basta buscar a perfeição nas suas varias encarnações (atunwà).
Quanto a questão do pecado vc tem razão, ele não existe, mas você/nós não escapa de suas faltas e nem precisa se arrepender, estará na sua/nossa, conta com certeza.
O culto da ancestralidade precisa ser estudado por todos, se estamos onde estamos hoje é porque os anteriores nos emprestam seus ombros para nos sustentar.
É um culto que passa ao largo desta discussão,Eegungun, Ipori, Ikù, Nanã, Obaluayè, Òyà, Yewà, Osòósi, Obatalá, Òrúnmìlá, Oyekù, Irosun, Ose, etc…é tanta energia, òrisá e Odu envolvido neste preceito que somente uma vida inteira para poder entender. Não faça este tipo de critica, não tencione abrir uma vala entre CTi e Candomblé, adoramos energias e precisamos entender este mundo invisivel para podermos tirar coisas boas emanadas pelos òrisás.
Oyeku-meji
No dia que a mãe da morte foi espancada no mercado Ejìgbòmekùn
A morte ouviu ..!!! um grito alto… Enfurecida a morte fez do elefante esposa de seu cavalo… fez do búfalo sua corda. Fez do escorpião seu esporão bem firme e pronto para a luta !!!!!!
Foi assim que a morte começou a matar….
Nós não oferecemos a outra face. (não temos paralelo com o cristianismo).
Ire o.
Babá Da Ilha, kolofé
Sou iniciado e devo-lhe meus respeitos. A intenção não é criar preconceitos, é estabelecer conceitos. Esta ética proposta em suas postagens, não é a mesma ética do Candomblé. Éticas não são todas iguais, são historicamente construídas. Não abrir um valo não pode implicar em dizer que é a mesma coisa.
– A ética — o Ethos – que está subjacente ao candomblé foi construída a partir da matriz africana em interação com a mestiçagem policultural brasileira. Ou seja: preservou-se, nas casas mais tradicionais, os ritos ditos “puros” em termos de africanidade. Mas a condução do Ethos, da ética se deu e necessariamente têm que se dar a partir da interação com as influências socioculturais da mistura brasileira, sendo a lógica européia apenas uma das vertentes. De outro modo, não seria ética, seria artificialidade.
– A ética da CTI é historicamente construída em outra sociedade, Yoruba. É diferente e não há nenhum desabono nisso. Não é nem melhor nem pior. Porém éticas influenciam entendimentos. Por isso, a maneira como passaram a ser entendidos os poemas de Ifá sofreu grande influência das missões católicas e protestantes européias na região, ao longo de muitas décadas. Basta uma AD (análise de discurso pontual) para rapidamente verificar isso. Este texto, por exemplo, não fala em pecado, mas guarda-lhe o sentido, afinal aqueles que o cometem talvez acabem indo para um lugar que é quente como pimenta, destinado às pessoas más e fica no final da lista. O que é? O que é? Não é o inferno, mas é a influência deste conceito na sociedade nigeriana, diferente da brasileira. (vale ainda lembrar que “juízo final” não é uma expressão propriamente africana, não?)
Em suma, cultua-se as mesmas energias, mas a interpretação ética é diferente. E a interpretação ética influencia totalmente a composição, tradução, reescrita e divulgação dos poemas sagrados. Os poemas sagrados não são uma descoberta arqueológica, não são um dado natural. Foram escritos por homens e homens historicamente constituídos. E reinterpretados por homens e homens historicamente colonizados.
Ire o.
PS: o senhor não quis se entendido como com influências do catolicismo, e nem por isso estava sendo preconceituoso com os católicos; estava apenas querendo estabelecer uma diferença. Do mesmo modo, não tenho preconceito contra a CTI, apenas a diferencio. Nem melhor nem pior, mas não “é a nossa”: “são as nossas”. Aí sim: as nossas religiões sem dúvida guardam semelhanças de culto, embora com éticas muito diferentes, porque feitas por pessoas de sociedades diferente.
Axé;
Luciano, os poemas de Ifá, sofreram influencia muito forte em Cuba e America Central, os famosos patakins, sabemos muito bem onde pisamos ao ler estes patakins, os Poemas Nigerianos, estão guardados na memoria deste povo resistente e sábio, tendo-lhe a ONU outorgado o titulo de: O Maior Museu Vivo da História da Humanidade, está tudo guardado na cabeça destes anciãos, portanto o conceito de ter sido escrito pelo homem ou não deixa de ser um detalhe quando Ifá nos diz que muda-se o personagem, porém o problema é o mesmo, soma-se a isto a medicina aplicada, ebó, oriki, ofó e òogum. Se isso nasceu da cabeça do homem, mérito do homem que sabe se conectar com o Eleri Ipin e transmitir as ordens de Òrunmìlá para que se cumpra o determinado.
Deu certo, dá certo e irá dar certo. Não vou levantar bandeira nenhuma pois não faço destinção entre Candomblé e CTI, sou raspado no candomblé, vivi dentro do candomblé desde 1986 e nunca diria uma infamia que fosse contra essa religião.
Eu me encontro dentro de uma religião que não abre um Obi com faca, que não enxerga qualidade de Orisá e sim a sua energia que está dentro da natureza, que louva o fogo na hora de acender uma lamparina, que encanta um igbá antes de imolar, que Òrunmìlá existe como senhor e testemunha do nosso destino, o unico que pode mudar o dia da nossa morte, o Profeta de Olodunmarè, que Esú nuca foi escravo de òrìsá, que enxerga Ifá como uma filosofia de vida, como ensinamento perpétuo. A Tradição Ioruba nada mais é tentar entender estas forças e tirar proveito desta mecanica engenhosa que Olodunmarè nos ofertou. Saber o lugar de cada energia neste jogo complexo, Iyá mi Agba, Oro, Eegungun, Elemerè, Ejimere, Irunmolè, Igba imolé, Òrìsá, Elà e Olodunmarè. Isto é Tradição, nada mais que isso. Não julguemos sacerdotes, somos sabedores das qualidades de cada um, tanto lá quanto cá.
O sentido de pecado que você aborda não seria uma forma de copiarem mais uma vez nossa forma de enxerga os espaços do Orum? Como copiaram as imolações, as saudaçoes, os orikis, os ofós, as ofertas de alimentos. Já falei nos Livros dos Mortos, que contem os 10 mandamentos, foi escrito seculos e seculos antes de sua primeira divulgação. Não somos fundamentados em conceitos católicos a ordem é inversa, como não se controi uma religião sem inimigos, todos criaram os seus, menos nós e ai incluo todas as vertentes da Tradição. Ainda hoje vejo pessoas colocando seu Ilekes e fazendo o sinal da cruz no peito com ele na mão, nós somos de outra religião? Quem foi pra Igreja catolica fazer novena e ladainha vistido de baiana e abadá? Que foi lavar a escada da Igeja? Não fazemos sincretismos e não tenho um minino de problema com os dogmas catolicos, apenas não professo. Aprofunde os estudos em cima do tema colocado e poderemos discutir porque Òyà é senhora e encaminhadora daqueles que morrem a um dos nove espaços do Orum.
Não se trata de filosofia, ethos ou ocidentalizar uma religião, trata-se de fundamento, trata-se de Ori, onde tudo começa e onde tudo termina.
Ki ba se o.
Amigos,
Por conhecer o Da Ilha e sua devoção ao culto tradicional, bem sei que seus textos, em sua maioria, estão ligados aos conceitos do seu culto, daí meu respeito e admiração e estou sempre aberto ao conhecimento, sempre aprendo alguma coisa, tiramos proveito e, acredito, que ele também.
No candomblé ketu/Jeje/Egbá/Efan/Nagô aceitamos, por conveniencia, o sincretismo religioso e toda influência européia/catolicismo, etc, até bem pouco tempo, se enraizou-se em nossa cultura, mas, bem sabemos quem somos. Somos livres para morrer, somos livres para nos desentregarmos no espaço, somos livres para sermos consumidos pela terra, somos únicos e desapegados de conceitos e verdades absolutas.
Sou Orixalistas e mais nada, com dogmas, liturgia e teologia, os alicerces de um Ilê Axé e suas raízes.
Axé.
“Amém”.
Babá Fernando, brilhante como sempre, falou tudo que eu queria dizer, com a simplicidade dos sábios. Modupé babá.
MOTUMBÁ BÀBÁ!OBATALÁ KI BA SE O!ASÉ,ASÉ,ASÉ.
Lendo o texto me lembrei de uma postagem de um amigo…
…vejo todos os dias pessoas se intitulando grandes sacerdotes com um conhecimento vastíssimo, porém vejo pouca gente se preocupando com o mais importante que Olodumare, “Deus”, prega, que é o amor ao próximo e a verdadeira evolução do ser humano. Melhorar como pessoa!
Ebós,proteções, magias existem de verdade, porém não eximem as pessoas das responsabilidades de suas atitudes, arcamos em nossas vidas com as consequencias de nossas escolhas e com certeza tudo nos traz um ensinamento, isso é o que importa.O que levamos conosco são só os ensinamentos!!!
Caráter, caráter e caráter!!!
O caráter conduz o Ori e Ori conduz as atitudes!!!
mojuba omo ifá d’ilha!!!felicidade e sucesso para o senhor!
Gostei muito do texto, e quanto aos comentários não vi analogia ou similaridades ao catolicismo em particular mas as manifestações Teista em geral guardam certos pensamentos em comum e, na minha humilde opinião isso se deve ao fato de haver apenas um Deus e tudo emana dEle logo, todos os caminhos que levam ao sagrado findam por se encontrar em algum lugar.
Walter, mo juba ase. Erinlè se o.
MUTUMBÁ,BOA NOITE,PARA MIM O TEXTO TRAZ TRADUÇÕES DE PALAVRAS E INTERPRETAÇÕES DE FATOS,TRAZ UM MOMENTO DE REFLEXÃO QTO A NÓS MESMOS E OS DESTINOS TRAÇADOS POR NÓS,AS CIRCUNSTÃNCIAS PELAS QUAIS PODEMOS PASSAR DEVIDO AOS NOSSOS ATOS.DIG TRADUÇÃO POIS ORUN=CÉU,OLODUMARÉ=DEUS SUPREMO. NÃO TEM NADA A VER C CATOLICISMO,E NEM UM DEUS DE BARBAS BRANCAS SENTADO NUM TRONO JULGANDO,MAS SÃO FATOS EXPLICATIVOS P MIM.BABÁ DA ILHA OBRIGADO POR SE DISPOR DE SEU TEMPO,P TRANSMITIR PENSAMENTOS,IDÉIAS,CONSELHOS,TROCA DE EXPERENCIAS,POIS QDO NÃO EXISTIA ACESSO A ESSES TEXTOS DOS COLABORADORES A NIVEL DE ABERTURA DE DISCUSSÃO,A INFORMAÇÃO NÃO ERA TÃO DIFUNDIDA EM ABERTO.Q OGUN TE PROTEJA DA ILHA OBRIGADA PELA SUA COLABORAÇÃO,E REFORÇO O FATO DE Q SEMPRE Q ALGUÉM ESTÁ BEM INTENCIONADO,SEMPRE HAVERÁ CRÍTICAS OU REPROVAÇÃO POUCA GENTE COMEÇOU A REPASSAR ASSUNTOS IMPORTANTES GRATUITAMENTE,INFORMAÇÕES Q MUITA GENTE NÃO OBTEM DENTRO DA CASA DE AXÉ VCS ESTÃO REPASSANDO.OBRIGADA POR EXISTIR ESSES SITES ATUALMENTE AJUDANDO A ENRIQUECER MESMO Q ENTRAMOS NUM DEBATE,E NÃO ESTOU CRITICANDO OPINIÃO CONTRÁRIA A MINHA.ASÉ!
Amigos,
Meu conceito como Orixalista é que “não levamos nada”, absolutamente nada, sem essas amarras de julgamento, prestação de contas, essa mistura ideológia e cultural de Deus e Olodumare. Olodumare não prega nada, ele é em energia tudo! Deixamos como legado a nossa responsabilidade, nosso exemplo de fazer o bem, sermos religiosos, deixarmos nossa semente bem plantada e dando frutos aos nossos sucessores em nossa sociedade e nosso Axé.
Vivemos a vida marcando encontro com o amanhã, com nossos objetivos, com nossos sonhos, com nossa fé nos Orixás. Somos intolerados por preconceitos ainda escamotiados, pasteurizados, sorrateiros, intranzigentes e podres, alguns com disrcursos de pastores que se dizem espíritualistas.
Orixá é só Orixá dentro do Candomblé, nossa liturgia, nossas rezas e orikís, nossos rituais, nossa cultura se modernizando sem perder a essência, nosso Orí como fator preponderante à tudo, nosso morin branco, nosso fio de contas, nossos ancestrais, nossa raiz, nossa independência.
O dia a dia na sociedade em que vivemos com leis e deveres de cidadania, a educação, os costumes de cada cidade, região e estado, o respeito a democracia, trabalho,família, etc, também fazem parte do conceito. Conviver com as diferanças, respeitá-las e principalmente não estabelecer radicalismos religiosos à despeito de qualquer argumentação.
Estabelecer o diálogo sem catequisação, defender a causa de sua fé, compartilhar sabedoria, acho que valhe à pena estar aqui.
Axé.
Axé Babá Fernando! Saudades destes seus comentários maravilhosos, simples porque geniais, comentário de gente que faz da vida e da fé uma poesia espontânea, sem moralismos desnecessários nem mandamentos alheios!
Modupé Babá!
Gostaria que me tirassem uma duvida.
existe algum tipo de impedimento de um babalorixa tambem receber guias, como na umbanda e ate que ponto isso pode atrapalhar as pessoas que vao a esse ile em busca do candomble.?
Ja tenho uma ideia sobre esse assunto mas gostaria de ouvir algo de vcs que realmente entendem da religiao
Julio, ele trabalhar com outras energias, tendo o cuidado de separar os cultos, não tem nunhum impedimento. Esta é minha visão.
Ire o.
Eita! Agora embaralhou tudo!(rsss).Por gentileza,poderiam me explicar,no Candomblé existe reencarnaçao?Para onde vamos,se vamos,ou o que viramos após a morte.Obrigado
Paulo,
Esse tema divide opiniões, eu particularmente não acredito em reencaranação. Morremos e FIM, acabou. Poderemos ser divinisados pelo que fizemos em vida, etc, seremos ancestres de nossa energia única, por exemplo: se sou da energia de Oxalá e dessa energia nasci para vida, quando morrer minha energia de vida retornará a sua matriz e se dissolverá. Noutro plano ficará nosso Egun, que será encaminhada através do ritual do axexê.
Axé.
Bàba Fernando, colaborando. Deixo expresso meu pensamento e entendimento sobre Atunwà (reencarnação). Acredito piamente na reentrada do ser humano na vida terrena como uma conceito que determina o aprimoramento do carater e da evolução espiritual. Uma pq história nos conta Ifá, através de um de seus Ómó Odu.
Atunwa é a reencarnação, de acordo com a teologia Yorùbá. É um dos princípios mais importantes do nosso sistema de crenças e visão de mundo. Na verdade, é absolutamente seguro dizer que, “Se você não entender o que é atunwá, nada mais que você fizer na religião Yorùbá fará qualquer sentido.” Contrariamente à crença popular, o culto a Òrìsà não é sobre o acúmulo de poder e riqueza. Não se trata de bibliotecas ou acumulação de conhecimento, contas coloridas e assentamentos incontáveis. Religião Yorùbá tem absolutamente tudo a ver com o estabelecimento de um equilíbrio entre o céu e a terra.
Ajo laiye, a viagem da vida, ocorre em um contínuo espaço-tempo que remonta ao tempo antes do tempo, das quais atribuídas a cada linhagem por Olodumaré, é individual a sua missão na Terra. Meu segundo professor, Onilu Yagbe, era notório por citar o provérbio que nos lembra “que você deve completar a missão dada por seus antepassados.” Aqui, é importante notar que, enquanto os hindus acreditam que uma pessoa vai renascer como uma forma de vida melhor ou forma de vida inferior em conseqüência do comportamento de maior ou menor grau de atitudes negativas, o pensamento Yorùbá nos ensina que as pessoas estão reencarnando dentro de suas próprias linhagens. Assim, a conseqüência do mau comportamento estará fazendo você renascer para a pobreza mais tarde. Da mesma forma, a conseqüência de um comportamento exemplar você estará renascendo em circunstâncias favoráveis nas futuras gerações. O pensamento tradicional Yorùbá acredita no renascimento como meio através do qual toda uma linhagem pode satisfazer suas obrigações celestiais.
Odu Ifá Irosun Iwori diz:
Vamos fazer as coisas com alegria.
Aqueles que querem ir, deixem ir.
Aqueles que querem ficar, deixem ficar.
Certamente, os seres humanos foram escolhidos para levar o bem ao mundo.
Aquele que tudo sabe. Babalawo que foi consultado por Òrúnmìlá.
Jogou Ifá para Òrúnmìlà.
Ele disse que os povos do mundo viriam lhe fazer uma pergunta.
Ele disse que Òrúnmìlà deveria sacrificar. (fazer ebó)
Òrúnmìlà ouviu e sacrificou.
Um dia, todas as pessoas, boas pessoas e pessoas más se reuniram.
Elas então falaram a Orunmila.
Eles disseram ir e vir para a Terra nos cansa Òrúnmìlá.
Portanto, permita-nos descansar no céu.
Òrúnmìlà disse: você não pode evitar ida e vinda a Terra,
Até que você traga seu Iwá Pèlé (bom caráter) que foi ordenado por Olodumare para cada ser humano.
Depois disso, você pode estar no céu. (descansar).
Desta forma, podemos ver que a religião iorubá é preocupada com o equilíbrio e a harmonia existente entre o céu e a terra. “Afarabale, que quer dizer autocontrole, bom costume e diplomacia, é uma autoridade que emana de uma calma imperturbável” é muito importante para os iorubás porque, é só por estarem bem sentadas neste santuário de calma imperturbável que se pode dar a devida atenção a todos os elementos da vida e entender suas relações simbióticas.
Potanto temos um visão religiosa e cultural, de dentro da Tradição Ioruba que não consta dos ensinamentos do Candomblé, visões diferentes que não precisam ser seguidas a risca e nem levadas como verdade absoluta.
Uma questão de foro intimo e livre-árbitrio.
Mo juba Obatalá.
Epááááá´òrìsá.
Ire o.
Da Ilha,
Respeito a tese muito bem esplanada da Tradição, porém, como Orixalista entendemos que nossa energia retorna a sua matriz, essa energia sobrenatural além dos limites do que se parece impossível. Olodumare nos oferece a vida com livre arbítrio, sem amarras e conceitos “Re-ligiosos” e nosso odú. O retorno (atunwá) da energia de uma mesma matriz, não configura uma reencarnação e sim retorno.
Para cada retorno (atunwá) Oxalá Babá Ajalá nos oferece um Orí oriundo de cada matriz de energia no Orun. A energia do Vento, das Águas, da Terra, do Fogo, do Ar.
Um ìtan Dídá Àiyé nos diz: ” O ile wà, ile mbò, o ile mbó”.
“Tu és pó, porque do pó tu vieste, e ao pó voltarás”
Mò Júbà Omo Odé láe-láe!
Òké Àró!
Axé.
Deixa eu ver se entendi,então no candomble não existe ” o acerto de contas”, na visão Yoruba,mesmo que você não praticou o bem(e já li sobre o conseito de pecado para os yorubas),mesmo que tenha matado alguem,todos voltarão a fazer parte da mesma energia da qual foi concebida?(deixo claro que não é uma critica,apenas uma pergunta,não defendo nenhum lado,apenas quero conhecer um pouco mais)
Paulo, eu nunca discuti atunwà dentro dos dominios do Candomblé, não conheço esta visão por parte de sacerdotes. Como a religião prega um conceito e vc aceita ou não, não podemos dizer que é certo ou errado o que está posto. O conceito de pecado não existe, o que existe são suas atitudes e suas consequências, boas ou más. O conceito sobre atunwà dentro da Tradição Ioruba é o que está no post.
Ire o.
Eita, já que o assunto de reencarnação voltou à tona, eu vou repetir alguns questionamentos sobre o tema relacionado a Candomblé que eu fiz há algum tempo e que passaram batido:
“Submetido em 2011/02/20 a 7:32 pm
Estava lendo aqui alguns comentários do post quando vi o questionamento do Da ilha juntamente com os comentários do Nelson e da Iyá Oyá Funkè relativos a aborto, nascimento, reencarnação…
Reencarnação é um tema que muito ocupa os pensamentos dessa Iyawô de Oyá que vos fala. Já li um pouco, já ouvi opinião de mais velhos e ainda não cheguei a uma unanimidade (penso mais ou menos em algumas impossibilidades de opinião por minha parte). E as minhas dúvidas pairam justamente quando eu questiono sobre a religião entre os yorubás e o Candomblé aqui no Brasil.
Certa vez li que “O Orixá é o agente da procriação que decide sobre a aparição de toda criança.” e que “cada ser humano é um representante do deus ancestral”. Quando ele fala o orixá, ele se dirige ao orixá cultuado pela família, pela tribo ao qual ela pertence. E todo “retorno” de um ancestral familiar está ligado ao deus da sua família, ou seja, o orixá. Conclusão: a família sempre será a propagação do culto ao mesmo deus.
Acho esse conceito muito objetivo e organizado. Organizado porque ele trata da reencarnação de uma maneira parcial, como se o ancestral não reencarnasse literalmente na criança nascida e ainda continuasse com todos seus atributos que conseguira ao se tornar um ancestral. Atributos estes que o permitem fazer pela família mesmo não habitando o aiyê.
Diante disso eu retorno o meu foco ao Candomblé aqui no Brasil e o seu sistema de organização. Não temos clãs que reverenciam um único orixá, portanto a nossa ancestralidade familiar não está ligada à um único orixá e se não está, como fica essa perpetuação de culto ao deus ancestral? Como seria explicado o sistema de reencarnação no nosso meio religioso aqui no Brasil sabendo que eu como filha de Oyá posso me casar com um filho de Xangô e ter um filho que venha com Yemanjá em seu ori?
Bem, mais velhos, espero que as visões de vocês me ajudem a concluir uma opinião já em vias de formação”.
Axé!
P.S.: Acho que o meu questionamento é bem próprio de uma pessoa iniciada em Candomblé.
me desculpe pela ignorancia,mas sou totalmente leigo em relação a este assunto.Gostaria de saber objetivamente,ou seja,um criminoso,que matou,estuprou,etc,ele morre e passa a fazer parte da mesma energia dos seus opostos?Ou existe “umc antinho”separado, como em outras religiões?
Daya,
A reencarnação não existe, cultuamos os Orixás: Princípio, meio e fim! Não existe um Odú que nos apresente a reencarnação, apenas o FIM (Opirá). Conceitos agregados de outras religiões, deturpam a natureza do culto ao Orixá. Nas cidades africanas como Elejigbô, por exemplo, o Rei é (ou se julga) descendente direto de Osogiyan, porém, quando ele morrer, ele poderá ser divinisado pelo seu povo ou não, mas, nunca reencarnará (vide os reis de Oyó,etc) Rei morto, rei posto, provérbio Yorubá.
A própria sociedade Ogbomi apenas celebra o retorno do pó.Um ìtan Dídá Àiyé nos diz: ” O ile wà, ile mbò, o ile mbó”.
“Tu és pó, porque do pó tu vieste, e ao pó voltarás”.
A vida é celebrada, a colheita é celebrada, o nascimento é celebrado, o sol é celebrado, a chuva é celebrada, a paz é celebrada, os ancestrais são celebrados, enfim, a natureza in natura é celebrada.
Por fim, não é uma visão, é sim a certeza que Orixá é energia que habita em nós e a sacralizamos quando nos iniciamos e que quando morremos, essa energia retorna (atuwá) a matriz de seu Orixá no Orun, nosso egun (espírito) é encaminhado à sua família para o plano da ancestralidade através do ritual do Axexê se assim for o caminho determinado por Orunmilá.
Para o Orixalista o Tempo é Aqui e Agora.
Axé.
Paulo,
Não há ser humano sem defeitos e alguns são imperdoáveis. Quando um criminoso morre, seu espírito que é composto de uma enorme negatividade, ficará para sempre perdido na terra até esvair-se completamente.
Axé.
entendi…neste caso então não existirá o famoso perdão divino,como em outras religiões?
Paulo,
No candomblé não existe pecado e nem perdão divino, termos oriundos de outras religiões.
Axé.
Ola, abenção!
Alguém, se possível poderia me dizer as características básicas de uma pessoa cujo Omo Odu regente de sua vida é o omo odu “Oxê + Ejilaxebora”?
Agradeço muito!
Sandra o Omo Odu Ose’wori (elisão de Ose com Ejilasebora). Fala da do poder da grandeza, que tem que ser dosado para não destruir o que está a sua volta, inclusive sua familia. Portanto é um Odu que vai exigir o tempo todo de vc uma postura ponderada. Estudar seus atos e palavras para que não desmorone o que está a sua volta. Este Odu adverte seus filhos de que o trabalho em demasia cria distancia no relacionamento, pois são aficicionados por trabalho. Iwori na segunda casa vai enaltecer sua visão mistica, sua percepção em ver as coisas como elas realmente são. Pessoas deste Odu deveriam cultuar Ifá e Òsúm.
Ire o.
Salve!!!
No texto o outro menciona, em suma, que achou apenas 8 dos 9 “espaços”… Ora, o “espaço’ que falta não seria o Ayè?
NÃO ‘TOU AFIRMANDO!! Mas me lembro de ter recebido um conhecimento oral de quatro “Oruns Positivos” e seus quatro “negativos”, e por favor, não entendam como “do bem” e “do mal”, apenas opostos complementares!
Me perdõem, não vou lembrar quem me falou isso, na época, ainda era novo e buscava meu lugar, era kardecista e cheio de préconceitos nessa época. Em todo caso, pela similariedade dos nomes, faz sentido:
9º – Rerré
8º – Aláfia
7º – Funfun
6º – Eni
5º – Ayè
4º – Afefê
3º – Axalú
2º – Opaodi
1º – Buruku
…Ou não tem nada a ver e o Ayê não entraria nessa classificação?
Axé!!
Bizzyboy, se fizer-mos uma avaliação do que está escrito pelo autor veremos que o Aiyè não se coloca como um dos nove mundos invisiveis, pois todo e qualquer citação ao nosso mundo ganha o nome de ” Mundo visivel”, portanto estaria fora desta lista.
Ire o.
Babá, uma pergunta; como se diz em língua yorubá “guerreiro dos olhos d’água”? obrigado,
asé o.
André Luiz,
Ajagunan ojú omin.
Asé ò.
Kolofé aos mais velhos, repito que goto desta pg de verdade pelas explicações passadas e dúvidas tiradas dos mais novos sem qualquer halo de arrogancia ou orgulho. o Sr. dailha muito bacana , o Sr. Fernando DÒsogiayan o mesmo sinonimo. Duas cabeças pensantes dentro de um mesmo universo , Eu escrevi UNIVERSO . Desculpe, mas eu acho que não devriam os dois se envolver, nestes tipos de debates virtuais , claro que o direito de replica se faz necessário mas a partir que é sentido um algo de estranho na forma de se redigir certa resposta meus bons , merece um belo final cute e pronto , pois acho que cria um redemoinho virtual , e nossas cabeças ficam a imaginar , imaginar , e não é muito saudável , estou errado meus mais velhos, …… Acho eu que devemos estudar , estudar estudar , tirar dúviidas , mas com suprema elegância , clareza e humildade. Não gosto de jogar confete tão pouco fazer apologia disto ou daquilo mas aqui eu deixo minhas profunddas saudações aos Srs Dìlha e Fernando DÒsogiyan e meu humilde apoio, Espero que continuem a nos emitir fachos de luz , colaborando para o nosso esclarecimento e pronto kolofé / mukuiu / saudações / …………ARTHUR DIAS DA SILVA
Arthur, vc é um gentleman, obrigado pelo carinho e pelas palavras. Esù lhe cubra de bençãos e lhe aponte um caminho de vida longa e prosperidade.
Ki ba se o.
Arthur,
Desculpe-me discordar, mas, nós merecemos.
Òlorún súre fún ò.
Axé.
Boa noite,
Bom para nós latinos a morte significa um acontecimento triste quando partem nossos entes queridos diferentes para os africanos que cultuam a morte como um “retorno”, que nada mais é da verdade.
O que gostaria muito de saber é o seguinte, dizem que quando um “recém-morto” não tem forças para irem a seu orun e que por isso devem ser oferecidas coisas p/alimentá-lo e assim lhe proporcionando força o suficiente para ficarem fortes e assim seguirem o “curso”. Não sei se é verdade, mais se for, poderiam me dizer como se faz isso?????…
Por favor não me entendem mal, mais quero saber se à alguma verdade nisso. E que por favor me expliquem.
Obrigada,
Juh
Juh alimentamos nossos entes queridos com comidas e intruimos eles a comerem coisas boas que existem no Òrúm, recitamos orikis e fazemos diversos preceitos, mas não posso ir além disso.
Ire o.
Juh,
colaborando, isto chamamos no candomblé ketu/nagô de Axexe, um ritual especial à aquele ente que morreu, o Egun propriamente. O retôrno (Atunwá) que acreditamos está na energia que nos mantém vivo, a energia matriz do Orixá e não daquele que viveu na terra, aí seria o culto Kardecista. Para nós Orixalistas, estaremos sempre cumprindo uma única existência, porém nossa energia mantem-se em constante renovação.
Axé.
Da Ilha e Fernando D’Osogiyan,
A benção meus babas.
Muitíssimo obrigada pela a atenção e cautela. Entendo os “limites” e realmente agradeço muito mesmo.
Axé a todos.
Boa noite meu nome é ramon eu sou dofono d’omolu. e no meio de pessoas que entendem muito masi do que eu eu me atrevo a dizr apenas uma coisa .
o certo é que niguem sabe para onde vamos e nem como iremos,mas é certo que nunca nenhum orixá ou exu reponde tal pergunta então venho da premissa que nós não temos o entendimento suficiente para saber ,ou merecimento para tal resposta então o jeito e seguimos o que nossos zeladores nos ensinam e viver fazendo o que é certo e esperando que o local para que nosso espirito vá logo que deixa nosso corpo carnal seja tão belo quanto aruanda.
ps alguém sabe como faço para aprender iorubar? e onde?
Mutumbá axé a todos
ramon,
O Professor José benistes ministra curso da língua Yorubá, veja no site do ICAPRA/RJ.
Axé
Bom dia meu nome e EDENIZ Maria Silva ROsa.Sou solteira morava com meus PAIS.Meu pai morreu de acidente de onibuns, que nao teve justiacia para o assino dele.Minha mae morreu de erro medico.Agora que eu quero saber se possil.O VESTIDO DELA SUNIU no varal de roupas depois deste roubo lea ficou 15 dia no C.T.I.e faleceu lucida e perfeita . Pergunto pode alguem ter roubado este vestido so para fazer maldade com miha mae que era tao boa em todos sentidos.Me fale por favor . MONE DA MINHA MAE ;RITA SILVA ROSA NAS; 26 de junho de 1924 . fal;29 de abril de 2005;MEU PAI PEDRO RSA NAS ;29 DE JUNHO DE 1922 FAL.10 DEJUNHO DE 1998. Easim eu fique moro com minha irma caçula que muito boa para mi e familia dela. ABENÇA DE TODOS E MUITO OBRIGADO PELA ATEÇAO. AMEM.
Edeniz, o maior inimigo de nosso corpo é a nossa concência. O que desejamos pode realmente acontecer.
Eu diria que vc deve procurar um jogo para saber as resposta que vc deseja.
Mas não coloque sentimentos negativos dentro de seu peito, ele podem acabar lhe ferindo.
Ire o.
Babá Fernando, sei que o tópico é antigo mas serei muito grata se puder me explicar melhor esse conceito do retorno da energia a matriz.
Quando nascemos além de recebermos um Orí de Ajalá, também existe um ou mais Orixás que regem nossa vida. Quando fazemos a feitura, é para estes Orixás que nos iniciamos?
Já ouvi que somos feitos/criados de uma energia e indiferente de quantas vezes que retornemos, sempre será a energia do mesmo Orixá que retorna, não entendi muito bem esse conceito.
Quando morremos, a energia que nos mantem vivos retorna para a matriz, nosso Orí vai para onde? Nosso egun é encaminhado para junto de nossa ancestralidade. Onde ficam gravadas nossas experiências vividas?
Muito grata.
Ana,
Não acredito em retorno, vidas passadas, nada disso. Para o povo Yorubá (sem inluência muçulmana) a vida finda com a morte. Nossa energia que nos mantinha vivo volta para sua matriz no Orun fundindo-se, seria como um raio de sol voltasse para o sol. Nosso Egun é encaminhado a um outro plano e se juntará aos ancestrais familiares.
Axé.
Babá Fernando, nesse ponto eu entendi. Porém quando o senhor se refere a nosso Egun se juntar aos nossos ancestrais. O egun carrega consciência de tudo que viveu então? As entidades que alguns candomblés incorporam (acredito que guias de umbanda) vem em terra no intuito de passar conhecimento do que já viveu certo? Se morreram são eguns e são invocados durante o trabalho para incorporar, logo acredito que guardem o que já viveram. Estou certa? Obrigada pela explicação.
Ana,
Está certíssima! Alguns ainda contam como morreram e a vida que levavam, dão seu verdadeiro nome, etc. Não são todos que em esse grau de mediunidade, isso requer muito desenvolvimento espiritual, tempo de sacerdócio e cultura dos Umbandistas, kardecistas, etc.
Axé.
Boa tarde, um esclarecimento por favor, essa manhã estava em casa… quando de repente vi luzes eram faixos de luz logo sumiram… iguais vaga-lumes só que uma luz diferente… o que pode ser??
Marcelo isto é profundo…
Poucos podem acreditar, mas, é a luz que òrìsà energias do universo emitem.
Parabéns pela sua conexão.
Ire
Obrigado pela explicação e pelas felicitações senhor Da Ilha, não é a primeira vez que testemunho esse acontecimento só que me calei das outras vezes..muito obrigado asé