De um modo geral, a iniciação no Jeje é mais complicada do que a iniciação da Nação Ketu, a começar pelo tempo de reclusão dos neófitos que no passado durava até um ano. Hoje, devido ao ritmo de nossas vidas, este tempo caiu para seis meses. Três meses a vodunsi fica dentro do Hundeme (quarto de santo) e os outros três meses fora dele, mas ainda na roça. Durante seu período de iniciação a Vodunsi passará por várias etapas, entre as quais pode-se citar Sakpokàn ou Sarakpokàn, Vivauê, Kán, Duká, Zò, Sanjebé, Grá (ou Grã), etc. Dentre estes os de maior destaque o Sakpokàn e o Grá.
A iniciação no Jeje Mahi sempre contece com formação de “barcos” ou “ahamas”, pois pela tradição nunca se recolhe uma única pessoa e nem barcos com números pares de componentes, levando ao entendimento de que sempre que houver iniciação deve-se ter no mínimo três Vodunsis em processo, na roça. Em geral cada sacerdote ou sacerdotisa Jeje Mahi, durante seu comando, não recolhem muitos barcos; a quantidade controlável de filhos de santo é muito importante, pois há um ditado que diz “é melhor ter poucos filhos bons a muitos ruins”. Na Casa das Minas também não é diferente.
A iniciação da Vodunsi começa com a filha “bolando” (caindo) aos pés da arvore consagrada a seu Vodun (atinsá), e ali ela permanecerá desacordada durante sete dias e sete noites. Dizem que já houve casos de vodunsis consagradas a voduns aquáticos que ficaram esse período na água. A ordem das vodunsis no barco se dá pela ordem conforme elas vão “bolando” nos atinsás, assim teremos:
- A primeira será Dofona (o) ( Dòfònun)
- A segunda será Dofonotinha (o) (Dòfònuntín)
- A terceira será Fomo (Fòmò ou Yòmò)
- A quarta será Fomotinha (o) (Fòmòtín)
- A quinta será Gamo (Gàmò)
- A sexta será Gamotinha (o) (Gàmòtín)
- A sétima será Vimo (Vimun)
- E ainda pode-se seguir vimotinho, dimu, dimutinho, etc.
Durante o tempo que a Vodunsi permanecer debaixo do atinsá de seu Vodun, será cuidada pelos Ogãs e Ekedjis. Neste período, a mãe de santo (ou pai) é proibida de ir ver a filha. Isso por que a(o) zeladora(o) pode sentir pena da Vodunsi e de certa forma pode querer ajudá-la, afim de aliviá-la de seu estado. Acabando os sete dias, a vodunsi ainda desfalecida será levada pelos ogans até o zelador, no Hundeme, para que este inicie a feitura. O momento em que a vodunsi acorda do desfalecimento é considerado como um renascimento, após passar pela morte ritual e acordar numa nova vida, agora como Vodunsi, um compromisso que deverá carregar consigo por toda sua vida. A partir daí a vodunsi passará por processos de limpezas, descarregos, banhos de ervas, ebós, e durante uma semana deverá descansar até o dia do Sakpokàn ou Sarakpokàn. O Sakpokàn é uma cerimônia que acontece sete dias após o inicio dos rituais de feitura, quartorze dias após o “bolar”, na qual a vodunsi dança manifestada com seu Vodun. A dança é desajeitada e desordenada. O Sakpokàn também representa a despedida da Vodunsi de seus familiares que forem assistir ao ritual, que só verão a vodunsi novamente meses depois, no “dia do nome”. No dia do Sakpokàn a Vodunsi será raspada e catulada. Das etapas de iniciação que a nova Vodunsi deve passar, a mais intrigante e misteriosa é o Grá.
O Grá
O Grá é uma divindade ou entidade violenta e agressiva que se manifesta na Vodunsi apenas na sua iniciação, durante três dias, e próximo ao “dia do nome”. O principal objetivo do Grá é matar o(a) zelador (a) que deverá permanecer escondido nos aposentos da casa durante os três dias em que o Grá estiver manifestado. O Grá é acompanhado pelos Ogans, Ekedis e algumas Vodunsis antigas que farão com que ele realize algumas penitências, fazendo-o cansar. Há um número certo de pessoas que poderão acompanhar o Grá que durante estes três dias ficará solto pelo pátio da roça comendo tudo que encontrar como folhas de árvores e frutos caídos, motivos estes que exigem que a roça seja grande e com bastante árvores. As pessoas que acompanham o Grá, assim como ele mesmo, carregam um porrete com o qual ele tenta agredir as pessoas e realiza sua penitência, que tem como objetivo levar todo mal e toda energia negativa da Vodunsi, e também o objetivo principal de cansar o Grá para que ele não cause tanto transtorno. Durante os dias de penitência, os acompanhantes entoam certas cantigas específicas. Após os três dias procurando o(a) zelador(a), o Grá tem o encontro tão esperado, que acontecerá no Agbasá (salão de dança). Ao som de paó e adahun, o Grá entra pela porta principal do Agbasá e se deparara com o(a) zelador(a), que estará sentado(a) em uma cadeira esperando por ele, partindo pra cima do mesmo para matá-lo. Neste instante todo cuidado é pouco, pois o Grá pode ferir o(a) zelador(a). Quando o Grá adentra o Agbasá, os Ogans correm para tirar-lhe o porrete que ele luta para não entregar. É um momento de extase. Nesse instante os tambores tocam com mais força e o(a) zelador(a), então nervoso e sem poder sair da cadeira, entoa uma cantiga e a Vodunsi cai desfalecida no chão e logo em seguida é pega pelo Vodun. É um alivio total e o ritual do Grá chegou ao fim. A quem diga que o Grá é um Erê malvado, outros dizem que é o Exu do Vodun, outros ainda dizem que é o lado negativo do Vodun ou mesmo da própria Vodunsi, um lado animalesco e primitivo seu, que está no seu inconsciente, que manifestou-se em seu renascimento e que foi mandado embora para sempre. O Grá despeja pra fora toda raiva e o ódio da Vodunsi. Como se depois do Grá não houvesse mais ódio, raiva, rancor dentro da Vodunsi, somente o que é bom e benéfico. Significa que a Vodunsi nunca mais sentirá fome, nunca mais vai dormir no relento, nunca mais irá confrontar ou agredirá seu(a) zelador(a), fisicamente ou com palavras, pois o Grá levou isso com ele. O ritual do Grá envolve muitas simbologias e interpretações que pelas leis do Jeje não poderei citá-las aqui.
O Dia do Nome
O Dia do Nome é um dia muito especial, com cerimônia pública (Zandró) no Jeje Mahi. O Vodum manifestar-se-á em sua Vodunsi e vai dançar na sala. Antigamente, uma única pessoa era escolhida para tomar o nome particular (Hún ìn) do Vodun de todas no “barco”, sendo considerado(a) padrinho ou madrinha do “barco”. Hoje geralmente são escolhidos mais de uma pessoa para esta tarefa. Após este dia, a iniciante agora sim é uma Vodunsi.
As vodunsis sempre usam seus nomes religiosos, determinado por sua posição no barco e seu vodum, assim poderemos ter, por exemplo, Dofona Ongorensi (feita de Gbesén), Dofonotinha Sogbosi (feita de Sògbò), Fomo Togbosi (feita de Aziri Togbosi), Fomutinha Òsúnsi (feita de Osún), Gamo Lokosi (feita de Loko), e assim por diante. Se a Vodunsi atingir um grau sacerdotal apenas acrescentará a frente de seu nome, o cargo, desta forma: Mègitó Dofona Ongorensi, Doné Dofonotinha Sogbosi, Gaiaku Gamo Lokosi.
Sua bençaõ, gostei muito do seu texto, mas fiquei com uma dúvida : eu fui iniciada em Ketu,mas meu nome de barco , é Dofonitinha…todas as pessoas da minha casa Ylê tem esses nomes , ta certo ? por que ? Agradeço muito se o senhor puder me esclarece
Motumbá,
Ainda hoje é de 6 meses a reculsão? Neste periodo as pessoas não podem sair do Barracão de maneira nenhuma?? E os Ogans Pai ou Mãe de Santo, tbm devem ficar lá esse tempo todo?
Henrique,
Raras são as casas que mantém todos estes rituais que eu citei, por exemplo o Grá é raro, somente as casas tradicionais, como o Bogun, o Sejá Hundê, o Huntoloji e acho que o Kpo Dagba mantém todas estas tradições. Aqui em minha casa mantemos o ritual do Grá, mas o período da reclusão é de no máximo 3 meses aqui, foi posto porque devido a trabalho não podemos ficar reclusos todo esse tempo, e sim ficam reclusos o Pai ou Mãe de Santo, a Deré, a Hunsó, alguns Ogans e Ekedjis e algumas Vodunsis mais velhas. Durante o comando de minha finada mãe de santo foram recolhidos 4 barcos, sendo 2 com 7 vodunsis, 1 com 5 e 1 com 3, em 1981, depois em 1987, outro em 1992 e outro em 1996, em todos estes a reclusão foi de seis meses; eu recolhi um único barco com 5 em 2009 e a reclusão foi três meses.
Gbèsén Benói
Conceição, Gbèsén Benói,
Os termos utilizados para designar os barcos são de origem Jeje, mas o Ketu também adotou-os, principalmente alguns que tem uma influência do Jeje. É normal isso.
Axé
ola boa tarde !!
adorei o texto acima ,me encinou muita coisa mais tenho pouco tempo de ketu e gostaria de apreender arespeito do orixa dar nome quando tem a saida da yao .
no sabado dia 28/05 saiu uma de oxum na minha roca de santo mais minha mae nao nos deixou la para ouvir .
como e que o oxixa da nome exemplo .iemanja sire etc…
e isso :
desde ja lhe agradeco.
Olá Kelly,
Olha, eu não sei muita coisa de Ketu, mas acho que a saída de Iyawô é semelhante a saída da Vodunsi no dia do nome, no caso dos Voduns, há uma pessoa que é escolhida para “tomar o nome” do Vodun, que é um nome particular seu (chamado em fongbé de Hùnnyin), e o Vodun grita bem alto este nome na sala, uma única vez. O nome é próprio de cada Vodum.
sua benção
gostei muito do texto, confesso que nao conheço absolutamente nada dos rituais do Jeje, e achei muito interessante!
gostaria que nos contasse (o possivel) como se procedem os rituais para Ogans e Ekedys
desde já agradeço
abraços
Ogans e Ekedjis tem iniciação diferenciada, e dependendo da função que forem ocupar na roça, de um modo gerl, eles ficam algum tempo na roça, fazendo limpezas, ebós, etc e aprendendo sobre a nação, mas o tempo de reclusão deles é um pouco menor e não são raspados.
Olá Sua benção,
Muito bom o texto pois mostra as diferenças dos rituais de iniciação entre as nações. Mas num contexto geral, ekedjis não são raspadas? Isso é regra? E se caso for? o que isso significa?
Outra pergunta: No jeje cultua odu?
Obrigada pelas informações.
Amélia, Gbèsén Benói
Na minha casa e creio que na maioria das casas, as Ekedjis não são raspadas, mas não posso te afirmar com certeza que não há casas que façam. No Jeje, assim como no Ketu se cultuam os Odús, que para nós chama-se AÍRUN-È, e temos o Vodum Fá, semelhante a Orunmilá dos yorubás. Temos Odús ou Aírun-è como Ogudá (ou Obéogunda em yorubá), Sá (ou Ossá em yorubá).
Axé
Sua benção.
Boa noite, sou de uma casa tradicional em salvador, descendente do Asé Gantois. Gostaria de parabenizar seu texto, confesso que fiquei emocionada e senti uma vibração muito boa em suas palavras. Mais uma vez: parabéns.
Julia, mo juba Iyà.
Agradecemos as palavras de carinho e incentivo, pregamos a verdade sem invenções, nossa religião não é complicada.
Quando temos humildade e sabedoria recebemos o que vc nós dá.
Reconhecimento.
Onon ajè.
Ire o.
Sua benção, sr. ‘da ilha’
Por nada! Temos que reconhecer e elogiar o esforço de quem luta para mostrar ao mundo o quão pura e maravilhosa a nossa religião é. E o mais importante: o faz com carinho, sinceridade e respeito às tradições e ”sigilos”. Queria dizer que, como uma feliz abiã que sou, me sinto muito orgulhosa de ser desta belissima religião.
Julia, Benói
É muito bom ouvir palavras como as suas…
Muito Obrigado!
Axé
Muito boa tarde Hùngbónò Charles, Makoiu!!
Poxa, gostei muito do seu texto, conforme fui lendo parecida esta vendo tudo…. fiquei imaginando como deve ser o Grá…. a Vodunsi fica os dias todos encorporada ocm ele? E quanto ao 7 dias bolada, a alimentação? como é administrada?
Outra coisa que muito me intrigou é o tempo de recolhimento, eu quando me iniciei no Angola, fiquei 21 dias e para isso tirei 30 dias de férias por causa tbém dos 7 dias de Nzanbi… ao todo 28 dias e mesmo assim não pude trabalhar de kelle (não sei se é assim que escreve) fico imaginando no jeje, se a pessoa trabalha como faz, ou não faz???
Abraço e parabens pelo texto, eu desconhecia totalmente essa cultura, mas atravez do sr passei a admiriar sua liturgia…
Olá…. eu denovo…. só mais uma dúvida….
Nós somos seres humanos, falhos e apegados a vida material e familiar….. rsrsrs… qdo me iniciei, foi muito difícil para mim ficar tanto tempo assim longe da minha familha, não pude ve-los, mas foram só 28 dias, no caso dos 3 meses, é permitido ver ao menos os filhos ou a reclusão é total?? desculpe tanta pergunta, mas realmente esse texto é muito bom…. e intrigante!!!! rsrsrsrs
Abraço
Júlia, Gbèsén Benói
O Grá fica por três dias e três noites manifestado na Vodunsi, comendo frutos que encontra no chão e folhas secas, ele representa o lado “selvagem”. Nos dias em que a Vodunsi está bolada não come ou bebe nada, está em um estado que ao olhar parece estar morta, atualmente este estado permanece na maioria das casas, no máximo três dias. É justamente pelo tempo de reclusão que é muito difícil quando se consegue iniciar filhos no Jeje Mahi, no tempo de minha Gaiaku, aqui no RS geralmente as pessoas trabalhavam no campo e se necessário tinham disposição a ficar um bom tempo reclusas, mas hoje é praticamente impossível, no barco que recolhi foi um tanto difícil, mas não posso mudar o que me foi passado, manter a tradição é um objetivo meu.
Quanto ao tempo de reclusão a Vodunsi não recebe visitas, os familiares só a veêm de novo no dia do nome. A Vodunsi também fica todo este tempo pois ela não pode sair da roça de Kele.
Axé
Muito bom dia Hùngbónò Charles!!
Makoiu!!!
Muito obrigada pela resposta, foi bem esclarecedora…. neste final de semana encontrei com alguns amigos e comentei com eles sobre a iniciação no Jeje Mahi…. ficaram muito interessados em conhecer mais sobre essa doutrina, e indiquei o blog a todos.
Hùngbónò Charles, não pude deixar de pensar em uma coisa… tendo em vista a doutrina Jeje e o tempo que uma vodunsi leva para se iniciar, não ficaria assim, com o passar do tempo e também devido a dificuldade de se cumprir uma reclusão tão extensa, cada vez mais rara essa nação? Entendo e respeito com certeza a liturgia Jeje, é uma doutrina que como o Sr mesmo disse irá manter… mas o que me preocupou foi a difículdade em tempos de hoje para se iniciar alguem nesta nação…. o Sr já pensou nisso??? desculpe se não consegui me expressar, mas acho que o Sr me entendeu né??!! rrsrsrs
Abraço e ótima semana!
Julia, Benói
Isso que vc falou é realmente mesmo um problema. E é justamente por isso que cada vez mais mais raras são as casa de Jeje Mahi em seu pleno fundamento.
A origem da cultura Jeje-Nagô/Vodun se deu em partes por este fato, uma forma de resistência. Não refiro-me apenas à presença de orixás nas casas Jejes (pois é comum a presença de Odé, Òsún, Yemanjá e Oyá nas casas Jeje Mahi, mas sua feitura segue idêntica a dos voduns jejes), mas sim de fundamentos e liturgias. Muitas casas hoje, de bandeira jeje, executam em grande parte a liturgia Ketu/Nagô e seguem um processo de iniciação pendendo mais para Nagô do que para Jeje.
É justamente por isso que vc falou que hoje em dia vemos muitas casas tradicionais e antigas em processo de extinção (cito a Casa das Minas que não é Jeje Mahi, é Jeje Mina, mas que segue um processo de iniciação parecido) com poucas vodunsis e com muitas dificuldades em manter seus fundamentos. Algumas adaptações às vezes são necessárias, mas ainda assim eu defendo a idéia de que a cultura deve ser preservada.
Axé
Muito bom dia Hùngbónò Charles!!
Pelo que entendi então, seria Jeje / Nago uma mistura do jeje com o Ketu, alguns fundamentos do Ketu foram adotados pela dificuldade de se “cumprir” a liturgia do Jeje?
Abraço
Julia
Seria isso mesmo, algumas casas adotaram este padrão Jeje/Nagô. Mas aí vc pode ver que a nação estará perdendo uma propriedade sua.
Muitas casas adotam ainda: panteão yorubá com presença de alguns poucos voduns;
Rezas e dialeto yorubá;
Vemos muitas casas de bandeira Jeje, sendo extremamente nagôs.
Não me refiro ao fato de algumas casas cultuarem alguns orixás como as Yabás, geralmente as casas Jeje Mahi cultuam Oyá, Yemanjá, Òsún e Odé, por razão de uma lenda que conta que Azansú trouxe estas divindades para o Jeje, e também pela proximidade que o povo Mahi tinha com os Nagôs, ainda na África. Mas estes orixás são tidos como “Voduns Nagôs” dentro das casas Jejes e seguem a feitura idêntica a dos Voduns dahomeanos.
O Jeje Nagô pode até ser considerado como uma forma de resistência, mas acaba desaculturando muito a raiz .
Axé
Muito obrigada Hùngbónò Charles….. muito interessante sua cultura….. eu conheço um pouco do Angola, pois estou engatinhando ainda e agora estou aprendendo o Ketu, graças aos Babas Da Ilha, Fernando e Tomege….. mas fiquei fascinada pelo Jeje, até então eu só tinha ouvido falar que também existia essa nação mas jamais imaginei como seria tão diferente…. e interessante…rsrsrsrs…
Hùngbónò Charles, desculpe a minha franquesa, mas dá para perceber o pequeno numero de adeptos ao Jeje aqui mesmo no blog, poucos são os que levantam alguma questão, são mais Angola e Ketu e isso é uma pena…
Abraço
ah! só mais uma perguntinha…. rsrsrs o que significa Benoi??? E Ocolofé, é bença ou essa palavra não é jeje??
Abraço
Benói é a palavra derivada de “lebenwé” que designa “bênção” em fongbé.
Na nação Jeje Mahi temos três pedidos de bênção:
Os filhos de Voduns da família de Dan (que são Bessém, Frekwen, Ojikun, Aido Wedo, etc) pedem “Megitó Benói?” e a resposta é “Bessém Benói” ou simplesmente “Benói”.
Os filhos de Voduns da família de Hevioso (que são Sogbo, Badé, Kposu, Akarumbé, etc) pedem “Doté Aó?” quando o filho pede ao Pai e “Doné Aó” quando pede à mãe, e a resposta é “Aótin” (onde a palavra aó tem sentido de “iluminar”).
Pedem Kolonfé ou Kolofé, os iniciados de Nagô-voduns e a resposta é Kolofé Soro. Mas esta palavra (Kolofé) é uma corruptela da frase “Ko Olorun Fé” se não me engano, são termos yorubás, misturas de Jeje e Ketu, mas aqui em minha casa os filhos de Nagô-voduns pedem “Benói?” e a resposta é “Bessém Benói”.
Axé
Em seu dialogo com a Julia,tive um pouco de conhecimento,conheço uma casa de Jejê Mahin que dizem Kolofé e a resposta é Kolofé Olorum,agora sei que o correto é kolofé soro. A maioria das casas de Jejê aqui no RJ se comportão da mesma forma de iniciação do Keto 21 dias recolidos e o chamado 7 dias de Oxalá e logo após a liberação do zelador ou melhor do Doté ou Doné retira-se o Kelê e continua com os preceitos dos 3 meses até o complemento do preceito que finda no termino do 1 ano de iniciado.
E são poucas as casas que seguem esse ritual até Seja Hundê agem do mesmo modo.
Motumbá e Benói.
Existe uma resa no jejê que é muito linda não me lembro bem mais diz Meu Doté Aô, minha doné Aô,meu dofonitinho Aô e assim por diante. Isso procede?
Muito Asé.
O Candomblé necessita de União vamos nos unir todas as nações juntas continua sendo a nossa religião chamada Candomblé. Asé.
Anselmo, Gbèsén Benói,
A união de nações no sentido de convivência e aprendizado por assim se dizer é benéfica e legal, mas em um sentido de misturar rituais, não me parece legal…
Pra mim é uma surpresa que no Sejá Hundê procedem da maneira de Ketu nas feituras, pois sempre soube que eles seguiam este modelo que eu expus, pois o Huntoloji e o Bogun seguem os preceitos Jejes e segundo Megitó Marcos Carvalho de Gbèsén, em seu livro “Gaiaku Luiza e a tragetória do Jeje Mahi na Bahia” pela breve leitura que fiz, ele diz que o Sejá Hundê segue os mesmos preceitos ou de forma semelhante a estas duas casas.
Axé
Muito boa tarde Hùngbónò Charles, Benói!!
Quanto aos toque no Jeje, eles são da mesma forma que nas outras nações? Digo, tbém é feito Sirê, Ipadê de Exu, Tempo….
Pra eu não ficar enxendo o Sr de perguntas… rsrsrsrs…. teria algum livro pra me recomendar que fale sobre os fios de contas, cantigas, rituais, etc… do Jeje?
Abraço e obrigada pela atenção e paciência…rsrsrs
ops …. enchendo (é o correto)
Julia, Gbèsén Benói.
Não enche não, pode perguntar o que vc quiser rsrsrs.
Os toques do Jeje, creio que existem sim alguns semelhantes ao do ketu, mas, os principais são: Sató; Adahun (Adarrun); Paó; Modubi (toque da família dos Kavionos); Bravun; dentre outros. O nosso Sirê chama-se “dorozan” ou “odorozan”, a sequencia de cânticos que começa em Ogun e termina em Bessém, mas há casas também que começam com Ogun e terminam em Lissá, há um ritual feito a Legba que é semelhante ao Ipadê, mas tem suas diferenças. Sempre antes de uma festa ocorre o Zandró (a vigilia do Jeje Mahi) que seria um convite aos Voduns para virem a festa, se faz com toque também, mas aí a sequencia é diferenciada começando com Ayizan (saudando aos ancestrais) e terminando com Aziri Togbosi, algumas casas tem sequencias diferenciadas. Os fios de conta, temos o Hunjeve que é o principal da nação, cada pessoa tem um particular e este é enterrado com ela quando ela morre, é um vinculo de ligação entre vodunsi e vodun, Ogans e Ekedis não usam, o Lagidibá de Sakpata e os fios de conta das vodunsis em geral são simples, feitos nas cores do vodum e com uma única “perna” não é como a delogun.
Quanto aos livros eu conheço somente o que citei que é “Gaiaku Luiza e a trajetória do Jeje Mahi” do Mejitó Marcos Carvalho.
Axé
Adupé irmão,pela resposta.
Mais não estou generalizando,somente um kwe,que de origem Seja Hundê que conheço que faz essa mistura,mais de Jejê mesmo não sei nada. So posso dizer que as cantigas são lindas e de muito Asé.
Hùngbónò Charles ,
Nossa muito bom esse texto, confesso ao senhor, que eu tinha uma certa resitência e ler assuntos ligados ao Jeje, não sei bem pq nada contra a nção sempre a respeitei e repeito mais ainda após ler o texto a cima, eu pensava que sabia algo sobre jeje e vejo que não sei nada, e fico feliz por isso.sou de angola, mais gosto de saber sobre as outras nações, pois mesmo com fundamentos difernetes creio que somos todos irmão de fé que é o candomblé, tão perseguido e que juntos sem essa de que minha nação é mais séria do que a sua, todas são sérias, as pessoas é que fazem errado.
Fiquei muito feliz por descobrir tudo novo…mais triste por ver como muitas pessoas não levam seus preceitos a sério, entenda não estou dizendo que quem “adapta”, como o senhor mesmo ja citou acima esta errado, mais existem muitas pessoas que não fazem nada certo mesmo!!!
Lendo seu texto lembrei de um amigo , como quem não tenho mais contato que me disse certa vez que era de Jeje, era feito em Xango mais era ori meje, Xango com Oxalufan, com essas palavras que escrevo, e além disso era ogan alabê e tinah obrigação de abrir casa, de ser zelador, na época eu sabia um pouco menos do que sei hoje e achei ou ele estava me testando(para saber o que eu sabia) ou fizeram um samba do crioulo doido na cabeça dele!!!!!
Sei la acho que quando se entra em um barracão seja la de que nação for, deveria ter um diploma ou algo assim que prove que a pessoa é feita, sua árvore genealógica.Sei que isso na verdade não atesta se a pessoa é séria ou não, pq carater infelizmente só tempo mostra, mais tlavez coibisse um pouco a pessoa e tb daria a quem entra a opção de ir buscar na casa de quem a pessoa diz ser filho.
Carol,
Grato por suas palavras.
Em jeje também não existe “ori meje”, este termo é nagô. Ninguém que fosse mesmo de Jeje se diz que é de Xangô, diria que é então de Sogbo, embora algumas pessoas façam a comparação, Oxalufan também não é cultuado em Jeje.
Hùngbónò Charles ,
Na época em que esse eu amigo me falou isso eu ainda perguntei, mais jeje cultua VOdunci, como pode ter Xango que é orixa?Ai ele me falou o que alguns mais velhos de candomblé gostam muito de falar, vai discutir comigo abiã.Continuei pensando o que pensava e depois disso pouco nos falamos…e olha que eu enm estav discutindo!!kkkkUma curiosidade, quanto tempo depois de raspado quem tem cargo de zelador pode abri uma casa em jeje?No mais segue semlhante as outras nações, digo obirgação de um ano, 3 e sete?Isso tudo que perguntei levnaod em conta que a pessoa fez por mercer.
Outra pergunta alguém ja desistiu digo, entrou e depois desistiu?
REitnero muito bom o texto!!!!!!
Carol, Bènói
O jeje cultua os Voduns. Vc sendo abiã, iyawo, vodunsi, ekedi, tem direito a questionar mesmo a um zelador sobre algo que vc tenha dúvida ou não concorde, claro que vc respeita aos mais velhos, e é por isso mesmo que eles devem esclarecer o que falam. No jeje vc pode encontar pessoas feitas de alguns orixás mas nem todos, como Odé, Oyá, Yemanjá e Oxun, mas tem diferença entre estes serem feitos em Jeje e Ketu.
Para ser sacerdote da nação Jeje Mahi vc tem que obrigatoriamente ter obrigação de 7 anos, que é onde vc recebe o Hunjeve (colar sagrado da nação, pertence ao vodun Dan, e é particular de cada pessoa) e se torna uma Etemi (o mesmo que Egbomi para o Ketu). Mas pela tradição que eu sigo há certas regras que devem ser seguidas.
-Gbèsén é o dono da nação e ele é só um, então num espaço muito pequeno, mesmo em uma cidade não há necessidade de muitas casas de mesma nação. Por exemplo se minha casa for gerar casas filiais certamente será em outra cidade e as casas jejes mantém-se vinculadas.
-a pessoa que vai tomar cargo tem que receber permissão dos voduns.
oii hungbono charles
prazer em conhece-lo nao sabia que tinha jeje mahi aki no sul..nao pratico candomble mas tenho muito amor a essa religiao e oq conheço vem de meu pai que é de ketu e teve que sair do estado pra poder ser feito..mas gosto muito de ler sobre a religiao e me identifiquei muito com o jeje..e vendo tuas postagens notei que tens muitos costumes parecidos com as matrizes..tuas raizes vem de la?
abraçao e obrigado
Olá Diego,
Sim, minha mãe de santo (falecida) foi feita na Bahia, a casa foi aberta aqui em 1982.
Hungbono Benoi!!!
Adoro suas postagens, assim como adoro todos do blog, com certeza o grupo é sensacional!!!
Axé a todos!!!
oii hungbono charles..obrigado por responder …gostei muito das suas postagens e realmente fiquei feliz em saber que existe o culto dos voduns aki no sul..me indentifico muito com essa cultura..sua casa é onde?
parabens pelas suas postagens!!
abraçao
Olá Diego,
Minha casa é em Vacaria, próximo a Caxias do Sul.
Axé
Olá a todos
Olá hungbono Charles,
Eu gostaria de saber mais sobre o ritual de sarapokan, o que ele significa e como acontece, um amigo me falou que quando foi feito passou por dois sarapokans, o que eles significam?
Olá Rafael,
Vc diz que seu amigo passou por dois Sarakpokàn???
O Sarakpokàn é uma apresentação do neófito à casa, onde o vodun dança todo desajeitado, pois está em sua forma “bruta” ainda, acontece 7 dias após o início dos rituais iniciáticos, 14 dias após o neófito ter bolado. A cerimônia de Sarakpokàn é fechada para os membros da casa. Não posso passar muitos detalhes senão complica…
Quando ocorre o segundo Sarakpokàn??? pra mim é uma surpresa, já ouvi falar num tal “ekodidé” que aqui também não se faz, aqui em casa é só o Sarakpokàn e depois o Dia do Nome.
ola, Hùngbónò Charles,
gosto muito dos textos esclarecedores.
Estou ha poucos dias frequentando uma casa Jeje Mahi no Rj e a principio gostaria de saber essa diferença basica entre Voduns e Orixas. Divindades e divinizados???
Outra: é possível que determinada qualidade de orixá implique numa restriçao para o juntó?
Sou de Ogunté e inevitavelmente so posso ter como “pai” esse ou aquele orixá.
grato.
ps.: espero q responda, já que a última postagem foi em junho…
Gbèsén Benói Abian Jeje,
A diferença básica entre os voduns e os orisás é que os Voduns são as divindades dos povos Fon/Ewe/Adja/etc conhecidos como Djedjes e os Orisás são os deuses dos yorubás. Basicamente é isto, hierarquicamente há igualdade entre eles. Os Voduns alguns são divindades mitológica outros foram divinizados a exemplo dos Voduns Reais (reis, rainhas, príncipes, mortos que se tornaram divindades).
Quanto ao que diz respeito a qualidades, isso eu não posso te exclarecer, pois na minha raiz não se cultuam qualidades, mas sim o vodun com seu hùn in (nome particular) que é próprio de cada um. O adjunto (juntó) em nossa concepção também tem diferenças, há casas Jejes que não os cultuam, outras que sim, em particular aqui as vodunsìs conhecem seu segundo vodun e algumas o tem assentado.
Estou preparando algumas postagens, é que ando meio corrido ultimamente rsrsrs…
Asé!!!
axe, Hungbono…
entendi…
com relaçao à qalidade tb compreendi.
e agora vi q me expressei errado…
sou de ogunté e logo surgiu essa ideia q so posso ter um ou outro determinado juntó… mas nenhum outro…
a minha duvida é esta: isso é possivel?
só pode ser esse ou aqele?
não ha possibilidade der ser terceiro ou quarto?
entende?
abç
Abian,
Vc tem seu vodun/orisá principal e seu juntó que seria o segundo vodun, e é só um, mas não precisa necessáriamente ser algum em particular.
Acé!
obrigado, Hungbono!
axe!
Abian Jeje, de qual casa de jeje mahi aqui do RJ você é ?
Também sou de jeje mahi e sou do RJ…
Boa tarde! Minha nação era keto e passei pelas águas e fui pro djedje mahim. Sou de yemanjá sabá. Dei minha obrigação de 03 anos no djedje, fui catulada mas não raspei. Minha doné disse que quando eu der a de 5 ou a de 7anos terei que raspar. A minha pergunta é a seguinte: quando eu raspar terei que passar pelo ritual do grá descrito acima? Ou pelo fato de eu ter sido iniciada para um orixá não será preciso passar por esse ritual? Obrigada.
verônica,
Creia que não será preciso, uma vez que sua iyá reconheceu sua iniciação no ketu.
Axé.
Verônica,
Se vc foi iniciada no Ketu e foi para o Jeje, o procedimento que se realizaria seria que vc se iniciasse novamente no jeje e passasse por todos os ritos da iniciação. Se vc só esta dando obrigações não.
E cito ainda que não são todas as casas de Jeje que realizam o rito do grá. Mesmo vc sendo iniciada em Yemanjá (considerada no jeje como Vodun de origem nagô) se fosse em uma família tradicional vc passaria por todos os atos da iniciação.
Gbèsén Benói
Muito instrutivo seu texto. Gostaria de saber um pouco mais sobre as kuras no candomblé Keto. Quem se inicia tem que fazer incisões pelo corpo? Porque eu li aqui mesmo no site, mas não entendi muito bem, que no Keto as incisões são substituída para infusões de ervas. É isso? É assim mesmo?
Muito obrigado e muito asé!
Marcelo,
As incisões são pequenas marcas que configuram a sua iniciação e está ligada a sua nação. As incisões não são substituidas por ervas, e nem teria sentido, as ervas são usadas para outros fundamentos. Vale lembrar que a maioria incisões podem ser simbólicas.
Axé.
Ah, Pai Fernando, muito obrigado por suas orientações. Apesar de ser do Rio e ter tido familiares que desde cedo me levavam às seções de Umbanda e a algumas festividades do Candomblé, somente agora resolvi estudar mais detalhadamente essas duas religiões autenticamente brasileiras, ainda que a primeira seja resultado de um triplo sincretismo e a segunda uma herança de nossos ancestrais africanos. Estou cogitando a possibilidade de me iniciar no Candomblé, contudo estou me familiarizando mais com as linhas; o Keto é a única a qual tenho comparecido, apesar de agora em fevereiro eu estar me preparando para conhecer o Angola. As incisões me preocupam um pouco por causa da exposição orgânica que isto pode causar. Qual o nível de insalubridade a que pode ficar um neófito quando dessas incisões? O senhor poderia me responder?
Mais uma vez, muito obrigado e muito asé para o senhor.
Marcelo
Marcelo,
As liturgias hoje em dia são independentes, cada iniciado trás e tem seu material próprio,pelo menos na minha casa e de co-irmãos meus é assim, sua preocupação procede.
Axé.
Marcelo nas curas existe mais fantasia que em uma peça infantil de teatro. Não existe essa coisa de marcar o Iyáwo.
O corte é feito na derme, pois esta abertura levará alguns pós para dentro de seu corpo. Se sangrar o sangue colocar o pó para fora e se perderá a eficiencia no que se deseja.
Estas pessoas que acham que devem abrir rasgos na pele do Iyáwo, são de uma ignorancia atrós.
E hoje em dia o material usado é descartavel ou muito bem esterelizado, não se brinca com a vida e saude de uma pessoa.
Tire estes fantasmas de sua cabeça.
Ire o.
Pais Fernando e Da Ilha, muito obrigado pelos seus esclarecimentos. Realmente os próprios filhos de santo têm se referido sobre as curas de maneira um pouco exagerada, talvez na ânsia de demonstrar o grau de sua devoção ou crença, não sei. Mas quase todos que eu conheço vêm nesse ponto específico um motivo para temores. As palavras que foram proferidas pelos senhores com certeza servirá para desfazer esses equívocos. Ao meu ver, a cura não é nem de longe a prova mais difícil pela qual tem de passar o iniciado.
Um abraço e asè!
Errata: onde se lê “servirá”, por favor, leia-se “servirão”.
Marcelo,
No passado em África tais curas eram feitas para diferenciar os iniciados, algumas regiões/tribos faziam no rosto. No ketu são os pontos cardeais que se cruzam e os 7 caminhos simbolizando Oxóssi. Hoje em dia cada casa toma seus cuidados,algumas aboliram, as coisas são bem diferentes.
Axé
Aweto a todos! Estou com uma dúvida e gostaria do auxílio dos irmãos no sentido de esclarecimento. Tenho visitado terreiros de dirigentes muito sérios e respeitados na região do Vale do Paraíba; tanto de keto, quanto de angola e de tradição africana. Tenho entrada também em algumas casas de Umbanda. Sei que não é necessário ser médium para ser adepto às religiões de matrizes africanas, pois existem os ogãs, as ekedes e os cambonos, que não incorporam. Mas o que eu gostaria de saber é, se eu, mesmo não tendo na vida apresentado nenhum sinal de mediunidade de incorporação, quisesse fazer parte da Umbanda, por exemplo, digo, tomar parte na gira, buscando a incorporação, existiria chance de isso vir a acontecer?
Marcelo,
Só retificando: não é só por que uma pessoa incorpore que ela tem mediunidade(conceito kardecista). A mediunidade está relacionada com sensibilidade e sensibilidade qualquer um, incorporando ou não, pode ter. Ou seja, podem haver ogan e ajoyês médiuns, entendeu?
Agora sobre a possibilidade de incorporar mesmo isso não estando em seus caminhos é impossível. Tudo é muito claro: ou tem caminho pra incorporar ou não tem caminho. Caso você não tenha, ficará em funções específicas dos que não rodam (que não são menos importantes numa casa de axé).
Axé.
Ah, obrigado! Eu já testemunhei, por exemplo, em um templo de Umbanda, um ogã deixar o atabaque para incorporar um preto velho. Durante algum tempo fui ogã em um terreiro em Niterói, mas não segui com esse propósito. Segundo o pai de santo que me acolheu, eu não era médium. Bom, nesse caso, acredito que essa função para mim deva estar descartada, não é isso?
Quero dizer, médium de incorporação eu não devo ser.
Na Umbanda especificamente, pois no Candomblé é mais fácil de se enxergar em que alguém não sendo médium pode contribuir, o que poderá fazer um fiel além de ser ogã?
Muito obrigado!
Marcelo,
Na umbanda o oga poderá ser rodante, e bastante comum nos mais diversos centros.
Caso vc não seja médium, vc ficara ajudando na casa, no caso o cambone que seria o assistente das entidades ou ate mesmo o ogan.
Mas e bom deixar claro que na umbanda o ogan pode ser rodante, oque e plenamente aceito e inclusive pode ser mulher no atabaque.
Oque acaba acontecendo e que nos pontos o ogan não da passagem as entidades/falangeiros dos orixás tendo que aguardar todos incorporarem e depois ter a permissão de incorporar e ir para o toco.
Ah, muito obrigado por sua resposta. Foi de grande valia.
Axé!
Será que alguém poderia me esclarecer uma dúvida? Em nossa sociedade, existe uma relação muito íntima entre religião e educação; tanto é assim, que há, na rede particular, colégios católicos, metodistas, adventistas, batistas e israelitas. A perseguição que a Umbanda sofreu é incontestável; mas, ao longo dos anos e principalmente após o período de maior recrudescimento do preconceito, por que não houve ainda qualquer articulação pedagógica no sentido de se criar uma pedagogia própria de formação em nível fundamental e médio a partir de preceitos umbandistas? Conheço a Faculdade de Teologia Umbandista, de São Paulo, mas, nesse caso, são cursos destinados àqueles que já cumpriram o currículum mínimo. Alguém se habilitaria a me fornecer uma resposta?
Marcelo,
Eu acho que falta uma iniciativa daqueles que querem defender essa ideia, mas não só iniciativa é preciso combater o preconceito que mora dentro de muitas pessoas.
Hoje até nos ensinos religiosos da escola, que é disciplina fundamental na minha opnião, o ensino sobre a Umbanda/Candomblé não aparece.
No caso de alguém defender essa iniciativa, como conciliar num ambiente escolar o panteão de entidades como os exus e pombagiras, cujos mitos e padrões antropomórficos se inserem na dimensão da marginalidade, além dos Pretos e pretas velhas, escravos analfabetos? Como conciliar também uma pedagogia de responsabilidade mais ampla, porque vinculada a referenciais de cidadania e contribuição econômica, com hábitos ritualísticos dessas entidades, como o tabagismo e o consumo de álcool?
Obrigado!
Marcelo,
É tudo uma questão de didática, saber ensinar o certo e não ensinar o que uns fazem e deixam de fazer.
Isso seria bom para mostrar aos alunos que Exú não é Demonio e Pomba Gira não é Prostituta, ensinar que essa imagem de galinha preta na encruzilhada e feitiço pro mal é coisa de pessoas que fazem da religião umbandista e candomblecista uma verdadeira bagunça.
Na questão do preto velho, mostraria a eles como ficou o brasil e tantos outros países por longos anos, Tanto sofrimento transfomado na caridade e no respeito ao ser humano.
No caso do tabagismo e consumo de alcool complicaria no ensino a crianças, mas no ensino aos adultos e jovens viria aquela velha forma de explicar que se trata de manifestação de hábitos dessas entidades umbandistas enquanto terrenas, pois entidade não vem na terra pra fumar nem beber, elas estão entre nós com um propósito acima de tudo isso.
No caso de uma iniciativa assim, os filhos de umbandistas não teriam nesse ambiente um conforto maior, que não sentem no ambiente escolar convencional? Digo, em qualquer escola, mesmo nas públicas e, portanto, obrigatoriamente de linha laica, é comum o convívio com crucifixos, imagens de santos católicos, dizeres evangélicos, etc. Já o filho do umbandista, em função da discriminação é sempre o diferente. Uma escola de ensino fudamental e médio de linha umbandista não seria uma solução para esses casos?
Marcelo,
Se nós estudarmos e convivermos somente com a nossa religião, nos tornaremos mais Preconceituosos do que somos, Por que não entenderiamos que cada um teriam seus pontos de vista e veem DEUS de formas diferentes.
Se esse ensino fosse posto nas escolas, O ambiente escolar seria muito mais confortável para os umbandistas e simpatizantes, por que acabaria parcialmente com o preconceito na sala de aula e até fora dela.
A Umbanda usa de imagens, Crucifixos e outros artificios de outras religiões também, o que a aproxima mais das religiões Cristãs.
Certo, mas sob esse ponto de vista, não são as outras religiões que estariam em vantagem sempre? Quero dizer, católico, evangélico, islâmicos também são alvo de discriminação, mas pelo menos a sociedade em geral nutre por essas religiões mais respeito. Veja: não sei se é comum pais umbandistas matricularem os filhos em uma colégio de linha protestante, por exemplo; acho difícil. Contudo, esses mesmos pais não se esquivam de matriculá-los em colégios católicos, religião com a qual a Umbanda se sincretiza. Por que não pensar com naturalidade sobre tal instituição de ensino de linhas umbandistas? Por que sempre é o umbandista quem tem que se acomodar aos pilares sociais? Entende?
Marcelo,
A sociedade em si acomoda a religião que mais lhe convém. Sempre uma ou outra sociedade religiosa estará em mais vantagem. Os pais devem entender que acima de religião, deve-se pensar nos estudos e na boa educação aos seus filhos. Eu particularmente não vejo problemas em pais umbandistas matruclarem seus filhos em colégios de outras religiões. Mas nem todos pensam assim. É mais comum sim matricular em colégio católico pela proximidade com o conceito umbandista. Mas isso é acomodação da sociedade que ainda exita em impor sua religiosidade, melhor seria um colégio único, onde todas as religiões fossem descutidas abertamente.
Beleza, Jonathan. Muito obrigado pelas suas palavras.
Um abraço!
Marcelo,
Não tem do que agradecer. Fique com Deus.
Axé!
Marcelo o que falta é iniciativa politica.
Esta na lei, aprovada, o ensino das tradiçoes afro descendentes nas escolas. Mas nçao se pode perder voto dos pais catolicos e evangelicos. Somente por isso.Falta aquilo roxo nos dirigentes interesseiros deste país.
Ire o.
Marcelo é o fio da navalha, mas existe um porque do alcool e do tabaco, mas nada comparado ao ambiente que as crianças convivem nos pontos de vendas e em casa.
O que se precisa á formar professores e dar suporte para investirem em pesquisas de campo.
Ire o.
É verdade, o senhor tem razão. Como sacerdote, qual seria sua opinião sobre a questão que apresentei acima, digo a constituição de uma pedagogia voltada para o atendimento da demanda de Ensinos Fundamental e Médio, de inspiração umbandista, tal como os colégios católicos, evangélicos, etc? O senhor acredita que, caso uma proposta assim viesse a se realizar, os umbandistas e os candomblecistas matriculariam seus filhos num colégio com o nome Colégio Exu 7 Encruzilhadas, ou Colégio Maria Molambo, ou Colégio Cigana da Estrada? Considerando-se, claro, o cumprimento com todos os aspectos dos currículuns mínimos a serem aplicados? Como o senhor vê um caso assim?
Quero dizer, a Umbanda, o Kardecismo e o Candomblé estariam preparados para assumir essa dimensão social, sobre a qual ainda não investiram?
Diz Cândido Procópio Ferreira de Camargo em seu livro “Kardecismo e Umbanda”, de 1961: “A par das vantagens das teorias que integram o ‘continuum’ mediúnico e que facilitam o seu desenvolvimento em São Paulo, outros aspectos ligados à ‘internalização’ da orientação da vida são dignos de estudo.
Em especial, merece destaque a prática espiritual, isto é, o processo formal de ‘internalização’ das convicções, através de sua incorporação na conduta social.
Toda ênfase dos mediúnicos, especialmente dos espíritas, dirige-se para a prática da vida moral, na formação de uma atitude de amor e fraternidade, no domínio de si, na sobriedade.”
Se é assim, e eu sei que é, porque essas duas doutrinas não se entregaram ao projeto de formar cidadãos desde os primeiros anos? Por que se contentar somente em reparar, por meio da caridade, aquilo que a sociedade instituída não teve o poder de evitar?
Formado em Pedagogia, Filosofia e História da Educação e Psicologia da Educação e Didática, Walter Oliveira Alves, diretor do IDE – Instituto de Difusão Espírita, de Araras (SP), defende: “A Doutrina Espírita tem um caráter eminentemente pedagógico”. E mais: “Exatamente por não ser elitista, a pedagogia espírita amplia seus estudos em todos os campos do saber humano”. Insisto na pergunta: por que então ainda não se estabeleceu como alternativa de formação social em consonância com as expectativas da sociedade moderna em termos de alfabetização, política, economia, filosofia, história, geografia, medicina, biologia, química, farmacêutica, engenharia, biotecnologia, genética, etc? Qual tem sido a contribuição da doutrina espírita nesse sentido, além do já bastante difundido aspecto da caridade?
Agradeço a quem puder sarnar essa minha dúvida sincera.
Marcelo eu não posso falar pela Umbanda e pelo Kardecismo.
Falo pela cultura tradicional Ioruba, onde vc pode ler e se aprofundar em ancestralidade e educação tribal.
Nos preocupamaos com a formação educacional, com o carater e com a consiencia divina de nossas crianças.
Acho que pos si spó, formar-mos um carater construtivos estará sendo muito mais benefico que bilhões de dolares envestido em video games e afins.
É dificil lutar contra a máquina do entediamento e a individualidade, sem contar o preconceito.
Mas não desistimos ha 10.000 anos estamos lutando, sem qualquer apoio!
Ire o.
Neste quesito eu acho que as federações Espiritas de cada estado devem lhe responder com precisão, pois as politicas são formadas em seu seio, creio que algumas vitorias foram comquistadas, colmo o ensino afro-descendente nas escolas de 1º grau, porém não há governante que dê conta de colocar o projeto em prática.
A sociedade atrvés de seus representantes eleitos deveria se posicionar com mais firmesa.
Porém somente, carnaval, viradão da folia, futebol e todo tipo de paradas estão em voga.
Educação e formação do cidadão estão em segundo plano e isto interessa a muita gente, concorda?
ire o.
Bom dia, Hungbono Charles!
Na cultura yorubá, a palavra axé é bastante utilizada e significa força. Muito bem, há algum verbete correspondente na cultura (religião/nação) Jeje?
É verdade q. a forma de imolar os animais nessa nação, é diferente, isto é, n. se corta o pescoço do animal, rasga-se as laterais da boca!!! Ouvi falar isso.
Um abraço.
Sou Dofono de Togun…
Eu não lembro desse ritual, sempre tinha ouvido falar de gra, que era uma cabana que ficava do lado de fora, do barracão. Agora eu fique sabendo dessa folha. Me falarão que eu fiquei foi dois Dias, na realidade eu não lembro, mais fiquei 28 dias recolhido, e trez meses de preceito.
quando fui com firmado segui tudo isso pois não tem nada de mais axé a todos
fiquem com orixás um grande abraço fuiiiiiiiii
Olá Mário.
No jeje também se usa muito a palavra axé (com a grafia “acè”) com o mesmo significado yorubá, e também a palavra Benói.
Sobre as imolações, não posso falar muito aqui a respeito, mas para as aves se procede no bico e os animais de quatro patas tem um modo espeicial de imolação também.
Gbésen Benói!
colofé, gostei muito de saber mais sobre minha nação,jeje mahi e que pena que em pernambuco essa nação tão maravilhosa não é cultuada de tal forma correta por causa de grandes influências nagô e tambem ketu,é como foi citado neste blog:o povo de mahi não leva mais os preceitos como se devem , e aqui em pernambuco os voduns são cultuados como orixás , na verdade é uma grande mistureba e isso é uma pena. colofé!
Náo creio que seja uma solução a criação de escolas de linha umbandista como o Marcelo citou nem muito menos com nenhum tipo de vinculo religioso o ideal seria o estado brasileiro cumprir seu papel de estado laico, veja bem o erro incorrente surge a partir das primeiras instituições criadas aqui não para educar e sim para “catequizar” os sem crédulo entende, daí então a Igreja com seu poder se alinhou ao estado com esse modelo de educação e daí os tradicionais colégios de ordem religiosa…Se o estado hoje de fato asegurasse a laicidade na educação então umbandistas, candomblecistas e espiritas estariam sempre em um ambiente educacional comum, a sociedade e o estado tem que entender que Educação ultrapassa religião, formação humana precisa de aparatos religiosos e não de uma religião ditando as normas.
motumbá
Junior seria ótimo de a laicidade não estivesse presente em quase todas os paisses.
Vários Estados se aproveitão da formação religosa, Cristão, Muçulmanos, Judeus e etc, de um pais para incentivar certos costumes.
É uma idéia infeliz, mas está espalhada por todo o mundo.
Na própria Nigéria temos faculdades ligadas ao culto de Òrúnmìlá, tudo bem que vão dizer que é muito mais filosofia que religão, mas é o estudo de um culto religioso.
Portanto, a religião é objeto de manobra no mundo inteiro e neste jogo não tem nenhum bobo de palntão.
Ire o.
Júnior, o que coloquei foi o seguinte: uma vez que as religiões mediúnicas se apresentam como um alternativa pedagógica do ser humano, principalmente a Umbanda e o Espiritismo, pois o Candomblé, em sua ritualística, conserva uma doutrina que não pressupõe essa dimensão, pelo menos em termos de coletividade social, o que ocorre com a Umbanda e o Espiritismo, que não investiram até hoje de forma mais concreta nessa questão? Os dois falam muito hoje em dia em aspectos científicos para justificar suas doutrinas, mas se esquecem de que ciência e academicismo andam juntos. Por que deixar que os filhos de umbandistas, por exemplo, frequentem escolas particulares onde têm de esconder a direção religiosa dos pais, por vergonha e medo, ao invés de lhes proporcionar um ambiente educacional (aberto a todos, claro), onde sua fiosofia fosse a tônica. Não estou do ensino público; esse tem de ser laico mesmo. Falo mais precisamente das escolas de iniciativa particular. Na Umbanda e no Espiritismo temos uma massa de adeptos que são médicos, professores, sociólogos, historiadores, economistas, empresários, todos com excelente nível de formação escolar, muitos até doutores. Como pode ser então que, depois de décadas já passada a fase da perseguição, não haja uma só escola de formação em ensino fundamental e médio no Brasil? E veja a contradição: já existe uma faculdade umbandista. Ou seja, deu-se um salto tremendo entre a alfabetização e o nível superior. Entende? Qual a sua posição? Você matricularia seu filho num colégio umbandista?
sou da roça seja hundê, bis neto de tata toninho de oxum,moro em pernambuco,e sei que a tradição está mudando , seria errado a tradição mudar, e pulando para outro assunto homens podem cultuar as yá mins? pergunto ao Hùngbónò Charles – Ágbájì Dofàmi. obrigado! colofé!
Robson,
Pelo que sei as Iya mi são exclusivamente cultuadas por mulheres e são da liturgia Nagô e não Jeje.
Gbèsén Benói!
Olá, para todos os irmãos! Gostaria de saber se é comum no Brasil se oferecer cães para o orixá Ogum? Soube que alguns terreiros de tradição fazem isso.
Obrigado e axé!
kolofe meu pai,fui iniciada de oxum a 4 anos e sempre tive problemas espirituais,bolei aos 16 anos conheci oxumare aos 13 resumindo so aceitei por que tive medo fiquei sem andar por 2 meses e fui em frente e meio complicado explicar,aonde eu frequentei nao e dessa forma a dotrina e la e gege mas parece keto.eu quero entender o que acontece comigo pois estou muito preocupada dizem que sou de um vodum ijiku n conheco e a energia e desse vodum estou muito triste pois amo a minha energia a qual hoje desconheco e em meu ori confirma ser vodum,estou quase abandonando a religiao levei 15 anos para esta errado,me de um conselho eu agradeco sou de nova iguacu,beijos
Tem alguma casa de gege que eu possa ir aqui no rio,que seja de tradicao antiga,muito obrigada,cristina
Cristina,
Procure a casa do Doté Nelson de Azanssun, excelente zelador. Acho que o tel é esse: (21) 2699-5195
Axé
É tão mais gostoso pensar que o preconceito acabou e que tudo está resolvido empregando o pensamento da ideologia dominante, que não reconhece as religiões de matriz africana como legítimas religiões, que não se cansa de pregar que todos são iguais. “Eu não me pareço com você” e fim. E essa apregoada igualdade só se legitima quando o comportamento individual se doma, se catequiza, se adestra e finalmente se “iguala” ao que o sistema prescreve como boa norma de conduta. Quando você, umbandista, nega sua religião se dizendo católico. Quando você, candomblecista, com vergonha, com medo da rejeição, se diz espírita. A verdadeira exclusão começa quando o inventário da sociedade se baseia na comparação, na lembrança de que o diferente deve ser tolerado, aceito. Se nossa sociedade fosse realmente livre, “tolerância” e “aceitação” seriam palavras há muito consideradas arcaicas. Se se necessita delas ainda, é sinal de que o que reina ainda é a intolerância, a desigualdade e a não-aceitação. Mas essa é uma questão secundária, não é? Vamos botar os orixás pra dançar, e está tudo bem. Vamos continuar nos fantasiando de pombagira e exu, tomando marafo e matando galinhas. Isso não tem nada a ver com a sociedade, não é? É só macumba, não é? É só se vestir de branco ou usar os paramentos de cada orixá numa sexta-feira à noite e o jogo está ganho. Está tudo resolvido.
Marcelo não houve pouco caso, não houve desleixo, o que há é apenas uma forma de ver a questão.
Vc tem a sua e eu tenho a minha, não acho que seja legal para a formação de uma aluno ter aulas sobre religião, simplesmente por que a familia é religiosa.
Meu filho tem 28 anos e não segue meu culto, não posso impingir uma religião a uma criança simplesmente por que eu a cultuo.
Não gostaria de ver meu filho na escola sendo direcionado para esta ou aquela religião.
O que meus filhos sabem é o que representa a minha religião, o que eu cultuo e por que cultuo e eles tem argumento e contra argumento para discutir estes assuntos.
Estudar a Diaspora, saber quem foram os deuses que foram introduzidos após este episódio e outra coisa.
Quando a materia apresentada, temos o velho caso de uma pessoa desequilibrada, desinformada, bitolada, que acha que sua religião é primaz, que as outras não existem, que tem um problema sério de formação, de carater e vive na escuridão da religiosidade.
Devemos estar atentos, devemos nos associar, devemos lutar por nossos direitos.
PORÉM ANTES DE QUALQUER PASSO O POVO DE ÀSE TEM QUE PARAR DE TER VERGONHA DE SUA RELIGIÃO!!!
Isto atrapaçha, isto faz a diferença.
Ire o.
A paz irmãos, gosto muito da religião, estudo a anos, porém agora que estou me aprofundando sobre a questão de nações, pois como é muito mais divulgada, até então tudo q sabia era sobre ketu (Orixas). Minha duvida é a seguinte.
Tenho uma fé panteísta e por isso me identifico muito com o candomblé. Porém nunca tive interesse no culto de eguns (no caso a umbanda), giras de exus e outros guias. Não tenho nada contra quem cultue tais entidades.
E embora conheci o chamado “umbandomblé”, pois quando conheci a religião pra mim tudo era uma coisa só, a unica diferença é que na umbanda naum teria os sacrificios e a feitura.
Com os anos e pesquizas vi que candomblé cultua orixas, voduns e inkisis, de acordo com a nação.
Então Candomblé que cultua eguns estaria misturado com umbanda, como explicou um amigo meu que é de jeje e disse que quem é feito em jeje não puxa exus e outros guias, porém se a pessoa vem de umbanda ou outro barracão que trate tais entidades eles acolhem e tratam as mesmas.
Enfim, sempre vi as energias do candomblé como energias mesmo, forças da natureza, cultuadas, manipuladas e tratadas no ori de seus iniciados.
Mas lendo lendas de ketu os orixas parecem mais ancestrais que energias puras. Logo pelo que entendo seriam também eguns… Ou não??? Muitas lendas colocam tais orixas como lideres, reis, enfim pessoas renomadas e divinizadas (Eguns).
Quando comecei a ver sobre nações li sobre Angola, e os inkisis se mostravam pelos angolanos como energias e naum ancestrais…
E quando conheci o Jeje vi isso ainda mais claro, e me encantei com o jeje pois o culto me pareceu mais tribal, mais escencia.
Porém dizem que diferentemente dos orixas de ketu q mantem os olhos dos iniciados fechados, voduns se manifestasm com os vodunsis de olhos abertos e ja foi dito que até falam.
E hoje no texto belissimo aqui escrito e nos comentarios seguintes foi dito que alguns voduns são reis e figuras divinizados, logo ancestrais… logo eguns…
Queria um esclarecimento sobre as divindades do candomblé, pois eu particularmente vejo diferença entre mitos e o que esta por tras do véu.
Como os mitos gregos q afirmavam que hades e Zeus andava tranquilamente pela grecia antiga. Mitos podem colocar Xango e Odé andando pela Africa.
Uma outra pessoa chegou a afirmar que voduns seriam os orixas dos orixas, ou seja, Ogum seria um vodunsi de Gu, E Xango de Sogbo.
Tenho muita vontade de me iniciar, porém não quero de forma nenhuma me tornar aparelho de nenhum egun. Pois assim naum veria diferença entre candomblé e umbanda.
Sei que nem tudo pode ser desvelado, porém peço aos antigos que me esclareçam no possivel.
Detalhe, tem um video no youtube onde uma egbomi, fala sobre parar de tratar orixas como ancestral. Sei que muita coisa foi deturpada e muita perdida, mas acredito que os antigos tenham uma resposta.
Agradeço desde já,
Boa noite,
Estou procurando um axé jeje mahin puro no Rio de Janeiro.
Muito obrigada,
Luciana
Luciana,
Prucure por Nelson de Ajunsun no google.
Axé.
Achei, muito obrigada pela sua ajuda…Tinha que ser um filho de Oxaguiã!!! Que meu Pai Omolu te abençoe!
Boa tarde, deixei uma postagem aqui no iniciodo mes e ainda não fui respondido. Entendo que perguntei muitas coisas. Mas se o caso for que as quastões não possam ser respondidas. Me avisem e eu compreenderei. E sobre a indicação de Nelson de ajunsun, não encontrei um telefone que atenda.
Se puderem me dar alguma resposta sobre a minha pergunta fico agradecido.
Amei a matéria. Poderia me indicar uma casa Jeje Mahin tradicional em Salvador.
Olá para Todos!
Sou de Logum, fui iniciado a 39 anos atraz em Sejá Hundê, porque de Logum se Jeje cultiva Vodum? Bom, vamos ver se a pessoa é de vodum ou orixa, esta é a questão! Verificando os ancestrais, eu trago orixa, deveria ter iniciado em ketu, mais cai em Jeje. A feitura é a mesma para o Vodum ou Orixa no jeje, ( pequenas mudanças)chamamos de orixa convidado, devemos ver que na Africa eram aldeias, e seus ancestrais eram todos da mesma tribu, portanto poderia fazer vodum. No começo do Jeje “todos no Brasil” muitos foram feitos de Orixas, por estas razões, não por não saberem mais pelos seus ancestrais. Coisas que muitos passam por cima, não respeitam o Ori das pessoas, não buscam nos antepassados seus fundamentos, podemos sim colocar um vodum para determinada pessoa, mais concertesa um dia vai aver uma cobrança deste erro. Buscar um outro zelador para poder confirmar se é vodum ou orixa é humilhante hoje em dia, (isso para os que não tem axé) levam na brincadeira, muitos não tem cargos de zeladores, mais como não tem meio de vida abrem casas e fazem a sujeira que se encontra o Candomblé. No Rio de Janeiro esta cheio de PICARETAS, uma mistura de Ketu, Jeje, Angola e Umbanda, o povo Jeje e Ketu, estão recebendo Catiços, Pombagira é quem ordena Zé pelintra é quem Manda. Não sou contra estas entidades, a respeito, mais são de umbamda. Falando do Grá, é muito dificil hoje em dia ter como fazer, não temos mais espaço fisico, seria Criminal, ter que deixar uma pessoa com grá por varios dias, souto em mata a dentro. Não temos mais dentro da mata o que comer, as folhas comestiveis estão nas lavouras para serem vendidas, não mais nas matas, e qual a casa que tem mata? até Seja hundê, que era uma fazenda estão querendo vender partes para loteamento, foi tombada a pouco tempo, mais ainda há discusção. Vamos a Alda de Oya, de Seja Hundê, que por sinal deveria ter tomado o cargo de Gaiaku, mais os mais velhos já se foram e quem comanda não deixou, é o poder quem Manda. Por essses motivos e outros é mais facil fazer orixa do que vodum, mesmo no jeje, é lamentavel, pois até as cantigas de Vodum já estão acabando, muitas inventadas, fazer referencias a Aziri, Loko, Gã, Gbadé, Dan gbírá etc… é quase que impossivel. Muitas casas de jeje (que se dizem jeje) não sabem cultivar estes Voduns, só cultivam Bessem (Dan Gbé Sén). e muito mal.
Não sou o verdadeiro, estudo profundo, mais fico triste com tudo isso.
Aó.
Jorge d’ logum.
Lilian,
Hunso Sueli de Vodun Abe – Roça do Ventura. Jeje Mahin Site:(vodunabeyemanja.blogspot.com/…/jeje-mahi-roca-do-ventura.html)
Boa sorte,
Axé
Olá, escrevo para pedir ajuda de vocês. Minha mulher é de Oxumarê. Estamos procurando a casa jeje mahi do pai sangê que fica em Murití.
Alguns, anos atras ela frenquentou esta casa, antes de vim morar em outra cidade, só que perdeu o contato com o povo de lá.
Preciso localizar ele, pois ela está muito doente e precisa voltar lá.
Gostaria da ajuda de vocês em nome de oxalá.
Deixo aqui meu email para contato: publicitarioal@yahoo.com.br
Fico no aguardo.
Obrigado.
Eu queria saber porque um iniciante do jeje mahi não vira com exu depois da feitura ?
PARABÉNS, MUITO LINDO O TEXTO SOBRE JEJE MAHI, aqui no RS tem um zelador que tmb é de jeje mahi, félix de ogum xoroquê, ele é do asé de zezinho da boa viajem, a roça de félix fica no jardin do sol na cidade de rio grande. inclusive quando o vô de santo dele zezinho da boa viajem o visitou aqui no sul, ele documentou tudo com fotos, pena que não deu tempo de eu conhece-lo tmb.
kolofé,
fui confirmada (ekedj) em uma nação que não se raspa ekedj/ogan, estou mudando p outro axé (ketu), minha dúvida é, preciso raspar? tem como não precisar raspar? grata
axé
Ekedji o keto não raspa Ekedji, porém, dependendo do entedimento de seu sacerdote minha informação pode não ser a resposta que vc gostaria de ler,rs.
Ire o.
hungbono charles,
Oxoguian é meu pai, quando fui feito o meu falecido pai de santo, Nilton de Logun edé, dizia que éramos do acé kwecinfá podagba e Nataliina de Osum era minha bisavó e que mãe Obaganjú de Nilópolis minha avó.fazem 27 anos que procuro encontrar alguém que me ponha em contato com essa raiz, pois meu pai d santo tirou meu barco em Brasília num illê que ele assumiu e hoje nada mais existe, o poço tamparam, as árvores derrubaram e meu pai de santo faleceu quando eu faria 3 anos de feito.Tirei a mão dele fazem 3 anos numa boa casa da nação Efon, no ES,tudo muito arrumado e muito prático nesse ilê que me recebeu. Mas , encontrei por acaso, numa viagem ao nordeste, no RN, o livro da maravilhosa e lúcida Gayaku Luisa e a trajetória do Jeje Mahin.Após leitura da obra fiquei com um vazio no coração, como se faltasse algo,pois quando recolhido uma ira me assaltava, algo incontrolável, um ódio pelo pai de santo e eu o amava muuito,certa feita, após um ano, fui a casa de uma mãe de santo que ele estava cuidando e quando o vi parti pra cima dele pra quebrá-lo de porrada, sem motivo,ele fez tudo direitinho, tirou-me no keto, mas lá nos atos da feitura, havia muita toadas de dan, e tem uma que vira todos nós quando cantada e ninguém conhece.Fiz santo em 28 dias e 3 meses de kele, cumpri com fé.mas voltando ao dia que encontrei com meu pai da santo na casa da senhora que ele cuidava espiritualmente , naquele momento me seguraram, perdi a visão por umas quatro horas e me colocaram numa eni deitado.tudo eu ouvia, nada sentia e nada enchergava.nao sofro das faculdades mentais, gostaria de saber se foi falta do ato do Grá que me fazia passar por esses desconfortos.Pois se for isso não empedirei o santo de ser raspado novamente numa casa de tradição e conceituada, creio que os voduns/orixás darão as condições necessárias. Sou muito rigido com tudo isso e não abri casa ainda pois creio que me falta muita coisa apesar ded ter as “coisas” arrumadas.Dai-me essa luz Charles.Moro no ES e sou Alibam (PC).obrigado que Oxalá, Olissasa lhe cubra de bençãos.Helder, Gamo de Osalá
Gbedomé novicé!
Helder,
Não poderei ajudá-lo no contato com sua raíz, infelizmente não contato com este povo, moro no Rio Grande do Sul. Mas se ajuda vou te dar um conselho. Creio que sua feitura, não me leve a mal, está um pouco em desacordo, pelo que entendi você foi feito no Jeje, mas os preceitos descrevidos por vc me parecem mais Nagô. Acho que você deveria procurar uma casa de nação jeje, séria, e lá vc deveria ver e através do oráculo para saber o que deveria ser feito no seu caso.
Que nosso querido vodun Dan te ilumine e faça com que você encontre o caminho certo.
Acé!
CARO HUNGBONO CHARLES, OBRIGADO PELA SUA SINCERIDADE, PESSOAS COMO VC ENGRANDECEM O CANDOMBLÉ JEJE E NOS ESTIMULAM A BUSCAR O ACERTO, POIS, SABE LÁ SE O VODUN NOS CHAMAR AO SACERDÓCIO E A FALTA DE PREPARO VENHA CAUSAR SÉRIOS DANOS AOS OUTROS. PROCRIE E COM SUA COMPETÊNCIA SEUS DESCENTES SERÃO LUZES MAIORES PARA ESSA NOSSA LINDA NAÇÃO. VOU BUSCAR, POIS COMO DISSE UM PENSADOR, “SEM O ESFORÇO DA BUSCA É IMPOSSÍVEL A ALEGRIA DO ENCONTRO”.MEUS RESPEITOS.
Hungbono Charles
Perdoe-me a ignorância, mas o que significa GBEDOMÈ NOVICÈ? Gostaria de saber se no Jeje sério o Bara-Legba pessoal do neófito é assentado após um ano de feito e se existe Panan e Erê no dia após o nome? Isso tem muito de Angola, não acha?Cantava-se muito em nossa casa para Dan assim:”Dan Sure ago, dan sure ago ya, bessen nukwe ase corobé , é do kwesinfá, motumbá,é do Podabá, motumbá”. Creio que motumbá não me parece Jeje. Pode me responder essas ultimas perguntas, pois tenho a impressão que fui enganado, apesar do santo virar. Obrigado.
Helder,
Gbedomé novicé (lê-se bedomê novichê) significa “olá, meu irmão” ou também “olá, meus irmãos”. Legba, no jeje, é da casa e não pessoal. O Erê está nos rituais jejes sim, e tem grande importancia nos rituais de iniciação e nos ritos de confraternização onde há alimentos, pois eles diferentemente dos voduns ingerem alimentos e assim, mesmo a vodunsi estando “encorporada” poderá “comer” da comida sagrada do ritual. Panan não conheço. A cantiga também está misturada com termos jejes e nagôs, e o termo motumbá pelo que vejo é o pedido de bênção na Nação Ketu.
Se seu caminho está no jeji, com toda certeza os próprios voduns irão lhe mostrar o caminho certo, lembro das palavras de minha falecida mãe de santo, quando ela dizia que “o vodun é quem traz a(o) vodunsi, quando o vodun quer ser iniciado ele mesmo traz e ele sabe o que fazer”, e eu concordo e lembro com carinho das sábias palavras dela, então não tema e siga em frente, procure seu caminho e com certeza se está em seu destino ser um vodunsi ou mesmo um sacerdote os Voduns farão com que se concretize.
`Dangbè benói!
Hungbono Charles
Mais uma vez fico agradecido pela sua atenção e confesso que acordei com uma disposição e felicidade antes não sentidas.Moro num local a beira mar que sempre aparece arco-iris, tem chuvas esparsas e sol. lembro muito de Dan.Após suas palavras estou sorrindo, que te encontre essa alegria também, que não sei de onde veio. um forte abraço. Helder
Hungbono Charles,
Gostaria de saber se no jeje mahi aceita-se rodar/virar com casal de catiços/exu, se boiadeiro tem vez, se caboclo tem chance, ou somente o vodun é que toma o tá/ori do vodunsi? Por que se fala em Ketou, nago, nago vodun e qual a diferença dessas nações para o jeje mahi? Parece que o vocabulário se misturou e tenho dificuldades em compreender Oxalufan, Oxoguiã, Mawu, Yemonja, Lissa.Oxoguiã, por exemplo, aparece no Jeje mahi?Uma coisa já sei que o Legba é unico, não existe o tal bara pessoal.Obrigado
Helder,
Pela lei do jeje mahi, não se deveria haver o culto a tais entidades, uma vez que uma das principais proibições da nação se ja o culto aos kukutos (Eguns) e estas entidades são eguns. Mas, atualmente se ve muitas casas jeje mahi com este culto aos “encantados”. O Jeje Mahi, em sua forma mais pura, tem pouco absorvimento da cultura ritual nagô, embora tenha absorvido algumas divindades de culto yorubá (os nagô-voduns ou Jono-voduns – “os voduns estrangeiros”), mas sua forma de se cultuar é de maneira bem diferente. Os jejes mais distantes da cultura nagô são o Jeje Daomé e o Jeje Mina (praticado em sua forma pura exclusivamente na Casa das Minas). O Jeje Modubi e o Jeje Savalu são os mais próximos, incluindo alguns ritos e mesmo os dialetos que pendem ao lado nagô. Quando se fala em nagô-vodun, pode-se referir a duas coisas:
– nago-voduns ou voduns de origem nagô.
– jeje nagô-vodun que é qualquer um desses tipos de jeje mensionados acima com grande influencia nagô.
Espero ter exclarecido suas dúvidas, fique a vontade caso queira perguntar mais coisas.
Acè
Hungbono Charles
Compreendo a sua preocupação em responder essas questões via blog.Buscarei outra forma de contato mais fechada.Isso incomoda muita gente e pode trazer danos a religião pura dos voduns. Até breve mano.
Sou ekedi mas gostaria de saber as palavras que se usa para tomar um nome de um yao e logo apos ele dar o nome a musica que se canta?
grata
Rosy sua/seu sacerdote poderá lhe informar tudo isto, quanto a cantiga o caminho mais curto é o Ogan que está ao seu lado na sua casa.
Ire o.
Da Ilha, obrigada pela resposta, entendi.
bença e axé
já aconteceu de ocorrer aciente no tirual grá
sou do jeje mahin e é v éssa tradiçao é rara
pois naminha casa nao tem .
Luan se teve ficou ‘nos assuntos internos’.
Não posso falar sobre algo que não presenciei e nem tive notícias.
É uma parte da iniciação é muito forte e deve ser feito pelo povo Efon e somente eles podem dizer algo a respeito.
Ire o.
Ola Boa Noite Kolofé
Lindo O texo de vcs eu sou feita do jeje mahi e dei minha obrigação de um ano na casa aonde raspei mudei de casa e a casa onde estou agora tmb é jeje e vou dar minha obrigação de 3 anos la tenho 3 perguntas:
na minha obrigação de 3 anos eu vou ter q raspar denovo mesmo a casa sendo de jeje q é a mesma nação aonde eu raspei?
e na de 7 tenho q raspar?
ja me dicerão q no jeje só se raspa uma vez,verdade?
na minha humilde opinião eu acho q eu não precisaria raspar novamente pois eu sou feita no jeje e a caca aonde estou agora é jeje tmb mais ha quem diga q eu vou ter q raspar mesmo eu vindo da mesma nação pois estou trocando de casa,acho q eu teria necessidade de raspar se eu viesse de outra nação sendo a mesma não…mais como não sei tudo aguardo a responta de vcs.
Desde ja agradeço Kolofé
Dofonitinha D’Osun,
Até onde sei dentro da nação Jeje Mahi só se raspa uma única vez (o Charles poderá explicar melhor sobre o Jeje Mahi). Na nação ketu/Nagô quando acontece da pessoa trocar de zelador ou de nação e para que a pessoa possa ingressar numa nova casa ou nação, deverá passar pelas águas deste novo axé e por consequência raspar novamente para adentrar o ronkó e estabelecer seu lugar dentro da hierarquia da casa. Este ritual é feito uma única vez também. Quando permanece com o mesmo zelador e na mesma nação,portanto a mesma mão, não há mais necessidade de raspar novamente, apenas cumprirá suas obrigações.
Axé.
Ingrid
kolofé, fiquei extasiada tanto pela nação e suas doutrinas como pelo texto. Algo verdadeiro que senti somente em ler, não encontramos mais por aí. Minha zeladora também luta com muita dificuldade em manter suas raízes, tradição, aquela que lhe foi passada em seu renascimento e por isso, eu a admiro muito e com certeza pelo que ela passa pra mim, admiro muito o seu texto, feito com carinho, dedicação, devoção e principalmente amor ao santo e tudo que ele representa. Sua nação é algo que nunca ouvi, rara, profunda, forte, gostei muito, meus sinceros parabéns. Que os ventos de minha mãe lhe traga muita saude para continuar este trabalho lindo e inspirador.
kolofé
No que consiste o procedimento Kán?
Hungbono Charles,
Sou iniciado há 17 anos no jeje mahi, sou bis neto de zezinho da boa viagem. quando fiz santo nem sabia das diferenças entre orixá e vodun. fui feito como oxósse e hoje entendo que sou de otulú. Foi feito sarapocan mais não foi feito o grã. o que vc me dz disso.
Gbèsén Benói.
Kolofé! sou de uma casa de jeje mahi! nunca escultei falar do gra e de alguns ruituais citados acima! gostaria de mais informações, pois sou neto de Jãoo de ogun que é filho de Zezinho de boa Viajem! Aguardo respostas e alguns endereços que eu possa visitar ! obrigado Axé! yancaetanoac@hotmail.com
Leandro,
O rito do Grá está entre os fundamentos da nação jeje que foram perdidos pela grande maioria conforme o passar do tempo, com as mudanças e as misturas, só o que posso te dizer é que cada casa adota sua maneira, se na sua feitura não houve o grá não significa que não esteja correta.
Acè
Yan,
As informações referente ao assunto que eu posso dar estão aí, o resto é de dentro de cada, espero que compreenda.
Acè
Bom Dia Hùngbónò Charles …
Seu Texto foi maravilhoso e muito eficaz para mim , pois estou pesquisando a nação que mais me identifico . Seu texto e todos as postagens foram pra mim de auto ajuda !!! Tenho um grande amigo que e de JeJe e já fui em festas em sua casa e foi uma Nação que muito me identifiquei … Parabéns por toda iniciativa …
Axé
kolofé,gostaria de tirar uma duvida sou confirmada a 18 anos tenho uma filha de yemanja de 10 anos que precisa fazer santo,mas yemanja diz que preciso resolver uma perseguição com egum ,mas ja fiz tudo quanto e tipo de ebó e nada se resolve sou de jeje devo procurar um ogé não sei o que fazer.
Ekedy Andréa d’Oya,
Existe uma diferença básica entre o egun aleatório que se aproxima por uma série de motivos e começa a atrapalhar a vida de alguém e um egun que pode fazer parte da ancestralidade da pessoa e está querendo atenção. Essa diferença tem que ser vista no caso da sua filha para daí a atitude a ser tomada ser de acordo com a “espécie” de egun que a acompanha.
O zelador pode ver isso e achar os caminhos certos no jogo de búzios mesmo. Se ele ou ela não estiver conseguindo, procurar jogos de outros zeladores próximos e confiáveis também pode ser uma boa saída.
Axé.
Asé Hùngbónò Charles.
O que você pode nos dizer a respeito dos rituais de Batuque realizados RS que se denominam jeje/Nagô. Percebo que existe alem do sincretismo com várias outras religiões uma diferença muito grande do Keto praticado em Salvador. Nas casa que conheço por exemplo cultuam os grandes Esú que são tipicamente do Jeje. Percebo que existe uma bricolagem entre as próprias nações e que não há uma preocupação com a pureza ritualística desta ou daquela nação. Acredito que o culto que não tem adaptações caba morrendo, mas nesse caso como poderíamos classifica-los: Apenas nagôs, segundo a pratica da assimilação das culturas?
Obrigada pela atenção.
dayane
esse egun perseque minha filha para me atingir e uma vingança ele,não foi jogado nen e ancestral ele tenta matar ela e ninquem até hoje conseque me ajudar,nenhum zelador. obrigado e axé
Lilian,
Eu acredito não ser necessariamente a pessoa correta para falar sobre isso, o que existe no Batuque é mesmo como você falou, uma padronização dos cultos, embora quem conhece mais a fundo as nações de Batuque pode encontrar suas diferenças, o que é próprio de cada uma e o que foi absorvido por elas, umas das outras. O Jeje/Nagô do Batuque, eu particularmente considero uma nação Nagô que tem uma pitada de Jeje. Geralmente os Voduns jejes aparecem aglutinados a qualidades de Orixás, o dialeto dominante é o yorubá, com algumas expressões do povo jeje. Há casas que se denominam apenas de Nação Nagô que da mesma forma assimilaram alguns Voduns, mas nesse caso assumem sua identidade genuinamente nagô de culto aos Orixás, e cito como representante desta nação a Casa de Nagô (Ilé Asé Nágò Oluorogbo), casa de tradição nagô situada em Pelotas/RS que tem uma organização panteonica e ritualistica própria e complexa se comparada ao panteão e ritual padrão do Batuque.
Mas acredito que ninguém melhor do que alguém pertencente ao Batuque para dar-nos sua visão sobre esse assunto.
Gbèsén Benói!
Hùngbónò Charles em poucas e belas palavras disse tudo. Eu iria acrescentar também a questão da liturgia versos a titulação das nações. A exemplo, Kabinda, Oyo, Jeje, Ijexa, Nago muitas vezes não condizerem a liturgia ali aplicada, me refiro a Kabinda (onde o Inkisse esta ausente) e o Jeje (onde o Vodun esta ausente) mas na mantenedoria desses titulos que aludem certamente ao Grupo Etnico dos Fundadores que cada um desses seguimentos, que por aculturação ou fricação-inter-etnica adotaram todos o Panteão Yorubá, tratando cada um dentro dessas categorias Orixás de maneiras distintas de acordo com esses custumes regionais citados por mim. Embora é notavel, que a palavra Aculturação não se aplica nesses casos, o Vodun não deixa de existir, apenas é aglutinado a qualidades de orixás mas isso não é uma peculiaridade das nações do Rio Grande do Sul sem sombra de duvida.
Ekedy Andréa,
Quando isso acontece “perseguição por parte de Egun” na vida de uma pessoa, normalmente após consulta aos Búzios, deve preoceder um grande oferenda a Egun, um grande balaio/ebó com uma série e rituais específicos.
Axé.
obrigado pela resposta já foi feito varios ebó e todos com balaios e nada,foi resolvido,passa 1 mes e volta tudo axé.
Ekedy Anadréa,
Então é um babá Egungun, ancestral familiar, a pessoa terá que cuidar e há casos até de ter que assentar para apaziguar esta energia.
Axeé.
Boa noite, gostaria de saber mais a respeito sobre afrexó ( acho q é assim q se escreve) o ritual que faz com que yao de jeje nao tenha mao de vumi, e se puder me fale tb sobre o ritual de tol. Obrigado.
Vanessa,
O rito ao qual se faz para que o(a) vodunsi não tenha “mão de vumi”, é um ritual por demais secreto dentro da nação, no qual os vinculos do filho (vodunsi) se cortara por ocasião da morte de seu sacerdote. Não conheço nenhum ritual denominado “tol”, acredito que vc se refere ao “tò” – o banho do vodun – que é realizado as vesperas, antecendo as grandes obrigações.
Acè!
Boa tarde,
Gostaria de lhe fazer uma pergunta sobre assentamento de Orixàs.
Eu não sou feita no Santo, mas já me disseram (através do jogo de Búzios) que sou filha de Iansã (Onira) e de Ogun, e que teria o cargo de ekedji?.
No que se refere ao Candomblé o qual respeito e no qual acredito, sei muito pouco ou quase nada. Já fiz alguns ebós (feitos por um Zelador) e já dei um Obi.
Entretanto, tenho algumas dúvidas que você talvez possa fazer a gentileza de me esclarecer: o que vou lhe perguntar a seguir ocorreu em uma Casa Jege Marri (acho que escreve assim) e vai contra o que me disseram há muito tempo atrás numa casa de Nação Ketu; mas como não passo de uma abian, e, portanto, nada sei, humildemente lhe pergunto o seguinte: uma vez que alguém tenha assentado seus Orixàs (mas não foi raspado) e o Pai de Santo se aborreceu com a pessoa por motivos outros que não ligados à Religião, o Pai de Santo desmanchou o assentamento do Orixà (ele fez isso duas vezes com uma mesma pessoa (que havia sido seu companheiro e é uma pessoa a qual estimo muito) e uma vez com um outro rapaz (que também não era raspado, mas tinha os Orixàs assentados). Gostaria de saber se esse é o procedimento correto, pois em outra Casa (Ketu) aprendi que uma vez que o filho de Santo quisesse se desligar da Casa ou o Pai de Santo não o quisesse mais em sua Casa, ele entregaria os assentamentos ao Filho de Santo para que a pessoa fosse para outra Casa ou fizesse o que achasse melhor.
Gostaria de também fazer mais outra pergunta: Pelo que me disseram um Ogã não toca adjá, mas apenas os tambores; Uma ekedi, em princípio não tem mâo de faca e nem chega perto da Casa de Exú (porque ela sangra); Uma ekedi não faz o assentamento do companheiro do Pai de Santo (acho que nesse caso ele deveria procurar outro Zelador para cuidar de seus Santos, separando a relação carnal da espiritual); Dois futuros irmãos de Santo podem também se relacionarem enquanto casal? Pode um Ogã, uspenso pelo Oxalá do Zelador namorar uma Ekedi suspensa por Iemanjà (2º Orixà do Pai de Santo)? É possível que o companheiro carnal do Pai de Santo seja suspenso como Ogã de Iemanjà pelo PAi de Santo?
Essas são várias dúvidas de tantas outras que tenho e me preocupam, pois meus filhos estão frequentando essa Casa. Um é Ogãn suspenso pelo Oxalá do Pai de Santo (mas ainda não confirmado mas já com Bori), a Ekedi, suspensa por Mãe Iemanjà, mas também ainda não confirmada, é ou foi namorada desse Ogãn (meu filho), meu outro filho é rodante e segundo o Zelador da Casa tem cargo de Zelador e é filho de Olalufan com Iemanjá.
Gostaria muito que o senhor me respondesse essas dúvidas. Resido no Rio de Janeiro. E se for possível me enviar um e-mail seria muito bom.
Boa tarde eu gotaria de sabe um pouco mas cobre as marca de Xango Airá , Aira Intelé , Aira Egbona ,Aira Omonilé e entre outros ..
vitor,
Veja o post “qualidades de xangô”.
Axé.
Olá hungbono charles, gostaria de esclarecer algumas duvidas:
1) que sinais o vodum da, indicando que precisa ser cuidado?
2) a doné pode ver através dos buzios que uma pessoa precisa ser iniciada?
3) no jeje existe bori?
Fernando D’Osogiyan não achei não tem como vc copia o link e posta aque no comentario ou mando por imail ?
Vitor,
Digite na barra lateral acima onde está escrito procurar: “qualidades de xangô”, que vai abrir o post.
Axé.
Obrigado , vou da uma olha lá
sou de Ogunté com Ayrá mas muitas pessoas me disseram que e impossivel eu ter estas qualidade no meu ori já que um come com ogum e o outro come com oxala… tirem minha duvida por favor
Angela,
Cada Orixá trás seus fundamentos e Iyágunté, uma qualidade de Yemanjá é ligada a Ogun, Airá é muito ligado a Oxalá. Se voc~e ainfa não se iniciou, com certeza essa configuraçaõ irá mudar na iniciação.
Axé.
e este o problema vou raspa em março para ogunté mas mostra ela com ayrá existe chance então de na hora mudar ou não tem problema dois orixás tão distintos assim
Kolofé , Angela .( respondendo sua resposta)
No momento quem responde no jogo é yemanjá ogunté e sangó ayrá
mais isso não diz que eles serão seu santo. possa ser mais só temos certeza mesmo do nosso santo quanto se recolhemos e é feito o ritual chamado bolonã , que tem kwe(barracão) que tem casa que não faz esse esse ritual. Eu antes de ser iniciada vários orixás, voduns respondia meu jogo mais só tive certeza depois que raspei, seja bem vinda a nossa religião que você saiba dar VALOR ao seu zelador(ar) pelos os sacríficios.que você entre por amor ao seu orixá e não por riqueza orixa não faz nós ser ricos como muitas pessoas acham,
orixá é o equeilibrio que você seja cuberta por axé.
Olá sou da PB e moro em joão pessoa, sou bastante curiosa já frequentei casas de candomblé e adorei conhecer mais o jeje, já conhecia mais nunca dessa forma tão exemplificada.Bom a minha pergunta é o seguinte gostaria de saber como é o ” barco” no jeje mahi, a nação também cultua èjè (sangue) ?obrigada.
como a mãe vanessa disse santo não he riqueza é equilibrio e muita provação
Sou ekedi suspensa por Oxum. Gostaria de saber mais sobre o cargo vodunsi. Vodunsi é rodante? Qual é a diferença entre yaô e vodunsi?
Cristina, você está falando da mesma pessoa em nações diferentes.
Iyáwo é o Elégun, a pessoa que tem posse por parte do òrìsà.
O outro é de Djedje e também tem posse por parte do Voodo.
Ire o.
Hùngbónò Charles,
Gostei muito do que vc falou com respeito a pedido de benção dentro na nação de jeje; só que vc falou do pedido de benção da família de dois Voduns qque são: Besen e Sogbo e a de Ajunsum?
agardo pela resposta. Foi um prazer conhece-lo.
Hungbono, Kolofe! Gostaria que vc explicasse mais sobre atinça, pois sei que eles são plantados no Huntoloji, lá em Cachoeira. pode se fazer outros em outro lugar?
Gostaria de saber mais sobre o jeje Ikizi, ou kizi (não sei ao certo). estou querendo conhecer melhor. Um abraço e Axé para todas e todos.
Laisa clique na foto do moderador Charles e faça a pergunta em qualquer post dele, ele receberá e lhe responderá.
Ire o.
Muito esclarecedor.
Vim da nação Efon para o jeje mas já tenho meu odú igê tomado agora como fica minha situação na nação jeje
Tatiana conforme as lei, mudou de água, começa tudo de novo.
Assim reza os ensinamentos que Baba Fernando passou aqui no blog.
Ire o.
As pessoas deveriam ter cuidado antes de repetir sobre o que desconhece. P. S. No Seja Hunde nunca, em tempo algum se iniciou um Logun Ede.
Doté eu desconheço os caminhos da nação Djedje, fica registrada sua informação.
Ire o.
BENOI AÓ .
iRMÕES DE AXÉ, BENÔE…
ADOREI TODOS OS ASSUNTO POIS LI PERGUNTAS E RESPOSTAS E VI QUE ADÉPTOS E INICIADOS……
SOU INICIADO A 14 ANOS E ESTOU HA 33 ANOS NO CANDOMBLÉ E SEMPRE APRENDI NA FUNÇÃO E NA MINHA DEVOÇÃO….
ACHO QUE NOSSO ESCOLA PRINCIPAL É O HUMPAME DE VODUM….
AGORA TEMOS PRECIOSOS COMO VCS QUE EXPANDEM PARA O MUNDO ESTE VASTO CONHECIMENTO , ISSO É MUITO BOM E TAMBÉM ACHO QUE SE DEVE ENSINAR ALGUMAS COISAS MAIS CUIDADO COM OS ECESSOS
OLHA OS JURAMENTO E FUNDAMENTOS DE AXÉ
TRADIÇÃO É DOUTRINA….
A BENÇÃO AOS MAIS VELHOS E KALOFÉ AOS MAIS NOVOS…..
Mo juba Egbom.
O melhor lugar para se aprender ainda é o Ilè Àse, porém, a era de Aquarius (a qual vivemos) é a era da informação, do conhecimento.
Felizmente a Web está no mundo (Epá Ògún, Epá Odù) para desfrutarmos, conectarmos e expandirmos nossos conhecimentos.
A verdade não está dentro de uma casa, ela está no mundo. Ninguém é louco de chutar o balde do juramento (Iká’fún), sabemos das responsabilidades inerentes.
Fique tranquilo, pois o que mais se preza neste blog é o áwo.
O que não se pode mais esconder dos novos, os adeptos e simpatizantes é a maldade, desconhecimento e o charlatanismo de muitos que estão lá fora abusando de nossa religião.
Isese é a minha luta!
Ire o
primeiramente colofe, tenho uma duvida fui feito jeje dretro de recife pelo dote valdemir de oya bale, fui iniciado a ogum em 2009 neste ano de 2014 tenho que pagar o odu de 5 anos mas estou afastado da rosa de meu pai, e tenho hoje minha propia casa quero tomar essa renovacao e fundar minha propia rosa, ja tenho alguns filhos e tenho que plantar mina asentar os santos de tempo, como posso faser queria muito que voce podesse mim ajudar pois ja nao comto com meu dote mas tambem nao disponho de muitas comdicoes, mas queria muito que minha casa comtinuase jeje mesmo se fose jeje nago pq falam as pessoas antigas que recife nao ha condiçoes de manter um jeje, pesso pufavor que mim ajude ou mim faça uma indicaçao de um dote ou done de jeje, se for de seu conhecimento que tenha uma rosa em recife que possa mim ajudar nessa obrigacao, e tambem tenho um sonho de conhecer de perto uma rosa de jeje mahi puro, so pra lembra nao quero tomar oynhe (deka) antes do tempo, se nao for pedir de mas pesso que mande e resposta pra meu face (djhonjose24@hotmail.com) ou se quiser pesquisar djhon sannyne, agradelço muito se puder faser isso por mim mas uma vez colofe
Jose não conheço ninguém em Recife.
Ire o.
dote mim perdoe a insistencia mas em sua piniao como devo agir pq nao sei o que faser tenho que tomar renovação de 5, mas nao tenho nenhuma opção, se eu fose tomar em uma rosa jeje puro como a sua quanto que mim custaria, e outra coisa e verdade que dentro de jeje puro nao se cutua entidades de jurema se eu tomase obrigaçao na rosa como ficaria minhas entidades?
como faço para me iniciar no candomblé?
Flavio o primeiro passo é se cercar de pessoas que você conhece, perguntar sobre suas casas, seus sacerdote e depois tomar a decisão de ir a uma conversa com o responsável pela casa.
Um jogo será aberto para você e as instruções do oráculo lhe serão passadas. Feito isso você decide o que vai fazer com as informações.
Não se deixe impressionar por informações miraculosas ou que você é especial, tem òrìsà raro e etc., não caia no conta da sereia e não deixe a vaidade tomar conta de suas decisões, ok.
Ire o.
Conheci uma casa seria e tomei um banho de folhas na roçal na hora que jogaram a água na minha cabeça meu coração parecia que ia pular do peito pq?
Flavio isto é o poder de Osányìn e do òrìsà.
Ire o.
olá ! Chales
dizem que em casa, de ketu não se pode fazer
dois logum e nem dois oxumare oq me diz disso
me chamo danilo
Danilo,
Eu não sei muito bem como funciona no ketu, acredito que os irmãos moderadores do blog que são do culto de orixá poderão te explicar melhor, mas dentro do Jeje e como se segue aqui em casa geralmente só se inicia uma pessoa a um determinado vodun.
Acè
Danilo respeitamos este ensinamento que vem de longe, dentro do Candomblé.
Ire o.
Ola
Aos Irmao do Axe:
Kolofe, Benoi, Motumba , Axe.
O Divino que abita em mim sauda o divino que abita em ti!
Eu Era de uma casa Ketu, e mudei para uma casa jeje mahi.
Na casa ketu eu comprimentava todos com um bjo na mao e dizia motumba, no Jeje eu nao sei! Pois a zeladora da casa Dere Carla e comprimentada pelos filhos com Kolefe. E tem uma menina de Bessen.
Como devo xomprimentar?
A Dere com Kolofe e a de Bessen com Benoi ou as duas com Kolofe e com bjo na mao?
Paulo Kolofè é o cumprimento do Jeje independente do cargo, porém, creio que as duvidas deveriam ser tiradas com seu sacerdote, afinal de contas cada casa tem um ritmo.
Ire o.
a pessoa fica sete dias e seite noites sem acordar pra nada, como fica as necessidades fisicas
Jennifer eu não acredito que não haja um tempo para necessidades físicas e se não tiver posso lhe dizer que a mim não assusta.
Já vimos coisas mais fortes.
Ire o.
Muito bom dia meu irmão de axé!
Sou de jêje marhin, sou do Rj. Tenho 6 anos de raspada sou de Oya.
Meu avô de santo tem 35 anos de santo é de Jagun. Há álguns anos mudou de pai de santo, uma pessoa conhecida aqui do Rio que traz sua raiza da Africa, vive indo buscar fundamentos por lá. Muito a contra gosto de alguns de nós, acabamos mudando algumas rotinas e falas que ele nos passa. Por exemplo: Sempre nos cumprimentamos com Kolofé e como resposta Kolofé Olorum. Agora é só Kolofe para pergunta e resposta. Outra coisa, qndo feito sozinho é chamado de Runvá. Eu ainda sou Dofona mesmo tendo sido feita sozinha pq na minha época ainda não haviam essas novidades…
Fico me perguntando: Pq mexer no que sempre deu certo? Pq mudar nossos fundamentos dando abertura e espaço pra quem está chegando?
Por essas e outras que fiz meu santo por amor e tudo que tenho é para meu orixa´. Não me preocupo com roupas de gala, grandes festas como muitos. SInto falta da simplicidade e humildade que existe é a base da nossa religião.
Agô pelo meu desabafo.
Axé
Dofona de Oya
Queria ter vivido nossa religião em outros tempos…tempos de apredizagem para dar amor aos orixás. E não essa prezepada e parafernália toda que se transformou noss
Cris o nome de tudo isto se chama VAIDADE, tem gente que come um prato cheio todo dia e ainda degusta dela quando ela se encontra no estado liquido.
O que você deve acreditar é na sua história, no seu Ori Inu, no seu caráter, no seu orisa e no cumprimento do seu destino.
Não olhe para o lado nos oro de sua casa, vá buscar seu orisa.
Vá buscar a energia dele/a, vá buscar a energia de Èsù/Egungun/Ibeji.
Ninguém vai fazer a sua história, ninguém vai construir um destino para você, vá buscar o que é seu e que lhe pertence.
Este tipo de sentimento, simplesmente, vai fazer você parar no tempo e perder o barco dos ire (sorte) do mundo.
Pense nisso.
Nossa vida é o coletivo, depois de resolvido os nossos problemas.
Não posso ajudar uma pessoa que está se afogando se eu não sei nadar direito, os dois vão morrer…
Cuide-se.
Ire o
Prezados,
Algum de vocês sabem de algum terreiro de Candomblé Jeje em Campinas-SP?
Agradeço desde já
Abraços
Olá Hùngbónò Charles,
Fizeram um feitiço pra mim e jogaram no tempo.
O que significa isso?
Meire isto que dizer que este feitiço foi colocado na rua.
Ire
Hùngbónò Charles
boa tarde!!!
desculpa os termos chulos e a minha ignorância e que ñ possuo muito conhecimento do linguaja espero que me entenda.
não faço parte de nenhuma religião,mas sou muito curiosa,já visitei algumas casa de umbanda e candomblé,em uma da nação angola fiquei por um ano,aprendi algumas coisas.e nesse curiosidade estou muito confusa entre o certo e o errado e as diferenças entre as nações, li seu texto e na casa aonde ele está, ficou recolhido 21 dias e sai do barração pra casa esse final de semana. não sei nada sobre os atos dessa nação,e temo que algo possa ter sido feito errado para o meu marido. recentemente meu marido que e envolvido diretamente com isso,mais não estava frequente, andou bolando na rua,e no trabalho,como alguns da família estavam faz 1 ano nessa casa de jeje mari cujo a qual ele já tinha ido,a festas e jogar acabou sendo recolhido para feitura. Só fui na casa no dia da saída dele, Não conheço o zelador de Santo e nem sei o que fazer quando ele voltar pra casa,ficara de resguardo por 3 meses,por favor me responda se isso está correto.
1º não foi tocado um xirê para a abertura,nem uma roda foi formada.tocou e o pai de santo saiu e ele saiu logo atrás.
2º ele em num momento usou a pena na cabeça.
3º ele é filho de abaluaiê qualidade ajansú,e tinha 2 xango sobó.
4º ele era quem fazia o ritmo das danças os atabaques só acompanhavam.
5º por que a saudação e arrobobô para bessen e ñ atotô.
6º os orixás ñ seguiam uma ordem,pelo menos ñ do meu conhecimento,estavam,ossain,oxum,iemanja,xango e bessen.
fico no aguardo de algo pra tirar as minhas preocupações.
muito obrigada
Olá Danielle,
O que vc contou não condiz com o que eu aprendi e pratico, além do mais pelo que vc falou, nesta casa, pelo que entendi, os Voduns são tratados como qualidades de Orixás?
A saída como narrada por vc tbm é bem diferenciada segundo a forma que eu conheço, e ele bolar fora da Casa de Santo, ao meu ver tem algo errado aí Danielle…
Grande Abraço
Dangbé Benói!
mauá´ mauá vodumci heee maua embala o rembala sosum mareu arereuara embala ou rembara sosum mareua meu rumbe meu rumbe fiabe meee rumtooo mahiiii fiabee me rumto mahi fiabe mee rumtoo fiabe mee rumtooo fiabee mee rumtooo mahiiii
PRECISO DE UMA ORIENTAÇÃO COMO. FAÇO PARA TER CONSULTA EM PARTICULAR?
Cleyson sendo do Rio ou Sampa podemos lhe ajudar.
Ire
Meu orixá de cabeça é Nanã. A mãe de santo cortou para Oxum. Foi feito BOrI de sangue para Iansã, Ogum, Oxossi e Oxum. Recebo Oxalá, dois Caboclos,Xangô, Oxalá e Yemanjá. Eles não abriram a falange para o público. Não sei o nome deles. A mãe de Santo fica pressionando eles comunicarem com todos da casa. Ela não jogou búzios para saber quem são e o que eles querem. Tenho questionado e ela disse para ter paciência e tudo tá certo. Hoje um deles falou que não é da linha Ketu. Parece que Jeje e tenho outras linhas e tenho orixá que está comigo que não são meus. Alguns deles só me protegem. Tem um solto na família que é de cargo.Tô perdida. Tenho muito receio de piorar. Não arrumo emprego. Não cortei para nenhuma escravo por falta de conhecimento e medo da bagunça que está.Minha família tem fundamentos no Candomblé, porém ninguém assumiu o posto depois do falecimento de um Tio que era Pai de Santo e ficou entregue aos filhos de santo porque o terreiro é em outro estado. A pessoa que ele preparou não quis assumir e acabou falecendo. A atual que deve assumir. Tá obsediada, não quer assumir, tá na merda,incorpora diariamente um Orixá que fica presente todos dias por um período depois assume outro e este fica me dando indireta que eu fiz tudo errado, que eu quero me aparecer e tomar o lugar dos outros . Fiz depois das porradas que tomei. Seguia a linha do Espiritismo e tive que ir as pressas. Não frequentava e não conhecia. Hoje vou as sessões para conhecer melhor. Melhorei bastante depois que fiz o OBI, porém tenho receio e estou procurando observar para dar os próximos passos agora com conhecimento. O que faço? Se o BORI foi feito errado. devo fazer o que? Se eu tiver orixás de linha diferentes o que fazer? Como cuidar corretamente? Em que momento dou comida para o escravo? De quanto em quanto tempo reforço as energias?Tem algum lugar para me indicar para que eu possa conhecer em Salvador? A casa que frequento é umbando linha keto OXUM E OBALUAIE. Posso cuidar do orixá da linha Jeje ou Angola no Ketu? O que fazer?
Desde já agradecida. Ansiosa para saber. Axé!
Tais você está mal assessorada, vc está com seu Ori trabalhando mais que a energia de òrìsà.
Culto de orisa não é isto que vc relata.
Se eu fosse vc, eu me renderia a estudar a religião.
A UFBA tem cursos grátis sobre nosso culto, aproveite que vc está por perto e vá crescer dentro da religião e ensinar para o seu povo como nós somos simples e objetivos.
Kolofé Hungbono
Gostaria de ter o contato do senhor para poder perguntar algumas coisas,sou Pejigan feito em Dan e gostaria de tirar algumas duvidas. obrigado
Gabriel creio que você precisa buscar o Charles via Google, ele não está mais no blog.
Ire
Bênção gostaria de sabe oq seria a função do hunto e os outros cargos de ogan
fagner,
Huntó é um posto na Nação Jeje. Pesquise nos postrs do Charles que vc encontrará muita informação sobre o assunto
Axé.
Olá Fagner,
Procure dentre os meus posts há um específico sobre os cargos dentro da Nação Jeji
Hungbono Charles, boa tarde, benói noviche.
Por favor me indique uma casa Jeje Mahi no Espítito Santo ou Brasília – DF.
Helder.
Hungbono Charles, errei na saudação, gostaria de corrigir: gbedomé novicé!
aguardo algum endereço de casa séria de Jeje Mahi no Estado do Espírito Santo ou Brasília., se o senhor puder, é claro.
Helder.
Por favor, será que pode falar um pouco da yemanja aboto, o pai de santo jogou os búzios, ela só quiz dizer quem era na roça num quarto especial que não sei o nome, já catei na net, mais não tem nada falando dela, o pai de santo disse que era uma das mais velhas, mais gostaria de saber mais, se puder me ajudar agradeco
Carla,
Conheço Oxun Abotô, você vai procurar e não vai encontrar. Procure se certificar se o nome é este mesmo
Axé.
ola axé á todos sou de são paulo e serei feito na naçao de jeji mahi ai no rio sou filho de oxossi que come com oxala gostaria des saber qual a cor dos meus fios de contas pois sou rodante
Flávio Osoosi é azul calro.
Ire
boa tarde, kolonfé
gostaria de umas informaçãoes, fui iniciada no efón e tenho 30 anos de iniciada e gsotaria de tricar de axé prara jeje mahin, gostaria de saber se minhas obrigaçãoes arriadas de 7 e 14 anos são reconhecidas nesta nova nação??
Andréa,
Evidentemente que sim, e entenda que não basta dizer que tem 7 e 14 anos, Orunmilá através do Ifá tem que confirmar suas obrigações e seu tempo de iniciação. Recomendaria o Ketu por se aproximar mais do Efon, mas, se está decidida a passar para as águas do jeje, dependendo da casa, terá que passar pela liturgia e rituais do axé Jeje Mahí.
Mutunbá.
Mo juba Baba Fernando.
Poderia me orientar se o uso de plantas enteógenas, é considerado “sujar o corpo”? Tenho essa dúvida, como é comum haverem praticantes do candomblé que conjugam suas práticas com Jurema, etc… e o fato de serem substâncias que alteram a consciência, seu uso deveria ser evitado “certos dias” antes de um Orô, como seria o de uma bebida alcoólica?
Visitante,
No candomblé ketu/Nagô não há uso de plantas enteógenas. Sabemos que os juremeiros fazem uso, assim como algumas tribos de índios americanos. Não considero “sujar o corpo” pois está dentro do ritual.
Mo Juba ire, mojubaxé.
Existe cuminheiras nas casas de jeje ou jeje nago
Sualmyr,
Casas Jeje/Nagô tem cumeeira, porém, hoje em dia quase não se vê.
Axé.
Kolofé,
Eu fui iniciada em 1992 em uma casa de raiz(podemos dizer desse modo) Sejá Hundê e não passei pelo ritual do grà,conheci somente 1 pessoa que passou por esse ritual quando ela fez o santo e tinha 7 anos de idade e em outra casa tambem de raiz Sejá Hundê.
Hoje não frequento mais nenhum barracão e só dei os 7 anos, a pergunta é.
A falta desse ritual influenciaria negativamente na minha vida?
Obrigada.
Rita,
De forma alguma a falta desse ritual do Grá poderia influenciar sua vida. Nos dias de hoje chega a ser arcaico esse ritual, muito perigoso e que muitos zeladores excluíram. Esse estado êxtase louco provocado pelo Grá provoca um primitivismo absurdo e para controla-lo pode levar o futuro vodunci a choques emocionais sem garantia alguma. Somente os grandes Dotés e Donés podem nos explicar essa liturgia sob o ponto de vista litúrgico.
kolofé soró.
Meu mojuba ao sr baba… Parabens pelo conhecimento e forma elequente de passar…sou de origem nago. De pernambuco..cultuamos orisa…mas fiquei surprezo.pelos oros..que aqui foram prescritos. Ase ase…muito teabalhos pra os dias corrido e revolucionarios de hj. Sobe o ritual (grãn ) ainda sao platicados em cs jeje mari nos dias atuas???
Jota,
São praticados sim, é essência.
Axé.
Olá! Muito bom o texto!
Gostaria de saber sobre a iniciação dos que possuem a linhagem Áribe. Porque não se pode raspá-los? Poque só eles colocam qualquer coisa no próprio ori?
Gabriela,
Eu não sei nada a respeito, pesquise essa linhagem Áribe.
Axé.
Eu gostaria de fazer uma pergunta a vcs , Pois pelo que já li nesse texto o período de reclusão em uma casa Jeje é de 3 meses , mais eu já vi casas em que adotam o tempo da Nação Ketu por exemplo que é 21 dias (me corrijam se eu estiver errada) , E isso estaria indo contra as normas do candomblé ? ou isso se leva em conta de hoje em dia como vai nossa rotina , E outra coisa que eu gostaria de saber todos os Orixás cultuados na Nação Ketu são cultuados na Nação Jeje também ou Existem voduns que são assimilados a estes ?
Morena todos nós tivemos que nos adaptar aos novos tempo, onde ninguém tem mais tempo.
Vinte e um dias, já tá ficando demasiado, tem gente tirando 14 dias de férias e olhe lá.
As coisas estão muito difíceis para os adeptos.
Quanto ao intercambio de divindades, eles existe incluindo a Nigéria e Benin.
Sempre respeitando as particularidades de cada uma delas.
O sacerdote tem que ser muito sábio.
Ire
Muito obrigada pela Resposta ! Só mais outra pergunta Azanssu e Omolu são a mesma divindade ou são de fundamentos semelhantes ?
Morena,
Para simplificar podemos dizer que Azunsun é uma qualidade de Omolú.
Axé.
boa tarde
fui iniciada na angola numa casa de Ketu (não sei por qual motivo)… Acabei me desligando dessa casa… Minha mãe nunca me falou qualidade de santo nem mesmo após minha obrigação… Fui jogar recentemente com um Pai da Angola que me informou que sou de Oxum Aziri… Não conheço essa qualidade… Não seria o correto o Pai ou a Mãe informarem para o filho dados básicos para que o mesmo não fique perdido? Axé e gratidão
Suzana seria muito mais correto a gente ter um pouco mais de cuidado com a gente mesmo e não se empolgar tanto com o mundo do Candomblé.
Uma casa de Keto não pode iniciar uma pessoa em Nkise e vice e versa.
Acredito que a coisa já começou errada.
Por que você não busca outros jogos para se certificar dessa questão e/ou procure uma casa que você confie e acerte todas as suas pendências se houverem e siga sua vida em paz, que de verdade é o que nós buscamos na religião.
Quanto as informações elas devem ser dadas e com certeza devem ser aprendidas, eu vejo muitas pessoas completamente diferente de você, o sacerdote fala, ensina, sai pelo ouvido e caí no chão. Pode ser o caso de um sacerdote cansado de tanto falar e não ser ouvido e acabou deixando o rio seguir seu curso.
É muito triste dar pérolas aos porcos.
Ire
olá… boa tarde… estou com uma dúvida… me iniciei numa casa e por motivos particulares sai de lá… desde então (dois anos) não consegui achar outro lugar para frequentar… isso pode me prejudicar? existe possibilidade da energia do orixá diminuir/se distanciar/deixar de existir? não sei se fiz a pergunta corretamente mas, desde já agradeço… axe
Gabriela existe um ditado nigeriano que diz:
Rio que esquece a fonte seca.
Se você abandonou, por qualquer razão, seus assentamentos, por todo esse tempo com certeza a energia se foi.
Nosso religião é presencial, temos que manipular, mexer, fazer girar, energia não é estática.
Você precisa rever sua posição, fica ou abandona.
Se você for do Rio ou S. Paulo podemos lhe indicar um sacerdote para lhe auxiliar nessa tarefa.
Ire
Bom dia Odé Olaigbo… Sua benção… Gratidão por me responder… Desejo forte e verdadeiro do meu coração de voltar a cultuar meu orixá… Se puder me ajudar… Moro em Mogi das Cruzes – São Paulo… Gratidão… Axé
Gabriela veja seu email.
Ire
Apesar do texto apresentado ser bastante instrutivo, não posso deixar de dizer que também está bastante idealizado.
Me perdoe a sinceridade, mas quem atualmente pode se dar ao luxo de permanecer seis meses dentro de uma casa de santo ?
E mais, raríssimas são as roças que ainda realizam o ritual do grá, que necessita de um espaço selvagem muito amplo e o mais afastado possível das cidades. Pois segundo relatos dos antigos, o grá não fica apenas circulando pelo pátio, mas se embrenha pela mata.
Sendo que, convenhamos, acho há um pouco de exagero quando é dito que a pessoa permanece bolada durante sete dias. Sem comer, beber e realizar suas necessidades fisiológicas.
Manoel não temos a certeza de nada nesse mundo que tange o místico.
Eu não arrisco nada.
Concordo com você que o grá realmente é muito violento e depende de vários fatores e mão de obra treinada para colocar e retirar a pessoa de dentro da floresta.
Poucos tem a paciência e o tempo exigido de uma iniciação desse porte.
Ire alasfia.
Manoel,
O candomblé evoluiu acompanha as necessidades dos novos tempos, mas, naquela época eram esses os costumes. Eu mesmo, no Ketu, passei por rituais que hoje em dia não se praticam mais. Em casas tradicionalíssimas pratica-se o ritual do Grá nos dias atuais, é litúrgico. Quanto ao tempo, continuam os 6 meses, porém com mais flexibilidade e devoção a Casa. Sem dúvida alguma, a iniciação numa Casa “tradicional” Jeje não é para qualquer um, é para o bom vodunci.
Axé.
Odé Ợlaigbo… Agradecida por me responder… Minha mãe disse que foi iniciada na Angola porém a mãe dela veio a falecer e ela deu seus sete anos com um pai de Ketu… Essa seria a razão dela ter me iniciado na Angola… O Senhor já ouviu falar de Oxum Aziri?
Suzana,
Oxun é um Orixá Ketu e Aziri é um vodun Jeje, estas duas divindades se assemelham, porém, pertencem a nações diferentes. Tem casas Nagô/Vodun, que misturam as duas nações que chamam Oxun de Aziri, mas, saiba que são divindades distintas.
Axé.
Boa tarde amei o texto acima é mas me encantei sobre a religião…gostaria de saber se possível o que seriam o vivauê lançamento duka Zé e o sanjebe…sem que entre no mérito do fundamento mas só o que seriam essas obrigações na iniciação da Vodunsi…meus respeitos motumba
corrigindo kán duká zò
Gostei muito desse texto,muito elucidativo e de grande valia para todos do axé….porém gostaria de me aprofundar no assunto sobre o Vodun Frekwen,fundamentos,assentamentos e oros.Desde já agradeço pela atenção dispensada.
Daniel,
Não adentramos nos fundamentos de Voduns, Orixás ou Inkísses, quem está abalizado para falar de Vodun é o Charles autor do post. Tente: http://hunkpameayinon.wordpress.com/
Axé.
Boa noite tb? Me chamo Ricardo e sou feito no ketu axe gantois me tira uma duvida um amigo meu vai dar obrigação de 7 na nação gege e não entendo muito mas acredito que seja parecido com a do ketu vem a minha pergunta qto tempo fica recolhido e pode usar algum tipo de eletrónicos dentro do quarto de santo ? Tipo celular ou coisa parecida? A obrigação de 7 na verdade significa a confirmação da feitura? O vondunsi não tem que ficar afastado de todo tipo de contato com o mundo exterior? Será que as coisas mudaram tanto assim? Na obrigação de 7 não é necessário ficar totalmente catulado depende do seu orixá mas acredito que tenha que catular um pouco nos quatros cantos do oro no mínimo e sei tb que vc é adochado novamente mas sem ser explicito ao publico .será que estou errado? Meus pensamentos estão errados? Por favor me oriente se possível senão vou ficar desacreditado. Desde já agradeço. Motumba
Ricardo a questão ‘tempo’ tem ditado alguns rituais.
O normal seria 21 dias, sem qualquer aparelho eletrônico.
Significa o fim do ciclo iniciático, podendo ser o reconhecimento ou não do nascimento de um novo sacerdote.
Ficar longe do mundo mundano é a primeira coisa a ser feita nesse período.
Eu não entendi a sua pergunta sobre mudança.
Sobre catulado eu não posso falar, pois, são coisas que acontecem dentro do ritual, no segredo.
Seus questionamentos são válidos, porém, algumas coisas não podem ser descritas aqui no blog.
Eu não entendi o desacreditado, se você não entende muito não deveria falar sobre um assunto que pertence aos que passaram pelo ritual.
Em nossa religião tem muita gente tentando adivinhar coisas e acabam falando e fazendo coisas erradas.
Não vá por esse caminho.
Ficar desacreditado é muito ruim.
Mo juba se.
Motumba alaxe ode Olaigbo pela atenção sei que certos segredos tem que ser resguardado e ficar dentro do quarto do santo mas esse meu amigo parece que tem suas próprias decisões sobre a feitura que será pleiteada a ele o que eu aprendi foi que qdo damos qualquer tipo de obrigação dentro da seita temos que nos isolamos do mundo aqui fora para ficarmos conectados somente com o mundo dos orixás e qdo ouço alguém falar uma blasfémia desse porte penso que nossa religião esta se igualando a outras que não tem nenhum princípio e respeito claro que não posso comparar minha fé com essas determinadas informações sem lógicas pois fui feito na época antiga participei de diversas obrigações tais como inicial de 1 de 3 de 5 de 7 de 14 e até mesmo de 21 e todas foram dentro das normas pedidas da religião nunca houve se quer uma suposta exceção as normas por isso acho que esse meu amigo se mostra muito marmoteiro e superior a todos não acredito que o orixá peça uma coisa dessas para aliviar seu filho ainda mais numa obrigação de 7 que e o fechamento do ciclo com a feitura do mesmo muito mais importante que as de 14 e 21 que são mero capricho para se tornar um bacharel dentro da seita mas ficarei em contato para mais esclarecimentos mais uma vez agradeço sua orientação axe para todos um forte abraço.
Boa tarde !! Axé para todos.
Alguém pode me dizer se ouviu falar de uma qualidade de iemanjá, chamada cambaroa?
Daniela,
Alguns chama de Iya Camarô , porém é só uma referência e não uma qualidade de Yemanjá.
Axé.
MORO NO RIO E TEM CASA DE NAGO VODUM NO RIO DE JANEIRO? FUI FEITA HA UM TEMPO E UM POUCO PERDIDA
Ione,
Tem casas de Jeje que também cultuam Orixá, daí chamarmos de Nagô/Vodun.
Axé.
Tem algum ile de Jeji em SP Capital
Antonio,
Deve ter com certeza, mas, não conheço a fundo para indicar.
Axé.
No meu ilê o pedido de benção é “Indáloimi” e a resposta é “Serresu napon” (Jeje Savalu).
Laís,
Poderia traduzir para melhor entendimento desse dialeto.
Acè
Linda postagem sobre jeje parabens
Qual a ligação de JEJE com ANGOLA ?? Existe alguma ?
Ingrid,
Nenhuma ligação, são nações independentes em seus rituais e sua liturgia. ( se misturar perdem em essência)
Axé.
kelly
de oxum
Nossa adorei estou acompanhando a religião pq logo logo estarei na roça e essas informações são muito boas
Parabéns só me fez ter mais certeza do que quero obrigada….
Boa noite a todos vocês. Eu sou um Abian de uma casa de Jeje. Uma casa neta do Huntoloji.
Eu tenho no meu convívio, fora do barracão, muitas pessoas que são de Ketu. E algo que que muitos desses me indagam, até com tom de indignação, é o fato da ordem de feitos no barco não seguir um xirê (1°Ogun, 2° Agué, 3° Odé…), e sim a ordem em q vão bolando.
Essa crítica possui fundamento? Gostaria de sanar essa dúvida
Renan,
No Ketu o xirê trás Ogun, Odé, Ossãe(agué). Nesse jeje nagô/vodun há muita controvérsia devido as misturas entre ketu e jeje, aí cada um segue sua casa.
Axé.
Gostaria de saber como é s iniciação de uma ekedi no Jejê?
Já que não incorpora ,passará os dias de penitência acordada ?
Priscila,
As Ekedis assim como os Ogans, não incorporam, suas funções são outras para com a liturgia e rituais, estarão sempre atentas e acordadas e não há penitência alguma, na verdade são preceitos que todos cumprem mediante seu Orixá e a responsabilidade que assumiram.
Axé.
Fui feito p xango obaganju mais fiquei sabeno q o orixar não existe tirem me essa duvida
Karpy,
Oba Aganjú, é um Xangô sim! Não tenha dúvidas disso.
Axé.