Por: Oluwo Ifarunaola Efunlase.
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Na Nigéria existe uma tendência muito forte de formar associações e corporações devido a sua grande extensão de terras e também uma forte expressão política, estas associações são formadas com o interesse comum de proteger a população em economia, política, recriação e religião. A sociedade secreta Ògbóni é encontrada em terras Yorubá, e sustentada pela tradição de ter surgido nos primórdios de Ilé Ifè. Venera a terra como fonte da vida, simbolizada pelo orixá Edan…” Segundo um itan do Odu Irosun-Iwori, num antigo período da história da humanidade, esta vivia em total anarquia, promovendo sucessivos incidentes de roubos, assassinatos e violações de toda ordem de abuso aos códigos éticos ditados pelos ancestrais. Alguns habitantes pediram a interferência de Orunmilá, para que colocasse um paradeiro naquela situação alarmante. Orunmilá ordenou que se realizassem sacrifícios e aqueles que cumpriram as instruções de Ifá prosperaram em segurança. Depois disso, Orunmilá retirou-se aos céus, entregando a Edan a responsabilidade sobre a Terra. Edan firmou um pacto e aqueles que juraram mantê-lo, puderam viver em paz, harmonia, justiça e prosperidade.
Após longo tempo de permanência na Terra, Edan retornou aos céus, delegando a um grupo de pessoas responsáveis a tarefa de supervisionar e fazer cumprir as leis estabelecidas. Este grupo se uniu em fraternidade, tornando-se a conhecida Sociedade Secreta Ogboni.
Ainda hoje, Ogboni mantém ritual iniciático baseado num pacto que estabelece e faz cumprir o seu elevado código ético, zelando pela justiça, verdade, lealdade e proteção.
A justiça de Ogboni é firmada com a própria Terra – Onilé, que detém a prioridade em todos os ritos. Dela sai o sustento de todos os seres que nela habitam, dela saiu o barro primordial com que Obatalá modelou o ser humano. Dela viemos, nela nascemos e recebemos a oportunidade da vida, dela somos alimentados e a ela alimentaremos, por ocasião da morte.
Conta o itan que Olodunmare concedeu cada reino da natureza a um òrisá, assim, sempre que um ser humano expressasse alguma necessidade relacionada a um dos reinos, deveria pagar uma prenda em forma de sacrifício ao òrisá correspondente. Restou de todos os reinos, o próprio planeta Terra, que foi concedido a Onilé. O seu tributo seria a própria vida, pois nela repousam os corpos e restos de tudo o que já não vive. Onilé deveria ser propiciada sempre, para que o mundo continuasse a existir, gerando continuamente, nova vida e assegurando a continuidade do planeta.
Com o objetivo de promover a harmonia com a natureza, Ogboni venera Onilé – os senhores da Terra – como fonte da Vida, simbolizada pelo òrisá Edan. Daí resulta que todo aquele que transgredir o pacto estabelecido pela Lei de Ogboni, deverá, – incondicionalmente, prestar contas à Edan – a própria Terra.
Outra atividade dessa sociedade é a de detectar as ofensas feitas aos Orixás, para logo penalizar rigorosamente os culpados. A cerimônia feita por essa sociedade mística se realiza em um lugar sagrado e nesse lugar são depositadas inúmeras oferendas.
Graças a seu poder espiritual os Ògbóni podem alcançar posições em nível social e políticos. Eles são facilmente reconhecidos porque usam um Opa-Edan, feito de ferro nas extremidades, ressaltam as figuras de uma mulher e outra de um Homem. O chefe do culto de Ogboni é um iniciado que atinge o grau de Oluwo ( pai do segredo) e é portador do shaki – uma estola que o distingue como detentor de honra e respeito.
QUERIDOS
Foi com satisfação que recebi este Post.
Como estudioso e pensador sobre ancestralidade espiritual, mas antes de tudo um homem dedicado á Deus, seja qual for o nome que Lhe venham chamar, penso que Ele, o Criador, está fazendo algo em minha vida e neste feito está me relacionando com minhas raízes, fato que jamais negarei as porções indígena e afrodescendente, ambas muito bem representadas por espíritos que me ajudam e orietam, no entendimento de suas linhas.
Numa ordem natural e histórica antropológica brasileira, o índio vêm primeiro, sendo sucedido por europeus, recebe do africano um partimônio sediado nos atributos de Orúmmilá, considerado um segmento específico ( Ifá )
Muitas mulheres, lindos espírirtos de mulheres negras, me visitam e cantam, numa lingüa que só depois delas , passei a conhecer por que Orí- Má – Áwó, disse ; ” Compre este livro e traduza.”O livro continha o vocabulário : “yórúbá.
Muitos Oríns me foram passados e por meio de muitas frases, pude entender meu passado desconhecido e até de Bábá Tatá mutá, tatá motambó, trataram na referida lingua do mesmo modo que índio trataram o memo objeto chamando de ” Jauí”, ou feito ou nascido da terra, na lingua Tupi.
Com disse, sou, dedicado á Deus e amo espíritos e religião cujos tema sobre o qual escrevo á Deus, o Criador, é ancestralidade e fico feliz com isso, embora sequer possa residir em algum lugar, senão pela ação de Deus, expressa na gentileza da cessão de hospedagem na casa de terceiros, pois estou desempregados e os espíritos dizem que o que faço é minha missão: E agora? o que farei para comer, pagar para escrever, ou palestrar e lecionar gratuitamente objetivando apenas cumprir minha missão? Estou há quase 07 ( sete ) assim. Onde deverei fixar meu ponto e viver mais tranqüilo?
Meu trabalho é comunicar, ao mundo, o que por acesso ao passado, este, por meio dos ancetrais me concederem, para em relendo-o no presente, á luis de novos conhecimentos, melhorar relações futuras, conforme falou Saraúra, espírito de índio ancestral de tronco Tupi Guarani Aruák, que muito tem me orientado sobre sua cultura, tando quando as mulhewrs africanas.
Para concluir gostaria de receber novos posts e até tratar com interessados em aprofundar a questão e viver a devida valorização dos ancestrais me nosso dias, além de por meio de palestras, mesas redondas e livros, juntos melhorarmos o entendimento sobre o que é de fato religião.
Sandive Santana / Rj
sandive@bol.com.br
(21) 9250-9749