– Ainda hoje, os estudos lingüísticos privilegiam o Yorubá. O que é um equívoco histórico, pois 75% dos negros africanos trazidos pra cá eram bantu-falantes, oriundos de territórios situados atualmente nos dois Congos e em Angola.
Em meados do século XVII, o contingente bantu era tão grande em Salvador que que um padre chamado Pedro Dias, resolveu escrever uma gramática para facilitar a catequese dos africanos, onde várias palavras bantu substituíram as de sentido equivalente em português como:
Insultar por “Xingar” / Dormitar por “Cochilar”. / Nádegas por “Bunda”. / Aguardente por “Cachaça”.
Os sistemas lingüísticos do bantu e do português arcaico são muito próximos, o que teria permitido uma aglutinação, uma mistura muito bem resolvida.
E é a mulher africana quem foi a base de todo esse entrosamento cultural, como uma espécie de porta-voz entre a casa grande e a senzala.
Ela participava da vida cotidiana do colonizador, servindo-lhe de mucama e de babá. Com ela os meninos brancos aprenderam a falar, assim, africanizamos o português de Camões, numa verdadeira antropofagia lingüística. Por isso no Brasil, onde esta a maior população de ascendência negra fora da África, não existe um crioulo como segunda língua, ou mesmo como língua nacional.
Em Angola e Moçambique também não, e pelos mesmos motivos. Já em Guiné, outra colônia Portuguesa, é diferente; lá não se falava bantu, e o encontro com a língua portuguesa, foi mais conflituosa.
Resultado: Hoje falamos Bantu sem saber.
Caxumba, marimbondo, senzala, maconha, dengo, samba, quilombo, mucama, mama, cafofo, cangica…
Bom dia!!
Fiquei um pouco confusa com o texto, devo ter entendido mal, por isso estou a perguntar!
No final o Sr coloca que falamos Bantu sem saber, isso significa que eles estão no nosso cotidiano, sendo assim, a linguagem utilizada no candomblé Bantu (angola) é o que falamos no dia a dia?
E as rezas e cantigas para os Deuses da Angola, são em Yorubá?
Abraço
Júlia Eugênia
Querida Júlia.
O que eu disse em meu texto é que falamos bantu sem saber, porque algumas palavras do Kimbundo foram inseridas no português, como canjica, macumba, caxumba e etc. Para uma comunicação mais fácil e harmoniosa com os Negros Bantus, com o motivo de catequizálos.
Nossas rezas e cantigas são em kimbundo, para nossos Deuses Bantu.
O Yorubá é uma língua falada na Nigéria de onde se origina o culto a Orixás do Ketu.
Espero que tenha compreendido.
Abçs.
Compreendi sim, obrigada pela explicação…. o Candomblé é um mundo fascinante e tenho muita sede de aprender, é claro que tudo ao seu tempo…. estou aprendendo muito aqui, identificar a nação é muito importante, pois muita gente que não é seguidora vai em toque e nem sabe ao certo o que aquela casa toca, sabe que é candomblé, mas do que não sabe.
Percebo, pelas casas que já visitei, que há uma mistura muito forte de Angola com Ketu, um exemplo simples é a denominação dos Deuses, na Angola são nkosi, nzasi, katende, kaviungo… etc (nem sei se escrevi certo….. rsrsrsrs) mas porque os Zeladores chamam de Osun, Osossi, Sangô… etc
Já vi casas que se dizem de Ketu trabalharem com catiços… como tbém já vi casas de Angola tocando no Aguidavi…
A nossa cultura é muito complexa e para que seja feito um bom trabalho dentro dela tem que conhece-la a fundo, que não é coisa facil, então, sendo assim, na minha opinião, algumas pessoas acham mais facil fazer um toque tiquin…. tiquinho daqui tiquinho dalí e assim vai…..
Muito obrigada e desculpe se falei demais…. rsrsrrsrs
Abraço
Olha Júlia realmente as coisas são muito mais complexas do que vc pode imaginar.
Nenhuma casa de Candomblé, sendo Angola, Ketu ou Gege, tem Povo de Rua em sua cultura ou tradição.
Isso é uma propriedade da Umbanda que algumas casas de Candomblé incorporaram em seus axés, mas, ao pé da letra isso não é certo.
Nenhum Nkisi, Vodum ou Orixá não saiu da África com catiços embaixo do braço, isso foi uma mistura daqui do Brasil.
Que agora está difícil de separar.
Na minha casa, não existe essa mistura.
Tata, boa noite.
As casas de Candonblé e djedje, aqui no Rio de Janeiro, tem o hábito de cultuar, egun de umbanda, nossos famosos ‘Esús e Pombo-Giras e caboclos’ eu considero isto um culto a ancestralidade que não está ligada ao culto de egungun.
Na minha humilde opinião, partilhada com sacerdotes que não cultuam este tipo de energia, professam Culto Tradicional Iorubá, sempre foi muito bem vinda pela ótica dessas pessoas.
Acho que a ancestralidade cultuada dentro de seus limites de espaço, dia e hora especifica, nada impede uma maior harmonização com aqueles que partiram e de uma forma ou de outra e não sei porque motivo, continuam entre nós a auxiliar e prescrever bons remédios (òógun) e conselhos a todos.
Gostaria de uma opinião dentro da Raiz Bantu, para que eu possa formar um juizo de valor.
Pois confesso não conheçer, ainda, o candonmblé de Angola.
Mo juba o.
maravilha!
a complexidade do candomble e enorme!
acho que achei um lugar para aprender,trocar minha humilde sabedoria(pequena mesmo!)
aprendi com tudo que li acima
quando chego aqui, fico horas lendo,procurando entender de forma clara o quer vcs dizem.
quero saber mais sobre a nacao angola e fernando me disse para ver suas ponderacoes a respeito.
continue nos ajudando.
os orixas irao te agradecer.
da minha parte muito obrigada!
gilma
Meu amigo Da Ilha,
Eu sinceramente não aprovo essa mistura nas casas de candomblé, vou explicar porque.
Se fosse uma mistura pura e de fé eu aceitaria mas infelizmente hj em dia as pessoas querem incorporar pombajiras pra cantar homem e fazer um botequim do samba em seus terreiros.
Se o culto fosse realmente parecido com o da Umbanda onde um espírito desses vem prestar caridades, seria excelente e muito bem vinda a mistura, mas não do jeito qu está que as pombajiras parecem verdadeiras sinhazinhas com suas mangas bufantes e etc… Quem sabe fazer que faça bem, quem não sabe, faz bagunça.
Desculpe mas esse é meu pensamento, o pensamento de um Kambondo tradicionalista em cultuar sua tradição.
Abraços
Tat Euandilu, sem querer me meter, mas ja me metendo
Eu concordo com vc, aqui perto mesmo as pombagiras parecem madames e falam até no celular rsrsrsrs, não sei se é de rir ou de chorar, mas isso que vc falou é a mais pura verdade
Um abraço
Infelizmente mano Charles é de chorar, as pessoas perderam o sentido da coisa.
Quando eu era menino o que eu conheci na casa de Umbanda de meus pais carnais foi que Exús e Pombajiras precisavam vir a terra fazer caridade para eles se elevarem e deixarem de vir a terra, já vi milares acontecerem, e eu tbm era do tempo que exú bebia cachaça e pombajira bebia cidra ou aniz, hj só cerveja gelada, samba e pagode.
Se nós não levantarmos uma bandeira do respeito, infelizmente nossa religião acabará…
Tata, moju ba.
Se fosse uma mistura pura e de fé eu aceitaria mas infelizmente hj em dia as pessoas querem incorporar pombajiras pra cantar homem e fazer um botequim do samba em seus terreiros.
Colei esta parte do seu texto pois é assim que vejo a linda parte deste culto de egun, caridade e responsabilidade.
Asé, lindas palavras.
Ao tata Euandilu
Boa tarde!
O candomble de angola nao sei se estou dizendo certo. caso nao for me corrija. E mt importante para a historia do candomble aqui no Brasil o que chamam de nacao de angola, pelo fato dos povos bantus terem sido os primeiros africanos a chegarem nesta terra. Vc sabe disso melhor do que eu.
Sou de Alaketu e gosto mt. e agradeco por ter sido escolhido por olodumare, mas admiro mt a cultura dos bantus.
Espero que continue sempre nos enviando informacoes sobre este culto. Que Nzambi te abencoe. Mt Obrigado!
Sander eu que agradeço de estar preenchendo este espaço com a aceitação de vcs.
Eu espero corresponder com posts interessantes sobre a linda cultura bantu que é gigantesca.
Que Nzambi abençõe todos nós.
Kiguá Ndanji bantu, kiguá!
Boa tarde a todos
Euandilu
Gostei muito do texto, dentre outras palavras o fubá é também muito usada. rsrsss
Mas confesso que estou postando devido ao comentário abaixo:
“Nenhuma casa de Candomblé, sendo Angola, Ketu ou Gege, tem Povo de Rua em sua cultura ou tradição.
Isso é uma propriedade da Umbanda que algumas casas de Candomblé incorporaram em seus axés, mas, ao pé da letra isso não é certo.”
Não somente do “Povo de Rua” – Exú e Pomba Gira, falo de uma forma geral, onde alguns pecam ao dizer que nas “Casas de Angola” não se cultuam: Preto-Velho, Exú, Caboclo, Boiadeiro, Marújo enfim, os conhecidos de uns 20 anos atrás como “Catiços”, que anterior a atual linguagem incorporada nas Casas, eram conhecidos como “Pé de Vento”.
Então pergunto:
Como fica o Marújo que o Sr. Bernardino incorporava e atendia o seu povo? Se o próprio fundador praticava, porque então seus decendentes não podem fazê-lo e voce afirma que isso é errado?
Que Nzambi nos abençoe!
Meu caro Antônio, afirmo que as entidades citadas foram uma mistura implantada nas casas de candomblé, e com absoluta certeza essa cultura de entidades da Umbanda não veio com os Negros nos navios negreiros. Coisas da terra brasilis.
Quanto ao Marujo que vc diz que meu bizavô incorporava, sinceramente, eu nunca soube disso, mas com certeza perguntarei a minha mãe Mabeji sobre o que vc fala, e a Tia Ganguasese quando tiver oportunidade, mas essa prática de incorporação dessas entidades no BF tanto de Salvador como aqui do Rio, não existe e nunca existiu.
Boa noite Tata!
Percebo que existe uma grande confusão pela parte do povo em geral( tanto filhos como zeladores) em diferenciar candomble de Angola, ketu, e Jeje. O intressante é que vc tenta separar o máximo possível estes conceitos o que me deixa encantado. Entretanto percebo que as vezes vc fica um pouco “nervoso” com algumas perguntas rsrsrs… parecendo ser rigoroso e chato rsrsrs… Enfim um pouco de rigor ñ faz mal a ningém.
Mts me chamam de chato também.
Se ñ for incômodo poderia me responder:
Quais os oráculos que vcs usam em Angola, pode ser búzios?
Se uma pessoa que consultar com vc tiver orisa vc indicaria uma casa que cultua orisá ou ñ?
Essas perguntas são porque percebo um vasto números de pessoas com orisás e poucas com Inksis e Voduns. O que eu dúvido que é por falta de Inksis ou voduns na cabeça. E o que me deixa curioso é de ter ouvido relatos de mts pessoas falarem tranquilamente de coisas de orisas pertecendo literalmente casas de angola.
Que Nzambi nos abençõe!
Boa noite a todos
“Meu caro Antônio, afirmo que as entidades citadas foram uma mistura implantada nas casas de candomblé, e com absoluta certeza essa cultura de entidades da Umbanda não veio com os Negros nos navios negreiros. Coisas da terra brasilis.”
Novamente voce está fazendo uma afirmação, então eu pergunto:
Voce quer dizer que em África eles não tinham os seus próprios catiços, eles só incorporavam “nkisi”?
Baseado em que voce faz esta afirmação?
Que Nzambi nos abençoe!
Faço tais afirmações de acordo com as histórias que nos são contadas pelos livros e pelos missionários que lá estiveram e estudaram a cultura e a religião dos Africanos.
A Umbanda é 100% Brasileira e Carioca Antônio, e suas entidades são uma mistura de Orixás, Espíritos de ìndios, de Pretos Velhos Brasileiros e o tão famoso Povo de Rua, que foi incorporado aos terreiros de Candomblé por um simples motivo, a maioria dos Pais e Mães de Santo raspados começaram na Umbanda, e por motivos que sinceramente não sei explicar, mantiveram seus catiços, mesmo depois de raspados.
Baseado nesses estudos eu afirmo tudo que digo, agora se vc tiver algum estudo ou alguma prova ao contrário, por favor nos brinde com elas, seria uma revolução no Candomblé termos uma visão diferenciada de tudo que já está plantado a séculos.
Antônio eu não faço regras nem invento nada, só as obedeço e passo adiante.
Quando nasci o candomblé já existia, eu só sigo e acredito nele.
Abraços
Sander….
O Oráculo usual de todo povo de candomblé, são os Búzios com certeza, existe um oráculo no Angola que se chama “Ngombo” mas ele infelizmente não veio para o Brasil, quer dizer, até acho que veio mas não foi passado adiante.
Se uma pessoa for honesta como minha mãe o é dentro do santo, certamente dará o encaminhamento correto a uma pessoa se ela não for de Nkisi e sim de Orixá, até pq se uma pessoa for de Orixá, lá em casa não temos fundamentos para fazê-lo pois só temos os conhecimentos da cultura de Nkisi e Mukixi.
Grande abraço!
Tata Euandilu,
Concordo com vc. Não somos nós quem fazemos o Candomblé, há uma liturgia e uma cultura, e elas devem ser seguidas e respeitadas, infelizmente temos pessoas que insistem na “inovação”.
Respeitosamente. Axé
Boa noite a todos
Euandilu, voce generalizou, ok.
Saiba que muitos povos africanos sito por exemplo os Thauaras, não só incorporavam os parentes mortos, como incorporavam forças da natureza não elevados a “nkisi” ou “mukixi”.
As religiões ditas Candomblé e Umbanda surgiram devido à mistura dentro das senzalas, os senhores brancos faziam de tudo para não agruparem os escravos oriundos da mesma região, isso a história explica bem, os negros não só implantaram a religião afro-brasileira, como tentavam fazer do ambiente que estavam, fossem sacralizados com seus costumes.
Então, não venha me dizer que, por exemplo, Joaquim (nome dado em português a um escravo qualquer) que desencarnou e incorporou um médium na casa de Mãe Xica de Aruanda Rê, e dita manifestação é de um “negro” que não veio da África.
Eles podem não ter marujos por exemplo, porque no Congo não tem mar, já é uma explicação, mais em Angola tem, e não tem nada há ver o fato de muitas casas terem essas entidades porque seus sacerdotes vieram de Umbanda, essas casas tem essas entidades, simplesmente, porque faz parte da nossa cultura, muitos de nós somos descendentes daqueles negros escravos.
A única revolução que seria muito mais bem aceita entre todos das religiões afro-brasileiras é que certas pessoas parecem dizer inverdades porque hoje em dia, o angoleiro faz isso e não faz aquilo, e de fato se falassem a verdade do que realmente nós praticamos, teriamos muito mais diálogo, a cultura banto, pode aos poucos ser adicionadas as casas, como o dialeto, como os costumes, lendas e etc, mas você mesmo pode confirmar e ter a certeza com seus mais velhos que a “Nação Angola” foi implantada no Brasil, ela não era desta forma praticada em África, o “Candomblê de Angola” também é da terra brasilis meu caro, e então sendo assim, porque ela teria essa pureza toda que você afirma?
Há menos de 18 anos atrás, as pessoas não eram tão “puras” nas casas ditas tradicionais, até hoje, inclui-se todas as casas, falam o dialeto nagô, chamam Nzazi de Xangô, Tauamim de Oxossi e por ai vai, pois o costume se estabeleceu, ou por falta de interesse ou por comodismo de alguns mais velhos, isso é a verdadeira tradição, repassar o que de fato se pratica, e não tentar lançar pela goela abaixo a pureza que nunca existiu, os mais velhos faziam, então vamos continuar a tradição, de forma ponderada, podemos incluir nas casas, nossa própria cultura banto, ai sim.
Não quero com esses comentários ser o senhor da verdade de ninguém, apenas estou falando do que vejo, vi e verei.
Para terminar, conheço muitas casas que tem essas entidades, como conheço outras tantas que seus dirigentes não as incorporam, mas alguns de seus “filhos” sim.
Que Nzambi abençoe nos abençoe!
Bom Antônio, minha casa é assim pura desde sua fundação sem inserção de tradições estranhas e diferentes das implantadas em nossa casa.
Até me fiz entender errado, realmente todo candomblé é brasileiro, todo estudante de 1ª série sabe disso, mas com certeza o culto a catiços não pertence as religiões Afro Descendentes como Ketu, Gege ou Angola, digo a religião em sua tradição de cultuar Orixá, Nkisi ou Vodum.
Com certeza existem casas que praticam seu culto como tem casas que não praticam, mas quem sou eu para criticá-las, só não tenho que aceitar.
Essa é minha visão e opnião.
Boa noite a todos
Euandilu por exemplo, a casa que voce participa “agora” faz festa para catiço, e bem sei que Mam´etu Mabeji não incorpora “catiços”, certo? Mas está permitindo que seus “filhos” mesmo que agregados festejem seus catiços, muito do que se fala na verdade não se pratica.
Realmente uma pessoa que é no mínimo alfabetizada, sabe diferenciar a verdade daqueles que querem impor inverdades, esse entendimento independe de alfabetização.
E diferentemente do que voce aceita ou não, informo a voce que a Umbanda também cultua Orixás, e não somente catiços.
A minha visão e opinião é essa que expus, sem que de forma alguma abstenha as pessoas das suas, obrigado.
Que Nzambi nos abençoe!
Antonio, boa noite.
Deixa eu mexer um pouco essa panela? rs.
Sabemos dos enlaçes de cultos, sabemos que no escondidinho do quarto dos fundos, tem muito “Gonga” arrumado, eu sei de alguns.
Porém o que se discute neste blog há muito tempo é fazer uma corrente pela retidão de nomes e preceitos.
Vamos manter nossas tradições, se os òrìsás forem tratados assim em Ketu, Vodoo (?) em Efon e Nkise em Angola, já é um bom começo.
Bori tem um nome em cada Nação, devemos manter essas palavras e por ai vai, a pureza não existe, quem sabe talvez em África.
Não estamos em uma guerra, mas sim em uma batalha para tentar consertar essas nomenclaturas.
O problema é que este Pais não tem cultura nem memória, as pessoas não estudam na escola e não querem estudar sua religião e ainda tem a grande maioria que tem vergonha de se dizer cultuador de òrìsá.
Eu em sã consciência, não vou me atrever a não aceitar uma energia seja ela qual for, preto-velho, caboclo e esse catiço, odeio esse termo, mas os adoro.
Venha dar as mãos e nos ajudar a difundir esta idéia, o dialeto Bantu que tanto contribuiu com a Lingua Portuguesa não pode de maneira nehuma ser menosprezado por ninguém, o povo de Ketu tem kisila, não tem èwò, não temos idi e sim bunda e por ai vai o nosso barquinho.
Fiquei 15 anos em uma casa onde se cultuava Esù òrìsá e nada de egun, mas a ‘véia’ tinha caboclo assentado, em contrapartida a minha avó recebia Caboclo e a festa dele durava 3 dias.
Mudar o que está posto a decadas, não sou louco nem de tentar, mas posso orientar a colocar os ovos na cesta correta, aceite minha orientação quem quizer.
Sou de Culto Tradicional, mas nunca vou deixar de cultuar Tranca-Rua e na minha casa não precisa avisar que tem visita, chegou eu bato palmas, fumo e bebo junto.
Mo juba.
Ire o.
Antonio, não entendi bem sua postagem.
“Euandilu por exemplo, a casa que voce participa “agora” faz festa para catiço, e bem sei que Mam´etu Mabeji não incorpora “catiços”, certo? Mas está permitindo que seus “filhos” mesmo que agregados festejem seus catiços, muito do que se fala na verdade não se pratica.” ???
Mas lá em casa não existe catiço, e a única festa que se faz anualmente é para caboclo, e quem comanda a festa é o caboclo do Muzangala…
Os filhos do Bate Folha não incorporam catiços e nem os cultuam, e ninguém lá em casa também tem caboclo arrumado.
Isso aqui vai virar Orkut.
Boa tarde a todos
Da Ilha é por ai mesmo, obrigado pela postagem, concordo com tudo que voce postou e estamos ai pra trocarmos informações.
Euandilu o que eu quiz dizer já está escrito.
Que Nzambi nos abençoe!
Então sua escrita não esclareceu sua idéia, realmente não entendi.
Euandilú,
O rapaz falou e até agora eu também não entendi, ficou a impressão de que não disse nada com nada, um desencontro de metáforas.
Boa noite a todos
Não entenderam mesmo, será?
Poderiam ser mais claros e apontarem o que foi que ambos não entenderam?
Euandilu e sobre o Patriarca e seu Marújo já obteve respostas?
Estou aguardando, ou também não entendeu?
Que Nzambi abençoe a todos!
Boa noite a todos!
Estava lendo os comentários.
Tive pensando…
Interessante essa nossa cultura. Complexa, pertinente, agregada de valores. As vezes nos perdemos no meio de tanto paradoxo e contradições.
Alguns defendem uma idéia embasada em outras…
Outros defendem outras idéias embasadas em outras…
E assim construimos nossa cultura. Que “errada” ou “certa” está entre nós até hoje.
Percebo neste comentário três correntes de pensamento(estou um pouco filosófico) rsrsrsrsrs
Uma “tradicional” e outra tentando mostrar o “tradicional” e mais um pouquinho…
Depois falo da terceira.
Concordo que temos que manter a tradição, as raízes, os segredos, fundamentos…
Alguns serão “Rígidos” com todo o direito;
Outros um pouco mais flexíveis tbm com todo o direito;
Os “Rígidos” ñ querem distanciar de suas raízes. E o que mais percebemos hj no candomble são esses distanciamentos. desde quando colocaram escravos de regiões distintas juntos na senzala. (leitura sobre o argumento do euandilu)
Os “FLEXIVEIS” ñ querem distanciar de suas raízes, mas também ñ querem abrir mão do que fora agregado no candomble(algumas coisas oriunda da umbanda) desde a colonização até os dias atuais. Desde que saibam distinguir cada culto. ( leitura sobre o argumento do da ilha)
Conforme minha leitura e todo o contexto histórico dos cultos afro-brasileiros ambos estão coerentes.
Essas dois argumentos partiram de uma outra corrente de pensamento(terceira) que questiona a tradicional. No caso a do Antônio Eduardo q quer mostrar que o culto ñ é tão “puro”. Sendo que vários zeladores colaboram para este hibridismo.
Hibridismo cultural no candomble sempre existiu, toda cultura ou religião são hibridas. As culturas “puras” se existem ninguém sabe. Isto segundo os antropologos.
Mas o que os criadores do blog(euandilu, da ilha, Fernando, hugbono…) querem mostrar é que quanto mais buscarmos as raízes e evitamos de “misturar” os cultos acharemos com mais facilidade o que procuramos ou o que cultuamos.
Axe a todos.
Sander, muito proveitosa sua analize.
Lá vou eu mexer nesta panela.
Vejamos:
1- Colocaram várias etniais nas senzalas, houve uma mistura de conhecimento e liturgia.
2-Juntaram indios e escravos, misturaram mais ainda.
3 Misturaram africanos espiritualistas com muçulmanos (Malês).
4-Misturaram tudo isto com a igreja católica.
5-Criaram um religião chamada candomblé, toda misturada.
6-Criou-se a Umbanda, que incorporou o sincretismo e os òrìsás.
7-Misturaram com a tradição Lucumi, Cuba, através de seus bàbálawos.
8-Criaram várias vertentes, ai eu me perco nos nomes, pq cada um faz a sua loucura à sua moda.
9-Trouxeram o resgate das tradições, através, da migração e da imigração de pessoas entre os dois continentes, África x America.
10-Retornaram Bàbálorisás e Iyàlorisás, iniciadas em África.
11-Retornaram Bàbálawos inicados em África.
12- Fedeu…
O que realmente queremos?
O que foi posto pelos Grandes Zeladores do século passado, deve ser passado a limpo?
O que essa nova geração está pretendendo resgatar: suas origens ou continuar com o que está posto?
Com o Mundo diminuindo de tamanho devido ao novos meios de transporte e por conseguinte seu barateamento, será que ninguém prestou atençao ao óbvio, o intercambio é o curso natural do rio, quem em sã consciência não quer que sua inicação seja igualzinha ao que é feito na Terra Mater?
Quem não busca a excência de seu òrìsá?
Mas quem autoriza e quem tem conhecimento do metodo Tradicional para tal iniciação?
Estamos assistindo um monte de estrangeiro se dizendo ser o que não é, enganando, ludibriando, querendo riqueza através da fé alheia, iniciando pessoas por achismo, pois em sua terra natal professavam o culto de ALÀ, muçulmanos.
E quando vêem pessoas dedicadas, crentes, fervorosas, tementes, encontram um farto prato a ser degustado.
Creio que devemos sim buscar nossas raizes, porém, estamos passando por uma fase de turbulência, de mudanças e o atrito é natural, afinal somos diferentes, temos Ori.
O sincretismo sim deve ser combatido com fervor, os Nkises sim devem ser defendidos em sua raiz e assim sucessivamente com Vodoo Efon, Òrìsá de Culto Tradicional Ioruba e Òrìsá de Candomblé.
Nossos egun, trazem uma pq semelhança com os egunguns, eles falam, aconselham, dançam, cantam, pq africano fica assustado com nossos Eguns (esu), pq fazem essa cara de espanto, pq nós temos nossa forma de comunicação com o invisivel e temos que ser respeitados por isso, pois temos vários testemunhos de vitórias.
Temperança, essa é a palavra de ordem, puro mesmo somente òrìsá / irunmálè, não temos olhos para o invisivel, então não podemos falar que não cultuamos, o ato de vc se lembrar de um pai, mãe, tio, avó, avô já é um gesto de culto e isto está em Ifá, então como não cultuamos egun, se falamos com saudade daqueles que se foram.
Acho que todos deveriam colocar suas opinões aqui neste espaço, pois só assim saberiamos por amostragem para onde estamos indo, como estamos nos posicionando.
O abian de hj será o zelador de amanhã. portanto temos que respeitar os conceitos e metodos que irão se revelar neste espaço.
Ire o.
Imagino a seguinte cena:
Um jovem africano, que foi sequestrado e trazido para o Brasil.
Tratado como um animal, as vezes até pior, separado de sua familia e seus compatriotas.
De repente em uma senzala, junto com africanos das mais variadas regiões e índios nativos, em uma verdadeira torre de babel. Torturados e sendo obrigados a trabalhar até a total exaustão.
Pode ter sido em um lugar assim que o candomblé brasileiro nasceu.
Fico imaginando a força com que que este jovem pedia a seus Orixás.
Acho que vem dai muito da força do nosso Candomblé.
Axé
Baruk, foi assim que o òrìsá ajudou a suplantar a dor.
A Fé inabalavel, foi a responsavel pela sobrevivência.
Asè o.
Boa noite a todos
Vejo que a intenção não se perde da razão, perfeito.
Cada qual tem o direito de manifestar suas idéias, comentar sobre, e mais ainda em público, mas que as mesmas não sejam distorcidas, pois a letra não muda no olhar, só diferecia no entendimento de alguns.
Sempre existiu todo o conteúdo comentado, alusivo é negâ-lo.
Que Nzambi abençoe a todos!
meus amigos e irmãos, é tenho o prazer de chama-los assim meus irmãos, pois tenho em minha sã consciencia que realmente, todos esão errados e ao mesmo tempo todos estão certos, temos sim que queadorar nossa cultura, eu não vejo o porque de tanta discussão, o candomblé em si é uma cultura linda, que se soubermos cultuar de forma que nos foi ensinado, acredito eu que vai dar certo, o importante é o respeito que temos de ter seja ele qual for, VODUN/INKISSE/ORIXÁ, gente qdo fuito feito no santo a 19 anos atrás vcs pensam que eu entendia de alguma coisa, hum bulufas, sabe porque, eu tinha vindo de uma tradicional casa de umbanda que na época atendia muitas pessoas importantes, que quem comandava era a minha falecida AVÓ paterna e tem mais, ela não suportava candomblé, dizia que os orixás te respondiam com um copo d´agua e uma vela, é claro era a cultura dela, e é por este motivo eu adoro a umbanda, mas o destino levou meu pai carnal ao candomblé e ai foi uma história danada, mas ele era de maior , casado, 5 filhos e ela não podia falar nada, ac eitos meio que não aceitando, e foi ai que eu tambem conheci o candomblé, esta cultura linda e diferente, mas eu só ia com meu pai , até ai não frequentava pois eu ainda estava com minha avó, mas eu me tornei senhor de mim, qdo comecei ir devagarzinho, só que ao invés do candomblé conheci outra cultura o omolocô, foi qdo comecei a fazer alguma coisa, e com 17 anos passou em minha cabeça e que carrego até hoje meu exu, e tem mais fui raspado em 1992, em uma casa de gege e como falei no inicio não conhecia nada, fui amaldiçoado pelo doté da casa e tomei ódio daquilo, abandonei tudo, mas fui buscar minhas coisas que hoje as chamos de meus ibás sagrados, fiquei afastado por longos periodos, adoeci , yive problemas, o tão amado meu exu me passou na cabeça mais uma vez e mandou que fosse procurar uma casa de candomblé para que eu pudesse ser tratado como deveria ser pois ele poderia não ter mais minha energia para passar nunca mais, pois é ai que queria chegar, bati em uma casa de angola, fui bem tratado, mas eu me esquivava e não queria saber daquilo da cultura chamada candomblé, ta bom, até eu me acostumar com a ideia do retorno ao candomblé, pensei muito e lembrei de minha avó, rsrsrsrsr, mas minha gente, tomei minhas obrigações , depois de muita luta comigo mesmo, hoje cultuo angola/ e aprecio as outras nações e tem mais , como eu havia falado no inicio, não vou jogar fora meu caboclo,/meu boiadeiro/meu preto-velho e meus exus e pombogiras, que foram eles que me pediram para que eu voltasse para tratar de meu ori e dar continuidade e cuidar de meus filhos, hoje tenho uma casa aberta, e estou feliz por isso tudo que eles me deram.
OBS: DESCULPE AS MUITAS PALAVRAS QUE POSTEI, MAS EU VI QUE JÁ ESTAVA VIRANDO UM CONFLITO DENTRO DO BLOG.
MEUS RESPEITOS A TODOS E MEU MUCUIU.
Boa noite a todos
kleber (toboagi)
Tem pessoas que ficam incomodadas com a verdade, até mesmo as suas próprias verdades, buscam palavras para desagregar as pessoas, como se elas estivessem com surto de amnésia.
O único conflito aqui é alguém vir a este “site” e manifestar algo que não segue a ordem dos seus “autores”, as pessoas tem de concordar, elogiar e pronto.
Como as suas próprias palavras acima insinuam, essa é a sua verdade, brilhante. E é com simplicidade que as pessoas conversam as suas próprias verdades, porque o fato de querermos não é um poder para muitos, e sim enganação para si mesmo.
Que Nzambi abençoe a todos!
Antonio Eduardo,
Seja feliz!
Axé.
Bom dia a todos!
Antonio Eduardo,
gostaria que se possivel me explicasse um fato: Porque você critica uma atitude e a faz da mesma forma? Você vem a um espaço como esse (maravilhoso, por sinal) critica os colaboradores por defenderem suas tradições e ideais como verdades, e simplismente impõe aquilo que você acredita…..quando as opiniões divergem, elas devem ser no minimo respeitadas, nunca impostas, como ao meu ver, você quer!!!
Antonio Eduardo, todos os caminhos são certos e todas as religiões são maravilhosas dentro daquilo que dominam e do que se propõem, mas, “defender” misturas é no minimo confundir as idéias dos novos adeptos!
Que mamãe lhe traga bons ventos!!!
Axé
Antonio Eduardo eu não me lembro de ter ‘limado’ nenhum comentário de sua autoria, dono da verdade é Òrunmìlá que nos fala através de Ifá o que Olodunmarè determinou e determina.
Respeitamos sua forma de enxergar o culto e até o incentivo.
Só quero que não tente mudar meus conceitos, pois levei 44 anos para formá-los.
E não nos chame de arbitrários.
olá, gostria se possivel a reza sekessedi (nação angola) por escrito, pois ja tenho ela em audio. grato!!!
Meu amigo João Paulo, eu não ensino fundamentos.
Boa noite a todos!
Sabe, costumo ser muito analista no dia a dia e penso no futuro de certas religiões, hoje vejo roças de candomblé tocar umbanda, terreiros de umbanda tocar candomblé, pais e mães de santo de umbanda fazer feitura no candomblé e vice-versa. Cada dia vejo mais pessoas não conseguindo definir se a casa é candomblé ou umbanda e essa tendência é aumentar. Cada dia mais, filhos e filhas de santo trocam informações e se interessam cada vez mais por ambos os ritos.
Vejam, o Cristianismo antes de ter esse nome e estar centralizado em um ritual homogêneo era uma “bagunça”, cada um fazia como bem entendia e havia alimento aos familiares mortos, existia muita coisa que ao se instituir o Cristianismo como algo centralizado se extinguiu. É a evolução das coisas, e tenho pra mim que o que está por vir em um futuro não muito distante, falo em séculos, é uma união entre essas duas religiões. Existe sim muita briga, muito desrespeito, um pode fazer tal coisa, outro não pode, uma se acha mais importante que a outra, um diz que sabe mais e o outro diz que entende mais, mas no fundo buscam a mesma coisa e o universo é o mesmo. Tenho firme convicção que Deus é um só, independente do nome que se é dado e que Orixás, Inksis, Voduns, etc… todos fazem parte desse Deus. Portanto, tudo evolui, o tempo faz com que tudo se mova e não há como esperar que tudo seja como era há mil anos.
Abraços
Mari, concordo plenamente com vc, somente vou deixar a ressalva que será praticamente impossivel a união liturgia e dos fundamentos da Umbanda e do Candomblé, por mais que se forçe a barra não funciona as energias são destintas, um cuida de espiritos desencarnados e o outro de forças da natureza e mil outros detalhes. A própria liturgia do culto difere muito, isto posto de uma forma que nada pode abalar a força e a grandeza das duas religiões.
Ire o.
Da Ilha, se hoje já existem N roças que tocam umbanda, recebem pretos velhos, etc… a verdade está aí!! A tendência é aumentar os locais que fazem isso, pelo menos nos últimos vinte anos mais ou menos é o que está acontecendo.
Isto é a falta de conhecimento e reflexo de uma cultura pobre. Temos mil e uma maneiras de nos preencher de conhecimento e varios canais para se trocar sabedoria e ideias, Não se justifica desviar-se do caminho traçado a milenios pela cultura tradicional ioruba, religião mãe de várias vertentes latino-americanas. Como diria o velho general NÂO PASSARAM!!!
Ire o.
Mari e Ary,
A afirmação inicial é bem clara sim, só que uma união (o Ary ainda diz “praticamente”) eu digo que unir os dois segmentos num só É impossível.
Muito do que nós vemos ocorre na sala, mas na hora do orixá responder no quarto, o fundamento que ele pede é um só: o dele, sendo ele de Umbanda ou de Candomblé..
Portanto, creio que a fusão possa criar um terceiro segmento (sei lá, né? Já vi neguinho sentar comigo querendo ser “precursor” disso. Nem digo o resultado dessa conversa… rs.).
Justifico esta impossibilidade afirmando que Umbanda não é só preto velho, pombagira… Umbanda também tem culto de orixá, tem concepções sobre orixá e é aí, exatamente no que tange ao orixá, que moram as disparidades entre Candomblé e Umbanda. Um umbandista nunca entenderá o orixá como um “candomblecista” e “candomblecista” nunca entenderá orixá como um umbandista. É só ouvir um e depois o outro.
Axé, irmãos!
Não somente esse ponto, mas como dito pelo Baba Da Ilha, a liturgia é totalmente diversa. Você tentar entender o orixa através da visão do candomblé tudo bem.
Mas na hora das qualidades dos orixas, na hora de fazer um ebó, fazer um filho é totalmente diverso, sem contar a visão do pai de cabeça de um filho.
Na umbanda é sim importante, mas se dá bem mais valor a entidade que é dona da coroa do filho.
Sem contar ainda a historia umbandista e a historia do candomblé, é só buscar o inicio da umbanda com Pai Zélio e se vê que a umbanda está mais para o espiritismo que para o candomblé.
Mas depois de um certo tempo e das diversas visões, nem sempre corretas, é que vemos os terreiros de hoje em dia.
A Umbanda não acredita que a Orixá vem a terra e sim seus falangeiros, e como fica essa união?
A união dessas duas religiões seria mais prejudicial que benefica, se perderia demais de cada uma das religiões para poder se tornar uma.
E nessa diapasão, seria o mesmo falar que o Catolicismo se uniria ao Candomblé, pois tinha certas semelhanças, até a ida de um filho feito a igreja para ser abençoado, ou não?
bom dia a todos,acho q é muita mistura e falta de meta a ser seguida.devemos sim estudar a maior parte das denominações religiosas,procurar entender p respeitar.depois voltarmos p nós mesmos e refletirmos se nos adequamos a algum tipo de religião.se nos adaptamos aalguma,c calma estudar,pesquisar,conhecer pessoas q estão envolvidas nela e a origem,raiz,métodos pelos quais é empregada.procurar quem realmente está levando a sério a doutrina,o método da releigião q te cabe a cada um e procurar seguila na linhagem .se mal estamos envolvidos numa,já entrar numa outra pode ocasionar confusão.! dúvidas!desencorajamento de seguir o q mal começou!
José, concordo.
Ire o.
Aninha, tbm concordo com vc.
Ire o.
Mo juba meus mais velhos, mais novos, irmãos e orisas.
Sei que essa discussão já tem uns meses, mas estava lendo hoje. Honestamente, sabe qual acho que é o problema da(s) nossa(s) religião(ões)? Falta de humildade e desejo de verdadeiramente aprender. Neófitos (como eu!) se preocupando em aprender a plantar antes de entender o que significa a terra que vai ser arada. Entende?
Enquanto estava no roncó, recolhido, lembro que chamou minha atenção a ansiedade da minha fomo querendo saber e entender algumas coisas que passamos. O porquê de comermos isso ou aquilo, o porquê de fazermos isso ou aquilo outro… E eu reparei que estávamos os três, eu, a dofonitinha e ela, conversando em cima da eny. E percebi que eu não tinha idéia do porquê estávamos todos em cima da eny, e o porque que durante o meu preceito teria que comer e dormir sobre a eny, ao invés de no chão.
Quando falo de humildade e de auto-consciência é disso que falo. Ontem mesmo sentei com meu bàbá para perguntar o porquê da eny, para tentar entender a tal da consciência durante a manifestação do orisá, para perguntar o significado de tudo que se respeita durante o preceito – porquê de comer com a mão, de não sentar no alto, de girar nos batentes… Com dúvidas e descobertas ainda tão primárias, quem seria eu para questionar e discutir tradição, hibridismos e o futuro da minha religião? Para questionar como e porquê se fazem coisas que ainda nem sei o que significam direito?
Claro que tenho curiosidades. Ainda mais eu, que penso demias e questiono demais e pesco as coisas que não deveria no ar. rsrs Tenho muitas e muito complexas. Mas sei que sou um recém-nascido e que há ainda muita coisa a ser aprendida e descoberta, antes que algumas curiosidades sejam saciadas… rsrs A minha parte “preventiva” eu fiz: busquei uma casa de tradição, frequentei um bom tempo como abian, perguntava aqui no blog, comparava, fiz o possível pra me certificar de que estava em boas mãos e só me recolhi quando senti que realmente confiava. Todo o mais é questào de tempo e aprendizado.
Quando o Da Ilha ou o Bàbá Fernando falam dos quarenta e tantos anos que levaram para construir as opiniões que manifestam hoje, acho que pouca gente realmente entende o que isso significa… Culpa de contexto, vivemos em uma cultura que não respeita ou valoriza mais a senioridade, a experiência. ISTO sim está errado, ISTO sim deveria ser discutido. ISTO sim deveria ser posto em questão. Bàbá Fernando tem não sei quantos anos de Candomblé, de vivência e estudos, de fundamento, de aprendizado e prática. Da Ilha tem 44 anos de Candomblé e sei lá quantos de Tradição Iorubá, de estudo e prática do culto tradicional. Euandilu, Charles, se fossem menos não estariam aqui… Manuela, Tomege e até outros que nem colaboradores são e que as vezes aparecem para compartilhar aprendizados. E eu, ontem, sentei aos pés do meu bàbá para perguntar porquê eu como em cima da eny. Vou questionar? rsrsrs
É importante, sim, entendermos nossa cultura. Conhecer opiniões, conhecer visões, entender nossa história. A questão é que hoje somos mimados: parece que desaprendemos a ouvir e absorver somente, questionar internamente. A valorização do individual é tão exacerbada que a opinião pessoal é sempre suprema e acabamos cegos e surdos, imunes ao aprendizado que poderia vir dos mais velhos, da vida e do tempo. Daquela palavra que hoje é absurda pra mim mas que, talvez, quando eu tiver meus 44 também, eu vá entender.
Não é submissão, é saber o seu lugar. É ouvir, pensar, absorver e ir crescendo. Conhecer a minha religião antes de mais nada, que é complexa o suficiente pra levar uma vida, senão mais. Depois, quando eu também alcançar a senioridade na religião, aí talvez possa questionar coisas de outros universos – preciso antes conhecer o meu.
Muito axé.
Bom dia!!!
Pambu Njila é o mesmo que pomba gira???
Absolutamente!
Pambu Njila é um Nkisi MACHO, e Pombajira é uma entidade feminina da Umbanda que foi inserido ao meu ver erradamente no Candomblé.
O grande problema da confusão entre Pambu Njila e Pombajira é que as pessoas imaginam que Pambu Njila é fêmea pelo artigo feminino do término da palavra “Njila”.
Mas Pambu quer dizer Senhor e Njila caminho, Senhor dos caminhos.
Um nada tem haver com o outro.
Obrigado pela resposta Tata Euandilu. Fico feliz em saber que existem pessoas preocupadas com nossa religião.
Tata Euandilu
Existem milhares de cachoeiras nesse mundo não é ?
Mas a agua e a mesma ..
Oxum, Dandalunda é uma energia so meu pai o senhor não axa ?
Sim Steven eu tbm concordo que as energias são semelhantes, mas a maneira como são cultuadas depende da cultura de cada povo.
Os Nagôs cultuam Oxum como Rainha do Ouro que viveu na terra e após sua morte foi divinizada.
Os Mahi cultuam como Vodum das águas doce, parecido com o culto do povo Bantu.
A diferença é que nós não temos heróis, Reis, Rainhas que foram divinizados após suas mortes, acreditamos que Dandalunda é e sempre foi uma Deusa, já nasceu assim.
Água é água em qualquer lugar do mundo, mas… Existe água salgada, doce, saloba, barrenta e etc…
Concorda?
Mas eu me referi a agua doce por que se vier agua salgada ira aver mas outraas comparações !
Ja fui em muitas casas de candomble angola e ja ouvi a mesma cantiga que ja ouvi em ketu como ah !
Oni saurê entre outras de orixas !
Sera que so a sua casa esta certa e as outras todas erradas ?!
No axe gomeia se canta algumas cantigas de ketu esta errado então ?
?
Stevem vc está equivocado em sua postagem.
Em momento algum coloquei minha casa como referência de nada, embora seja parâmetro para muitos.
Sempre falei em cultura Bantu, Angola, minha casas é Kongo / Angola, e temos uma cultura diversificada.
Como falei anteriormente, água é água em qualquer lugar do planeta com suas variações, assim como o fogo.
Ou vc acha que Yemanjá era cultuada nas águas salgadas do mar lá na Nigéria?
Mas Tata se em algum monento fui derespeitoso ao senhor peço desculpas !
Mas o Candomble é brasileiro né ?
Não se preocupe Steven vc não foi desrespeitoso em momento algum, relaxe.
Com certeza o Candomblé é Brasileiro! Mas isso não muda nada, aqui fazemos e praticamos uma religião com a cultura religiosa africana.
mukuiú a todos!
gostaria de fazer uma pergunta: o barracão onde fui iniciado é da Nação Angola mas cultuam Orixãs isso é correto
Olha Ítalo, infelizmente uma grande parte de casas que se dizem “Angola” nem conhecem Nkisi…
O certo seria cultuar Nkisi mas a maioria cultua Orixás mesmo, eu até digo a alguns amigos que tem casa Angola, que ele pode perfeitamente tocar Ketu em sua sala pois lá dentro todos os fundamentos são Nagô, louvam Orixás mas cantam e rezam em Kimbundo. Compliacado né!
Uma pena para a religião e cultura bantu, mas o conhecimento realmente é pouco.
curioso
pambu para mim significa encruzamento
njila para mim significa caminho
ngana para mim significa senhor
portanto ngana ia njila
senhor dos caminhos
ngana ia pambunjila
senhor dos encruzamentos e caminhos
pelo menos é o que eu estudei dentro do meu seguimento do angola
se estiver errado por favor me ensine o certo
AH…IA ME ESQUECENDO O PRIMEIRO COMENTÁRIO É DIRECIONADO PARA EUANDILU SE ELE PUDER ME PUDER ME RESPONDER…SE ESTOU CERTO EM MINHAS COLOCAÇÕES……NTONDELE
Vc está certíssimo em suas colocações Salvador.
É isso mesmo, só não sei onde se encaixa o “curioso”.
abçs
Em tempo:
Pambu significa “Senhor”
Pambu Njila: Senhor das Encruzilhadas
A palavra Ngana, além de Senhor significa muita coisa como: Deus, patrão, dono, autoridade, fidalgo, amo e mais outros significados. Ok?
Bom dia a todos….
Sou da nação angola, Raiz Tombenci, linhagem de Maria nenen, minha mãe (mameto Nenguadereomim, filha do finado Tata Caturazambi, em minha casa (Abaça Dandaluna), cultuamos caboclos, desde a época de minha Cota Maria Nenen….
É uma casa de muito respeito até mesmo referência aqui em São Paulo, Não tenho conhecimento de outras raízes para poder estar falando, mas posso falar um pouco da minha, em casa, o yao cumpri 21 dias de ronco, 03 meses de quelê, e 01 ano de contregun, quando o mesmo cumpri esse ano, dar-se a obrigação de 01, para que o orixá ou Nkinsi, solte o ilá e em seguida solte o caboclo, ou o boiadeiro, marujo, enfim essas entidades, e este quando chega, a zeladora junto com seu jogo, lhe faz as perguntas, “de onde veio, a família, por onde passou, e veio por quem(orixá). Com excessão do Marujo, exus, pomba-giras, que em nossa casa o yaô só vira depois dos 7 anos de santo, e obrigação tomada, pelo menos a de 1,3 e 5 anos.
Temos o ingorossi de santo e ingorossi de caboclo. Sendo um total de aproximadamente 52 rezas.
Então, essas entidades são tratadas e cultuadas também dentro do Roncó.
E posso afirmar a quem quer que seja, que minha casa não é “Umbandonblé” ou “Umbanda quente”.
Gostei de alguns comentários acima, como descordei também de alguns.
Mas fica aberto o convite para quem quiser o conhecer o Candomblé angola, Raiz Tombenci.
Todas as quintas-feiras, meu Pai Junquim Boiadeiro está em terra para cumprir sua missão, tendo pessoas ou não para atender, ele está lá.
Um grande abraço a todos.
Mocoiu para quem é de Mocoiu e a bença para quem é de bença.
Makota Umbambure
Parabéns Makota pelo seu depoimento.
Não vejo problemas nenhum em se cultuar Caboclo, que é uma entidade que amo, dentro de uma casa de santo, Caboclo é prosperidade alegria e contentamento.
Seguir os ensinamentos do seu mais velho é a tradição do Candomblé.
Conheço sua linhagem espiritual, gente feita por finado Katurazambi.
Makoiu!
queria saber o nome de ogum e iemanja no candomble do pai euandilu.
queria saber tambem se tem toke no candomble do senhor um toke semelhantes ao de exus e pombagiras da umbanda.
se cultua espiritos dos indios e dos preto velhos e dos eres .
se tem batizo e confirmamento tambem,,, desculpas inumeras perguntas é que preciso fazer meu inquice mais nao queria perder meus espiritos de umbanda
um tateto me disse que chegou a hora de fazer meu inquice , e ele ja faleceu
primeiro se conhece aonde pisa para poder pisar
sua bençao pai euandilu
Leonardo, existem Orixás e Jinkisi que realmente se asemelham em seus cultos tanto na tradição Nagô, Bantu ou Gege, e esses que vc citou realmente são cultuados com suas devidas diferenças culturais nas tradições religiosas acima listadas.
Orixá Ogun que é um Deus guerreiro e ferreiro dos Nagôs é para nós os Bantus “Nkosi ou Hoxi.”
Yemanjá que é a Deusa dos rios e mãe das cabeças para os Nagôs é para nós os Bantus “Samba.”
Na minha casa não temos “toque” para Catiços ou Preto Velhos, e somente uma vez por ano damos uma festa para Caboclo.
Quanto a vc perder seus espíritos de Umbanda, eu sinceramente não saberia lhe dizer, vá a algun barracão jogar, pelo menos uns 3, antes de vc tomar a decisão de ser iniciado.
E mesmo depois de escolher a casa, frequente-a por pelo menos um ano, para poder conhecer as pessoas, suas posturas e principalmente do Pai/Mãe de Santo que vc escolher para depois não se arrepeder.
Boa sorte!
sua bençao meu pai euandilu..obrigado por me responder para mim é uma honrra estar aprendendo com o senhor …
o candonble do senhor é bantu? o senhor pode me dizer como posso falar com o senhor em particular se nao for lhe atrapalhar e tomar seu tempo…. obrigado pai e tenha uma otima semana
Leonardo minha casa é Bantu sim, sou do Kupapa Unsaba (Bate Folha) RJ, filho de Mam’etu Mabeji.
Para falar comigo em particular, ou vc me manda um email ou me adiciona no MSN ricktenorio@hotmail.com, Facebook Ricardo Tenório, ou liga para meu Nextel 7855-8820 / ID 113*110538.
Abçs
como se escreve e pronuncia
cabaça
como se toma abença e abençoa em kimbundo e kikongo
Ricardo,
Escreve-se kabasa, e se pronuncia como vc escreveu.
Não existe a letra “Ç” no kimbundo ou no Kikongo.
As abençãos dependem e são diferentes na tradição das casa de Angola, mas a abenção mais usada é o “Makoiu, Mokoiu ou Mukuiu”
A resposta sempre será Makoiu Nzambi.
Que preciosas as suas informacoes !
Gostaria de saber quanto tempo fica recolhido um iniciado na Angola.
grande abraco
nossa que povo arrogante credo e por isso que sair mesmo da religião um querendo impor sob o outro paraecendo que niguem vai morrer pra min não importa se e kambondo,makota etc nasci em tombenci vim de casa rigida e antiga no entanto vi que povo de candomble e tudo igual e acabei me desvinculanado em fim se matem afz triste isso,mais adeptos como eu vão se afastar por isso acreditem ou não…
Sueli o tempo de iniciação no Angola são de 21 dias, pois as obrigações e preparações levam bastante tempo. Depois temos o período de 3 meses de Nkele e 1 ano de resguardo de algumas coisas como: frequentar bares, boates, piscinas, prai e cachoeira.
Olá André, a quem vc está se referindo, pois não vi nenhuma postagem de arrogância aqui no blog. Abraços!
Bom dia Euandilu!Como posso fazer para pegar referência de uma Casa de Candomblé Angola aqui em São Paulo?Pode ser por e-mail?Obrigado.
Boa noite Euandilu!Você conhece alguém de São Paulo descendente do Tombenci?
Boa noite, tem o Katuvanjesi em Itapecerica da Serra.
Bom dia Euandilu!Obrigado por responder.Conheci uma Casa de Candomblé Angola e poderia te passar os dados dela por e-mail para saber se você conhece e pode dar uma opinião(se tem referência)?Pois a do senhor Katuvanjesi é muito longe de onde eu moro,bem distante,moro na capital e a dele é em outra cidade.Não é duvidando da pessoa da Casa mas é que já tomei tanto tombo que ficamos receosos.Se puder me ajudar agradeço.
???