Dando continuidade e jus à categoria criada, nós temos o imenso orgulho de publicar no espaço dos leitores as palavras de puro coração de uma abian que, se seguir por estes caminhos que ela vem seguindo, será uma iyawô exemplar e uma religiosa bem necessária para o futuro da nossa religião.
Aline, parabéns pelo seu amor e sua benção, minha irmã.
Eu sou uma abian e sou uma abian feliz. Estou começando a frequentar a casa de santo onde irei me inciar de uns meses pra cá e devo entrar pra fazer santo entre janeiro e fevereiro (aliás, Fernando e Nelson já sabem que foram “intimados”, assim como o resto do povo do RJ, para a saída de Logunede). Mas ó, eu me sinto tão feliz, tão contente por ser abian… Pelo menos na casa que frequento, uma casa de Ketu, eu sou quase paparicada (risos): tem sempre alguém ao meu lado me ajudando, me ensinando a fazer alguma coisa, me perguntando se está tudo bem comigo, se estou precisando de alguma coisa… Se assisto a um ebori, ou algo sem tanto fundamento, sempre um egbomi fica ao meu lado para me explicar o que está acontecendo, me dizendo o porquê, o motivo…
Em alguns momentos, sinto medo de fazer santo: ficar careca, ficar 3 meses de kele, não abraçar meu marido, sentar no baixo, dormir na esteira, não me depilar, usar leite de rosas no lugar do desodorante, ficar sem os meus creminhos antiidade diversos (povo de Logunede tem um medo tão grande de envelhecer… ), andar na rua com o kele escondidinho, enroladinho num pano branco, ou com uma echarpe branquinha o cobrindo… Nossa, chega a me dar PAVOR! Além disso, sou casada e o pior de tudo: meu marido não gosta de Candomblé, não entende nada, mas respeita profundamente a minha decisão.
Mas são nessas horas que eu penso em Logunede. Penso no amor por Ele, penso na relação maravilhosa que estou construindo com o meu Orixá e coloco algumas coisas na balança. Sabe, Orixá nenhum vai me matar, me aleijar ou me “cobrar” de forma alguma se eu não fizer santo. Mas eu sei que, em algum momento antes de nascer, lá no Órun (céu), eu firmei um pacto: eu disse a Logunede que eu queria atravessar as dificuldades da minha vida de mãos dadas com Ele, para que Ele me carregasse no colo quando eu não tivesse forças para andar com as minhas pernas. E nesse momento, minhas próprias idéias se clareiam, a mente “desanuvia” e eu vejo que não há sacrifício nenhum em ser uma Iyawo, em ter minha cabeça raspada e cumprir 3 meses de kele e 1 ano de resguardo para alguns preceitos.
Nesse momento eu lembro que as coisas das quais eu me resguardo durante o tempo de preceito, são energias que eu deixo de absorver. Sabe, tudo no mundo é troca de energias, e, quando eu me preservo de algumas coisas, quando eu me resguardo de algumas coisas, eu evito absorver uma energia menos positiva que a do meu Orixá, ou até mesmo uma energia realmente negativa, e acumulo dentro de mim, apenas a energia linda, positiva e fantástica que o meu Pai compartilhará comigo a partir do momento da iniciação. Também conversei de forma muito longa e profunda com o meu marido, e disse para ele que a iniciação e o resguardo que são pedidos são apenas para trazer coisas boas para a minha vida e, consequentemente, se eu estiver melhor, se a minha energia estiver melhor, a nossa vida em família, como um todo, também estará melhor. E Logunede, em Sua sabedoria, também arrumou diversas maneiras de mostrar ao meu marido que Ele só quer o melhor para mim e, consequentemente, o melhor para mim acaba sendo o melhor para nós dois.
Ser abian é fantástico para mim: estou aprendendo, estou fazendo um curso de Religiosidade Africana, que é pra me iniciar numa religião tendo total e completa certeza do que é Candomblé e do que eu quero. Estou curtindo a fase de “namoro” com o meu Orixá: não me interessa a qualidade dele, apenas que Ele é uma energia única, fantástica, soberana na minha vida. Estou O conhecendo. E estou sofrendo uma ansiedade gostosa, louca para me iniciar, tendo certeza que, não importa o caminho: o que importa é que a colheita dos frutos junto ao meu Pai será linda, será farta, será de enorme retorno para mim.
Acredito que ser abian é o momento de perguntar TUDO, de falar, de me informar, de ouvir até mesmo do Nelson um “nem sob tortura”, quanto às minhas perguntas q serão respondidas após a iniciação. Ser abian, pelo menos na casa que eu frequento, é ser um feto, se preparando para nascer, se preparando para BI (verbo nascer em Ioruba), e para nascer, se precisa aprender a viver depois disso. Se você não está à vontade, converse com o seu Babalorixá: ele é seu zelador, zelador do seu Orixá. Diga a ele que se sente de lado, que isso a magoa: se ele não puder resolver, você terá feito a sua parte. Não importam cargos nesse momento: o que importa é uma conversa franca e honesta sobre os seus sentimentos. A ausência dela pode causar um arrependimento depois da iniciação, por não ser tratada da maneira que se esperava e isso pode gerar uma frustração até mesmo com o próprio Orixá / Vodum / Nkise, mesmo quando sabemos q o nosso ancestral não tem nada a ver com os erros dos que nos cercam.
Ser abian para mim é o tempo de conhecer a religião e me apaixonar pelo meu Orixá.
Eu amo esse espaço enormemente e sei que vocês sabem disso. Obrigada por manterem o blog funcionando!! Vocês são incríveis!!
Que Logunede abençõe a todos nós!
Beijos no coração!!
Aline Leonardo.
Olha aí, Aline. Promessa feita, é promessa cumprida!
Parabéns mais uma vez, minha irmã! Você já sabe o quanto admirei suas palavras. 😉
Axé!
Aline,
Nada mais justo do que esta publicação.Como já comentei no outro post, a sua declaração mostra que você tem pé no chão, conhece a responsabilidade que tem e sabe que o Orixá está aí,não pra te enriquecer financeiramente, mas pra te apoiar em todos momentos e é esse apoio que irá te enriquecer de força, sabedoria e amor.
Não sei se já aconteceu com você, mas ao ler o seu comentário no outro post, e agora relendo o mesmo, é como se eu sentisse a sua felicidade, a sua gratidão e o seu amor ao Orixa.
E isso…é simplismente lindo.
Parabéns minha irmã
Maravilhoso. Adorei mesmo. Muito axé.
Ah, pessoinhas, obrigada!
E é verdade, eu não tenho pretensões de me iniciar e fazer da iniciação uma fórmula mágica para resolver todos os meus problemas.
Eu só não preciso passar pelos meus problemas sem meu Pai por perto.
Day, obrigada pelas suas palavras. Que o meu Pai te abençõe infinitamente, e a sua bênção, minha irmã!
Axé, mt axé para tds nós!
Motumbá a todos, Aline, sinceramente me emocionei com o se relato de abian, sou iniciado de Logun há pouco tempo, para ser mais preciso farei 5 meses essa semana, e achei muito bonito a forma como você fala não só do nosso pai como também a relação com o babalorixá e falo isso por ter passado por dificuldades exatamente por não me abrir e falar que desde a iniciação me senti deixado de lado (entrei em um barco, sou dofonitinho) e é isso uma das coisas que mais me chamou atenção nesse relato, pareceu até que foi escrito pra mim. rs. No mais, o que posso te desejar é muito Axé e que sua iniciação seja repleta de paz, que seu caminho seja traçado com muito amor dentro da nossa religião e q Logun Edé, nosso pai, te cubra com seu axé e te proteja sempre, assim como vem fazendo comigo.
Aline te parabenizo pela força e humildade, realmente ser Abian pode ser traduzido em ser humilde, estou na mesma condição de você com uma diferença fui iniciada há 19 anos em uma casa de Omolocô, onde fiquei 17 anos e tinha cargo de Mãe Pequena, mas infelizmente aconteceram algumas coisas que discordava e meu Pai Odé se encarregou de me afastar, estou iniciando em um Casa de Ketu, onde encontrei pessoas maravilhosas e também estão me tratando com muito carinho e atenção.
Te desejo muito Axé e que sejamos felizes em nossas novas vidas.
Mutumbá.
Tania
AMEI SEU POST, MUITO BOM, É VERDADE VIDA DE ABIAN NÃO É FACIL, PELO MENOS VC TEM QUEM ENSINE, PQ QUI ONDE ESTOU É RARA AS VEZES…MAS CORRO ATRAS, MUITAS COISAS E CANTIGAS APRENDI NA NET E ESCREVENDO-AS DO GEITO QUE SEI, E ESCUTANDO DIVERSAS VEZES AS CANTIGAS PARA APRENDER E CANTAR CERTO. MUITA COISAS DOS ORISAS, DANÇAS SÓ OBSERVANDO E TENTANDO ACOMPANHA-LAS SABE COMO É NÉ….MAS APESAR DE TUDO EU AMO MUITO TUDO ISSO. APESAR DOS APESARES. VC FOI ILUMINADA…ASE
Aline,
Que belo depoimento, parabéns!!!! Ler esse post me deu mais força e coragem para continuar na minha busca por um lugar que me trate como um feto. Estarei assim completamente feliz quando estiver sendo e tendo a minha mãe cuidada por pessoas sérias.
Obrigada!
Axé
Aline
Adorei seu texto,me identifiquei muito com ele,apesar de ja ser uma yaô,seu sentimento de compromisso com o orixá é muito lindo.
Parabéns!
Axé
🙂
Aline, so quero que meu pai Omulu, senhor da terra te abençoe e te manha nesse caminho minha irmao de fé.
Sua benção minha irma!
Aline, sou abian também e fico feliz por ler essas palavras suas pois elas são de grande estímulo para mim;eu serei iniciado em 2011 provavelmente em julho e como você estou muito ancioso mas sei que dará tudo certo e que com a feitura de meu Pai Omulu terei minha vida mudada muito. Agradeço a casa que me acoheu, em primeiro lugar a Osun dona da casa e depois a toda a família de santo na pessoa de minha zeladora.
Aline, vamos em frente, vamos seguir com fé.
Que babá Jagun nos dê força e saúde para caminharmos!
Aline, parabéns pelas palavras é muito bom ver o amor pela nossa religião, sou equedge ainda não confirmada e sigo esses mesmos passos que você, e me sinto cada vez mais apaixona pela minha mãe Oxum e tudo que envolve o Candomblé.
Muito axé nesta sua caminhada.
Poxa estou emocionada!!!é ezatamente assim que todos deveriam se sentir,me levou as lagrimas, pois estou a procura de uma roça assim em São Paulo Capital e não achei…sinto falta desse amor pelo Orixa, não vejo mais esse carinho e respeito, só encontrei aqui nesse blog…fiquei afastada por um tempo e a cinco anos procuro um lugar onde eu possa resgatar aquele primeiro amor, quando meu coração ainda era puro e inocente…Que lindo!!! Que meu Pai Oxumare te abençoe, juntamente com todos esses irmãos do blog que pacientemente nos acolhe e nos ensinam sobre essa maravilhosa religião…Axé
Mucuiu!!
Aline, me senti na sua história, vc me fez lembrar de quando entrei no candomblé, de como me encantei por tudo, pelo orixá, pela casa e pelos fundamentos que aprendi, quando me iniciei, o amor pela minha mãe Oxum, até que um lindo dia o chão se abriu sobre meus pés e tudo foi para o buraco e quase fui junto, hj estou em casa, fui “traida” pelo zelador que estava cuidando do meu ori, pois o meu zelador (que me iniciou) simplesmente foi embora e nem olhou pra traz……….. enfim, é uma longa historia que já contei aki uma vez……
Mas fico feliz por você, é esse amor que gostaria de voltar a sentir, essa emoção, esse otimismo que já não tenho mais… tenho lágrimas nos olhos só de pensar em tudo que vivi, como foi maravilhoso e hoje……
Boa sorte minha irmã, continue com essa garra e que Logun – edé e minha mãe Oxum ilumine seu caminho e te de muito Axé
Abraço
Júlia Eugênia
opa, corrigindo ” hj estou sem casa” e ñ em casa… hehehehe
E queria deixar registrado aqui que este blog é o responsável por eu não ter jogado tudo pro alto, santo, axó, fio de conta e tudo mais…….
Leio todas as matérias e debates e eles me confortam um pouco
Axé
Julia Eugênia,
O seu primeiro amor continua em sua vida, sua mãe Osun, que está sempre ao seu lado, com toda a certeza. Seres humanos são passíveis de erros, seres humanos têm falhas de caráter. Mas orixá é justiça, é sentimento. Tenho certeza q Osun irá lhe guiar até o melhor lugar para que ela seja cuidada, paparicada, presenteada… Afinal, Ela é Rainha, Ela merece!! rsrs
Não se entregue ao desânimo nem à desilusão. Tenha certeza que Osun é Mãe, q uma Mãe nunca deixa um filho sem resposta.
Que Logun Edé lhe abençõe, minha irmã!
Pessoinhas lindas, boa noitinha!! =]
Eu tinha q vir aqui compartilhar com vcs tds os dois dias maravilhosos q tive. Afinal, depois de tantas palavras meigas, carinhosas de tds vcs q leram esse post, depois de todas as palavras afetuosas e todo o conhecimento que absorvi no restante do blog, no comentário de cada um de vcs, acho q devo a vcs o compartilhar de minha felicidade.
Na quinta-feira, comecei o processo mais incrível possível na minha vidinha de abian: comecei a comprar as coisas da minha iniciação. As coisas de Logun. Comprei tecidos, comprei aviamentos, comprei as miçangas… Coisas pequenas, coisas q vemos tds os dias em algum lugar do nosso dia, mesmo fora do ambiente religioso. que pelo menos eu não presto a menor atenção. Mas nossa, como aquelas miçanguinhas azuizinhas e douradinhas são mais bonitas!! Como aquele barradinho com passa-fita é fofooo!! Como aquela peça de morim branco é linda, reluzente!! São as coisas do meu Pai!
Vcs não fazem idéia do quanto eu estou feliz!
E eu precisava mt dividir a minha alegria com tds vcs, que lêem e respondem às minhas dúvidas e q até compartilham dos meus medos rsrsrs.
Obrigada por estarem aqui!
Mts beijos, mts abraços e mt, MUITOOO axé para todos nós!
Bom Dia,
Primeiro de tudo, Meus parabéns Aline !
Segundo, Doté prazer em conhece-lo, sou ogã, estou começando na nação Angola a pouco tempo, talvez terei que dar alguma obrigação e raspar, só que eu to meio que com medo, eu tenho um certo receio de raspar, não sei por que mas eu tenho esse medo, gostaria de que vocês me falassem algo sobre a iniciação ou se tem alguma coisa, agradeço desde já.
Tassius André
Parabéns Aline!
Adorei o post, que Lodunede ilumine ainda mais sua vida!
Muitos bjos! E muito axé!
Aline
Obrigado por vc ter compartilhado o seu amor, a sua dedicação, os as suas angústias – imperceptíveis entre tantas demonstrações de fé. Divirta-se no processo de compras, com certeza é um prazer único sentir o Pai em seus símbolos.
Axé!
Olá, pessoinhas, boa tardinha!
Mario, vc não faz idéia da grande bagagem de angústias, medos e pavores q têm me seguido. rsrsrsrsrsrs O maior dos pânicos e ficar sem os meus shampoos e sem os meus creminhos antiidade… rsrsrs Mas tem tb a questão do resguardo e o meu marido… Tem o fato de ser fumante compulsiva e ter q ficar 21 dias + 3 meses sem fumar (provável q eu tente matar um rsrsrsrs)… Ficar 21 dias longe de casa, e eu odeio dormir fora…. Ficar sem me maquiar… Sem me depilar, sem usar desodorante… Tomar banho de baldeeeeee!! Isso sem contar ficar careca né? rs
Mas é q td isso, por mais q seja importante pra mim, é pequenininho no fim das contas, qnd eu penso com a minha própria razão. Mas não se engane: tenho angústias, medos, pavores e pânicos sim rsrsrs
Mas o amor pelo meu Pai é maior do q td isso, sem dúvidas… E é isso q me faz continuar nesse caminho tão lindo no qual Ele tem me conduzido!
Axé!
Motumbá minha irmã Aline,aproveite cada momento desse que será único e muito marcante para o resto de sua vida,isso é o começo de ser uma “OMO ORIXÁ”.Que minha mãe Oyá e meu pai Logun lhe cubra de muito axé.
Olá Aline! Já frequento este blog ha algum tempo. Já tirei muitas duvidas tbm. Mas lendo seu texto e os comentários, me deu força para colocar minha angustia aqui. Conheci o candomblé Ketu através do meu marido( estou com ele vai fazer 2 anos). Durante esse tempo estou conhecendo e lendo sobre a religião. Vou algumas vezes na roça que ele frequenta, mas sempre senti que as pessoas lá não eram muito cordiais comigo, mas pelo meu marido e pela religião que estou aprendendo a admirar eu vou lá nas festa para estar mais junto dele. No mes de novembro teve toque para Exu. Eu fui e fiquei quietinha na minha para não incomandar ninguem. Até que seu Tiriri veio até a mim e pediu para falar comigo. Me falou varios coisas boas para o meu crescimento e amadurecimento. Até que ele falou que estava ali pq Oxossi tinha pedido, pois ele eh escravo de axossi ele estava fazendo, pois por ele não faria pq ele não tem coração. Ele ( Seu Tiriri) falou que ninguem gostava de mim na casa e já haviam feito coisas para me separar do meu marido, só que oxossi( Orixá do meu marido) não deixa que nada aconteça, pois conhece meu coração. E que eu precisava mudar minhas atitudes e me mostrar mais presente na vida religiosa do meu marido.
Depois desse desabafo rsrsr é que vem a duvida. Como Vou poder ir em uma casa que ninguem gosta de mim e uma coisa que era para unir as famílias ta criando desentendiento com meu marido. Não sei o que fazer, pois já estava pensando em entrar pra roça dele . Nãoo sei o que fazer e nem se consegui expressar minha angustia. Grata
Alessandra,
Boa tardinha! Tudo bem com vc?
Olha, li o seu desabafo e concordo com você que é muito difícil, que o seu coração deve estar apertadinho.
Mas antes de qualquer coisa, vou lhe fazer uma pergunta, e gostaria que você pensasse muito bem na resposta, mas nem precisa responder para mim: responda para você mesma.
Por que você quer se aprofundar no Candomblé e seguir essa religião? É por você? É por amor aos Orixás? É por achar uma religião rica em cultura? Ou é apenas para “unir as famílias” e agradar o seu marido?
Se você realmente quiser entrar para a Religião por você, existe uma forma de conquistar qualquer barracão: trabalhe. Se chegar na cozinha e tiver louça, apenas lave. Se o chão estiver empoeirado, apenas varra. Não é uma questão de escravização, é uma questão de humildade. E é através da humildade que as pessoas nos reconhecem.
Se ainda assim você não conseguir se encontrar dentro do barracão e quiser seguir a religião por você, procure uma outra casa: Orixá vai levar você para um lugar onde você seja bem tratada, disso você pode ter certeza absoluta.
Agora, se você só quiser entrar para a religião para agradar o seu marido, seja apenas uma visitante na casa dele, não entre para a roça. A religião traz paz ao seu coração, traz conforto e não resolve problemas de união familiar. Se você não estiver em paz com o seu coração, em paz com a sua decisão, a religião vai trazer aflição e até dor, o que não está certo.
Reflita bastante, questione a si mesma, questione os seus próprios motivos para você. Então você não vai precisar expressar sua angústia, pois ela terá sumido.
Espero ter ajudado!
Olá Aline! Vc ajudou sim e muito. Esse questionamento eu já me fiz várias vezes e continuo fazendo sempre que aparece uma duvida na minha cabeça. E a resposta que tenho é uma… A minha vontade de conhecer a religião é o conjunto disso tudo que vc falou, mas o mais importante sou eu é POR MIM que estou conhecendo o candomblé… è uma coisa estranha, mas me acho a cada dia nessa religião, encontro resposta e suregm duvidas e isso é bom… Considero crescimento, por isso vou cada vez mais conhecer e ir me apaixonando aos poucos. Estou vendo a essa fase como um namoro. Sou filha de iansã e Omulu e amo meu pai… Antes mesmo der saber que era filha dele. Sei que estou no caminho certo. Mas sei também que lá não é meu lugar… Só não sei como resolverei essa questão. Vou deixar o tempo e pedir ajuda aos orixás para que tudo se resolva da melhor forma possível.
Mais uma vez obrigada.
Tassius é aprimeira vez que vejo um Kambondo (Ogã) de Angola dizendo que será raspado, as casas que eu conheço de angola não raspam seus Kambondos. Tomeje
Aline que Logun te abençoe e me favoreça o suficiente pra que nós (Eu e Fenando) possamos ir na saída de Logun. Por que depois deste lindo e maravilhoso depoimento, se nós não formos na saída eu acho que a macumba vai rolar solta em cima de nós dois rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrssrsr. Grande beijo. Tomeje
Boa noite pessoal.
Em 1º lugar que parabenizar este blog que é muito interessante, com certeza contribui muito para quem desfruta da religião. vcs são d+.
Estou conhecendo o candomblé ha mais ou menos um ano e venho me maravilhando a cada dia em tudo que diz respeito aos orixás.
Tenho muita vontade de me iniciar,porém a unica mãe de santo que conheço, não tem um espaço para iniciar ninguém,
está a procura de um lugar, então estou aguardando, mas nesse decorrer minha cabeça enche de duvidas, porque fico sabendo tudo pela metade, ela me disse que sou de Ogum , só isso e que serei ogan, Estou pensando em ir jogar com outra mão ou pai de santo, mas me sinto meio que traindo a confiança dela, será que devo procurar ou não uma segunda opnião sobre minha iniciação, sobre meus santos, etc.?
Desde ja obrigado pessoal.
Olá Aline, tudo bem! por favor espero que vc possa me ajudar me dar uma luz, me relacionei com uma pessoa que estava apáixonado por mim, há muito tempo já, e me apaixonei, ele falou para familia sobre mim que na verdade já me conheciam, fizemos planos e tudo.Mas ele é filho de santo, e terminou comigo desesperadamente, dizendo que a mãe de santo dele falou que não ia dar certo, por que não sou da religião do camdomblé. Mas eu respeito o camdomblé, só me tire essa dúvida pelo amor de Deus! È verdade? não podemos nos relacionar por causa disso? mesmo eu respeitando a religião? me ajude por favor, obrigado.
Aline, suas palavras podem ser as minhas, comigo não está sendo diferente, depois de alguns meses conhecendo a casa, senti como um chamado e por amor a minha mãe Yemonjá vou me iniciar amanhã e aproveitarei para iniciar minha filha de 5anos que é de Oxum, estou muito ansiosa, chega a me dar palpitação, mas tenho muita fé no quanto será maravilhoso estar ainda mais ligada ao meu Orixá.
axé!
Aline Faro,
Meu marido não é de Candomblé, não gosta de Candomblé, não curte a religião, mas me respeita. E o respeito dele por mim faz com que ele até celebre as minhas alegrias no que diz respeito a minha iniciação.
Qualquer relacionamento é baseado no amor, no respeito, na sinceridade e na confiança: FATO! Se há tudo isso, por que o relacionamento não teria bons frutos?
Aí, agora entra a minha opinião, que não quer dizer que seja uma verdade absoluta: é apenas a minha opinião. Eu não acho nem um pouco correto que zelador se intrometa na vida pessoal dos filhos de santo. Eu gosto muito de delinear bem os limites na minha vida: a esfera religiosa, a esfera profissional, a esfera pessoal… Acho que uma conversa franca e direta com o seu namorado resolve. E se ele ainda assim não quiser, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!
Espero ter ajudado.
Jonh,
Boa noitinha, querido!
Olha, me ensinaram da seguinte maneira: se você confia numa pessoa ao ponto de entregar a sua cabeça na mão dela e chamá-la de zelador(a) do seu Orixá, também deve confiar nos ensinamentos que esta pessoa te passa.
Antes de qualquer decisão, converse com ela. Diga que vc tem curiosidade, vontade de aprender mais sobre seus orixás, porque não se pode amar o que não se conhece. Diga que se sente inseguro por se sentir sem informações. Converse com ela de uma maneira franca, humilde e honesta, sem cobranças, sem discussões. Apenas abra o seu coração: SEMPRE funciona.
Espero ter ajudado!!
Nelson,
Boa noite, meu irmão! A sua bênção!
Olha, seguindo o ritmo de brincadeira do seu comentário, se vc não for na saída de Paizinho, eu vou costurar seu nome na boca do sapo, da rã, do girino, do lagarto e de todos os outros répteis e anfíbios que eu achar perdidos por aí! hahahaha
Entenderei se vocês não puderem ir, mas é claro que ficarei mais feliz se puder contar com a presença de vocês!
Beijos!
Aline, muito obrigada ja me ajudou muito, estou aliviada, tambem achei absurdo e nao acreditei, respeito todas as religioes, vou seguir o seu conselho, confesso a vc q me senti um lixo sabe, como se eu n service pra nada, so por nao ser da religiao. Mas uma vez obrigada e q Deus abençoe sempre. beijoss
Aline muito obrigado pela atenção e a ajuda, vou ter uma conversa com ela, acredito que muita coisa possa ser esclarecida.
Mais uma vez muito obrigado.
Olá Aline,
Nossa, como eu me vi nesse teu texto.
Eu também sou uma Abian e fiquei impressionada como você representou muito bem, acredito eu, que todos os sentimentos de todos os abian.
Eu também me sinto acolhida,adotada,paparicada,e em janeiro recolherei para dar o meu Bori.
E por incrivel que pareça, você escreveu o teu texto dia 05/12, eu recebi a noticia do meu recolhimento no dia 04/12, após uma festa de Iabás. Após eu ter tomado a decisão, ou melhor, de ter me entregue a minha mãe, é a primeira vez que estou sentindo Fé, em minha vida. Hoje, eu estou curtindo esse sentimento, esse fogo, que está dentro do meu coração. Fé, respeito,carinho,dedicação,humildade,crescimento,fortalecimento,amor incondicional….
Que nossos Orixás nos abençõe sempre. Que teu Pai Logunedé te traga muita prosperidade, riqueza em teu caminho e que ele seja sempre Odara.
Abraços,Rachel
Parabéns Aline, me identifiquei muito com o seu depoimento, pois é exatamente assim que eu me sinto, nasci em uma familia que está dentro do candmoble, mas nunca rodei, apenas estudei, tenho muitos livros, gosto muito de convcersar com os iniciados, e finalmente hj estou me iniciando na roda, tenho o enorme prazer de dividir minha vida com Odé, sei que em cada passo ele está comigo e sinto como se tivesse realmente feito um promessa antes de encarnar que iria lhe dar minha vida meu corpo e minha alma Espero que sua vida seja marcada por vitórias e por conquistas e que seu Orixá lhe traga todas as coisas boas do mundo assim como o meu as coloca no meu caminho para que eu possa prova-las e conquista-las.
Muito Axé
Rachel,
É incrível como esse amor incondicional é capaz de nos trazer paz e conforto não é mesmo? Eu costumo dizer que não tenho apenas Fé em Logun: tenho a certeza inabalável que, por mais que os meus caminhos sejam mais difíceis e complicados do que eu gostaria, Logun Edé vai estar ao meu lado o tempo inteiro.
Mt prosperidade no seu caminho tb, minha linda! Asé!
Henrique,
Eu tenho dentro de mim a nítida sensação de “pertecimento” sabe? Como se eu fosse de Logun, e a Ele pertencesse. É a sensação de pacto bem anterior ao meu nascimento. Compartilho de seus sentimentos tb, meu irmão!
Mt asé para vc! Que Odé cace toda a paz, fartura e prosperidade para vc no seu momento de iniciação!
aline, que logun e todos os orixás lhe dêem muito asè nesse seu caminho, sua sensibilidade, sua doçura e sua humildade certamente são o que o orixá pede… que sua feitura seja repleta de paz, e tenho ctz de que assim será…
sinto um pouco de falta de ter tido essa fase de “abian”; desde que entrei num terreiro pela primeira vez quase bolei, e fui levada pra raspar meio que “às pressas”, entrei pra jogar búzios depois de ter bolado num dia e um mês depois já tinha feito minha saída, mamãe não quis saber de esperar…
claro que meus mais velhos, minha iyakekere e meu babá sempre estão comigo e me ensinando a cada dia, a vida no axé é um eterno aprendizado… mas lembro que, apesar de eu ter tomado a decisão de me iniciar com muito esclarecimento e sem nenhuma “pressão” negativa, eu sentia muito, muito, muito medo da minha espiritualidade, e, talvez, pudesse ter sido diferente… enfim… orixá sabe o que reserva a cada um…. que seu caminho seja repleto de luz, beijo grande, m.
Motumbá a todos!
Aline, li seu depoimento e me emocionei muito. Me iniciei há quatro meses, tenho 41 anos de vida e por pelo menos 20 anos fugi desse encontro com meu Orixá por puro medo e ignorância. Mas meu Pai Obaluayê não desistiu de mim, pois encontrei um zelador de Orixá maravilhoso, que além de ser amigo, me deu a confiança necessária para este tão importante passo. Ele conseguiu tirar meus medos e receios (o maior que eu tinha era de ficar carequinha… rs…) e me mostrou a beleza do Candomblé, dos Orixás. Me emocionei pq eu tb tenho essa relação de carinho e amor com meu Orixá, que em tão pouco tempo vem fazendo coisas maravilhosas na minha vida, cuidando não só de mim, mas de minha família carnal. Sofro de fibromialgia e este final de semana, teve função na Casa que frequento. Por causa dessas dores, sempre acabo tendo que parar meus serviços e ficar quieta, tomar remédios… um inconveniente sem tamanho pra mim. Pois nessa última função, fui até o roncó pedir a meu Pai que me livrasse das dores. Chorei, pedi, conversei muito com ele. O resultado? bem… fazem dois dias que me levanto da cama sem sentir aquelas dores horríveis… Como o Edson disse, Orixá não é pra te fazer ficar rica. Tenho essa certeza dentro de mim tb. O que sempre peço a meu Pai é que ele me dê forças na minha caminhada, pq o resto, a gente corre atrás, né? A gente sabe que nem sempre a estrada terá flores, mas nós teremos nossos Orixás ao nosso lado para nos amparar, ajudar, nos dar força e coragem para seguir em frente, pq o que temos de passar nessa vida, ninguém pode passar por nós.
Muito lindo seu depoimento, muito mesmo. Que Obaluayê e Logun te cubram de bençãos de paz, saúde, harmonia, prosperidade e felicidades. Eu me vi em você. Um gde beijo!
Aline,
Faço votos que Logun te abençoe e continue retribuindo todo este amor e devoção.
Parabéns Aline muito lindo seu depoimento ! Que Logun Edé lhe traga felicidade e muito sucesso em seu caminho. Que sua iniciação seja de pura harmonia!
Fui abian por mais ou menos um ano me dediquei à roça onde tinha sido “acolhido” porem meu baba queria me iniciar com Omolu porem só com o Bori minha vida regrediu, nada dava certo, minha família deu as costas para mim, cheguei a pensar em me suicidar ainda entrei em depressão por duas vezes só este ano.
Até que conheci uma pessoa que comovida com minha situação me levou em um barracão onde vim descobrir o meu verdadeiro orixá.. Sou filho de Ayrá hoje já estou sob os cuidados de pessoas excelentes. Mim sinto tão feliz com os mimos e paparicos afinal minha vida hoje esta andando sinto meu pai Ayrá presente em meu caminho, minha família ao meu lado me apoiando na minha decisão e nada de depressão só alegria em minha vida.!
Apesar de ter sofrido muito por um “erro” não tenho raiva do meu antigo baba. Só peço a Deus que ilumine ele para que isto não venha ocorrer com mais ninguém!
Abração e Parabéns pelo site!
aline vc vai conseguir minha casa tb segue esses preceitos eu passei por eles e hj sei a diferença que fez em minha vida pois a facilidade traqz danos que a regidez tenta evitar axé minha irmã e confia que td dara certo!
Mutumbá Irmãos,
Estou entrando agora para o Candomblé e antes de se efetivar em algo mais concreto eu gostaria de saber de algumas coisas, são elas:
Pra quê serve ogan e ekedi? já que tudo que eles fazem um rodante faz, e tudo que um rodante faz uma ekedi e um ogan não podem fazer?
Ogan e ekedi não são feitos, apenas confirmados. como é isso?
Porque não acabam com esses dois “cargos”?
Axé
Essa foto ficou melhor Tomeje, até quem fim trocou! rsrsrs
Um grande abraço Irmão e sua Benção!
Peço a benção.
Há pouco mais de um ano atrás li um texto aqui sobre ser Abian, naquele momento eu estava me iniciando, dando os primeiros e concretos passos no Candomblé.
Passei alguns meses mais, aprendendo em minha casa e aprendendo aqui também.
Retorno hoje, 5 meses depois da última visita e dessa vez, confirmado a Meu Querido e Grande Pai Oxalá e tenho o prazer de ler esse texto.
Que período precioso esse em que somos Abiãs, não há que se minimizar essa fase por se tratar de um período de aprendizado. Percebo que algumas pessoas vêem o Abiã com descaso, isso acontece com qualquer iniciante, em qualquer área. Cabe a nós entender que é uma etapa importantíssima e que nem todos têem a possibilidade de vivenciar com o proveito devido.
Eu, por exemplo, gostaria de ter tido mais tempo como abian, foram meses apenas; mas foram intensos e a vontade de meu Pai, soberana, foi mais forte e eu não poderia negar o pedido daquele que me salvou. Apesar de ser hoje Yawô, ainda não sou nada, não sei nada, diante do tanto e da imensidão de coisas a parender, foi apenas um degrauzinho a mais de tantos que estou disposto a subir junto com meu Pai.
Me emociono só de pensar em tudo que me levou ao encontro de Oxalá, como aconteceu, porque aconteceu. Posso dizer com muito orgulho que tenho a certeza diária da presença dele em minha vida. Que sou grato por tudo e por todas as melorias que tive depois disso.
Aline, que lindo ver sua resignação, seu amor, seu entendimento. Não à tôa é filha de Logun. Que amor eu tenho por meu Pai Logun que cuidou de mim e me criou no período que eu estava recolhido. Que ele te cubra de bençãos e luzes e que meu Pai Oxalá abençõe todos os seus caminhos.
André, eu discordo totalmente do seu pensamento sobre ogã e ekedji. Estas pessoas tem importancia ritual muito grande, eles são responsaveis por diversos assuntos dentro de um axé que só podem ser confiados a quem não roda de orixa. Meu irmão só mesmo o tempo e convívio na roça poderá te mostrar a importancia deles. Sobre a foto, obrigado rsrsrsrs. Tomeje
O Tomeje o Sr. poderia citar alguns dos assuntos que só quem não roda pode fazer?
Nelson, sou obrigada a concordar: a foto ficou MUUUUUITO melhor! hahaha
Tomeje outra pergunta que o Sr. não respondeu:
Por que os ogan e ekedis não são considerador feitos?
Continuo achando que esses dois cargos são desnecessários! o Sr. está enrolando muito na resposta rsrsrs
Por favor se puder responda as perguntas feitas.
Obrigado e desculpe por ocupar o Sr.
Axé
André,
Ogan e ekéji também são iniciados assim como os rodantes. No entanto, devido a procedimentos litúrgicos que nos serão revelados no momento que for necessário, os fundamentos de iniciação são diferentes. Quanto à importância deles numa casa de asé, isso é aprendido com o tempo, freqüentando a roça, o que também não exclui a sua possibilidade de perguntar e a possibilidade de respondermos.
Pessoalmente, eu não me meto a responder por não saber exatamente como fazê-lo e é melhor me calar do que dar uma resposta equivocada. E quanto ao Nelson responder, vale lembrar que ele é voluntário no blog. Ele com certeza irá respondê-lo, mas no momento que ele tiver o tempo dele dedicado a isso. Do contrário, ele seria “escravo” do blog, não teria vida pessoal, profissional e espiritual e ainda o blog não atingiria o objetivo: trocar informações, e não monopolizá-las.
Ainda afirmo que, mesmo que o Nelson não tenha tempo para responder suas perguntas, certamente um dos mais velhos lhe responderá.
Espero ter ajudado.
Andre o sacrifício e o toque são exclusivos dos ogãs, na falta de um ogã, um rodante pode fazer, mas é fundamento que o ogã faça o sacrifício. O toque não existiria sem o ogã, há inclusive uma lenda que liga a figura de Exú ao cargo do tocador. Ekedji tem função imprescindível no nascimento do orixa, nos cuidados que o yawo deve receber durante sua iniciação e depois dela é a ekedji quem conduz o yawo. São cargos imprescindíveis. As pessoas que ocupam estes cargos foram confirmadas sim, é uma iniciação diferente,ms é tão válida quanto qualquer outra, apesar de não lhes dar certos atributos como por ex ter filhos de santo ou abrir roça. André o que vejo é que há uma grande falta de educação religiosa no nosso meio. De um lado, pais e mães de santo que querem camareiras e serviçais (escravos) e de outro um grupo de pessoas que esqueceu ou nunca soube do seu devido lugar na hierarquia e extrapolam. Existe uma linha fina em todo relacionamento que delimita o que pode ser feito e o que é correto neste relacionamento e se esta linha não está sendo “vista” é porque o zelador(a) não está cumprindo seu papel de educador religioso, pois cabe ao zelador dar os limites. Ser ogã e ekedji é privilégio tão grande quanto rodar de orixa, mas enquanto tiver pessoas (rodantes) que não os reconheçam na sua importancia ritual e liturgica e enquanto tiver pessoas (ogã e ekedji) que assumam estes cargos e não conheçam suas atribuições, teremos estes conflitos, que geralmente são causados por erros de relacionamento entre yawo e ekedjis/ogãs dentro das casas de axé. Sua opinião na minha visão está equivocada e não condiz com a realidade do grupo de ekedjis e ogãs. Eu tenho o prazer de conviver com ekedjis e ogãs maravilhosos com os quais eu aprendo muito e deixo aqui meus respeitos a todos e todas. Tomeje
Mo dupe Tomeje, está faltando isso mesmo que falou, educação religiosa aqui na roça. Uma pena, acho que isso não vai mudar 😦
Desculpe ter tomado seu tempo.
Axé
Mas, continuo com minha convicção! até que alguém me convensa do contrário.
Se a função de um ogan pode ser e é feita por um rodante e a função de um rodante o ogan jamais pode fazer, então ele é dispensável, assim como a ekedi.
Axé
André,
Desculpe me intrometer na conversa outra vez, até porque nada sei de fundamentos litúrgicos. Mas algumas coisas práticas é possível observar na convivência na casa de asé.
Quando todos os Orixás incorporam, quem toca para que eles dancem? E como é possível que alguém toque se o Orixá está incorporado? Lá está o ogan… E ainda, quando os Orixás continuam incorporados, quem os veste para que dancem? Aí estão as ekéji. Na hora de confirmar se um filho de santo é ou não rodante, algumas casas tocam o bolonan, que confirma essa situação. Se a intenção é fazer com que os outros incorporem, quem resolveria as situações práticas se não houvesse os ogan e as ekéji acordados? Durante um bori (falo do bori por ser um ritual que assisti e já passei por ele), em alguns momentos é feito o sacrifício de animais. Quem sacrificaria os animais se não fossem os ogan?
Dentro do que eu aprendi, e peço por favor que os meus mais velhos me corrijam se eu estiver errada, os ogan e as ekéji têm a função de cuidar dos Orixás dos rodantes, tanto na questão da parte que é vista pelo público, como o toque, as vestimentas, como em fundamentos internos. Essa função concede a eles um cargo.
Se fosse algo desnecessário, o próprio Orixá não participaria de forma tão ativa: é Orixá quem aponta, é Orixá quem suspende.
Mesmo assim, já que você está entrando agora para o Candomblé, procure a pessoa que irá cuidar da sua cabeça, o seu zelador de santo. Converse com essa pessoa, frequente a casa de asé e logo vc vai perceber como é fundamental termos nossos queridos pais ogan e nossas queridas mães ekéji.
Aline, muito obrigada por defender dessa forma as Ekedi e os Ogãs, infelizmente tem pessoas que pensam como o André, mas isso é falta de vivencia dentro do candomblé. Sou ekedi suspensa, e mesmo não sendo confirmada ainda, tenho muitas obrigações dentro do barracão a qual os iyawos não podem fazer. André as suas dúvidas quanto a isso só vão cessar quando você realmente quizer entender o nosso mundo, quando você se abrir para ele sem contestação e acreditar no seu zelador, a final como a Aline disse se não fossemos necessarios, os orixás não nos suspenderiam. Abra a sua cabeça para esse novo mundo beleza que é o candomblé.
Axé e sorte nessa nova fase da sua vida.
André,
Eu sou Ekedi confirmada a 7 anos, darei minha obrigação agora em fevereiro, poderia colocar aqui neste espaço muitas atribuições que um Ogan e uma Ekedi tem em uma casa de Axé que um rodante não tem, mas, como vc está iniciando agora na religião não vou lhe dizer, acho que este ensinamento vc terá que ter em sua casa, mas pra isso terá que abrir seu coração para religião e para a liturgia da sua casa e somente julgar quanto estiver apto a faze-lo.
Vou copiar abaixo uma definição dada pelo Babalorixá Fernando D’osogiyan que é moderador aqui neste blog, pra mim esta foi a definição mais correta e linda que já ouvi até hoje, portanto, leia e reflita meu irmão antes de julgar.
“Entendo minha religião e meu Orixá com muito mais profundidade. Um Orixá quando escolhe alguém para ser seu Ogan ou Ekedi e, é aceito por eles, com certeza existe algo além dessa simples escolha, existe comprometimento espiritual de fundo ancestral. O que acontece é que Ogans e Ekedis estão contidos neste Orixá, são parte dele, Orixá. Este elo os une eternamente, está provado no momento que o Orixá dá nome do Ogam e Ekedi no barracão e que poucos dão valor e sua importância. Neste momento, mais do que nunca se estabelece o intercambio das energias em sí. Direitos e deveres ficam firmados, amor, carinho, disciplina, liturgia, são preservados. O Babalorixá precisa que se estabeleça uma forte união em torno de si e nas funções do axé.
Casas de santo sem seus Ogans e suas Ekedis, não são casas de santo, a casa precisa de um corpo, precisa de sustentabilidade, e a espinha dorsal, Orixá/Babá, precisa de apoio.
Ogan e Ekedi, não precisam usar kele, raspar, adôxu, etc, por que o seu Babalorixá ou Iyalorixá, já passou por isso, se eles Ogans e Ekedis, nasceram para servir o Orixá, então estão contidas em sí, na energia do Orixá, independente de seu próprio Orixá.
É uma relação de intimidade e de muita cumplicidade espiritual para com o Orixá. Os bons Ogans e Ekedis, tomam a frente muitas vezes em defesa de seu Axé, protegem seu Babalorixá ou sua Iyalorixá, Intervem em questões inerentes a liturgia.”
Axé,
Ekedi Sonia
Mutumbá Ekedi Sonia,
Sabe o que é, na verdade o pai de santo lá da roça fica nos diminuindo à todo instante, com aqueles papos de sempre: Um rodante vai aonde o ogan vai, mas um ogan não vai onde um rodante vai. Um iyawo faz um ogan e ekedi, os mesmos não fazem um iyawo. Vocês são nossos “empregados”, vocês não são feitos, e por aí vai…
Isso me desmotiva muito…
Axé
Mutumbaxé, mutumbá André,
Meu irmão fico muito triste em saber que existe casa administrada por pessoa deste nível, pessoa que se intitula “zelador” ou pai de santo” mas não conhece a beleza de nossa religião e muito menos sua liturgia, pessoas assim são a escória da nossa religião, e vai saber onde ele conseguiu seu deká, se é que ele tem.
No seu lugar também ficaria desmotivada, te aconselho a procurar uma casa séria, de tradição, pois só assim vai conhecer e aprender com respeito a religião de nossos orixás e sua liturgia, essa pessoa não tem nada pra te ensinar, caia fora!
Boa sorte!
Axé,
Ekedi Sonia
Não sou iniciado, posso dizer que nem um Abian…
Pois na casa que frequento não há uma divisão severa do que é umbanda/candomblé. Dizem ser Nagô, mas há pontos que em todas nações tocam. Dizem ser candomblé, enquanto em saída de yawo não existe Digina do filho e se ouve “para sempre seja louvado”. Na verdade estou num conflito bem grande dentro de mim, pois frequento mais para ‘cambonear’ Orixás e guias que gosto muito. Meu Ogum baixa, talvez depois disso ocorrer mais duvidas surgiram, talvez voces podem me ajudar. Se não, problema nenhum. Só de desabafar aqui me sentirei melhor falando com quem bem entende.
Pode um Ogum com nome de umbanda sair em yawo de candomblé? Pode uma deitada/saída sem digina? Pode Guias de umbanda ‘falar’ nos búzios?
Desde já agradeço. E será que minha vontade poderia ser também de meu Orixá? – “aí não é mais teu lugar.”
Muito grato,
Juliano
Juliano,
Você frequenta uma umbandomblé, essa mistura naõ tem ao menos valores e identidade, não existe como nada, não tem axé, raiz, nada. Não são oriundos do povo Nagô. Ogun é Orixá do candomblé ketu, digina é uma expressão da Angola que cultua os Inkísses que significa o nome pelo qual o iniciado será conhecido e guias da Umbanda jamais falam nos búzios. Sua vontade pode ser também de seu orixá.
Axé,
Parabéns pelas suas palavras,boa sorte na sua inicialização do seu orixá .pois sou feita de santo a um ano e alguns meses.(iansã). depois de alguns meses minha vida mudou muito,gostaria de conversar com alguém mais experiente sobre os orixás.caso alguém saiba o endereço por favor deixe neste e-mail lekinha30linda@hotmail.com .muito obrigado e muito axé.
Aline,acho muito bacana vc se aceitar como abiã,ter a humildade de querer aprender e ter muita sorte de encontrar um zelador q te respeita como abiã,q os demais filhos da casa te aceitem como tal,tanto é q está animadíssima p recolher.Tenho quase 30 anos de iniciada em Logun Edé e desejo q vc tenha um ótimo prosseguimento nesta casa q só esta te fazendo bem.Existem prós e contras ser abiã,já presenciei casos q enquanto a pessoa é abiã o tratamento a perspectiva,a emoção vontade de entrar é um fato,mas após se tornar yaô ou estar vinculado as coisas mudam e mudam muito,já vi toda alegria acabar os zeladores mudarem seus atos c pessoas etc,não sei se acontecerá c vc,mas é uma coisa q geralmente acontece e o fator família é muitíssimo importante há maridos ou esposas q não aceitam após a pessoa entrar e muitas coisas então se está determinada vá em frente,mas nem sempre é aquele mar de rosas,há decepções,mágoas,desavenças e há tbem muita harmonia,conhecimento qdo entrei nem sabia direito q Orixá eu era eu entrei p fazer o santo apesar de já haver jogado búzios anteriormente.Já presenciei nesses quase 30 anos pessoas se decepcionando por comprarem coisas e estarem cientes q seriam de determinado Orixá e na hora dos fundamentos era de outro Orixá.Desculpem achei o texto lindo,a humildade e compreensão de vc estar ciente das coisas,só escrevi p servir de um alerta do outro lado é claro q poderá não acontecer c vc mas acontece muito.Asé boa sorte!
Boa tarde a todos e Mukuiú!
Gostei muito deste tópico e depois de ler todos acima, criei coragem pra escrever.
Sou frequentadora do Camdomblé há 05 anos, e vejam o que ocorreu:
O meu Pai não tem barracão próprio em SP, pois ele é da Bahia e não vai ficar aqui por muito mais tempo. (Ele vem fica algum tempo e retorna), porém ele usa o barracão de uma filha de santo para fazer os trabalhos e dar os toques.
Um certo dia o Pai Sultão das Matas veio em terra (na casa do Pai de Santo) e falou em alto e bom som, que eu era a Ekedi dele e que era pra fazer o ritual no barracão e me suspender. Neste dia estava presente dois yaos e o axogum. Eu fiquei muito emocionada, muit feliz, chorei de alegria bati cabeça pra ele tomeu a sua bença e ele tbm… Porém, já se passaram 3 meses eu já fui em vários toques e nada aconteceu.
Eu sei que tudo tem seu tempo e tudo tem sua hora, as vezes o Pai me fala que pretende me recolher (pois na nossa casa raspa Ogã e Ekedi) em 2011, eu fico super feliz, pois amo e respeito muito meu Orixá e tudo que mais quero é poder cuidar dele e de meu Pai Sultão das Matas. As vezes passo horas pensando no dia que vou sair na sala de braços dados com meu Pai Sultão e ver ele dar a minha Djina!
A minha ligação com o Pai Sultão vem desde sempre, pois ele sempre me emocionou e sempre mexeu muito comigo, eu não faço nada na minha vida sem falar com ele antes e sinto que ele tbm cuida muito de mim.
O que me entristesse nesta história é a seguinte, eu confio muito no meu pai de santo, sei que ele é muito competente, mas vejo que ele está cada vez mais desanimado com os filhos de santo, pois como ele mesmo fala quando são abian, são humildes, respeitam e ajudam, depois que o santo come, acaba o respeito, acaba a humildade. Como ele não é o dono do barracão, muitas coisas ele acaba deixando passar, embora ele tente impor o respeito e fazer o certo a dona da casa deixa os outros fazer o que bem entendem…
Bem, as vezes penso que ainda não fui suspensa pq meu Pai Sultão está procurando outro lugar para fazer tal ato e por isso que agurado.
Bom, obrigado por poder desabafar, e axé a todos no novo ano!
Mukuiú!
Admiro sua paciencia querida…ando afastado da minha casa de santo, justamente, por nao dispor de tanta paciencia…rsrs..nao vejo a hora de me iniciar e mudar um pouco o rumo das coisas, mas no momento nao tenho condiçoes…financeira msm…mas de boa, acredito que quando eu tiver essa condiaçao será a hora certa, nao é msm?ainda sou novo..
FEÇO VOTOS A SUA INICIAÇAO E A SUA FELICIDADE!!!AXEE
Andre,
a questão fundamental é justamente essa, assim como os orixas que fazem cada um uma funçao no universo, dentro de uma de casa de culto cada filho de santo exerce uma funçao…
desculpe, mas esse “zelador” que conheceste nao poderia dizer uma coisa dessas, sugiro que procure um iniciado e babalorixa de verdade, alguem sábio, extrovertido e que conheça os fundamentos do culto tradicional…axé
Bruna de Yemanjá,
Observo uma grande mistura na sua casa, porque Ogan e Ekedi não raspam a cabeça no ketu e nem no Jeje, somente na nação Angola. Se você é de Yemanjá IyáOgunté então é Orixá é da nação Ketu.
Outro detalhe é caboclo Sultão das Matas e eu o conheço muito bem, ele não é orixá para suspender alguém para ekedi e nem Ogan, no máximo ele escolhe alguém para ser seu cambono, somente Orixá é quem suspende a pessoa para o posto de Ekedi e depois confirma e trás o orukó (nome) e não a digina que é uma espécie de batismo na nação Angola. Mukuiú é abenção da nação Angola.
Bruna, é somente o Orixá de seu pai quem pode suspende-la para Ekedi ou um Orixá da casa com a concordância do seu pai e sua aceitação, isso não quer dizer que voce não possa cuidar do caboclo, camboná-lo e resguradá-lo em tudo, pode e deve.
Boa sorte,
Axé.
Baba Fernando, Gostaria de Adcionar algo ao seu comentario…
Makota,só em algumas casas de angola se raspam porém as casas mais tradicinais isso não acontece.
A iniciação de um tata kambondo ou dikota ou makota não se faz nescessario raspagem,isso varia de casa para casa ok?
Baba Fernando, agora tem um pessoal falando ai de ekedje de fundamento , ogã de fundamento…
Digo que todo ogã e ekedje são fundamentos de uma casa de santo,são pilares de sustentação em uma casa, e estão ligados em sua maioria ao próprio orixa da casa, fazendo parte deste grande enredo.
Eu mesmo baba, já estava raspadokkk entrei careca e fui feito pelas mãos de luango… Ele não abriu mão disso
Sua benção
Irmã de angola: Gostaria de te informar Que em algumas casas de angola se utiliza sim nomes e qualidades de orixas, porém não é a forma mais correta , tendo as equivalências em kibundo.
Você seria de kukueto, ou savaji dependendo da casa , de toda forma a culpa não é do zelador, e isso não quer dizer que ele não tenha fundamento.
Dependendo da raiz éassim que aprendemos, e isso vem de decadas para cá…
De toda forma devemos seguir os conselhos dos moderadores:
“Aprender mais sobre nossa própria nação e enaltecer nossa bandeira…”
Aweto makota???
Zambi na quatessa
Tata ofange
Leo,
Hoje em dia algumas casas de Angola não raspam, mas, lembro muito bem que era uma honra nas antigas casas de Angola que todos passassem pelo mesma liturgia, era uma resposta ao povo de ketu. João da Goméia não abria mão, pai Herculano (Jô Soares era ogan de sua casa), Monaluadê, Celso de Pilares, Ninô, Pires Ribeiro, Danda, Dialundê, Luan de An’Zambi, etc, etc.
Axé,
Poxa, que honrra saber que o Jô é um tata kambondo…
um homem tão inteligente quanto ele…
Baba, na maioria das casas tipo tumba jussara raspa-se, porem o benguê bate folhas não raspa , lá em casa que é segmento tumba , não raspamos…
Mas acredito que isso não faz um oga/kambondo ou ekedje/kota melhor.
Mais obrigado por sua informação pai.
honra*
É Léo,
Não raspam hoje em dia, mas antigamente raspavam sim. O Bate Folhas sempre foi muito fechado em sua liturgia.
Isso pouco importa na verdade, meu entendimento de Ogan e EKedi é outro completamente diferente, aliás, já o postei aqui.
Não sei se o Jô chegou a se confirmar, mais o via nas festas tocar o atabaque muito bem junto com os outros.
Antigamente falava-se T’unba Jun’sára, qual é o certo Léo?
Axé,
Baba… eu só a forma fonética… fico lhe devendo, mesmo pq somos uma raiz… o verdadeiro é lá na bahia.
Parabéns Dayane, que Papai Logun-edé te abençõe sempre.. beijos, hud
Mutumbá!
Mais uma vez este blog me surpreendendo, rsrsrs, com perguntas, conteúdos, opiniões principalmente.
Desejo a todos um ano Bom, um ano de força, de coragem.
Hoje sim, eu posso dizer que sou uma abiã feliz. Feliz na minha casa, feliz no meu axé que considero minha familia.
Aproveito para mandar um Axé especial pra Tomeje D”Ogun e Pro Baba Fernando!
Felicidades em 2011
Asè
Axé, Hudson!
Mas o texto é da Aline. Eu só o publiquei 😉
Daya! Mutumbá!
Axé pra vc também, minha irmã! Que teu ano seja lindo.
bjos
Ola Boa Noite!
Tenha uma dúvida quanto aos 21 dias de reclusão no quarto do santo, quando sentimos vontade de fazer necessidade é verdade que se utiliza “pinico”??..
Grato,
Axé!
André,
São 21 dias de reclusão na roça de candomblé com 7 dias de ronkó, hoje em dia o ariaxé é provido de espaço para banho (sem chuveiro) e privada, o pai ou a mãe criadeira que é a única responsavel por quem está de obrigação, e dará todo suporte necessário em tudo, respondendo diretamente ao zelador. Axés mais ortodoxos utilizam ainda o pinico e o banho no tempo que foram abolidos em muitas casas.
Axé,
Olá ALine e equipe!
Primeiramente devo dizer que descobri o blog a poucos dias e estou fascinado com a riqueza e a singeleza dele. Obrigado por elucidar a tanta gente que pretende buscar a paz espiritual nas sendas do candomblé!
Aline, adorei seu texto, ele ecoou muito dentro de mim, e como todo bom escrito, me incomodou um tantinho. Explico: já há alguns anos que sinto um chamado interior para vir ao culto dos orixás, mas as circunstâncias da vida ainda não permitiram. Principalmente, não achei uma casa onde me sentisse confiante em entregar meu ori. A primeira casa que conheci era em Sampa, um umbandomblé que tinha tudo pra ser uma bagunça, mas incrivelmente eu me sentia muito bem lá. Mas além do fato de eu ter mudado pra Brasília, a mãe de lá nunca conseguiu definir meu santo de cabeça, era sempre uma confusão de jogo de cartas com numerologia, e nunca jogava búzios.
No início de 2010, conheci uma mãe de santo maranhense de passagem por Brasília que foi uma providência do céu na minha vida, me ajudou muito. Mas também ela só jogava cartas, e me deu outro orixá completamente diferente dos que “suspeitavam” que era o meu pai/mãe.
No finzinho do ano, conheci pela primeira vez uma casa de candomblé puro, da nação efon. E pela primeira vez, jogaram búzios para mim. Não fiquei surpreso com o resultado do jogo, e a mãe de santo confirmou minha cabeça como sendo Oxum. Mas bateu uma insegurança sem fim… não me senti tão bem nessa casa.
Peço a ajuda de vocês se conhecem alguma casa, ou referência boa, aqui em Brasília para que eu possa tentar responder ao apelo do meu orixá.
Se não souberem, mesmo assim agradeço o tempo de ler esse comentário imenso!
Um bom ano para todos nós! Axé!
esse é meu orkut bruxinhafiel@yahoo.com.br
eu fui raspada pintada catulada e adoxada por tatainkicê o tariobá sou hoje uma yao tou com trez meses e pouco de santo e tou satisfeita pois sou de yoa amo minha rainha .
mais tbm sou casada meu marido as vezes gosta e as vezes emprica passei por todo esses resguardos 21 dias no ronco e trez meses e uma semana em casa sou de angola e primeiro a vida espiritual da gente depois as outras primeiro meu santo depois o resto ´, faça seu santo com amor se entregue por amor se não tiver amor de verdade é melhor nem começar eu amo minha religião ela é tudo pra mim princ´palmente minha mãe yoa. bom é isso ai.
axe pra vc .
mukuiu…
Doug eu não sei o endereço do Opo Afonjá aí em Brasília, mas sei que está na lista de terreiro de Brasília. Esta casa é de uma filha do Opo Afonjá aqui do RJ, muito séria e respeitada. Tomeje
Mutumbá à todos.
Aline querida…
Não tenha medo dos preceitos, de raspar a cabeça…
Veja bem, fui feita aos 8 anos, passei por tudo, tudo o que um adulto precisa passar, fui feita de Iyemonjá, cumpri todos os preceitos(imagine, para uma criança é difícil deixar de comer determinados alimentos, mas também é fácil, e outros aspectos), e se eu precisasse fazer tudo de novo, eu o faria, quantas vezes fosse necessário, pois foi o melhor acontecimento em minha vida.
Aos 8 anos aprendi tanto com minha Iyalorisá, com meu dofonitinho, meus mais novos, e mais velhos.
Minha é Mãe é iniciada também, aprendi muito, e aprendo todos os dias com ela.
Fiz amizades incríveis.
Querida, sou nova, tão pouco sei da vida, mas de uma coisa eu sei, inicie-se, cumpra seus preceitos, ame muito seu Orisá, ame, respeite todos os Orisás, porque eles são o que há de melhor no mundo.
Respeite, seu Babalorisá/Iyalorisá, exija respeito, respeite seus mais novos, seus mais velhos, porque o abian é o seu passado, e Egbomy será seu futuro.
Na nossa religião, tudo é uma troca, troca de energias, troca de educação, respeito, amor, amizade.
Pode ser até estranho, uma menina de 16 anos dizer isso à uma mulher já casada, mas aprendi que na vida, todos aprendemos juntos, o Baba/Iya com seus filhos, seus filhos com o Baba/Iya, os mais velhos com os mais novos, e os mais novos com os mais velhos.
Então, procure fazer o certo, pensar o certo, e é claro procure ser o exemplo certo de Iyawo, porque todas as pessoas do Asé, e de fora, a observam.
Temos que ser o cartão de visitas do nosso Babalorisá/Iyalorisá, tudo o que é feito dentro da casa de Candomblé, é de responsabilidade do Baba/Iya.
Sendo assim, o certo e o errado, é de responsabilidade do mesmo, então procure o caminho que destine à um futuro certo.
Mas veja bem, se errar, procure seu Baba/Iya, e peça que ele lhe ensine o certo.
Afinal, é errando que se aprende.
Querida, quero lhe desejar uma boa iniciação, que sua vida seja plenificada de bênçãos, de harmonia, paz, amor, sabedoria, saúde, felicidade, alegria, sucesso, dinheiro, discernimento, realizações, conquistas, sorte, vitórias, humildade, tudo o que há de excelente, e é claro MUITO ASÉ.
Mutumbá, que Iyemonjá abençoe, a ti e seus familiares.
Obs: Quero dizer aos donos do blog, que eu adorei as categorias, os posts.
Tudo muito bem feito, Parabéns, boa sorte à todos vocês.
Asé.
Feliz 2011 à todos.
Arantcha,
Obrigada imensamente por suas palavras, minha irmã!
A sua bênção!
Eita Aline, primeiramente.. motumbá
o mundo é tão pequeno né moça??? eu sempre venho aqui para ler..e vi o relato, e jamais sonharia que era vc
Em meio a esse mundo pequeno, eu pude compartilhar a sua empreitada, e a esse amor que voce tem por tudo que faz,e aprendi com você muitas coisas, e uma delas é amor.
Amar, a todos orishas independente de qualquer coisa e sempre saber a magnanimidade deles para conosco que devemos sempre lembrar na alegria ou na tristeza o caminho que decidimos seguir.
Bom então no meu contexto se abian é a melhor coisa que há, é onde você realmente decide se progride ou se mantem a sua posição.Já vi muitos casos de se ir pela dor,pela perca e isso me entristecê ,eu como você sabe nasci e cresci dentro dessa cultura,é sempre bom aprender e o abian é isso aprendizagem,quanto mais informação se colhe mais prioridade pra compartilhar terá.
Eu, só tenho 19 anos,mais desde que me conheço por gente sempre soube o que eu quero,e não me importo que não gostem desde que respeitem é de bom grado.
Eu sei o quanto você esta feliz e apaixonada,então desapega um pouquinho,esse cabelo não é seu e cabelo cresce,o que você terá em troca é maior .. mais não vá pensando no retorno, vai por esse amor que você tem e que transpassa pras pessoas.
asé pra todos.
ps. e te amo viu menina =*
Oi Aline tudo bem ?
adorei o seu post , bem eu moro no Rj na frequesia a sua saida será quando e a onde ? se quiser me mandar por depoimento adoraria ir em sua saida . prestigiar meu grande pai Logum .
bjs
yanow,
O mundo não é pequeno… o mundo é uma kitinete! hahaha
Obrigada pelo carinho, maninha! Eu tb te amo muito!
Karen,
Nossa, obrigada pelo carinho, mas temos um probleminha… Iyawo não sabe o dia da saída… Mas depois podemos ver uma forma de trocar contatos sim para minha mãe pequena te avisar da saída, ou ainda o Tomeje, q provavelmente vai lá.
Asé!
Que bom muito lindo ser abian mas vamos ver o tempo vai dizer o quanto vai ser bom ou ruim para vc faça so por vc e mais ninguem AXE
Ale de Nana,
Olá, querida! Nossa, como é gostoso esse período pré-iniciático né? E olha, eu tb frequentei vários lugares, sendo cuidada como filha de Oxossi. Mas eram lugares que ou visavam mais o bolso do que a fé, ou não tinham fundamento nenhum. Por fim, uma amiga jogou pra mim há uns 3 meses atrás. Logun Edé respondeu e já respondeu dizendo que queria ser feito. Papai se escondeu e só apareceu quando tinha um lugar correto, de princípios, com muuuuito axé e onde eu e Ele seremos bem tratados. Meu Zelador me aconselhou a jogar em outros lugares: afinal, Logun é um orixá que pode se confundir com Oxossi, e não é um orixá tão simples assim. Fui a mais dois jogos e Papai confirmou que Ele é quem diz que é. rs
Mas sim, eu dizia. Eu nunca havia sequer pensado em fazer santo. Passar pelo recolhimento, passar pelos resguardos… Isso nem me cruzava os pensamentos. Até que Papai achou o melhor lugar para nós: automaticamente aceitei. Passou o medo de querer desistir, embora tenham ficado outros medinhos rs. Mas foi bem no momento que Logun Edé decidiu que estava no lugar certo, a feitura passou a ser uma consequência lógica na minha cabeça, sem precisarem “me convencer” ou falar nada.
Deu pra entender? Ou fui prolixa demais?
Bom, só pra garantir rs, o q eu quis dizer é que Orixá sabe dos nossos pensamentos e sentimentos até melhor que nós mesmos, e que na hora certa, Orixá toca nosso coração. Isso é muito claro pra mim!
Obrigada pelo vídeo, achei lindooo!! Aliás, tudo o que é de Papai é lindo 😛 hehehe
Axé!
Olá, Aline!
Creio que de maneira geral a história de todos nós abiãs, de uma forma ou de outra, aconteça mais ou menos da mesma maneira… já ouviu aquela expressão: quando o aprendiz está pronto o mestre aparece? rs… é bem por aí.
Quando encontramos (na verdade o orixá nos leva né, rs) o nosso chão, tudo acontece da maneira que deve ser.
Curta tudo isso!!!!
Quanto aos medinhos que você disse ter…. não se preocupe, tudo se apazigua dentro de nós…. num dos axes pelos quais passei, há anos atrás, por uma obrigação, houve “quase” tudo… so faltou raspar e catular… houve as curas, ibá ori…, preceito de 21 dias (comer com as mãos, dormir no chão…. umbigueira… rezar a comida……) e garanto a você essa fase é maravilhosa… você simplesmente comunga com o orixá… é mágico… isso tudo eu senti i… imagina só como será na feitura então!!!!!
É tudo de bom…. aprender as rezas, as danças….. viver em harmonia com o orixá! Não há sensação melhor!
Creio que mais do que tudo o que devemos ter em mente é nosso propósito dentro do axé, comungar com o orixá, fazer nossas obrigações, sermos humildes, e sempre empenhando nosso coração naquilo que fazemos, respeitando e compreendendo as diversidades.
Creio que cada um de nós, abiãs, yawos, ekedis, ogãs, babás, yalorixás…. somos seres especiais em sua essência, pois temos a nobre e árdua missão da espiritualidade…. não há como fugir e no final das contas, que bom que é assim! rs.
Aline, gostaria de seu e-mail para contato… podemos nos corresponder?
Um forte e caloroso abraço!
Axe
sabe aline gostei muito do que falou sobre ser um abyan também sou já piso na senzala desde meus 14 anos tenho 39 larguei a umbanda e minha vida parou perdi tudo por não lembrar que tinha um pai que sempre olhava por mim então conheci um zelador de santo que me mostrou que eu podia confiar em meu orixá não tinha o que perder acreditei hoje tenho uma firma meu maior sonho era ter minhas filhas comigo elas hoje estão comigo e te digo cada vez que entro no terreiro e peço a meu pai para que me de não seu ouro mas que me de força para viver com dignidade então recebo sou abençoado por Sangó Aganjú e convivo muito feliz e forte com meu zelador agradeço e toda minha felicidade e meu axé de abyan divido com todos o unico conselho que dou a mim mesmo é sou digno e recebo o que é de direito divino meu dado por meu deus ao meu orxá fazendo se chegar a esperança em minhas mãos
Olá, Ale!
Claro que podemos nos corresponder! =)
O email é alininha.leonardo@hotmail.com
Espero seu contato!
=]
Oi lindinha.
Te mandei um e-mail e tomei a liberdade de te add no meu msn.
Aguardo seu retorno.
Aline, fiquei muito emocionada com o seu depoimento! Estava meio triste porque no local em que frequento as pessoas ficam enlouquecidas para saber quem vai fazer a feitura primeiro… até briga já teve! eu fico quieta no meu canto observando o quanto brigam e acabam por perder um momento tão importante de aprendizado que é o período como abian. E também se esquecem do significado da feitura e só pensam em status. Isso me entristeceu muito e ler o seu depoimento trouxe de volta a alegria ao meu coração e pude novamente sentir meu pai Oxalá próximo de mim. Também tenho receios para fazer a feitura porque trabalho numa empresa grande e ocupo um cargo de muita exposição e fico com medo de chegar lá careca e de kele. Acho que seria muito complicado! Além disso tenho uma filhinha de 5 anos e somos super unidas. Acho que não conseguiria ficar 21 dias sem ela! Meu marido também me apoia muito em tudo e isso é super importante. Enfim, me identifiquei com você e estarei aqui torcendo mas o mais importante você já tem: a fé no seu orixá e a certeza da sua caminhada! Bjs e depois dê notícias de como foi tudo!
OLÁ ALINE , BOM DIA. VC ME RETRATOU. TUDO QUE VC DISSE É O QUE SE PASSA COMIGO. SOU ABIAN E TAMBEM FILHA DE LOGUN. PASSEI POR ALGUMAS CASAS E ELE NUNCA SE APRESENTOU E SEMPRE FIQUEI ENCUCADA COM ISSO. PORQUE O ORIXA DOS MEUS IRMAÕS PASSAVAM E O MEU NÃO. O QUE TENHO DE ERRADO? HOJE ESTOU EM OUTRO BARRACÃO. MEU ZELADOR É MARAVILHOSO E TENTA ME EXPLICAR AS COISAS AOS POUCOS. NA OUTRA CASA SÓ DAVA CABEÇA P/ EXU E HOJE COM OS ENSINAMENTOS QUE RECEBO MEU PAIZINHO LOGUNEDE DÁ O AR DE SUA GRAÇA. E OLHA QUE POR ANOS SEMPRE SOUBE QUE ERA FILHA DE MAMÃE OXUM. NÃO QUE TENHA ALGO CONTRA ISSO + AOS POUCOS ESTUO APRENDENDO A ME DEDICAR E A RESPEITAR LOGUN.BJSSS BOA SORTE E AXÉ!!!
Olá..
Tomei coragem e so queria esclarecer uma dúvida… Sou abiã há poucos meses e nunca virei no santo.. So que meu Baba disse que meu orixá esta pedindo feitura! Minha indagação é como um orixá pode pedir feitura se ele nunca se apresentou.. Se vocês puderem esclarecer essa dúvidaa pra mim serei muito grato… Pois nao entendoo e too muito confusoo.
Grato!
André,
O mais correto seria ele dizer para você que um dia você vai se iniciar, afinal, basta sermos abians, estar frequentando, participando que naturalmente o Orixá vai se posicionar neste sentido. Fique tranquilo, o Orixá sabe exatamente o tempo dele.
Axé,
Obrigado Sr. Fernandoo.. Mas no meu caso o que faço? ele é bem irredutivel e me falta argumentos.. Ja me deu vontade de sair da roça dele.. a verdade meu coração pede isso porem ja tentei por duas vezes e ele impediu.. uma vez que tenho o Iba ori na casa dele e eu não queria deixar para tras..
Mas uma vez obrigado!
André,
Essa decisão é sua, OLorun nos confere o livre arbítrio e o direito de ir e vir.
Boa sorte,
Axé,
André não se inicie sem ter certeza de que é rodante ou ogã, espere o momento certo. Acho imprudente iniciar alguém como rodante se a pessoa ainda não virou de orixa, e mesmo quando vira, é preciso um tempo de “acomodação” entre o orixa e o filho e a casa. Bom senso. Tomeje
André é por isso que sou contra que não iniciados tenham ibá ori, que em muitas casas não existe, por que este objeto acaba sendo sendo utilizado como meio de coação e de forçar o filho a permanecer na casa mesmo sem querer mais, pois fica com medo. O mais importante ibá está sobre seu pescoço. Tomeje
Aline,
Gostei muito do seu texto e de alguns comentários seus, principalmente em relação aos medos do resguardo (ficar sem cremes, sem cigarros etc..). Me identifiquei muito com isso, pois tive esses mesmos medos seus antes de minha iniciação ( tenho 6 meses de feito) e fui abian por 12 anos, e um dos motivos foram esses medos. Mas tenho certeza que com seu esclarecimento, sua vontade de ser iniciada e sua fé você vai superar isso muito bem, como eu superei. As vezes, nem eu acredito que consegui passar tranquilo por algumas privações pós iniciaticas e ainda passo ( adoro praia, que saudades do mar). A fé move moinhos. Quando vejo que aguentei firme, ficar sem fumar, sem meus perfumes, cremes ( sou um homen vaidoso, bem filho de Oxum mesmo) fico feliz muito feliz. E te digo mais, por oxum eu faria de novo se preciso fosse. Te desejo muita sorte, desejo que você curta muito sua pre-iniciação e cada momento de sua iniciação e resguardo como eu curti, é maravilhoso. E minha ya me falou: “eu sinto muita saudade da minha iniciaçãoe meu tempo de yao, curta meu filho” eu curti e continuo curtindo.
Abença irmã.
Que minha mãe oxum lhe abençõe.
mojubá a todos,estou ancioso da mesma forma e com mesmo amor que este texto publicou.eu gostaria de fazer um pergunta me ajudem?ja joguei sou de odé amo meu orixa e no jogo diz que ele não me cobra nada eu me inicio se eu quizer mais odé quer minha iniciação.mais é o seguinte eu não bolei ainda apenas sinto meu corpo esfriar muito e tremo eu tenho que bolar antes da iniciação?
Olá Aline,
Parabéns pelos seus esclarecimentos e lucidez enquanto abian ! Dá pra se ver que será mesmo uma Yawô muito dedicada e feliz e isso é tudo o que um Orixá necessita e espera de nós ! “Reponsabilidade com bom senso” !!!
Ví que vc postou acima para Ale de Nanã o seu email, posso lhe adicionar e mandar-lhe um email ? gostaria muito de conhecer o Barracão que vc frequenta e vai se iniciar, pois estou com muita dificuldade de encontrar um lugar para que eu possa frequentar e gostaria de lhe pedir o endereço para que eu possa jogar e receber as orientações. Grato, Luciano
jonathan,
Nas casas tradicionais de ketu, não há necessidade de bolar para iniciar-se no Orixá, através do jogo, seu zelador observa seus caminhos e marca sua obrigação.O que importa na verdade é ser um abian, aprender o básico e o rítmo e as normas da casa, ir se preparando, vendo sua lista, etc.
Axé,
Iniciação.
No Brasil e em vários lugares do mundo existem milhares de pessoas que, maravilhadas pelo mistério dos Òrìsàs, quer sejam descendentes de africanos, europeus, asiáticos ou de qualquer outra raça do planeta, acabam transpondo as portas da iniciação, surpreendidos pelo paradoxo de defrontar-se com crenças alicerçadas em rituais de rebuscada complexidade e ao mesmo tempo simples de entendimento na sua essência. As cerimônias são alegres, coloridas, embaladas pelo som dos tambores nos quatro cantos do mundo, agregando pessoas de todas as camadas sociais; contudo, o aprendizado ritual e filosófico requer estudos sérios e contínuos, que acompanharão o iniciado pela vida afora. Que mistérios são esses, ocultos em meio a lendas e ensinamentos de sabedoria ancestral? O que na verdade leva pessoas às mais diferentes tradições afro-descendentes, em busca da iniciação?
1 – O que é Iniciação?
Iniciar-se é possibilitar através de rituais próprios que o lado divino transpareça; é libertar o Deus Interior que existe em cada ser humano, permitindo-lhe vir à tona e provocar o impulso irresistível capaz de conduzir à realização pessoal, estabelecendo dessa maneira a mais perfeita comunhão possível com o Universo, com a Natureza, com o Criador, enfim, com a própria Vida, em seu pulsar infinito. Corpo físico mente e alma são ritualisticamente preparados para a manifestação divina. Condições propícias são estabelecidas para que a memória ancestral possa florescer nos recessos do inconsciente, produzindo muitas vezes o transe, em suas mais variadas formas e também variados graus. Iniciar-se é nascer de novo, renascer como indivíduo mais forte, completo, potencialmente seguro, com melhores condições para, ao abandonar medos, traumas ou bloqueios, lançar-se inteiro na busca da realização pessoal.
Por Olowo Ifárunaola Efunlase.
Iniciação : quem, quando e como?
O momento do chamado é diferente para cada pessoa. Para alguns, uma doença difícil de ser curada; para outros, as dificuldades do próprio caminho; outros ainda, buscam fugir às religiões tradicionais por concluírem que muitas delas estão tão voltadas para o dia a dia dos homens e seus interesses imediatos que acabam fugindo à sua real finalidade: promover o encontro do ser com a Divindade, ampará-lo em suas dificuldades espirituais e consequentemente, também as materiais. Alguns ainda são provenientes de outras religiões ou filosofias espiritualistas; finalmente, existem aqueles que simplesmente são tocados pelo Òrìsà, nos recessos da própria alma. Na África o culto está realmente ligado às famílias, mas no Brasil, principalmente a miscigenação, trouxe para toda a população a denominação afro-descendente. A iniciação propriamente dita acontece num período de reclusão que varia de sete a dezessete dias. Esse período é comparável a gestação na barriga da mãe; nesse aspecto, o aposento sagrado representa o ventre da própria mãe natureza. O neófito aprende os mistérios básicos das divindades e da Criação; os costumes da comunidade e os princípios que regulam as relações da família religiosa (hierarquia sacerdotal); as formas adequadas de comportamento nas cerimônias públicas e restritas. Conhecimentos acerca de seu Òrìsà lhe são ministrados: a maneira adequada de cultuá-lo, suas proibições (ewò) ( quando houver ), as virtudes que deverão ser cultivadas e os vícios que deverão ser evitados para atrair influências benéficas e uma relaçãoharmoniosa com a divindade.
4 – O que pode mudar na vida do Iniciado ?
O Destino é dado a cada ser na forma de possibilidade, nunca como fatalidade. Desse modo, quem antes de voltar ao mundo escolheu por exemplo ser médico, ao renascer na Terra encontrará em seu caminho situações que o direcionem para essa profissão. Entretanto, isto não quer dizer que necessariamente venha a exercer a medicina. Ele pode a qualquer tempo mudar os rumos da própria vida através do exercício do livre-arbítrio (o que, aliás, é um conceito universal). Cada qual constrói a própria história. Ocorre muitas vezes a pessoa acabar fazendo escolhas erradas e sofrendo consequências desastrosas. Pode ser fruto de um destino ruim, que exigirá tempo e determinação para ser superado. A dor transforma-se em companheira constante. Ligam-se a tudo isso os problemas do dia a dia (para não mencionar a situação difícil da sociedade contemporânea); o conjunto acaba provocando sentimentos de impotência frente aos obstáculos e encruzilhadas da vida, ou simplesmente solidão, carência de aconchego, de orientação, de coragem, carência de fé. O Òrìsà pessoal, nesse particular, pode influenciar e muito, prevenindo ou mesmo remediando tais situações, conferindo força e equilíbrio ao seu tutelado, restaurando-lhe as energias, estendendo-lhe proteção e orientando-o quanto ao melhor caminho a seguir. Mas o indivíduo deve permitir que o Òrìsà atue de modo construtivo na sua própria vida. Òrìsà não representa problema no caminho de ninguém – pode significar a solução. Através do apoio divino, o ser humano pode criar condições para vencer as barreiras internas e externas para a construção de um futuro melhor.
Iniciação
A presença do òrìsà na vida de uma pessoa depende do fortalecimento do ori para acoplamento do seu asé, através do ritual de iniciação. Após diversos tipos de ebós, banhos de folhas e bori, o iniciando está purificado e fortalecido para ter plantada no seu corpo a energia do seu òrìsà. Trata – se de ritual complexo e com características sob medida para a entidade única que é o iniciando em questão e o seu òrìsà. O ritual de iniciação não decorre de desejo próprio, mas depende de prescrição oracular e conforme o próprio termo- Iniciação – marca, não a concretização, mas o início de um aprendizado e desafios constantes que requerem disciplina e dedicação espiritual.
Não implica em qualquer tipo de submissão contrariada, pois o ori é soberano no seu livre-arbítrio. No entanto, uma vez tendo vivenciado a sublime e divina presença do òrìsà, o afastamento deste, mesmo que voluntário, faz sentir um vazio sombrio que pode até ser confundido – errôneamente – com castigo. O òrìsà não necessita infringir castigos, primeiro porque, como energia da natureza, não depende da adesão de devotos – nós é que precisamos do òrìsà – segundo, porque a sua simples ausência em nossas vidas, já se caracteriza por si só, como desgraça.
Por Olowo Ifárunola Efunlase.
todos os textos copiados.
http://efunlase.com/novo/iniciacoes.php
Mutumbar,
Dayane, posso falar uma coisa? Tambem tenho muito medo em fazer o santo, em me entregar mesmo sabe? Ja faz um tempinho que frequento a casa de onde sou filho, tudo pra mim eh mágico eh magnifico, amo essa religião, amo meu baba e meus irmãos, somos uma familia que nunca tive. Mas ainda assim tenhu medo. Como você lhe dá com isso (se e que vc tem medo!)
Adoraria trocarmos endereço de msn para nos comunicarmos e trocarmos esperiencias!
Beijo no coração,
Asé!
Aline muito obrigada por esclarecer algumas dúvidas.Há alguns anos atrá eu não me imaginava toda de branco,torço e etc…mas hj já não penso dessa forma,passei a ver a religião de uma outra forma estou pesquisando sobre a vida de cada um deles,apesar de minha mãe ser zeladora eu nunca quis nenhuma aproximação,sabia que existiam e de seus poderes mas nunca quis me aprofundar.Mas hj já casada com filhos penso diferente´já percebi que não é nada como eu pensava, o que mas quero é acertar a minha situação com os orixás não sei,se é para raspar ou qualquer outra coisa ou ter um outro compromisso mas já me acostumei e estou de braços abertos para os meus orixás.Gostei muito do que voce potou e gostaria de manter contatos pois sou nova na religião e vejo q vc só tem a acrescentar.
axé!
Me expliquem uma coisa,como sabemos se sómos rodante ou não?Na casa que frequento tive q cortar p/ o meu casal de exús(Maria padilha e tranca rua)e no momento q cortou p/ maria padilha eu me senti mal(dizem que é como seu eu fosse virar no santo)mas nada aconteceu depois fui no to que para Ogum e tbm não virei,fiz o Obi e tbm nada será q eu sou rodante mesmo não tendo virado nessas ocasiões?
Cris a coisa tá complicada mesmo, né? Ou então eu sou chato demais. Se vc não virou de orixa nem de entidade de onde esta pessoa tirou que vc tem esta pombagira e este exú? Sou de um tempo onde a entidade ficava alguns anos trabalhando no médium e sendo observado pelo pai/mãe de santo, muitas vezes dava nome que não era o da entidade, só pra confundir mesmo. Ia trabalhando e num determinado tempo o pai ou mãe de santo ou o guia chefe do terreiro marcava o dia em que a entidade daria seu nome, riscaria seu ponto e cantaria seu ponto. Era um dia festivo no terreiro. Hoje perdemos isso, os “zeladores” “””””””””jogam os búzios”””””” e dizem o nome da entidade, e ai da entidade que virar e disser que é outra. Cris devo ser muito velho mesmo ou chato. Seu email registrado é válido? Vc o lê comfrequencia? Tomeje
Não vc não é chato,vc não sabe o quanto me esclareceu esses dias é que eu tenho tantas dúvidas mas estão sendo de grande valor o que tem me dito.
Buenas Aline.
Que vc seja feliz na sua saida.
Como vou ser na minha, que era agora em na ultima semana fevereiro.
Como vc mesmo disse , vida de yao e abian e dificil, mas não complicada. Como vc falou, nos que temos namorado(a) ou esposa ou marido, temos que nos abter de algumas coisas, mas isso no final dos deixa mais fortes.
Que meu pai Oxalá te ilumine na sua saida.
Axé a todos
Aline,
Fiquei muito emocionada ao ler seu depoimento, sou uma pessoa que tem muitas duvidas ainda, e vejo que esta insegurança é normal, algumas palavras suas me cairam como uma bomba, preciso ter a coragem de perguntar e pedir ajuda quando preciso. Estou a algum tempo fugindo do meu compromisso, sou na verdade uma filha rebelde, mas pela vaidade do que por qualquer outra coisa. mas agora que li este depoimento tive algumas ideias e vou coloca-las em pratica. para que eu consiga aprender que eu não vou morrer se me iniciar, e não vou deixar de ser eu mesma, só vou renascer.
Muito Obrigado.
Ola, sou abian, considero essa época de conhecimento algo tão maravilhoso, acho que é assim que temos um verdadeiro contato entre o orixá e nós e as duvidas e os medos, simplesmente acho esse tempo de abian algo essencial, para você saber o que você quer mesmo na sua vida, com fé em Deus e em Meu pai Logum-edé, ei de nascer para o ele este ano, não me importo em qualidades de santo ou etc, como muitas pessoas, apenas me preocupo em ser o bastante para ver meu santo bem, praticamente nasci na religião por que meus pais são feitos no santo, minha mãe a 25 anos e meu pai a 28 anos que por coencidencia meu pai é de Oxossi e minha mãe é de Oxum, e o que me deixa mais feliz é que eles são meus irmãos de santo (a unica diferença é que como meu pai-de-santo ja havia raspado meu pai não pode raspar minha mãe e ela foi raspada pela ex-esposa do meu pai-de-santo), mais meus pais não me fizeram no santo antes por que acharam melhor eu ter idade para tomar essa decisão, o que eu agradeçoo muito a eles, pois aceitei meu orixá com amor e não como obrigação.
Dentro do barracão quando esta tendo algo que eu não compreendo sempre tem alguém a me auxiliar, seja pra lavar o barracão, ou dar o laço em alguma coisa, sou totalmente uma criança leiga que acha que sabe algo, fui muito atras da coisas para saber o que eu queria mesmo, pois acho que orixá é algo muito sério, que devemos ter certeza do que queremos, e tudo o que eu fiz me levou a amar mais e mais meu orixá, meu maior sonho é raspar meu pai/paizinho (rsrs’), mais ao mesmo tempo tenho medo e até mesmo receio, pois como todos sabem, filhos de Logum são vaidosos, me ver careca, me ver todo de branco, de Kelê, não poder sentar em lugares normais apenas no apoti, dormir em esteira, rezar antes de comer, bater paó, estar virando por qualquer coisa, até mesmo por um abraço o que será o mais dificil pra mim, pois sou muito dependente de carinho), andar de cabeça baixa, não comer carne em determinados dias e tal’s… acho que é dificil para todos, mais ao mesmo tempo é algo tão gostoso, pois passamos com isso a crescer o espiritual o que é tão dificil de se crescer com o mundo atual que todos se preocupam com o dinheiro e andam nas pressas.
O que posso dizer? acho que eu um abian que mal tem palavras para descrever tamanha felicidade em descobrir o candomblé pouco a pouco e entender que o tempo do orixá não é o mesmo que o nosso, que aprendemos sobre ele, quando ele quer, não basta ler, pois na cabeça ira ficar apenas o que o nosso orixá desejar, sou de Ketu, mais independete de nação, sou do CANDOMBLÉ, essa bela religião de grandes mistérios, tenho apenas 17 anos, onde muitos acham que sou novo para tomar algumas decisões, onde muitos também ja quis fazer confusões, como me chamar pra ir à casa deles, darem numeros e até mesmo falarem que pagariam tudo para o meu santo nascer na casa deles, mais a primeira lição que aprendi com o meu melhor amigo e pai-de-santo, é que o orixá coloca barreiras em nossa frente para saber a nossa força, e jamais abandonarei a minha familia de santo que tanto amo, que tanto me ajuda e que tanto me alegra, sou um garoto normal que aprendeu a sonhar, em um mundo onde os maiores se acha fortes, mais sei que somos mais do que pensamos, e menos do que falam.
Sou abian pode se dizer à 4 anos, que foi quando comecei a levar a sério a minha religião que tanto amo, mas descobri o meu orixá ano retrasado, sendo que descobri em uma quarta-feira e meu santo bolou no sabado, depois que descobri meu santo, tudo foi mais depressa, ele me fortaleceu de um jeito que eu não esperava, agradeço ele por ter tido calma, pois ainda não fiz ele também porque eu estudava e tempo de kelê viramos por qualquer coisa e até fazermos um ano de santo estamos privados de muitas ações e também viramos por alguns motivos, não quanto como na epoca do Kelê, mas viramos bastante também. Acho incrivel como muitos pais-de-santo recolhem pessoas que chegaram ontem no barracão e ja raspam hoje, não lhes dando o direito de passar pela melhor época dentro do terreiro, ser o paparico de todos, aquele que de longe observa mas que deperto aprendi, que na duvida se cala mas nos olhos os outros percebem e respondem as suas duvidas, que no encanto chora e nas lagrimas sorri, que sente o orixá e que por ele é feliz, um iawo é apenas algo a mais, mais o importante é amarmos o orixá, vou nascer para o meu feliz e contente, ei de chorar ao recolher, ei de ficar feliz e com medo quando incorporar a primeira vez, olharei em volta e perceberei que sou feliz, apenas por ter o melhor ao meu lado e que la no orum (céu), eu fiz um pacto de amor com Deus e com meu orixá que jamais me abandonaram e nem eu a eles, pois na escuridão do mundo não temerei a nada, pois Deus me dara a luz e Logum estendera a sua mão e juntos me levaram para estrada eterna da felicidade, onde apenas entraram os meus conceitos de um Abian e futuro iawô com orgulho de ser o que sou, por ser o que mereço e o que meu santo fez!
Grandes abraços e beijos de Gilmar.
Adoro esse blog, sempre leio…
A de se nascer mais um iawo no mundo *-*
nossa aline adorei seu comentario, Logun-Ede te deu uma benção que foi essa casa de santo, pois eu queria ter irmãos egbome assim como você tem, infelizmente os da casa de meu pai não são assim, mas meu pai de santo ele é um amor de pessoa e a gente vê nos gestos dele o amor que ele tem pelas pessoas e os orixas, só estou nessa roça por causa do meu pai de santo e pelo meu santo oxaguian, porque se fosses pelos egbomes e os yaos ja teria saido acho que eles deveriam aprender como meu pai de santo é, mas parece que eles não querem a unica coisa que eles mostram é que eles são superior por ter mais tempo de santo do que um abian, mas um dia eu vou ser um egbome ou um pai de santo e vou ensinar aos abians meus irmãos o que é o amor pelo santo e pelo proximo, seu comentario me deu forças para continuar e acreditar que a mudança começa dentro de cada um de nós, minha linda que Logun e meu pai Oxala possa te abençoar em todo seu caminho te dando força,saúde,paz e muito amor…rs bjs no seu coração. meu msn é wferreiran20@hotmail.com se quiser podemos bater um papo e quem quiser pode me add, abraço a todos.
ALINE primeiramente te parabenizar, como já deve ter ouvido foi incrível mas eu tinha que dizer tbm. Nunca comntei nada em site algum e mesmo que gostasse mas o seu post faluso,Adorei tudo e a maneira simples que foi dito e me emocionei demais, tbm sou abian!! Lindo!!!!
Dayane,
descobri o seu relato, que tal como os outros já falaram, tb me emocionou mto. Desejo-lhe tudo de positivo, muita luz e não vacile. Está no caminho certo.
Como eu a descobri?
Pesquisando na net tudo sobre candomblé ketu. Pesquisando sobre àguas de Oxalá. Tenho uma enorme vontade de me entregar ao candomblé e aos Orixás e saber mais e mais… amo os orixás, e amo o candomblé ketu.
Sou filha de Oyá. Sei que tb farei santo qq dia. Sou casada e meu marido não sabe, e tb não quer saber de nada que com isso se relacione… nem quer saber de mim (mas isso são outras histórias)ando sempre a fazer tudo “meio escondidinha”. Encaro tudo isso como as dificuldades próprias de quem tem de mostrar e demonstrar todo o seu potencial em relação ao que quer. E eu sei o que quero: entregar-me a minha maezinha-Oyá. Estou longe, em Portugal e sei que mais dia, menos dia, irei para junto de meu Pai de Santo, no Brasil.
O meu percurso começou há uns anitos na Umbanda, aqui em Portugal, mas meu querido pai de santo não soube gerir mto bem a casa e seus filhos… espero que ele se encontre consigo mesmo e recomece tudo mto melhor. A casa de Umbanda fechou mas eu não deixei morrer este amor aos orixás. Na verdade, como eu costumo dizer, eu os amo a todos, todos os orixás, e só quero ser merecedora deles.
Quando li o seu depoimento, me identifiquei tb com mts das suas razões… por vezes penso abandonar esta minha vidinha- acontece que tenho um filho de 6 anos maravilhoso e não me consigo separar dele…mãe nenhuma esquece os seus filhos e ele irá comigo…minha Oyá e meu querido Pai Gil sabem as minhas lutas, mas tb a minha decisão, o meu amor por eles. Neste momento, não tenho ninguém do meu lado, que me entenda ou aceite sequer esta religião, a não ser eu mesma, minha Oyá e meu pai Xangô e meu Paiinho Gil. Tem na verdade, mts coisas que desconheço, que procuro conhecer sózinha em pesquisas que faço, perguntando directamente tb a meu paiinho, mas não é fácil absorver tanta informação.
Gostaria de saber se poderemos trocar de email para assim podermos trocar outras informações. O meu, você poderá adicionar, se o pretender: fatipuri@hotmail.com
Estarei à sua espera. Achei fantástico tudo qto li, todas as opiniões, todas as dúvidas, medos e receios que mts vezes julgamos só nossos, mas que são comuns a todos. O ser humano é maravilhoso. Somos todos diferentes, mas todos tão iguais na sua essência, não é? Depois pegamos na nossa essência e vamos caminhando com ela, dando-lhe formas diferentes, por vezes por caminhos espinhosos, outros doces…
Muita luz e muita força para si minha querida,
omóoyá,
Fátima
Fátima, minha irmã no orixá.
Antes de qualquer coisa, devovalmos os créditos a quem lhes merece por direito: a Aline. Acho que você leu e no afã da leitura não viu a assinatura da nossa querida leitora.
Acho muito bonito esse seu amor pelos orixás e essa vontade consciente que você tem em ficar cada vez mais perto deles.
Antes de tudo, minha irmã, não perca a fé e a autoconfiança. Você é de Oyá e ela dá uma força extremamente avassaladora quando quer suas filhas em pé, autoconfiantes e lindas! Queira saber sempre do seu filho e de você. (Ninguém segura uma mãe, e quando ela é de Oyá então…Rsrs)
Que a nossa mãe te dê toda a força necessária e que ela sopre os ventos necessários para a sua vida. 😉
Axé!
Bom adorei aline te conhecer como abian,adorei td que disse,vc se expressa de uma forma como se o leitor estivesse vivenciando com vc td aquilo escrito.Que pena que comigo nao foi bem desse jeito,bom deixa explicar pq,vou te contar minha estoria:desde que me intendo por gente rsrs,que conheço a candomblé,minha mãe é Ialorixá,então desde muito pequena via td aquilo como uma grande e linda festa,aqueles orixas sempre muito bonito dançando lindamente td aquilo era como uma droga que me viciava cada vez mais,gostava de apreciar td sempre com os olhos muito abertos pra qualque coisa que estava acontecendo,mais como disse só apreciar,dizia a tds que com o passar do tempo comeram a me cobrar por ser filha Ialorixá, ser mais presente,mais nao como telespectadora e sim como uma abiar ,se preparando pra um dia cuidar das coisas de sua mãe herdar td ,nao gostavam nem que tocassem nesse assunto,pois nao conseguir ver minha mãe nem como uma boa mãe(de sangue),pois ela sempre muito dedicada aos filhos de santo ,as obrigações do tabalatunzo,quase que nao sobrava tempo pra nós filhos de sangue e isso me encomodava muito ,sou muito ciumenta e acho que isso fez com que piorasse as coisas,mais voltando,eu nunca me considerei uma abiar e crescir nisso participando apenas nas festa como telespectadora ,e tinha em minha cabeça que ficaria assim por td minha vida mais ao completar 28 anos fui a uma quibanda e o caboclo me disse que eu tinha uma obrigação com o Ilê e com isso teria que ir começando a me preparar,ja tinha feito bori limpeza e etc mais sempre na parte do superficial nunca quiz me aprofundar,vendo boiadeiro me dizer aquilo,falei com ele claramente que nunca me imaginei rodante e que nao gostaria, que se algum dia fosse entrar para o candomblé seria se eu fosse suspença pra ekede,que era uma coisa que gostava muito em ver amigas minhas fazendo cuidando dos orixas dos caboclos dos ibejes e etc,ele ouvindo aquilo disse a mim( hoje sei que so para me tapiar e eu de boba cair )que se oxalá permitisse me colocaria como sua ekede,recebir aquilo como uma confirmação e nao como uma suposição,rsrrs como fui tola,depois que ele me falou isso criei uma certeza dentro de mim que seria uma ekede ,e uma realmente das boas pois sempre gostei de estar no meio de td aquilo,mais o pior, ou melhor estava por vi srrsr,uma semana depois de boiadeiro ter me conversado,fui a uma festa de obrigação de 3 anos de um ogan filho de guian,como sabem a roça td coberta por panos brancos(alá)td muito limpo ,nada de sal,comida regida era o pexar,e eu filha de oxala me achando ja uma ekede nao compreendir que ao chegar nesse tal ilê ja estava a sentir meu pai proximo a mim achei que o que sentia logo ao dentrar foi uma queda de pressão,rsrrs pois em varios anos nunca tinha sentido nada ,nem um arripio e me vangloriava sobre tal feito ja que era cobrada o tempo td por tds do meu Ilê,passei mal o dia td,fui para ajudar e nao conseguir fazer literalmente nada, era so me levantar que la ia eu passando mal achando que hiria desmaiar,fiquei deitada,e isso me fez pegar no sono,acabei por ter um sonho e nesse sonho um filho de Iemanjá ogunté me dava um pedaço de pau retorcido tipo um cajado e quando ele me passava esse cajado eu me curvava ao pés de uma yakekeré suplicando por ajuda ,acordei e contei tal sonho a essa mãe pequena o amigo de Iemanja acabava de chegar contei a ele tbm mais ninguem intedeu o sonho,interropir a historia do sonho com uma ligação da minha mãe de sangue me dizendo que era para ter cuidado comigo ,aff tbm nao intedir a ligação de minha mãe me dizendo isso ,ainda brinquei meu deus hoje ta td em codigo nao consigo inteder nada ,kkkquando começou a festa fui feliz ver -la mesmo que sonolenta (pela queda de pressão achando eu)assistir a mais uma linda festa, quando começou os atabaquis tocar o xirê,minhas pernas tremiam e nao intedia o pq associava td a minha queda de pressão rsrrs,quando o ogan saiu do runcô puchado por logun ai ja nao vi mais nada meus olhos se fecharam meu corpo se curvou e tremia muito sentia td aquilo sem conseguir abrir os olhos ou me concertar daquele posição tao desegradavel ao meu ver,mais tal força nao adiatava,quando por um segundo os atabaques pararam veio que me deu uma força e conseguir sair meio que cabaleando do baracao,apos isso foi a primeira vez de muitas e muitas vezes que se sucederam,nao aceitei no primeiro instante ter que raspar ori,meus orun eu adorava lindos cachos que nao me davam trabalho algum ,e fica 3 meses e 21 dias sem sexo,ficar sem comer algumas comidas, deixar de ir a festas por um longo ano,me abaixar pra pessoas que conhecia de longas datas que tinha como amigos,nao poder olhar nós olhos deles mais,tomar a abençao meu Deus só de pensar rsrrs ficava sem ar por nao aceitar nada daquilo,mais tds viam que meu orixá queria ser feito so eu relutava, depois de muitas conversas ,fui ao jogo de buzios ,foi so confirmado o que eu ja sabia que lufan queria ser feito.então ai só me restava aceitar e o fiz ,nao sabia que seria tão feliz após aceitar ele como meu guardião,hoje sou feita e me vejo muito feliz na condição de yaô,sei aprendir a inteder td aqueles resguardos bençao e td mais ,sei hoje que Iaô é iniciação e como td inicição é bom e gostoso aprender uma coisa a cada dia e ao seu tempo respeitando os mais velhos e o que eles tens a nos passar de encinamento,estou aprendendo muito,e agradeço tds os minutos do meu dia por ter acontecido isso em minha vida ,me tornado uma yaô.
MINHA QUERIDA DAYANE,
NA VERDADE, EU LI O NOME DELA SIM, MAS DEPOIS NA EMOÇÃO ACABEI TROCANDO OS VOSSOS NOMES. AS MINHAS DESCULPAS.
QUERO LHE AGRADECER PELAS PALAVRAS AMIGAS QUE VOCÊ, MINHA QUERIDA, MEU DEU. MUITAS VEZES, UMA SIMPLES PALAVRA ACABA POR MARCAR TODA A DIFERENÇA.
VOU VOLTAR A DIZER AQUILO QUE INVADE A 100% O MEU PENSAMENTO: SER UMA SERVA DE MINHA ORIXÁ, DE MINHA MÃE QUERIDA OYÁ.
CONFESSO, QUE NADA SEI DE NADA E TUDO GOSTARIA DE SABER…MAS, COM O TEMPO A GENTE VAI APRENDENDO A ESPERAR A HORA CERTA…DA MINHA PARTE QUERO SEMPRE TUDO PARA ONTEM. É HORRÍVEL. MAS SOU MESMO ASSIM.
NÃO SEI COMO E SE ALGUM DIA, FAREI ALGUMA COISA, POIS NÃO TENHO AS “CARACTERÍSTICAS” IDEAIS. ISTO É, JULGO QUE NUNCA IREI INCORPORAR, NUNCA IREI RECEBER O ORIXÁ “CÁ DENTRO”, RODAR COM ELE. É PRECISO SER-SE MÉDIUM, NÃO É? EU NUNCA SENTI TREMELICOS, NEM TONTURAS, NEM NADA…
AINDA TENHO UM LONGO PERCURSO. PEÇO PARA FALAREM COMIGO. DURANTE MUITOS ANOS FUI INCAPAZ DE ABORDAR OU DE FALAR “PUBLICAMENTE” DO QUE SENTIA OU REALMENTE GOSTAVA, NESTE CAMPO CONCRETO. A NET VEIO DAR UMA AJUDA. A MIHNA VONTADE DE GRITAR AOS SETE VENTOS, QUE SOU FILHA DE OYÁ E XANGÔ FEZ-ME MAIS DESINIBIDA…
Aline muito obrigado,não sabe como suas palavras falaram fundo no meu coração,.Só peço que minha mãe Oyá me compre
enda e faça com que eu comsiga seguir adiante.
Ola Fiquei muito emocionada com o texto,conhecia o blog bem antes de nem sonhar em pisar em roça de Candomble,e nem se quer em orixas ,pois nao tinha religiao alguma,lia os textos tentava entender o que era Candomble.
Mais as voltas da vida,sao enormes e frequentei varios lugares,por fim cheguei na Umbanda por intermedio de uma amiga.Frequentei na assistencia por anos,resolvi ir por intermedio a uma roça de Candomble,por curiosidade para assistir uma reza de Oxalá.
Não conhecia ninguem a primeira vez que ia nessa casa,senti algo muito diferente que me falta palavras para descrever,senti tremores,não conseguia controlar meu corpo qd o orixa veio m cumprimentar quase cai.
Fui ao jogo e foi confirmado que sou rodante,resolvi m comprometer a conhecer,vivenciar ,sentir e aprender a vida do axé.
Estou ainda conhecendo e pretendo ver se me vou m adaptar para pensar numa futura iniciação
Confesso que sinto como me faltasse algo na vida,porem sinto algo diferente qd estou no Barracao.
Pretendo respeitar o tempo de cada coisa e tb tenho consciencia q o tempo d orixa nao é o meu.
Meus Respeitos á Todos!
A benção, mais velhos. A benção Baba Fernando, Dayane, Carol, Manuela, Ary (que eu sei que não é moderador, mas cujos textos me ajudam tanto quanto) e Aline, autora desse texto que me ajudou tanto.
É curiosa esta relação que se estabelece entre vocês e agente, que acompanha o blog… Também acompanho assiduamente desde antes mesmo eu pisar numa casa de axé pela primeira vez e, quando comento dos textos de vocês com amigos é com um respeito tal que, freqüentemente, nessas situações, me perguntam de onde os conheço – e é sempre muito engraçado dizer que não conheço.
Vocês de fato não me conhecem, mas eu e meu parceiro tomamos uma decisão ontem importantíssima na nossa vida religiosa e, tão feliz que estou, estava louco pra compartilhar com vocês. rs
Tivemos (tanto eu quanto ele) o azar de conhecer o candomblé através de um ilê todo errado, de um pai de santo extremamente irresponsável. Eu era da umbanda e conheci o “candomblé” através deste ilê e ele, antes evangélico, conheceu o espiritualismo já através de lá – e, olhem, poderia ter sido uma verdadeira catástrofe se não fosse esse espaço aqui que vocês alimentam com tanto amor. Foi o blog que nos fez abrir os olhos pro que era feito de errado conosco (o Cleber nem buri tem e é cheio de cicatriz de cura, por exemplo), foi o blog que nos deu força, pouco a pouco, para buscar entender e questionar para achar nosso lugar e, mais importante de tudo, foram vocês que, nos diversos momentos em que o desgosto bateu, colocaram mais lenha nesse amor sem medida que temos pelos Orixás. Sei que pode parecer exagero, mas ler o blog sempre foi, para mim, reacender aquela chama que me levou a buscar o candomblé pela primeira vez e sou MUITO grato a vocês por tudo isso.
Saímos desse ilê, fomos conhecer outros e achamos uma roça e um zelador onde finalmente nos sentimos à vontade e mais seguros. Meu parceiro, de Odé, está desempregado e tem um dinheiro que havia guardado para feitura e este zelador sugeriu, já que ele não está trabalhando agora, que ele se recolhesse agora em Abril. Se dispôs a ajudar no que precisasse, falou pra não nos preocuparmos com o dinheiro que faltaria, que os filhos da casa dele sempre ajudam no que podem e ele também ajudaria (o dinheiro guardado não é tanto assim… rs). Claro que ele ficou animado e, por algumas semanas, rodamos em torno desse assunto…
Então ontem, depois de uma longa conversa, chegamos à decisão que creio ser, talvez, a mais importante do nosso início no Candomblé: abians e felizes, pelo tempo que for necessário. rs Sempre conversamos muito animados, eu e ele, sobre como seria no dia em que fôssemos raspar, mas nunca imaginei que ficaria tão feliz um dia por decidir não raspar. E devemos essa felicidade também a vocês, que colocaram um pouco de juízo na nossa cabeça, mesmo sem saber.
Vamos entrar para essa roça, vamos aprender, vamos participar, vamos observar e exercitar a humildade e a paciência. Nos preparar, pelo tempo que for necessário, até que nossos Pais, Ogun e Odé, entendam já estarmos um pouquinho mais preparados para dar o primeiro passo. É claro que morremos de vontade de nos entregarmos por completo para os nossos Orixás, mas queremos fazer direito dessa vez, sabe? E com calma.
Estou feliz, estamos felizes e vocês, mesmo sem saber, são parte dessa felicidade. Precisávamos compartilhar com vocês.
Obrigado e um grande abraço a todos, com um carinho enorme e sincero.
Axé!
Pedi a benção a todos e esqueci do Tomege! Justo o que mais cito e comento. rs Desculpa, Tomege! Meu sincero respeito.
Vitor, meu irmão!
Perdi as palavras, perdi a atitude neste momento ao ler o seu comentário. Olorun é grande e não me permitiu sair daqui, com toda certeza, pra ler o seu comentário, o seu relato.
Você fala dessa relação esquisita que existe em todos e isso é realmente fato real e realmente esquisito rsrs. Conseguimos construir laços inexplicáveis de tal forma que só a Infinita Surpresa (a vontade que muitas vezes não entendemos de Olorun) tem os seus por quês. E eu tenho plena certeza que é Oyá, é Oxalá, é Ogum, é Odé, é Nanã, Matamba e todas as individades diretamente atuantes na vida de cada um de nós que fazem tudo isso acontecer assim, dessa forma inexplicável e sagrada. Por que não seria sagrada? Sagrada sim, pois tem como base amor e fé, amor à fé e fé no amor.
Bem, eu, a mais manteiga derretida no grupo, estou com o coração aos pulos pelas suas palavras e pelo pouco que o blog conseguiu ajudá-los nessa caminhada – que hoje em dia tem sido dura pra imensa maioria – para dentro da religião, para dentro da fé.
Muito obrigado por fazer o meu dia ficar mais lindo hoje, visse? E que Odé e Ogun continuem dando a luz necessária a vocês. Estes sim encaminharam vocês para o discernimento.
Axé! 🙂
Vitor,obrigado pelo carinho de compartilhar conosco sua felicidade, pode ter absoluta certeza que são estes resultados que nos leva a prosseguir neste trabalho, obrigado meu querido. Por coincidencia estou envolvido (até os cabelos) na festa de Ogum e Oxossi da roça de minha Yá. Portanto, que Ogum e Oxossi lhes de caminhos e fartura, axé, Tomeje.
Abyan de Naña continue neste caminho minha irmã, calma como Nanã rsrsrsrsrs Tomeje
Faço parte de um centro de umbanda a 7 anos, tenho uma mãe de santo que foi feita pelo ritual do omoloko, ou seja não passou pelos oros que deveria ter passado, atualmente ela joga com um pai de santo que diz que ela será feita no ritual do ketu, até ai tudo bem ela será um iawo, só que no jogo dele mostra que ela terá que abrir uma casa de cambomblé em menos de um ano depois de raspada, pois ele diz que ela não perde o tempo zeladora, estou assustado pq até aonde eu sei iawo, não raspa iawo, e além disso eu já joguei com no minino uns 5 pai/mãe de santo que dizem que sou de oxoguiã, e através do jogo desse pai de santo ele diz que sou de outro orixá…
com isso esta me trazendo varios problemas: perguntas
1 – Ela mesmo com tantos anos no omoloko, sendo raspado no ketu ela perde o tempo de zeladora?
2 – Como ela vai abrir uma casa de santo, em menos de um ano, pois como podemos aprender todos os oros, rezas e fundamentos dentro desse curto tempo?
3 – Como posso abrir os olhos dela e falar que isso é errado
4 – Eu tenho uma relação sentimental que esta casa, mas quero fazer o certo para meu orixá que até hoje nunca foi alimentado, ele nem deve me reconhecer como filho
Marcelo,
1- No ketu/Nagô será iyawo nova e no Omoloko terá seu tempo, as duas coisas não se coadunam.
2- Como Iyawo nova não poderá abrir casa de candomblé ketu/Nagô, só de omolokô
3- Diga para ela consultar casas de raiz ketu/Nagô, se ela não for consultar, é porque a vaidade está na frente de tudo.
4- Se em cinco jogos foi visto Oxaguiã para você, muito provavelmente este zelador esteja errado.
Procure o que é melhor para você, peça a Oxaguiã que lhe mostre um caminho religioso.
Boa sorte,
Axé.
Marcelo, de fato nada é coincidencia neste trabalho no blog. Por favor vá oa post Terreiros e Abiãs e veja a discussão deste tema que vc citou e as opiniões a respeito disso.
Marcelo se ela está indo para um outro segmento e sendo raspada, com toda certeza ela deve aceitar esta nova condição e não raspar ninguém,mas pode continuar sim com os ritos do Omoloko até compeltar os ete anos e fazer a transição completa pra o ketu. Um zelador que diz que seu próprio jogo orienta que uma pessoa raspada há menos de um ano abra casa, não é um zelador respeitável, nem podemos acreditar que cohece algo de jogo. As demais pergutnas estão contidas nos comentários recentes do post indicado. Eu procuraria outra casa. Axé Tomeje
Aline, você sumiu, acho que você está de preceito, que papai Logun tenha completado a felicidade que você estava sentindo, estou nos 7 dias de Oxalá e adivinha, carequinha igual você, não sinta vergonha quando te olharem na rua, as pessoas são curiosas, não compreendem o amor que sentimos por nossa religião.
Que papai Logun e minha mãe Oxum te iliminem e te guiem nessa nova fase da sua vida.
Axé,
Ekedji D`Oxum
Olha quem cheguei de vorta!!
A bênção dos meus mais velhos!!
Bom, a vida deu uma corrida monstro e com isso acabei me afastando um pouco do blog. Tenho duas notícias, uma boa e uma nem tão boa assim.
A nem tão boa assim é que ainda não tive como me iniciar, justamente por causa da correria da vida, e por alguns problemas de saúde na família. Mas, para compensar, tenho uma notícia ótima, maravilhosa!
Estou grávida! Hoje fiz a primeira ultrassonagrafia: estou esperando uma criança saudável, com 6 semanas de gravidez. E hoje pela primeira vez, ouvi o coração da “Pequena Criatura” (créditos para a Day rs) que está crescendo no meu ventre. Como bate forte e acelerado esse coraçãozinho!! E no final, ainda não sei se o batimento rápido e forte era o coraçãozinho desta criança ou se era o meu coração acelerado, misturado com o gosto das lágrimas mais felizes que eu poderia chorar!
Pronto, passei meu título de “Pequena Criatura” para o próximo ser que andará pela terra 😀
Graças a Olorun essa gravidez foi confirmada. E essa criaturinha trará bons frutos e muita luz pra família.
Super imagino a sua emoção, Aline. A sensação de está grávida deve ser emocionante. Principalmente pra estas manteigas derretidas (eu incluida neste meio rsrsrs).
Um chêro, minha linda!
Nhaaaa irmãzinha Daya, obrigada!!!
Agora visse! Veja bem se eu, logo eu sou uma manteiga derretida!!! Eu já sou manteiga líquida, pra poupar trabalho 😡
Chêros pra ti!
P.S: 13 =x
Sem comentários, visse, Aline? 😛
P.S.: 14, 14, 14… Rsrsrsrs
Ahhh que bacana Aline!!!!!!
Que noticia boa, sempre fico contente quando mais alguém está chegando ao mundo
Meus parabéns!!! Que venha com muita saúde…. visse?
15, 15, 15 , 15 😛
Pergunta… já que o tema é gravidez, uma pessoa pode se inicar gravida? se sim o que aocntece coma criança, já houvi falar que a criança já nasceraa feita isso é verdade?
Aline, quando Ogun me deu este nome, Tomeje, Ele sabia o que estava no meu caminho, agora eu estou aprendendo a identificar o que está no meu caminho. Obrigado por ter aparecido neste blog. Agora que a rasgaçãod e seda acabou. Rasguem-se, babem de inveja, eu fui o primeiro do blog a saber da notícia rsrsrsrsrsrsrsrs. Meninas, pelo amor de Deus se vcs nas suas fofocas via net, já sabiam do assunto deixe isso quieto e não me façam esta vergonha pública rsrsrsrsrsrsrs Beijos Aline. Ah, pro Teo tambem rsrsrsrsrsrs Axé Tomeje
Nelson,
Sabe que às vezes eu acho que esse blog foi a maneira que Olorun encontrou de juntar o meu caminho com pessoas maravilhosas, entre elas vc e a Daya. Realmente, meu irmão, vc estava no meu caminho (“no meu caminho havia um Nelson, havia um Nelson no meu caminho”).
Enfim, as meninas já sabiam do assunto sim, mas vc foi o primeiro a saber!! Aliás, Bianca ainda soube antes, mas vc com certeza sobre primeiro!
Téo mandou um abração e falou que comprou até pó de café esperando vc vir aqui hoje! ahuahuahuahuahuahuahuahuhaua
Eu super protesto. E declaro o meu protesto!
Tecnicamente, eu sei dessa gravidez desde quando a Aline estava desconfiada e nem tinha certeza!
Coisa feia, Nelson. Além de usar do artifício de querer fazer inveja, ainda nos chama de fofoqueiras! Que coisa mais feia e sem nenhum pouco de delicadeza. ¬¬ (Se as minhas conversas com a Aline são fofocas as suas são o quê, então? Rsrs)
Quer saber? Rasguem seda aí um pro outro que eu tô nem aí. A Sophia vai casar é com o meu filho mesmo… RÁ!
Marcelo, boa noite.
Dentro do Culto Tradicional Ioruba, que difere do Candonblé, digo a vc que não.
Pois cada Ori tem sua missão, seu Odu, seu negativo, suas dividas e promessas feitas aos pés de Olodunmárè.
Seu resgate, antepassados, histórico de outras vidas reencarnação(atunwá), òrìsá e etc…
A iniciação se dará da forma que a mãe está fazendo agora, o ritual completo.
Talvez Bàbá Fernando ou Tomeje possam acrescentar algo mais.
Espero ter ajudado.
Ire o.
Gente, pera, sem brigas! 😡
Nelson, mt feio vc chamar a nós, meninas tão boazinhas e comportadas de fofoqueiras. Nós apenas nos mantemos atualizadas dos assuntos ao nosso redor. FATO! E sim, a Sophia e o Noah vão se casar e já tem até um contrato!! kkkk
Daya, vc já sabia q eu estava desconfiada, mas o Nelson foi a primeira pessoa q eu liguei. Nelson é a tatuagem aqui de casa, flor: mesmo se tentarmos tirar com laser, fica lá a marquinha dele na nossa vida!
E o mais importante: amo vcs todos, tem Sophia pra todo mundo babar!! hauhauhauhauhuahua
Aline e Nelson,
Tô nem aí nem pra tu e nem pra ele (só pra minha nora Sophia). RUM! 😡
Marcelo a questão do abiaxé deve ser entendida como um conceito muito antigo e lembrar que naquele tempo não existia ultrassongrafia e testes de gravidez. Então eu entendo que pra ser considerado um abiaxé é preciso que a mãe não tenha conhecimento da gravidez antes da inciação. Se a mulher tem este conhecimento, seria de certa forma uma “fabricação de abiaxé”. A questão de ser iniciada durante a gravidez, isso não é problema algum. Lógico devemos tomar os cuidados necessários com esta mulher. Só não é recomendável a inciação nas primeiras semanas ou nas últimas por motivos obvios. Axé, Tomeje
Aline, entendo perfeitamente as suas palavras! Sou abian e também sou uma abian feliz, rs! Me sinto super acolhida e cuidada (a parte do mimada também me cabe rsrs), sempre tem um mais velho junto a mim para me ensinar algo, para conversar sobre alguma coisa comigo. Essa fase é muito gostosa e importante, é quando estamos dando os primeiros passos de uma linda e infinita relação. Espero que tenha corrido tudo bem e que você esteja muito feliz nessa nova etapa da sua vida (quase 1 ano depois e eu tô aqui comentando)! Muito asé pra todos nós, que minha mãe Oyá continue iluminando os nossos caminhos.
Como eu gostaria de ter tido uma experiência feliz como a Aline teve e têm. A experiência que tive foi a de ter de olhar para os irmaos e irmas “feitos” como semi-deuses, verdadeiras estrelas. Resultado: apesar de tudo que passei, de reprimendas em público que me tiraram lágrimas dos olhos por ter errado sem saber, sem ter tido orientacao meus guias me levantaram e vivo muito bem por sinal apesar de nao fazer mais parte da casa e a lembranca boa ficou somente da minha Yalorixá e da mae pequena. Os demais prefiro nem comentar…
Aline!!!
Linda sua postagem, é a essência de ser Abiã de está em preparação para a iniciação.
Também sou abiã de Logun Edé, e estou em preparando para me iniciar em Janeiro de 2012 com fé em meu Pai.
Entrei no asé por amor, nunca tive cobrança, e quando entrei e quando tomei a decisão de dar obrigação algumas pessoas me indagaram: pra que essa pressa de fazer santo? Para que fazer santo se você não tem cobrança? Porque não espera mais um pouco? Tem certeza de que é isso que você quer?…
Enfim estou no meio mais de dois anos, frequentando e participando dos rituais nos quais posso fazer parte e respondo com toda a certeza do mundo: não estou com pressa de fazer santo, só cheguei em um ponto em que necessito evoluir, passar de abiã a yawo, e acredito que o Orixá não irá me cobrar, pois Ele sabe que mina intenção é de me iniciar e dá aquilo que Ele merece(o Orixá é o único que sabe a real verdade daquilo que sentimos). E nunca tive tanta certeza de uma coisa em minha vida como tenho a certeza de que é o Candomblé sim que quero para minha vida, que quero sim me iniciar, vejo a iniciação como uma forma de agradecimento por tudo aquilo que meu Pai Logun Edé fez e faz em minha vida. Quero está mais próximo de meu Pai, que Ele nasça, que tenha um nome.
E desde que tomei a decisão de me iniciar os caminhos se abriram muito em função dessa realização (já ganhei um ofá até..risos). E estou naquela fase de olhar tecidos, ferramentas, idés, ibós… tenho o sentimento de que vai nascer o meu Pai e que quero acompanhar tudo aquilo que eu possa, que Ele me guie em tudo até a iniciação. Já chegaram a falar: menino deixa de tá olhando tecidos, ferramentas, você vai enquizilar o Orixá.
Faço a seguinte pergunta: Porque meu orixá iria se enquizilar, se eu só quero que Ele saia lindo, que possa tomar run como um príncipe, e não por querer mostrar aos outros, não por vaidade, amostramento e sim por puro amor que tenho por Ele.
Sei que mais importante da iniciação é o que acontece no runcó, os ensinamentos.
Quero poder dá o melhor de mim para que meu Pai tenha todos os fundamentos e não quero que Ele saia como um destaque de escola de samba ou com um carro alegórico, quero que Ele saia com a sua essência, suas caracteristicas…
Agradeço pela oportunidade e vocês não sabem o quanto me emocionei ao postar esse texto. As pessoas esquecem que a ligação que cada um de nós tem com seu Orixá é único, sinto meu Pai ao meu lado e todas as decisões que tomo.
Boa noite a todos os senhores.
Esse blog é maravilhoso!
Gostaria de tirar uma dúvida com quem puder me ajudar: como se sabe, nem todo mundo que é adoxu incorpora o orixá; portanto, gostaria de saber, como fica essa situação na hora da saída do yawô, mais precisamente na hora do nome do santo?? A pessoa vai ficar acordada? Ou o orixá pode vir nessa hora??? Se o orixá não vier, quem grita o nome do santo da pessoa?
muito obrigada
Regina
oi boa noite!eu gostaria de saber qual a função de um pegygan no camdonblé?qual a diferencia entre um pegygam e um axogum!
desde de já agradeço!
axé a todos!!
Claudemir, temos um post na barra lateral direita que te dá todas essas informações.
Veja cargos no candomblé.
Ire o.
DA ILHA NÃO ENCONTREI ESSE POST!
Claudemir, https://ocandomble.wordpress.com/2011/05/10/cargos-da-nacao-jeje/
Ire o.
Ola´!
Estive perguntando umas coisas neste blog e muito fui ajudada e agradeço…….
Muito lindo seu texto Aline…..
Mas pergunto uma coisa para você(s)….. Como saber se a casa é a certa? Tem casas que so abrem em festas, e como disse um amigo = não só de festas vive um barracão…….
Sera´ que posso pensar que se meu orixa me levou ate lá e´ pq tem algo a mais?
Vcs acham que um abya tem que ter um tempo minimo antes de iniciar?
Obrigadoo…………
Bel, isto é uma questão crucial, como saber se a casa é certa? Toda casa é certa, errado ou errada são as pessoas que faltam com retidão, honestidade e conhecimento dos fundamentos liturgicos, são pessoas que estão zeladores e não são zeladores, então antes de qualquer coisa, converse, observe, tire duvidas, não tenha receio de falar, é a sua vida espiritual que está em jogo. Quem leva vc até até lá é seu Ori, a energia do òrìsá será despertada, pois esta já existe em vc desde que vc decidiu reencarnar neste mundo novamente. Ter um tempo minimo de abion é fundamental, eu diria que um ano é tempo suficiente, eu fui abion cinco anos na mesma casa.
Ire o.
Aline eu li o seu artigo sobre ser abian eu achei muito interessante,esclarecedor e ao mesmo tempo informativo.Eu também creio que as pessoas devem estudar sobre a religião no todo e cada passo que você dá estar sabendo de tudo e ao mesmo tempo aprendendo.Nem todos os barracões de candomblé seja qual for a nação e unida e explica cada coisa cada passo que esta dando.Parabéns á você Aline e a todos que neste momento tão importante e tão único esta com você.Amo Pai Logun Êde.Que este momento que você está vivendo seja inesquecivél pra ti e o primeiro de muitos passos.Que Pai Oxalá E Pai Logum Êde esteja com você sempre na sua caminhada na vida espiritual e na sua vida no dia a dia.Muita luz e Axé pra ti.Silvana D Oxum
oide suspender um iao no keto e virar ekede, c pode como faz???
Amanda se é Yawo é por que ‘virou’ no òrìsá e se virou é elegun. Nunca será uma ekeji.
Ire o.
lindo Aline!!! apaixonante!
Meus queridos administradores, colaboradores e leitores do blog,
Olha quem voltei aqui pra matar as saudadinhas!!
Volto e volto com uma notícia LINDA!
Dia 14 de novembro de 2011, às 09:46h (horário de verão), chegou ao mundo meu querido Pequetito, Bernardo Kalajemi, pesando 2620 kg e medindo 46 cm.
Hoje, com 1 mês e meio, o Pequetito já virou “Goduxo”, ou, como chama a Daya, um “Ursão”! Está que é só bochechas e dobrinhas, cheio de saúde e “belezura”, além de ter o sorriso mais lindo do mundo!
Uma pena que não tenha como enviar fotos por aqui!
Obrigada a todos que, como a Daya, acompanharam a minha gravidez de perto, mesmo estando longe. E, aqueles que não acompanharam, só não o fizeram pq eu sumi do blog! rsrsrsrs
Beijos no coração de todos!
A bênção!
Ah sim, quase esqueci!
Babá Fernando, obrigada do fundo do meu coração, por traduzir o nome que Oxalá trouxe no meu sonho e possibilitar que meu filho fosse registrado com esse nome!
O nome dele é “culpa” sua” hehehehe
Sua bênção, Babá!
Aline, que Obatalá cubra de bençãos seu filho e sua familia, que o senhor da sola dos pés, guie os passos dele neste mundo e seus sapatos lhe fiquem nos pés por muitos e muitos anos com muita saude e Ori equilibrado.
Onan rere o.
Aline,
“A ire a ire bàbá a ire, a ire bàbá”
Axé.
Boa noite a todos!
Gostaria de saber o que acontece quando uma pessoa inicia sua feitura no santo e depois desiste da religião. Isso pode acontecer? O que deve ser feito?
Obrigado.
Leonardo,
Isso pode acontecer sem dúvida alguma, aliás, em qualquer religião, ficará claro que a pessoa não teve a vivência necessária para conhecer a religião dos Orixás. Leia esse texto “os caminhos de um Abian”. A importância do entendimento religioso.
Axé.
Parabéns Aline linda palavras que nosso pai logun edé lhe abençoe e ilumine vc sempre, eu também sou um abian com muito orgulho.
Também sou um abiã e sou feliz por isso,também estou muito ancioso para me iniciar…
esse texto foi postado ha um tempo,então eu pergunto: Ela já foi iniciada?
seria legal fazer um post com ela dizendo como foi,junto com fotos da saída dela 😀
Aline,
Você foi fantástica em tua colocação. Tem 6 meses que comecei a conhecer e caminhar no candomblé, estou nesta fase de encantamento, enamoramento… e como você me sinto nesse processo de formação, de gestação, de crescimento. Sou imensamente grato por tuas palavras, também sou de Logunedé e espero, em breve, também ser um abian tão feliz quanto vc.
Um cheiro bem bom pra ti, viu!
boa noite em primeiro lugar desculpe a minha ignorancia eu nao entendi qual a diferença de um abiam e um yao nesse decorrer ele pode vir a ser um yao ou um ogam ou ogan e diferente o geito o inicio na religiao
Enzo um Iyawó é a pessoa que passou pelo rito de inicação, conheceu os mistérios de seu òrìsá. O Abian está nascendo dentro do culto, não foi inicado, ainda.
Um Ogan ou Ekedji não são Iyawó são Oyè (cargo que o dignifica dentro do culto).
A palavra Iyawó significa esposa/noiva, alguém que está comprometido com o òrìsá.
Ire o.
Oi pessoal, me ajudem!
Estou me preparando para ser abian de um barracão, já mandei até fazer a roupa, sendo que surgiu uma situação que me deixou com dúvidas, teve uma saída de Yawo e o mesmo saiu com o ori pintado de azul e uma pena, mas não tinha aquele negocio escuro, tipo um montinho de massa que fica grudado no meio do ori, achei estranho pois nas saídas que fui em outros lugares todos levavam esse negocio escuro grudado na cabeça, e no barracão que escolhi não, nem isso e nem aquelas pintinhas branca pelo corpo (desculpe mais não sei o nome de nada disso ainda rs) só foi essa pintura azul com a pena e depois saiu sem nada pra dar o nome, a nação é ketu axé engenho velho, ai gente eu achei estranho pq to acostumada ver em outros lugares sempre o Yawo usando esse negocio, vcs que são mais entendidos que eu, será que devo desconfiar?
Andréia,
Isso não é uma regra, determinados axés fazem essa liturgia internamente, pois entendem que o adôxu (massa cônica que fica no centro da cabeça) não deve ser expor ao público e tão somente nos 7 dias efun feitos intermanente.
Não há erro algum, apenas formas diferentes de se tirar iyawo, e isso varia de raiz para raiz.
Axé.
Aline, parabéns que falta faz a nossa religião de pessoas que pense assim como você, ou que fosse um pouco como você pensa adorei a sua postagem e gostaria de pedir a sua autorização para colocar em minha comunidade Povo do Asé no Facebook, onde comecei essa comunidade falando de Abiã no mais Adupé e tenha muito Asé em sua vida que Logun possa te transformar nos princípios dele, Asé Oya que te abençoe… Alexandre de Oya.
Alexandre,
Pode colocar o texto na sua comunidade com tanto que dê o devido crédito a Aline Leonardo, autora do texto.
Axé irmão!
Minhas duvidas em relação aos ogãs e ekedis que são suspensos o que podem e não podem dentro de uma casa?tem os mesmos direitos dos que são confirmados? ou por exemplo nos atos tem que sentar no chão como abian?
Ramon estas deliberações devem ser feias junto ao sacerdote, cada um poem um ritmo em sua casa.
Converse com ele, é melhor do que tentar a sorte e fazer tudo errado.
ire
Aline
Asé, fiquei encantada com seu post talvez seja porque esteja passando por isso agora, li a maioria dos post, acredito no que quero e não me vejo em outra religião, em vista da imensidão de coisas que preciso aprender, minha Iya me ensina tudo o que é possível…Ja tentei dar obrigação e por alguns motivos não deu certo “não era a hora”. Sou de Oya Ekedi , confesso que acho lindo quando incorporam no santo, as danças fico muito emocionada, mas não terei esse privilégio, terei outra responsabilidade e quero encarar ela com todo amor e respeito.
Asè a todos vcs.
Olá, Gostei muito do seu depoimento, muito lindo e verdadeiro. Gostaria de saber se fez o santo? paulabolina@gmail.com
Ligia
As ekeds ou ajoyes são os nossos olhos no transe. Mais do que isso os Orixás reconhecem vocês desde sempre. Portanto (mãe) o privilegio é nosso em saber que podemos nos dar a energia do Orixá e sabermos que tem uma mãe nos olhando nos vigiando nos cuidando….o privilégio do transe é nosso mas benção é sua!
Asé
Olá irmãos….sempre passo por aqui para aprender um pouquinho mais da religiao….
na casa onde sou Abian (até ABril , pois vou me iniciar) estamos na semana das Águas de Osala….e ontem me surgiu uma duvida!
Foi dia do ôro…como sabem os filhos feitos de Santo deitam na esteira durante o ato…não só os filhos feitos….mas nós Abians tb…
O que aconteceu ontem comigo…foi o seguinte: quando começou o oro…eu estava deitada na esteira…e acabei virando de santo , sou filha de Osun…
depois que terminou o Oro presenciei alguns buchichos…referente a Abian virar na esteira….eu sou nova na religiao…nao tenho muito conhecimento…e gostaria de saber se é errado uma Abian virar na esteira…
Outra duvida…depois que terminou o oro….cantaram para Osaguian dançar…e todos os filhos viraram …e eu Abian virei de novooooooo….está errado?
Espero que me ajudem….não quero mais ouvir meus irmaos me xoxando…voltei muito chateada para casa ontem 😦
Tami,
Como você está para se iniciar é normal que você vire no Orixá e não importa aonde você esteja, simplesmente a energia do Orixá passa e é o suficiente para você ser irradiada. O Abiyan quando está no caminho de iniciação passa por tudo isso que você está passando. Aconselho que converse com seu zelador, sem medo e sem receio.
Axé.
Boa Tarde.
Já estou comprando minhas coisas para a minha iniciação, mas temho uma dúvida, como fica se na hora H, não se apresentar o orixá que todos acham ser (Oxaguiã), e outro aparecer ? como fica tudo que foi comprado esperando por ele.?
Axé.
Garcia,
Se você for realmente de Oxaguian eu não tenho dúvidas que ele se apresentará antes de você se iniciar, ele vai passar em você.
Boa sorte.
Axé.
Obrigado Bábá Fernando.
Ele já passou ! mas já vi casos de abian que mesmo após receber energia de um orixá na hora da feitura se apresentar outro, por isso minha insegurança.
Garcia,
Isso pode acontecer, porém, não será surpresa para seu zelado que, deve ter visto no jogo a presença de outro orixá no mesmo nível. Já aconteceu com alguns de meus filhos de santo e deve-se deixar o futuro iniciado a par dessa situação.
Axé.
Boa tarde!Poderiam me responder se algumas pessoas nasceram com o caminho(ou missão) de frequentar determinado segmento religioso,por exemplo,a pessoa nasceu para seguir Umbanda ou a pessoa nasceu para
seguir o Candomblé?Determinadas entidades(Caboclos ou Boiadeiros)só trabalham no Candomblé ou só na Umbanda?Axé a todos.
regio,
Algumas pessoas se identificam com determinados cultos religiosos, seja na Umbanda ou no Candomblé, caberá frequentar aonde se sentir melhor, e que sua espiritualidade se ajuste bem.
“SUA ALMA SUA PALMA”
Axé
Bom dia a todos! Conheci o site a pouco tempo, li algumas coisas ja,que adorei!! Mas sou apenas uma pessoa que não conheço nada e gostaria muito de uma oportunidade se alguem souber de algum candomble aq em São Paulo, uma casa que esteja de portas abertas para as pessoas conhecerem… Ha unica coisa q eu sei,foi quando joguei o sagrado ifa e soube q sou filha de Oxaguiã e Oxum…. Gostaria muito de conhecer melhor um ile…vivenciar… quando vejo uma saida de meu Pai Oxaguiã (no youtube) chego a me arrepiar toda.. é impressionante como tenho suas caracteristicas… não tenho duvidas quanto aos orixas que sao meus Pais,minha humilde intuiçao claro pelo q foi dito no jogo,e que não tenho duvidas da mãe que jogou,se for outro tbm não tem problema algum… A unica coisa q gostaria… é que Deus e Meu Pai Oxaguiã,e os Orixas, me guie e mostre uma casa que esteja de portas abertas para me ensinar, para mim começar a ingatinhar na religiåo… mas acredito q haja muito questao de valores no meio e nåo verdadeiramente um culto aos orixas,por Amor. Não estou generalizando claro,mas se vc tem dinheiro vc é bem vindo agora se nåo tem…sai daqui pé rapada… me desculpem por minha ingnorancia… Mas ja estou tao cansada sabe… nasci praticamente com os pes na religião… minha historia é meia cumprida… tenho parentes na bahia( que nåo conheço) mas sei pq meu pai falou que minha bisa era da religiao) e outros parentes q estão vivos que acredito q fazem parte do candomble,pois a mãe de santo q jogou pra mim me disse q tenho Oxum de Heranca do meu pai,que acredito eu q Oxum venha de minha bisa… e assim por diante….. Enfim só gostaria de saber como faço pra frequentar uma casa séria e que esteja de bracos abertos pra receber uma pessoa q não sabe nada,mas que gostaria muito de aprender.. desde ja agradeço quem responder… e peço com toda gentileza,que tente entender minhas humildes palavras… Não quis ofender ninguem,só expor minha humilde opinião!!! Estou me sentindo tão só,parece q ninguem no mundo consegue me compreender…é tão dificil preciso de uma Luz…Obrigado
Fernanda,
Posso lhe indicar a minha Casa que fica em Guapimirim dentre outras.
Axé.
Ola Baba Fernando, sua benção… Qual é o endereço de sua casa,e desde ja muito obrigado!Q Oxaguiã te traga mais e mais Axé 🙂
Ha e só mais uma coisa… estava tão emocionada na hora q escrevi o
Ops botão errado rsrs.. continuando o primeiro comentario que pareceu q passo fome… não é isso ,só não sou rica…. mas por AMOR Aos meus Orixas, faria o possivel e impossivel,pra nascer pra eles…
Muito Axé a todos,Obrigado!
Nossa, sou católico e estou pensando seriamente em conhecer mais o candomblé, acho muito linda a entrega de vcs e o comprometimento e positividade!
E depois dessa sua publicação me motivei mais ainda!
Parabéns viu!
Sucesso!
Jeferson,
Me vejo em sua fala, até os meus 12 anos de idade fui protestante (Igreja Evangélica Assembléia de Deus), nessa época participei de um retiro de oração promovido pela Renovação Carismática da Igreja Católica, me encantei pela Igreja, me converti e 5 anos depois já estava no processo de formação para ser padre. Durante 3 anos me dediquei aos estudos, à vida de oração e à formação diocesana, contudo nesse período eu adoeci, tive depressão, alguns episódios de pânico, uma série de inflamações que se tornaram crônicas (amigdalite, uveíte, sinusite, faringite, rinite), enfim tive que deixar o seminário. Alguns meses se passaram, eu havia melhorado, retornei a vida religiosa, desta vez num convento, fiz o aspirantado, o postulantado e, no ano que ia fazer os primeiros votos para me tornar noviço, depois de alguns processos de adoecimento, eu conheci o candomblé, e vou te contar como me encontrei aí.
Eu era liderança de pastoral na paróquia que participava e numa dessas pastorais havia uma senhora que, além de católica fervorosa, também era Iyalorixá, eu queria entender essa dinâmica de fé dela. Como poderia mesclar o sagrado e profano assim? – Eu tinha que descobrir!
Comecei a fazer visitas à casa dessa senhora com o pretexto de preparar novenas, organizar a “reza” nas famílias do bairro… começávamos com temas muito devotos, mas sempre acabávamos falando sobre algum tema do Candomblé, eu sempre insistia dizendo que queria que ela jogasse pra mim, mas ela sempre negou, porém me permitia participar (como observador) de alguns rituais religiosos. Algum tempo passou e, depois de muitas conversas e rezas, ela consultou os búzios, naquele dia ouvi coisas muito íntimas, coisas que só eu sabia, porém ainda assim não quis acreditar. Na semana seguinte estava visitando um amigo noutra cidade, passando pela rua vi um anúncio numa dessas chamadas “casa das pembas”, entrei e pedi uma consulta, para minha surpresa ouvi um discurso muito parecido, testei a Iyalorixá dizendo ser filho de um outro Orixá que não era aquele que me fora dito no jogo anterior. Mas o oráculo não mente e mais uma vez saí de lá cheio de dúvidas. Cheguei na casa desse meu amigo e contei o que havia acontecido, ele disse que iria me levar numa outra casa, de uma senhora amiga dele. Fomos no sábado daquela mesma semana. E adivinha!? O oráculo mostrou a mesma história e o mesmo Orixá respondeu como meu Pai. Resumindo a história, por algum motivo, eu fiquei nessa casa. Fiz as primeiras limpezas, alguns ebós, borís, enfim, há 3 anos venho cumprindo com muito amor minha etapa de abian.
Até pouco tempo eu achava que não acreditava, pensava estar alí pelas amizades que conquistei. Não sentia as mesmas emoções de fervor que sentia na igreja, mas estava alí, de coração, chego a passar o mês de minhas férias inteiro lá no terreiro, ajudando nos bastidores das obrigações (varrendo, limpando, lavando, etc), Há sempre muito a aprender nessas pequenas atividades. Para minha surpresa, após durante um xirê, acordei no quarto de obrigações, me explicaram que o meu Orixá havia bolado. Sempre desejei ser ogã, nas minhas perguntas aqui no blog sempre quis saber mais sobre esse cargo, mas fiquei muito feliz com a notícia, embora tenha sido uma grande surpresa.
Estou nos últimos preparativos para minha iniciação, em cada coisa que faço, em cada objeto que ganho de presente de meus irmãos (sou estudante, não tenho condições de arcar com as despesas de minha iniciação, meus irmãos de axé assumiram essa obrigação) deposito alí todo o amor, toda a devoção, toda a fé que trago em meu peito.
Esqueci de dizer que todas aquelas doenças crônicas desapareceram (refiz exames que atestam isso) inexplicavelmente, não acredito que o processo de adoecimento pelo qual passei tenham sido permitidas para que eu chegasse ao Candomblé, mas penso que adoeci por não está em consonância com minha energia, é preciso encontrar a harmonia interior, um ponto de equilíbrio, e eu encontrei isso no Terreiro que faço parte.
Nossa, acabei escrevendo muito, não posso passar meu contato por aqui, talvez fosse mais fácil ter contado isso numa conversa, rsrsrs, mas isso deve servir pra alguém.
Por fim, acredito que, embora a gente se encante com o Candomblé, não somos nós que escolhemos fazer parte, mas sim o Orixá que nos escolhe. E por que não dizer que é o Orixá escolhe fazer parte da gente!? rsrsrs
Espero que o teu caminho seja de muita luz!
Lindo!! Também estou nessa fase, sou abiã e logo logo me recolherei para me iniciar em um candomblé. Entendi e compartilhem cada sentimento, cada palavra.
Que meu pai abençoe a todos, lindo trabalho!
E boa sorte para a nova iyawo 💖🐚
Dói quando a Pesso faz o santo
Sophia,
Então não faça, se inciar é uma entrega total de amor, dedicação, carinho e fé no seu Orixá.
Axé.
Fiquei emocionada com seu relato. ME AJUDOU muito. Axé
Boa noite, meu nome é Rooger e gostaria de saber por onde conseguiria conversar com essa abiã… Amei o texto!!! Tbm estou para fazer o santo em janeiro e tenho muitas inseguranças!!! Por favor me ajudar!!! Q oxalá os abençoe e desde já os agradeço!!! Axé!
Rooger,
A autora do texto é a Aline que está sumida aqui do blog, infelizmente.
Axé.
Nossa eu me identifiquei muito com as suas palavras …. tirando o fato de eu não moro no Brasil eu tmbm adoro ser abian e estou me preparando para fazer meu santo em breve…adoro a casa que frenquento e mãe Tânia é uma zeladora dedica a todos seus filhos…isso com certeza traz muita tranquilidade no coração.
Aline minha linda 😍amei seu depoimento parabéns foi muito esclarecedor …