OS PRIMEIROS TERREIROS DE CANDOMBLÉ
por: Pierre Fatumbi Verger
A instituição de confrarias religiosas, sob a égide da Igreja Católica, separava as etnias africanas. Os pretos de Angola formavam a Venerável Ordem Terceira do Rosário de Nossa Senhora das Portas do Carmo, fundada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário do Pelourinho. Os daomeanos (gêges) reuniam-se sob a devoção de Nosso Senhor Bom Jesus das Necessidades e Redenção dos Homens Pretos, na Capela do Corpo Santo, na Cidade Baixa. Os nagôs, cuja maioria pertencia à nação Kêto, formavam duas irmandades: uma de mulheres, a de Nossa Senhora da Boa Morte; outra reservada aos homens, a de Nosso Senhor dos Martírios.
Essa separação por etnias completava o que já havia esboçado a instituição dos batuques do século precedente e permitia aos escravos, libertos ou não, assim reagrupados, praticar juntos novamente, em locais situados fora das igrejas, o culto de seus deuses africanos.
Várias mulheres enérgicas e voluntariosas, originárias de Kêto, antigas escravas libertas, pertencentes à Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte da Igreja da Barroquinha, teriam tomado a iniciativa de criar um terreiro de candomblé chamado Iyá Omi Àse Aira Intilè, numa casa situada na Ladeira do Berquo, hoje Rua Visconde de Itaparica, próxima à Igreja da Barroquinha.
As versões sobre o assunto são numerosas e variam bastante quando relatam as diversas peripécias que acompanharam essa realização. Os nomes dessas mulheres são eles mesmos controversos. Duas delas chamadas Iyalussô Danadana e Iyanassô Akalá, segundo uns, e Iyanassô Oká, segundo outros, auxiliadas por um certo Babá Assiká, saudado como Essá Assiká no padê do qual falaremos mais tarde, teriam sido as fundadoras do terreiro de Ase Aira Intilè. Iyalussô Danadana, segundo consta, regressou à África e lá morreu. Iyanassô teria, pelo seu lado viajado a Kêto, acompanhada por Marcelina da Silva. Não se sabe exatamente se esta era sua filha de sangue, ou filha espiritual, isto é, iniciada por ela no culto dos orixás, ou ainda, se se tratava de uma prima sua. As opiniões sobre o assunto são controversas e tornamse obejto de eruditas discussões, estando porém todos de acordo em declarar que seu nome de iniciada era Obatossí.
Marcelina-Obatossí fez-se acompanhar nessa viagem por sua filha Madalena. Após sete anos de permanência em Kêto, o pequeno grupo voltou acrescido de duas crianças que Madalena tivera na África, e grávida de uma terceira, Claudiana, que será por sua vez mãe de Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora, Oxum Miua, da qual tive a insigne honra de tornar-me filho espiritual.
Ianassô e Obatossí trouxeram de Kêto, além dessas filhas e netas, um africano chamado Bangboxé, que recebeu na Bahia o nome de Rodolfo Martins de Andrade, e, no padê ao qual me referi acima, é saudado como Essá Obitikô.
O terreiro situado, quando de sua fundação, por trás da Barroquinha mudou-se por diversas vezes e, após haver passado pelo Calabar na Baixa de São Lourenço, instalou-se sob o nome de Ilê Iyanassô na Avenida Vasco da Gama, onde ainda hoje se encontra, sendo familiarmente chamado de Casa Branca do Engenho Velho, e no qual Marcelina-Obatossí tornou-se a mãe-de-santo após a morte de Iyanassô.
Verifica-se ligeira divergência na versão dada por Dona Menininha relativa às origens dos terreiros provenientes da Barroquinha. O nome de Iyalussô Danadana não é mencionado. A primeira mãe-de-santo teria sido Iyá Akalá (distinta de Iyanassô), que, tendo regressado à África, aí mesmo veio a falecer. A segunda mãe-de-santo teria sido Iyanassô Oká (e não Akalá).
Não se sabe com precisão a data de todos esses acontecimentos, pois, no início do século XIX, a religião católica era ainda a única autorizada. As reuniões de protestantes eram toleradas só para os estrangeiros; o islamismo, que provocara uma série de revoltas de escravos entre 1808 e 1835, era formalmente proibido e perseguido com extremo rigor; os cultos aos deuses africanos eram ignorados e passavam por práticas supersticiosas. Tais cultos tinham um caráter clandestino e as pessoas que neles tomavam parte eram perseguidas pelas autoridades.
Por volta de 1826, a polícia da Bahia havia, no decorrer de buscas efetuadas com o objetivo de prevenir possíveis levantes de africanos, escravos ou livres, na cidade ou nas redondezas, recolhido atabaques, espanta-moscas e outros objetos que pareciam mais adequados ao candomblé do que a uma sangrenta revolução. Nina Rodrigues refere-se a certo quilombo, existente nas matas do Urubu, em Pirajá, “o qual se mantinha com o auxílio de uma casa de fetiche da vizinhança, chamada a Casa de Candomblé”.
Um artigo do Jornal da Bahia, de 3 de maio de 1855, faz alusão a uma reunião na casa Ilê Iyanassô: “Foram presos e colocados à disposição da polícia Cristovão Francisco Tavares, africano emancipado, Maria salomé, Joana Francisca, Leopoldina Maria da Conceição, Escolástica Maria da Conceição, crioulos livres; os escravos Rodolfo Araújo Sá Barreto, mulato; Melônio, crioulo, e as africanas Maria Tereza, Benedita, Silvana… que estavam no local chamado Engenho Velho, numa reunião que chamavam de candomblé”. É curioso encontrar nesse documento o nome, pouco comum, de Escolástica maria da Conceição, o mesmo com o qual seia batizada, trinta e cinco anos mais tarde, Dona Menininha, a famosa mãe-de-santo do Gantois, cujos pais, a essa época, sem dúvida, frequentavam ou faziam parte do terreiro de Ilê Iyanassô, onde houve essa ação policial.
Com a morte de Marcelina-Obatossí, foi Maria Júlia Figueiredo, Omonike, Iyálódé, também chamada Erelu na sociedade dos geledé, que se tornou a nova mãe-de-santo. Isso provocou serias discussões entre os membros mais antigos do terreiro de Ilê Iyanassô, tendo como consequência a criação de dois novos terreiros, originários do primeiro; Júlia Maria da Conceição Nazaré, cujo orixá era Dàda Báayànì Àjàkú, fundou um terreiro chamado Iyá Omi Àse Ìyámase, no Alto do Gantois, cuja mãe-de-santo atual, e quarta a ocupar este lugar, é Dona Escolástica Maria da Conceição nazaré, “Menininha”, a última das famosas mães-de-santo da antiga geração. Segundo Menininha, Júlia da Conceição Nazaré, fundadora do Terreiro do Gantois, teria sido a irmã-de-santo, e não filha-de-santo, de Marcelina-Obatossí. Uma personagem importante nos meios do candomblé, chamada Babá Adetá Okanledê, consagrada a Oxóssi e originária de Kêto, teria tido um papel importante quando foi criado o Terreiro do Gantois, Iyá Omi Àse Ìyámase.
Eugênia Ana Santos, Aninha Obabiyi, cujo orixá era Xangô, auxiliada por Joaquim Vieira da Silva, Obasanya, um africano vindo do Recife e saudado Essá Oburô, no Padê ao qual já fizemos alusão, fundaram outro terreiro saído do Illé Iavanassô e chamado “Centro Cruz Santa do Axê de Opô Afonjá”, que foi instalado, em 1910, em São Gonçalo do Retiro, depois do Axê ter funcionado provisoriamente no lugar denominado Camarão, no bairro do Rio Vermelho.
Sob o impulso desta grande Mãe de Santo, o novo terreiro rapidamente igualou – e talvez, mesmo, tenha ultrapassado – em reputação os outros candomblés Kétu.
Maria da Purificação Lopz, Tia Bada Olufandeí, sucedeu, em 1938, a Aninha e deixou, em 1941, o encargo do terreiro a Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora Oxunmiwá, filha espiritual de Aninha Obabiyi.
Pelo jogo complicado das filiações, Senhora era bisneta de Obatossí por laços de sangue e sua neta somente por laços espirituais da iniciação. Em outros termos, Iyanassô Akalá (ou Oká) foi, na geração anterior, ao mesmo tempo, a bisavó e a trisavó de Senhora. As coisas tornaram-se mais complicadas ainda quando Senhora recebeu, em 1952, o título honorífico de Iyanassô, dado pelo Alafin Oyó da Nigéria, por intermédio de uma carta de que tive a honra de ser o portador. Senhora, abolindo o tempo passado, graças a esta distinção, tornou-se espiritualmente a fundadora desta família de terreiros de candomblé da nação de Kétu, na Bahia, confirmando tão elevada posição em 1962, quando foi presidir, seguida de seus Ogans (onde figuravam os colaboradores desta obra, Carybé, Jorge Amado, Waldeloir Rêgo e eu mesmo), o Axexê ou cerimônia mortuária da saudosa, e mais que centenária, Mãe de Santo do Ilê Iyanassô da Casa Branca do Engenho Velho, Maximiana Maria da Conceição, Tia Massi Oinfunké.
Esta dignidade recebida da África por Senhora provocou, diga-se de passagem, comentários e rumores, os “fuxicos”que agitam e apaixonam as pessoas que pertencem a este pequeno mundo, cheio de tradição, onde as questões de etiqueta, de direitos fundamentados sobre o valor dos nascimentos espirituais, de primazias, de gradação nas formas elaboradas de saudações, de prosternações, de ajoelhamentos são observadas, discutidas e criticadas apaixonadamente; neste mundo onde o beija-mão, as curvaturas, as respeitosas inclinações de cabeça, as mãos ligeiramente balançadas em gestos abençoadores representam um papel tão minucioso e docilmente praticado como na Corte do Rei Sol. Os terreiros de candomblé são os últimos lugares onde as regras do bom tom reinam ainda soberanamente.
Após o desaparecimento da saudosa Mãe Senhora, em 1967, duas novas Mães de Santo lhe sucederam à frente do Axê Opô Afonjá. A atual Maria Estella de Azevedo Santos, Odé Kayodê, retornando a tradição de Iyanassô e de Obatossí, foi fazer uma viagem às fontes, na Nigéria e no ex-Daomé.
Após a morte de Senhora, outros terreiros foram criados, originários todos do Axê Opô Afonjá formando uma terceira geração desta família de candomblés que nasceu na Barroquinha. Citemos o Axê Opô Aganju, de Balbino Daniel de Paula, Obaraim, que viajou para África e aí participou das festas para Xangô, com perfeita naturalidade, como se sua família não houvesse deixado aquele país há várias gerações.
Existem numerosos outros terreiros que seguem o ritual Kétu, como o do Illé Mariolajê no Matatu, mais conhecido sob o nome de Alaketu, cuja Mãe de santo atual, Olga de Alaketu, já foi várias vezes à África. Citemos, ainda, o terreiro de Ilé Ogunjá, também no Matatu, do falecido Pai de Santo Procópio Xavier de Souza, Ogunjobí.
Ao lado dos terreiros Nagô-Kétu, há na Bahia os da nação Igexa. O mais digno dentre eles é o de Eduardo Igexa, ou Eduardo Antônio Mangabeira, meio-irmão de Otávio Mangabeira, que foi governador do Estado da Bahia. Durante a década de 50 ele enviou cartas redigidas em perfeito Yorubá a seu distante parente, o Rei de Igexá, que as recebeu de minhas mãos bastante emocionado. Os terreiros Gegê, onde se praticava o culto dos Voduns do Daomé, eram mais raros. O mais conhecido era o do Bogum, da falecida Emiliana Piedade dos Reis, à qual sucedeu a falecida Valentina Maria dos Anjos, Mãe Runhó.
Os cultos Gegê e Nagô se fundiam em terreiros como o de Oxumaré, na Rua Vasco da Gama, dos falecidos Antônio de Oxumaré, Cotinha e Simpliciana.
O ritual dos cultos de origem Bantu era inicialmente diferente das cerimônias Nagôs e Gegês. Misturaram-se, depois, tornando-se bastante próprios. A originalidade destes cultos Bantus é difícil de definir. Não se sabe se os rituais Gegê e Nagô foram ou não influenciados por escravos do Congo e de Angola, já presentes no Brasil em grande quantidade, no final do século XVII. Relações mais constantes estabeleceram-se nos séculos posteriores, entre Bahia e Pernambuco e a Costa dita dos Escravos; a maioria dos cativos desembarcados nestas duas províncias era constituída, então, pelos Gegês e Nagôs (Daomeanos e Yorubás).
Expusemos, em outras obras, as razões comerciais criadas pela presença do fumo na Bahia e em Pernambuco, razões que determinaram a afluência dos Gegês e dos Nagôs a estas duas regiões, a partir do século XVIII, e não às outras partes do Brasil, onde os Congos e Angolas continuaram a ser importados em grande proporção.
A palavra candomblé, que serve para designar, na Bahia, as religiões africanas em geral, parece ser de origem Bantu. É possível que as influências das religiões vindas destas regiões não se restringissem, apenas, ao nome dado às cerimônias, mas tivessem dado aos cultos Gegê e Nagô na Bahia uma forma diferente, em certos detalhes, destas mesmas manifestações na África.
Um estudo em separado do ritual Bantu é tarefa bastante difícil, pois seria necessário fazê-lo em diversos pontos do Brasil, em lugares onde esta influência Gegê-Nagô não se tivesse feito sentir. Na Bahia, temos que nos contentar com a presença de alguns cantos e rítmos de tambores. Seria necessário, também, localizar os termos Bantus ainda conhecidos, termos estes que os participantes de terreiros Bantus têm tendência a exprimir no seu equivalente Nagô, seja por espírito de discriminação, seja para falar numa língua compreensível aos seus interlocutores.
Existem na Bahia o terreiro Congo do falecido Manoel Bernardino da Paixão, o Bate Folha, no bairro de Beiru; o terreiro Angola da falecida Maria Neném do Tumbeuci, também no Beiru, e o de seu Filho de Santo, o falecido Manoel Ciríaco de Jesus, o Tumba Juçara, no Alto do Corrupio, hoje sob a direção da Mãe de Santo Dere.
Destaquemos, finalmente, o caso do falecido Pai de Santo João Alves de Torres, mais conhecido como Joãozinho da Goméa, que deve seu renome ao Caboclo Pedra Preta, e cujo culto, realizado à maneira africana, era dedicado aos ancestrais indígenas, Senhores desta Terra do Brasil. Iniciado no ritual Angola por Jubiabá, Joãozinho for herdeiro de uma Yansã e se orientou, cada vez mais, em direção ao ritual Nagô. Este caso nos parece típico da ascendência exercida pelo ritual Nagô sobre as religiões de etnias diferentes.
Na própria África, as religiões Bantus parecem centradas sobre uma série de devoções aos ancestrais de um grupo familiar reduzido e não sobre o culto de deuses ligados às forças da natureza. É possível que existissem estes tipos de cultos, mas, na Bahia, eles tomaram uma forma bem próxima da concepção Yorubá.
Texto adpatado
Tomeje,
Apenas um registro.
O Ilê Axé Oxumare não fundiu seus cultos, ele é Ketu/Nagô, apenas, por conta do Orixá Oxumare, Falacó e Talabí, tios de Antônio de Oxumare, recorreram à alguns fundamentos Jejes, inclusive como era comum na comunidade na época. Essas participações de outros axés se verificam também em todos os Axés mencionados, era comum, convidar autoridades religiosas para ajudar com conhecimentos liturgicos de determinados Orixás, eram homenageados e isso criava uma união e um respeito entre as casas.
Axé,
Nelson, de qual casa de santo você faz parte, é membro?
Kleverton eu sou do axé Ataramagbá. Tomeje
Olá a todos! Motumbá!
Bom, acompanho o site há algum tempo e não consigo pôr em palavras a gratidão que sinto por este espaço, então prefiro nem tentar para não pecar pela falta.
Eu não sabia muito bem onde postar o que posto aqui, então me perdoem se parecer fora de contexto. Sei também que vocês recebem o tempo todo relatos e histórias de diversos leitores e peço desculpas por ser mais um, mas tenho dúvidas demais e pouco conhecimento de a quem (ou a o quê) recorrer para saná-las de forma segura. Sei que será longo, mas se puderem ler e me ajudar a entender e colocar a cabeça em ordem, nossa, terão feito alguém realmente feliz. rs
Eu fui criado em família kardecista, pai, mãe e avós, sabe? Diretores de centro e tudo o mais… Não foi à toa que o choque foi grande quando, logo cedo, decidi me desvincular da religião. Nunca me considerei cristão, nunca me identifiquei com a religião, nunca senti tudo aquilo ecoar em mim de alguma forma… Não que eu tivesse descrença em forças superiores ou reguladoras, mas aquilo simplesmente parecia teórico e hipócrita (experiência pessoal, não julgamento religioso, por favor) demais pra mim. Me sentia alienígena. Meu incômodo com o “mundo espírita” coincidiu com a minha entrada na adolescência – eita fazezinha… -, e, por talvez falta de maturidade, me disse “ateu” por um tempo considerável. Paradoxalmente, porém, me afundei em estudos sobre religiões não-cristãs (o que já era uma busca, ainda que na época inconsciente) sob o pretexto de curiosidade: religiosidade celta, xamanismo, hinduísmo, etc, apesar do cuidado de sempre me posicionar como espectador, não como praticante.
Sabe, não gosto de ser hipócrita, eu sou um cara preconceituoso até certo grau, acho que todo mundo é um pouquinho. Detesto meus preconceitos, mas infelizmente ainda os tenho, principalmente e relação à religião. Apesar de ter consciência da importância que cada religião tem para seus adeptos, de saber e concordar que não existe uma verdade absoluta, de acreditar em “universos particulares” e que cada cabeça é uma, que levando ao aprimoramento, cumpre sua função, estaria mentindo se dissesse que não guardei algum ranço do kardecismo, similar ao que guardo das seitas evangélicas. É ruim, eu sei, estou me esforçando pra mudar, mas é fato. O ranço que guardei do kardecismo acabou, também por imprudência filosófica (rs), se estendendo ao espiritualismo como um todo, de forma que, curiosamente, durante essas “buscas”, nunca me aproximei dos cultos de origem afro. Hoje acho que também guardava inconscientemente, apesar de conscientemente discordar, um pouco daquele conceito kardecista que ouvi tanto durante a minha criação de que os cultos afros eram primitivos e pouco-evoluídos, sendo a “Doutrina Espírita” a evolução desses conceitos primários. É uma pena.
Foi com muito susto, então, que me vi, no início de dezembro de 2009, na Praia Grande, com dois amigos umbandistas, na festa para Iemanjá. Eu ainda tenho dificuldade de pôr em palavras o que foi aquele dia (e os subsequentes) para mim, meu olho brilha só de lembrar. Sentia um calor no peito, uma coisa forte, uma emoção tão imensa, tão… sei lá. Tão absurda… Dizer que eu achava lindo seria injusto, até porque não tive realmente nenhum contato com a religião ali. Aliás, acho que pouco há tão diversificado e plural em termos de crença quando a festa para Iemanjá… Mas alguma coisa ali me deixou de um jeito que acendeu alarmezinhos dentro de mim. Enchi meus amigos de todas as perguntas possíveis e imagináveis sobre tudo, sobr umbanda, candomblé, as diferenças, os orixás, os catiços, tudo tudo tudo, e a falta de conhecimento e de respostas deles, longe de me frustrar, me irritou e me deixou curioso.
Passei o resto do mês lendo tudo de possível e imaginável sobre culto afro. Comprei o Mitologia dos Orixás (aquele livro amarelo, grandão, nunca lembro o autor), li relatos de yawos, li textos sobre umbanda, li textos sobre candomblé, li o blog de vocês praticamente inteiro em questão de dias (sério, minha curiosidade tem algo de maníaco), fucei na internet… Fiz tudo o que hoje não aconselho a ninguém que esteja tomando contato com a(s) religião(ões). Para a minha sorte, apesar da impulsividade, meu pai Ogun (pelo menos até onde eu sei, jajá explico) me dotou de um excelente senso crítico ao qual sou muito grato, não sou do tipo que toma como verdade qualquer coisa que lê, ou que acha que internet é a fonte das verdades. Aliás, muito pelo contrário, costumo dizer que eu coloco tudo o que leio/ouço/vejo numa gavetinha mental chamada “stand by” e deixo ali, sem considerar aquilo como conhecimento, até que a experiência ou o contato com fontes realmente confiáveis confirmem ou desmintam essas informações. rs Coisa de maníaco, mas muito útil.
Enfim, ao contrário de tudo o que já havia lido sobre religiões e crenças, tudo o que lia sobre Orixás ressoou em mim de uma forma, sei lá, de derrubar elefante. rs Aí fiquei, na época, na dúvida entre buscar casas de umbanda ou de candomblé para conhecer. Por um lado, minha paixão nada tinha a ver com as “entidades” da umbanda, que me interessavam muito pouco, a coisa era com os Orixás. Por outro, eu era vegetariano e – como deve ser muito comum – a coisa toda do corte ainda era muito indigesta pra mim. Cheguei a conversar por email com uma Iyalorixá vegetaria (Iya Senzaruban, se não me engano), mas sei lá, não desceu. Por isso e pela facilidade que eu tinha de acesso à Umbanda, por conta de um amigo muito próximo, deixei a curiosidade pelo Candomblé em stand by e fui conhecer a casa de umbanda desse meu amigo.
Não digo que me apaixonei, mas gostei bastante. Algumas coisas me incomodaram logo de início, como o sincretismo católico (porra, fugi tanto do cristianismo pra me ver lá, cantando pra Oxalá para uma imagem de Jesus músicas que estavam a um passo de serem confundidas com loucores envangélicos) e algumas outras coisas que nunca me desceram. Excesso de marmota, falta de fundamento (de novo, experiência pessoal, não julgamento religioso. Me refiro a essa casa específica, não à Umbanda como um todo). Enfim, estava começando e tinha prometido pra mim mesmo que ia aprender a exercitar a humildade, abaixar a cabeça e aprender, então acabei colocando tudo isso que me incomodava lá na gavetinha de stand by. Foi positivo, foi lá que aprendi a ignorar os outros e cuidar de mim, deixar de pensar no que o outro faz de errado e focar no meu caminho. Vejo hoje em muitas casas uma coisa curiosa: parece que acabam virando mais um pretexto social e as pessoas esquecendo do porquê realmente estão ali. Acabei me tornando pouco sociável lá, mas isso de certa forma me protegeu dessa “confusão de objetivos”. Vale dizer que durante o tempo que fiquei lá, era tratado como filho de Oxóssi. Cheguei a procurar outros dois pais de santo, de candomblé, para jogar, e enquanto um deles dizia que eu era meje de Xangô com Odé (fui ler sobre orimege e acabei não levando muito em consideração esse jogo, até por conta de outros detalhes que me deixaram ressabiado), o outro encasquetou que eu era de Ogum. Resolvi deixar isso em stand by também.
Bom, não durei muito lá, acabei percebendo que não me encaixava muito lá, também. Até porque tudo isso começou pelos Orixás, não pelos catiços, e sentia lá as prioridades meio invertidas, pra mim. Meio não, vai, completamente. Me frustrei um bocado. Nesse meio tempo meu vegetarianismo foi por água abaixo e, através de conversas com conhecidos candomblecistas e algumas leituras, acabei entendendo a questão do corte e rompendo o que percebi ser um preconceito meu, o que me deixou novamente aberto a conhecer o Candomblé. Um dia conheci, lá na casa mesmo, no dia em que fui avisar o “pai de santo” (desculpa as aspas, mas ele não era feito, não consigo mais chamar ele de pai de santo e ainda não achei ainda outro nome) que ia sair, um cara que havia frequentado lá mas, há uns dois anos, tinha saído e ido para o Candomblé. Conversamos bastante e marquei um jogo com o pai dele.
Foi assim que conheci o Ilê Asé Ogun Já, que é onde estou agora. Nesse jogo, além da questão orixás mesmo (confirmou o Ogum com Yemanjá que o outro pds que havia jogado tinha encasquetado), conversei muito com o zelador. Ficamos horas sentados na mesa, depois do jogo… Abri minhas dúvidas todas, o que poderia ser dito ele disse, o que não podia ele explicou o porquê; foi atencioso, solícito, se aprofundou nos assuntos, foi muito bom, sabe? Gostei bastante. Me pareceu alguém com bastante conhecimento. Além disso, é uma casa pequena, com poucos filhos, e nova. Gostei disso também. Não tem nenhum filho feito porque o pai ainda não deu a obrigação de 7 anos e sempre fez questão de respeitar isso, também gostei dessa transparência. É uma história confusa pra mim, na verdade… Ele falou que foi feito pela primeira vez há 9 anos, pra Ogun mesmo, mas se decepcionou muito com a casa e foi buscar outra; dois anos depois, foi feito novamente por quem hoje é o pai dele, do zero, como se nunca tivesse sido feito. Não sei como exatamente funciona isso, ficaria contente se vocês me explicassem isso também.
Algumas coisas, no entanto, sobre essa casa, me deixam um pouco confuso, e é por isso que escrevo. Não que eu desconfie da idoneidade ou da boa intenção do pai da casa, disso realmente não posso reclamar. Ele é um pai maravilhoso, cuida realmente da gente e não só no barracão. Ouve quando precisa, dá ombro, dá colo, dá esporro. Fico muito feliz quando olho pro pai e pros irmãos e vejo que ali, realmente, existe uma família, sabe? O sentimento mesmo de comunidade, de mutualismo, é muito bonito. O que me confunde é sobre fundamentos.
O pai, antes de ir para o candomblé e ser feito na primeira casa, foi criado na umbanda. Segundo ele por conta disso, quando foi para o candomblé, trouxe com ele algumas práticas da umbanda de trabalho com catiços. Ele diz que trabalhou tanto tempo com os catiços que não achava justo, ao ir para o candomblé e começar a cuidar do Orixá, simplesmente deixar os catiços de lado. As prioridades não estão invertidas, o foco é SEMPRE cuidar dos Orixás, o que me tranquiliza bastante, até porque eu mesmo venho também da umbanda e, lá, cheguei a trabalhar com incorporação de exu (catiço) e pombogira, de forma que é cômodo para mim também. No entanto, lá temos o quarto de exu onde estão assentados, sim, alguns exus (catiços) de filhos da casa. Estava lendo hoje, aqui, alguns textos (nos comentários) de vocês sobre assentamento de catiço e isso me deixou balançado, pensativo. Essa é uma prática que ele trouxe da casa de onde ele vem, onde também se cultua/assenta exu catiço, apesar de se dizer uma casa Ketu (Gantois).
Essa questão de catiços ainda me confunde muito… Eu não questiono, como disse, a boa intenção ou a idoneidade, mas as vezes me pergunto se, sem querer, não estão sendo repetidos, por ele, erros aprendidos, confusões passadas durante o aprendizado dele, entende? Gosto de lá, me sinto bem lá, confio nele, mas trago essas confusões. Estou lá para cuidar da minha vida, do meu caminho, da minha relação com os meus Orixás, acima de qualquer coisa; tenho muito amor aos Orixás e me preocupo constantemente se, sem querer, posso, mesmo que indiretamente, estar errando com eles, sabe?
Não sei se consegui me expressar. Sou prolixo, é foda… Mas enfim, desculpa novamente pelo tamanho, ficaria muito contente de trocar umas palavras. Se quiserem responder pelo email de cadastro no site, também, sem problemas, só gostaria de conversar sobre isso com alguém que eu confie e de fora do meu círculo de convivência religiosa, sabe?
Bom, no aguardo e obrigado desde já.
Abraço e axé!
Vitor, o seu caminho é o mesmo que muitos já percorreram, esta mudança de umbanda para o candomblé sempre deixa certos traumas, certas “certezas” que ao longo do tempo são postas água a baixo, tanto em relação as crenças que temos ou tivemos, vindas da umbanda, quanto ao que supomos ser o correto e fundamento do candomblé, o tempo nos mostra que nem tanto o ceu, nem tanto a terra. Sou radicalmente contra o sincretismo e não estou aqui defendendo as misturas entre segmentos. Mas querer esconder que as entidades existem e que tem função é coisa que não cabe mais hoje em dia. Desde que tenhamos em conta que são realidades distintas, a umbanda e o candomblé convivem muito bem. Por isso eu creio que seu pai de santo está num caminho interessante quando diz que não vai se afastar de suas entidades/raíz, seria de fato um desrespeito ao seu passado. Como eu disse eu sou contra as misturas e sincretismos, se ele tem esta clareza e divide bem o tempo e espaço, por que não? Por que negar? Volto a dizer, só não é aconselhável que se de mais espaço a entidades ou se cultue mais as entidades do que ao orixa numa casas de candomble, mas pelo seu relato (longo rsrs) isso não é problema. Seja feliz, se integre na comunidade e ajude esta comunidade a crescer, seja feliz meu irmão. Tomeje
Da Ilha,
Agradecemos sua enorme colaboração em suas pesquisas e toda a sua didática muito bem definida. Temos um post chamado “leituras recomendadas” que você poderá nos ajudar recomendando os livros inerente as suas matérias publicadas, que com certeza, será mais adequado a um leitor em especial com mais tempo e vivência na religião. Estamos focados no leitor menos informado, leigo e que necessita de informações básicas sobre a cultura religiosa, basta observar as perguntas que todos os dias respondemos. Suas informações estão a um nível muito elevado a começar pelos Orikís, que na tradução da língua reorganizada chamada Yorubá, se perde em mil dialetos africanos, o que se faz na verdade é interpretar os versos e suas vertentes. A cultura africana se apega sempre na simplicidade e nos elementos básicos da natureza.
Ficamos felizes por tal despreendimento do seu saber em prol da religião dos Orixás.
Feliz 2011! Axé.
A cultura africana se apega sempre na simplicidade e nos elementos básicos da natureza.
A potencialazação de um oriki, gbadura e ofo, se faz necessário na lingua mater.
Abraços.
bom dia,gostaria de saber o que devo fazer,pois tem muita coisa que foi feita errada na minha iniciação,e o pai de santo foi morto,o que eu devo fazer,quero muito saber quem é o meu santo pois fui fenta de esu.o que devo fazer,alguem pode mim ajudar,obrigado.
marcia,
Exitem casas que não aceitam a iniciação para Exú e outras que aceitam e muitas não dão seguimento as obrigações a Exú e os fundamentos do iniciado. Procure uma boa casa para tirar a mão do falecido e refazer sua vida religiosa.
Axé,
Olá, parabéns a todos pelo trabalho sério e incansável.
Moro em Salvador – BA e gostaria de alguns exemplos de casas sérias e tradicionais aqui ou na região de Santo Amaro – Cachoeira. Gostaria de conhecer melhor o Candomblé, mas por aqui há muitas opções e gostaria de restringir um pouco as alternativas. Grato desde já.
Alexssa tem um livro maravilhos do Marcus (esqueci o sobre nome rsrsrsr e ele é meu amigo pessoal, tomara que ele não leia este comentário rsrsr) sobre o candomblé Jeje em Cachoeira e fala específicamente de Gayakú Luíza. Lá vc encontrará ótimas indicações. Tomeje
Obrigado Nelson!
O Google encontrou o livro “Gaiaku Luiza e a trajetória do Jeje-Mahi na Bahia”, autoria de Marcos Carvalho, também conhecido como Marcos de Besen, editora Pallas. Deve ser esse…
Acho que vou dar uma chegada em Cachoeira e conhecer essa casa pessoalmente, pois me sinto atraído aos candomblés mais tradicionais e tenho dificuldade de entender a necessidade do sincretismo nos dias de hoje.
Grato mais uma vez,
Alex.
Alexssa que sua caminhada seja de felicidade. Se vc puder, visite tb o Opo Afonjá, O Oxumaré, A Casa Branca, O Gantois, o Bate Folhas e outras casas tradicionais em Salvador. Tomeje
muito boa pessoa e tomege de ogun tanben sou deste orixa colofe tomeje
boa noite!
Tenho uma duvida, na minha familia eu sou a primeira a fazer santo, minha mãe fala que ninguem da familia dela nunca teve nenhum contato com terreiros e da de meu pai não temos contato com ninguem, mais minha mãe fala que não tinha.Poderia acontecer de so eu ter essa mediunidade(falo em relação a ser rodante), ou não existiria so ter meu caso?outra coisa tem como saber a qualidade do orixa atraves das contas?gostaria de saber meu ogum é azul forte(não sei bem o nome do azul acho q azul turqueza) e meu xango as pedras são rajada vermelha e branca? e oxum é dourado escuro?obrigada e muito axe
Carlos, que Ogum ti onan (Ogum te de caminhos ou esteja nos seus caminhos). Obrigado pelo carinho meu irmão. Tomeje
Madalena no nosso entendimento todos tem orixa e todos tem algum tipo de mediunidade. Mas muito sabiamente o candomblé não quer se impor às demais religiões se dizendo a melhor ou correta. Vai ao candomblé e descobre toda sua beleza e riqueza cultural quem assim o desejar. Portanto, com certeza, seu caso não é único na sua família. Mas vou te fazer umas perguntas que serão melhor do que te dizer sobre qualidade. Sabendo que Ogum é originalmente um agricultor e que veste ou pode vestir verde e suas contas tb são ou podem ser verde em muito axés para lembrar desta ligação deste orixa com a agricultura. Porque Ogum passou a usar o azul? Dica, tem haver com ferro e aço. Sobre o Xangô. Sabemos que a cor de Xangô é o marrom ou terracota com branco, porém há uma lenda que conta uma ligação muito forte entre “este Xangô” e Oxalá e por este motivo “este Xangô” usa o branco em suas roupas e sua conta é branca rajada de vermelho, que lenda é esta? Sobre Oxum. Sabendo que os tons mais fortes de uma cor são reservadas aos subtitulos/ títulos/ pre nomes/ títulos de nobreza/ ou formas como aquele orixa era conhecido numa determinada cidade ou comunidade. Ou seja, são reservadas às qualidades mais antigas ou mais “nervosas” dos orixas. O que podemos deduzir sobre uma Oxum que usa colar amarelo escuro, e porque? Axé Tomeje
Zé o que eu te prometi eu fiz, posso ate ter apagado um comentário que não era o seu, mas eu fiz. Por favor me indique exatamente em que post, com nome do post, para facilitar meu trabalho, pois a pesquisa no blog dá muito trabalho e só vou pesquisar novamente se vc me indicar exatamente em que posts está o comentário e o nome exato com o qual foi colocado o comentário. Axé Tomeje
boa noite!
olá Nelson,
Desde já gostaria de pedir desculpa se fiz algum tipo de pergunta que não convem, mais infelizmente não conseguir entender o que voce quis dizer sobre as qualidades dos orixas. A pergunta que queria saber era se atraves das cores das contas temos como saber a qualidade do orixa? ex: se é ogum de ronda, ogun xeroque… obrigada mucuiu
oi,
estive lendo algumas perguntas e respostas em outros texto e pelo que entendi não seria pela cor do delogum que podemos dizer a caracteristica do orixa e sim atraves do jogo, mim corrija se eu estiver errada.axe
Madalena sinceramente não há perguntas que não convem ser feita, faça todas que quizer. Mas a minha proposta talvez não tenha sido entendida por vc. Se vc pesquisar o proposto vc vai encontrar as respostas que deseja. A mihna resposta à vc se baseia exclusivamente no seu comentário, pois nele vc cita cores e termos que são do candomblé e portanto eu pude falar de qualidades de orixas. Vc falou de fios de contas nas cores branco rajado de vermmelho que é exclusivo de um tipo de Xangô que é de candomblé, vc citou tb azul marinho, que é exclusivo do candomblé. Na umbanda o Xango usa o marrom e o Ogum usa (se não em engano) vermelho e branco. Mas agora vc citou Ogum de ronda que é de umbanda e Xoroque (não é xeroque) que é um Vodum ou Orixa cultuado no candomblé. Por isso, diante de sua dúvida eu preciso saber se vc é de candomblé ou de umbanda? Tomeje
Zé, eu acabei de apagar o comentário. Mas eu não sei que tipo de problemas serissimos aquele comentário pode causar, se for de ordem religiosa o meu conselho sincero e de coração é que vc se desligue desta pessoa que ter repreende. Se o caso é religioso, esta pessoa não tem a menor noção do que é religiosidade, não te respeita como pessoa e quer é te deixar cego às informações do mundo religioso. Te desejo boa sorte e firmeza nas suas decisões e palavras. Tomeje
Boa tarde!
Oi Nelson,
Desculpa mais uma vez se não fui clara.Eu fui iniciada a 5 meses no candomble de angola, e as cores dos meus orixas são essas que te passei a cima.Quando eu falei de ogum xeroque e ronda desculpa é pq não entendo muito pensei de ser qualidades de ogun.mais tenho lido seus textos e tem começado a aprender muita coisa pois é tudo muito novo para mim.axe
Madalena veja tb o site o Tata anague (google) lá vc vai ver um Angola de tradição. Madalena em alguns terreiros de Angola tb se cultua orixa ou os seus inkises (deuses cultuados em angola) são chamados pelos nomes de orixas. Ex O Inkise Mukumbe muitas vezes é chamado de Ogum em casas de angola, eu em particular prefiro as que mantem sua tradição e no site que eu te indiquei vc vai ver um trabalho que preserva a tradição do angola. Mas o que realmente me chama atenção é o nome “Ogum de ronda” este nome é de umbanda e não é feito na cabeça dos seus filhos pois se trata de uma entidade, não é um inkise e nem um orixa. O “Ogum Xoroque” é um vodum (Xoroque é de Jeje e é da família dos “Gu” e tem uma função muito específica) por excelencia e tradição, mas foi adotado por outros segmentos. Madalena veja melhor onde vc está,que tipo de segmento é o desta casa, me parece uma mistura. Tomeje
Olá Nelson,
Quando eu falei de ogum de ronda e ogum xeroque, não é que em minha casa cultua eles não, eu que ja tinha ouvido fala deles e queria saber sobre essas energias.Lá somos angolano. outra duvida qual a diferença de alguns diloguns ter 16 fios e outros 21? obriga e muito axe
olá Nelson,
Estou dando uma olhada no site que voce mim indicou e pelo que entendi a questão da qualidade do orixa depende muito da região que é de origem o orixa, e pelas palavras entendo que não devemos nos apegar tanto as qualidades.muito obrigada mais uma vez.axe
Madalena os fios de 21 voltas geralmente são os de angola, os de ketu são de 16 em geral. Tomeje
obrigada Nelson!
BOA NOITE
MEU NOME É ELIO E TIVE UM SONHO E FIQUEI SISMADO E GOSTARIA DE SABER SE ALGUEM SABE ME DIZER O SIGNIFICADO DELE.
SONHEI QUE DESPACHAVA EXU E JOGUEI FARINHA AMARELA NA RUA E QUANDO JOGAVA AGUA NA RUA A QUATINHA NUNCA ESVAZIAVA, QUANTO MAIS JOGAVA AGUA MAIS AGUA TINHA?
SERÁ ALGUMA COISA BOA OU RUIM OU ALGUMA COBRANÇA?
SE ALGUEM PUDER DECIFRAR EU AGRADEÇO E MUITO OBRIGADO.
MUITO AXÉ
ELINHO.
Elio,
Aconselho a procurar um bom jogo e ver seus caminhos, ver quem são seus amigos de verdade, saiba que não tem ebó para inveja e olho grande.
Axé,
Elio, não há outro caminho que não seja o jogo com alguém de sua confiança. Não seria etico d enossa parte chutar um diagnóstico. Tomeje
Zé eu editei e retirei o nome citado. Tomeje
Olá, adorei esse espaço, tem muitas ensinamentos e textos interessantes, gostaria de uma ajuda, a um tempo estou procurando um terreiro de candomblé de respeito, sério e etc… mas não consigo encontrar, só cai nas mãos de aproveitadores, mas não desisti de encontrar um lugar sério, vi que vocês são pessoas que levam a religião a sério e por isso gostaria gentilmente de pedir ajuda para encontrar um terreiro de candomblé verdadeiro aqui no RJ, por gentileza será que alguém poderia me indicar? ficaria muito agradecida, pois estou precisando muito.
Motumbá!
Baba Fernando, o senhor ou um outro alguém do forum saberia me dizer qual era o orixá de mãe Maria da Gloria Nazareth, a mãe carnal de mãe Menininha que ficou à frente do Gantois por um curto espaço de tempo?
Agradeço.
Renato,
Aproveitar e falar de Mãe menininha também.
Nascida a 10 de fevereiro de 1894, dia de Santa Escolástica, na Rua da Assembléia, entre a Rua do Tira Chapéu e a Rua da Ajuda, no Centro Histórico de Salvador, Mãe Menininha teve como pais Joaquim e Maria da Glória.
Foi a quarta Iyálorixá do Terreiro do Gantois e a mais famosa de todas as Iyálorixá brasileiras. Sucessora de sua mãe, Maria da Glória Nazareth, foi sucedida por sua filha, Mãe Cleusa Millet.
Descendente de escravos africanos, ainda criança foi escolhida para ser Iyálorixá do terreiro Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê, fundado em 1849 por sua bisavó, Maria Júlia da Conceição Nazaré, cujos pais eram originários de Agbeokuta, sudoeste da Nigéria.
O terreiro, que inicialmente funcionava na Barroquinha, na zona central de Salvador, foi posteriormente, foi transferido para o bairro da Federação, instalando-se em terreno arrendado aos Gantois – família de traficantes de escravos e proprietários de terras de origem belga – pelo cônjuge de Maria Júlia, o negro alforriado Francisco Nazareth de Eta.[1] Situado num lugar alto e cercado por um bosque, o local de difícil acesso era bem conveniente numa época em que o candomblé era perseguido pelas forças da ordem. Geralmente, os rituais terminavam subitamente com a chegada da polícia.[2]
Maria Escolástica foi apelidada Menininha, talvez por seu aspecto franzino. “Não sei quem pôs em mim o nome de Menininha… Minha infância não tem muito o que contar… Agora, dançava o candomblé com todos desde os seis anos”.
Foi iniciada no culto dos orixás de Keto aos 8 anos de idade por sua tia-avó e madrinha de batismo, Pulchéria Maria da Conceição (Mãe Pulchéria), chamada Kekerê – em referência à sua posição hierárquica, Iyá kekerê (Mãe pequena). Menininha seria sua sucessora na função de Iyalorixá do Gantois. Com a morte repentina de Mãe Pulchéria, em 1918, o processo de sucessão foi acelerado. Por um curto período, enquanto a jovem se preparava para assumir o cargo, sua mãe biológica, Maria da Glória Nazareth de Yemanjá, permaneceu à frente do Gantois por dois anos aproximadamente.
“Minha avó, minha tia e os chefes da casa diziam que eu tinha que servir. Eu não podia dizer que não, mas tinha um medo horroroso da missão (…): passar a vida inteira inteira ouvindo relatos de aflições e ter que ficar calada, guardar tudo para mim, procurar a meditação dos encantados para acabar com o sofrimento.” [3]
Em 1922, através do jogo de búzios, os orixás Oxóssi, Xangô, Oxum e Obaluaiyê confirmaram a escolha de Menininha, então com 28 anos. Em 18 de fevereiro daquele ano, ela assume definitivamente o terreiro. “Quando os orixás me escolheram eu não recusei, mas balancei muito para aceitar”, contava.
A partir da década de 1930, a perseguição ao candomblé vai arrefecendo, mas uma Lei de Jogos e Costumes, condicionava a realização de rituais à autorização policial, além de limitar o horário de término dos cultos às 22 horas. Mãe Menininha foi uma das principais articuladoras do término das restrições e proibições. “Isso é uma tradição ancestral, doutor”, ponderava a ialorixá diante do chefe da Delegacia de Jogos e Costumes. “Venha dar uma olhadinha o senhor também.”
Mãe Menininha abriu as portas do Gantois aos brancos e católicos – uma abertura que, em muitos terreiros, ainda é vista com certo estranhamento. Mas afinal, a Lei de Jogos e Costumes foi extinta em meados dos anos 1970. “Como um bispo progressista na Igreja Católica, Menininha modernizou o candomblé sem permitir que ele se transformasse num espetáculo para turistas”, analisa o professor Cid Teixeira, da Universidade Federal da Bahia.
Nunca deixou de assistir à missa e até convenceu os bispos da Bahia a permitir a entrada nas igrejas de mulheres, inclusive ela, vestidas com as roupas tradicionais do candomblé.[4]
Aos 29 anos, Menininha casou-se com o advogado Álvaro MacDowell de Oliveira, descendente de escoceses. Com ele teve duas filhas, Cleusa e Carmem. “Meu marido, quando me conheceu, sabia que eu era do candomblé… A gente viveu em paz porque ele passou a gostar de Candomblé. Mas, quando fui feita Iyalorixá, passamos a morar separados. No meu terreiro, eu e minhas filhas. Marido não. Elas nasceram aqui mesmo”. [5]
Em uma entrevista à revista IstoÉ, mãe Carmem conta que ela adorava assistir telenovelas, sendo que uma de suas preferidas teria sido Selva de Pedra.[6] Era colecionadora de peças de porcelana, louça e de cristais, que guardava muito zelo. Não bebia Coca-Cola, pois certa vez lhe disseram que a bebida servia para desentupir os ralos de pias, e ela temia que a ingestão da bebida fizesse efeito análogo em si.[6]
Mãe Menininha do Gantois faleceu de causas naturais, aos 92 anos de idade.
Axé,
Pois bem! Eu fiz uma viagem a Salvador no fim do ano passado. Estive às portas do Gantois, tirei fotos e tudo, como um turista deve fazer, porém, infelizmente o terreiro não estava aberto ao público. Li a biogafria da mãe Menininha e me incomodei por não ter encontrado o nome do orixá de sua mãe. Minha lista estava quase completa, só faltava o orixá de mãe Maria da Glória, que agora sei que era Iemanjá. Agradeço ao senhor, Baba Fernando.
Axé,
Renato.
Perdão mas acho que teve um erro imenso em sua pesquisa.
O Asè Opo Afonja foi criado em 1895 por mãe Aninha e depois foi levado para Salvador em 1910.
Realmente o 1° barco dela foi la em Salvador mas a primeira casa aberta por minha finada vo Aninha foi no Rio de Janeiro
Motumba!
Baba Fernando, por acaso o senhor sabe qual era o orixa de Mae Sussu (Ursulina) da Casa Branca, Engenho Velho?
Axe,
Renato.
Renato,
Mãe Sussu foi a quarta a iyalorixá do Engenho Velho, não posso afirmar por que não há registros oficiais, mas, dizem os antigos que era de Airá.
Axé.
Muito obrigado Baba Fernando. Tentei conseguir a informação ao máximo e, de fato, não há registros, mas adorei esse “dizem os antigos que era de Airá”.
Axé.
Ola eu sou Portugues vivo na Holanda a minha vida esta um caus e eu nao sei que fazer. Eu nunca me indentefiquei com nenhum culto ou relisgiao, mas de algum tempo para ca que canto musicas que nunca ouvi, tenho 1 amigo meu que me disse que era musica de santo (terreiro) e que deveria procurar saber o porque de cantar, assim como saber qual o meu santo, porque podera ter algo a ver com tudo o que se esta a passar.
Alguem me pode ajudar?
Filipe, procure por algum Babalawo ou Sacerdote de òrìsá na sua cidade ou perto. Entre no google e pesquise, faça um jogo e deixe a pessoa falar o que Òrunmìlá, nossa divindade que tudo sabe, tem a lhe dizer. A distancia e sem a resposta do jogo fica dificil lhe dar qualquer aconselhamento.
Àse.
Da Ilha,
O meu obrigado por me ter respondido.
Eu ja fiz pesquisa pra encontrar mas aqui na Holanda nao tem, o mais perto fica em Espanha ou Portugal, entao eu estou a tentar saber e se alguem mesmo a distancia me pode dizer qual o meu Santo? O que talvez ja me ajude!?
Eu agora nao posso ir a Espanha ou Portugal!
Olá Manuela,
Gostaria de algumas informações sobre o casamento no candomblé, o que é preciso, como é feito, no caso eu não sou da religião mas ela é Yawó. Então gostaria respostas pois já procurei em todos os lugares possíveis e não encontrei. Queríamos que a mãe dela realizasse, já que nós duas a admiramos muito.
Desde já agradeço sua atenção.
Camila o culto de òrìsá não faz casamento, o que fazemos é uma cerimonia onde pedimos bençãos para o casal.
Ire o.
Pessoal,
boa tarde.
Após o carnaval, farei uma viagem à Bahia e, como estudiosa, seria de grande valia poder conhecer a Casa Branca do Engenho Velho ou demais terreiros tradicionais em Salvador.
Alguém poderia me orientar a respeito da possibilidade de visitar e conhecer estes lugares? É possível ? Há dias e horários próprios? É possível, como não iniciada (e “turista”), assistir alguma cerimônia ?
Obviamente com todo respeito às eventuais restrições.
Agradeço desde já e aproveito para elogiar o grande trabalho de vocês.
Fernanda,
Em Salvador tem uma casa bem conhecida que é o ilê axé Oxumarê, Você pode ir até lá para visitar e assistir os trabalhos. se eu não me engano o baba Fernando conhece esse Terreiro. No Google você encontra o endereço e possiveis contatos desse Ilé.
Axé!! e Bons Estudos.
Muito obrigada, Jonathan.
Um ótimo dia!
Boa noite,
Nasci no candomblé mas depois da separação dos meus pais, ainda criança, acabei me desligando completamente do axé e me tornei Testemunha de Jeová, sendo que meu pai continuou com ligações no candomblé e espiritismo até a sua morte prematura qd eu tinha 19 anos. Abandonei a religião TJ’s a mais de dez anos e no início do ano passado voltei a me aproximar do candomblé, estou com 38 anos, e frequentei duas casas como visitante e na última vez que fui, era uma festa de Alaketu, incorporei um Exu que diz chamar Pé na Cova, e que já estava na minha família a gerações inclusive com meu pai. Minha amiga que é filha da casa e estava comigo me disse que tenho que cuidar, mas gostaria de saber mais sobre essa entidade, na internet não existe praticamente nada sobre ele. Grato desde já. Axé!
Angelo eu não conheço.
Há muitos anos atráz eu ouvia uma cantiga que falava de João Pépé.
Também não conheço e não poderia lhe dar informações.
Quem sabe Baba Fernando não nos ajude com alguma dica.
Ire o.
Angelo,
Aconselho a dar caminho a esta entidade, fortalecer seu Orí, cuidar de seu Orixá.
Axé
Obrigado senhores, sábado farei uma consulta com um babalorixá de confiança para que ele me mostre os caminhos. Parabéns pelo trabalho realizado aqui no blog, nota-se logo que trata-se de pessoas idôneas, respeitosas, sábias e solícitas. Vida longa! Axé!
Angelo.
Àse ire, àse yó.
Onan rere o.
Ori alafiá.
Da Ilha e Fernando D’Osogiyan
Boa noite!
Como disse no outro post fiz a consulta com um zelador, ele fez o jogo dos búzios e foi revelado que tenho uma mediunidade muito forte e que meu orixá é Oxossi, eu já sentia isso e o Exu Pé na Cova já tinha dito tb a meu irmão, e faça santo urgentemente, pois existem situações na minha vida que só irão se resolver depois disso, disse tb que tenho ancestralidade e que essa entidade acompanha minha família a muito tempo e que não posso demorar para faze-lo. O problema é que não terei férias do trabalho esse ano pois acabei de mudar de empresa e férias só ano que vem e o babalorixá me disse que seria bom fazer antes do fim desse 1º semestre. Mas estou confiante e feliz de dar esse primeiro passo e sei que alguma solução vai ser apresentada a mim através de meu pai Oxossi! Obrigado aos senhores pelas orientações (não passo um dia sem ficar pelo menos duas horas lendo o blog) e desejo que esse trabalho continue assim, apontado uma luz para aqueles que estão na ‘escuridão’! Abraços daqui de Salvador, Bahia. Motumbá!!!
Angelo,
Não se esqueça nunca que o tempo do Orixá é diferente do nosso. Bastará você se comprometer com seu orixá, ir comprando as suas coisas, se preparando, frequentando, aprendendo, para quando chegarem as suas férias,você estar pronto.
Axé.
Mais uma vez obrigado pela orientação Baba!!! Até mais.
Axé!
Aurê aos mais velhos e mais novos.O texto transcrito acima,atribuido a P.Verger, traz de forma geral informaçoes muito difundidas aqui na Bahia e no Brasil sobre a origem do candomble na Bahia,mas definitivamente não corresponde a Historia verdadeira e documentada por pesquisadores serios e comprometidos com as raizes da religiosidade afro-brasileiras.Deixo bem claro que o meu intuito não é de maneira alguma desmerecer as referidas “casas” e familias tradicionais do candomblé da bahia e sim contribuir de maneira mais precisa acerca deste assunto. Existe uma “casa” na Bahia chamada Ilê Axé Maroialaje ou Terreiro do Alaketu,como é mais conhecido por conta da Yalorixa já falecida, Olga do Alaketu.Acontece que este terreiro é o unico que pode comprovar sua fundação através de documento ofical (escritura do terreno) datado dos idos de 1809,registrado no arquivo publico.Isso trata da data oficializada por documento, pois a tradição oral remonta a fundação muito antes (Ver o artigo sobre Mae Olga aqui mesmo no site) falando das irmãs gemeas da familia real que foram raptadas e trazidas para o Brasil,sendo uma delas (Otampê Ojarô) a fundadora do Ilê Axe,sendo a atual sucessora descendente direta desta familia.Este fato é devidamente comprovado por exames de Dna e pesquisas realizadas por importantes estudiosos sobre o tema a exemplo de Vivaldo Costa Lima e outos.Vivaldo chegou a entrevistar membros da referida familia real na Nigeria e constatou a existencia de um conto passado de geração à geração, relatando o rapto das irmãs no final do seculo XVIII.Isso fundamentalmente não altera em nada o que é dito sobre os candombles da Barroquinha, a não ser apenas o fato Historico do primeiro Ilê Axe fundado em terras baianas,mas de forma alguma mais ou menos importante do que qualquer outro Ilê Axe do Pais.Olorum modupé.
Dofono de Odé,
Com certeza o Axé Alaketu foi esquecido por Verge em seu artigo, ele se prendeu a Casa Branca do Engenho Velho que tem registros datados de 1820. Ele, no artigo mensiona o Alaketu: “Existem numerosos outros terreiros que seguem o ritual Kétu, como o do Illé Mariolajê no Matatu, mais conhecido sob o nome de Alaketu, cuja Mãe de santo atual, Olga de Alaketu, já foi várias vezes à África”. Ele à época não tinha informações sobre o Alaketu, creio eu.
Proponho que faça um artigo para publicarmos aqui neste post, com esse registro, para resgatar a verdade desta família real,…” o fato Historico do primeiro Ilê Axe fundado em terras baianas,mas de forma alguma mais ou menos importante do que qualquer outro Ilê Axe do País…”
Axé
Como eu posso escrever artigos?
Dofono, temos uma página intitulada “Espaço dos Leitores”.
Sinta-se em casa.
Ire o.
Boa tarde.Há algum tempo tenho sentido a necessidade de começar a frequentar o Candomblé, porém estou tendo dificuldades em encontrar uma casa. Moro na zona norte de São Paulo e o que encontro são terreiros de Umbanda, porém, apesar de estar frequentando uma casa muito longe da onde eu moro, isso não tem me acalmado. Não sei se isso tem a ver com alguma obrigação ou não, mas não sei a quem mais recorrer e sinto que essa necessidade só faz aumentar. Será que alguém poderia me ajudar? Se puderem me enviar um e-mail: cezar.reli@usp.br
Desde já agradeço a todos.
Abraços.
Cesar não temos indicações em S. Paulo, vejamos se algum amigo do blog aparece para lhe auxiliar.
Ire o.
Bom Dia a todos…
Meu nome é Gislaine Aparecida Vieira, tenho 41 anos e nasci em 17/03/1971.Gostaria que vcs pudessem me auxiliar.
Tenho crises convulsivas desde os 5 anos de idade e faço tratamentos com medicos neurologistas que de nada adiantam,somente medicações.Sou de formação católico mas sempre frequentei o Kardecismo.Porém de uns anos pra cá comecei a sonhar comigo vestida de roupa branca…inclusive com nomes de alguns orixás ou entidades.Cheguei a frequentar um pouco um centro de Umbanda mas não me identifiquei e deixei de ir.Já me foi falado que tenho que desenvolver minha mediunidade mas não encontro uma casa e sinceramente não sei por qual caminho seguir.Tive um sonho na última semana onde eu estava na porta de casa e várias mulheres vestidas com saias e blusas brancas passavam perto de mim quando uma delas se virou pra mim com uma bandeja na mão…parecia um pedaço de bolo…e me disse: ” Ori pediu pra entregar a você”…foi quando acordei…Não sei o que isto possa significar.SE possível gostaria de uma orientação.Obrigado.
e-mail : gis_lai_neapvieira@hotmail.com
Gislaine, vc precisa de ajuda espiritual e orientação.
Tente em sua cidade alguém que possa abrir um jogo e lhe orientar em relação a Orí e òrìsá.
Candomblé não tem desenvolvimento do medium, temos desenvolvimento positivo do caráter do médium.
Que é a busca constante do Iwá Pèlè (veja post clikando em minha foto), nosso ápice espiritual.
Ire o.
Obrigado por responder.Vou tentar procurar ajuda espiritual em minha cidade.O que acontece é que as vezes ficamos um pouco inseguranças em relação a qual casa procurar.
Desde já agradeço pelo carinho.
Abraços,
Gislaine
Onde poderia encontrar uma relação com todos os terreiros de candomblé da bahia, quem de fato poderia me ajudar?
Florisvaldo, tente acessar esse site da UFBA: http://www.terreiros.ceao.ufba.br/
Babá Da Ilha e Fernando D’Osogiyan
Motumbá! Há quase 1 ano atrás pedi orientação aos senhores e gostaria de atualizar os acontecimentos. Fiz minha iniciação no mês de março no ano passado, no Ilè Asè Olo Omin, nação Ketu, filha do Gantois. Sou Dofono de Osòssi e meu barco foi de seis. Cada dia que passa me apego e me conecto mais com meus orisas. Vou pagar obrigação de 1 ano em março, não vejo a hora…Grande abraço!!!
Olá gostaria de uma ajuda, a um tempo estou procurando um terreiro de candomblé de respeito, sério e etc… mas não consigo encontrar, vi que vocês são pessoas que levam a religião a sério e por isso gostaria de pedir ajuda para encontrar um terreiro de candomblé verdadeiro aqui em São Paulo, por gentileza será que alguém poderia me indicar? ficaria muito agradecida.
Marta,
Infelizmente não conheço nenhuma casa em São Paulo para indicar. Algumas pessoas falam muito bem da casa de Pai Cido D’Oxun.
Axé.
favor não confundir exu catiço com o exu que acompanha o nkise/orixá/wodun……..isso vem se tornando um lugar comum em prejuízo do trato religioso…..
Mo juba Bábá.
O Senhor está repleto de razão, estamos nesta luta tentando fazer com que os neófitos levem esta cultura para dentro de suas casas.
Por mais que saibamos que é um vício de linguagem a regra tem se mostrado muito infeliz, pois os nomes associados a diabos, demônios e belzebus católicos está impregnando nossa religião de um sincretismo nefasto.
Obrigado por sua participação e bem vindo a esta trincheira.
Èsù mase mi o.
Èsù oré mi.
Oná rere o.
Olá bom dia. Li as perguntas e respostas de todos, porém continuei com dúvida. Pois li bem lá acima sobre a feitura de cabeça no Orixá Exú, mas a minha dúvida versa sobre Ogúm Xoroquê, podem os senhores me ajudar? Sou de Curitiba-Paraná.
Paulo procure a foto de moderador Charles e veja post sobre este Voodo.
Ire o.
preciso do telefone deste terreiro em salvador.obrigado
Maria basta digitar o nome no google e você terá a informação necessária.
Ire
olha na consegui, so o telefone por vou pesssoalmente.obrigado
Date: Sat, 4 Jan 2014 21:31:07 +0000 To: ceica.ba@hotmail.com
Olá Bom dia,
Sou de Mato Grosso e Gostaria que me indicasse um Terreiro das Titias de Nazaré das Farinhas; se possível o telefone. Muito obrigado e aguardo as informações.
Nivaldo Alves
Guiratinga-MT
hola sou andre eu com 18 años desenvouvir no condoble . estou buscando um comdoble em brasil para desenvouver espiritualmente actualmente estou na españa mas necesito cuidar de mi santo
Olá Nelson,
Meu nome é Katia e já nasci nas mãos de Oxum dentro de um terreiro no Rio de Janeiro, desde então vivo buscando minha identidade dentro do culto. Já estive em Angola, Ketu, Jeje e Nagô e o que sei é que sou Ekédi e que minha bisavó era escrava trazida da Nigéria onde era rainha da tribo de Ewá. Tenho 49 anos e fui feita aos 23 em Tumba Juçara como sendo de Oxum, mas a mãe de santo de Jeje jura que sou de Oxaguiã (estou tentando resumir os fatos). Ocorre que, nenhum(a) babalorixá ou yalorixá querem por a mão na minha cabeça, já os orixás em terra me suspendem e me referenciam sempre e eu acabo até ficando com vergonha. Preciso de uma casa séria de Candomblé para me encontrar de verdade e acredito ser na Bahia. Pode me ajudar nessa busca, Nelson? Obrigada e colofé.
Katia o Nelson está em: http://www.ori.net
ire
Olá Da Ilha,
Obrigada pela orientação mas, não consigo encontrá-lo neste site. Na verdade orientei minha dúvida a ele porque vi que no início ele estava respondendo todas as questões expostas pelos outros participantes. Mas fico feliz também com sua opinião a respeito do meu caso, se quiser me ajudar será uma honra.
Ire
katia veja aqui
blog.ori.net.br/?author=1
Ola irmãos, gostaria de saber se alguem pode me indicar uma casa comandada PPR mãe de santo, que seja de Angola na Bahia. Não ligo pra raiz, apenas pro amor e o bem. Mas se for de alguma raiz td bem. E para uma pessoa muito amada, e não conheço ninguém da Bahia. Obrigada.
Morei com um rapaz dois anos e separamos à 7 mês mas eu sou muito apaixonada por ele o que eu nao sei o que fazer.
Olá pessoal tudo bem? me Chamo Eychela,na verdade sou Travestir mas quem me conhece não acredita quando falo que sou devido a forte aparencia feminina,mas minha vinda aqui é pelo simples fato de mesmo sendo até então bonita e chamar bem a Ateção, não consigo atrai nenhum olhar dos Homens e muito menos arrumar um namorado.estou sozinha ja faz uns 3 anos, as veses tem homens que ate se aproximam mas quando falo que sou travestir, do nada eles nem dão ideias mais, gostaria de fazer o usar algo para atrair a atenção de homens ( digo Desejos deles por mim) e se possivel um namorado. bjos e boa tarde.
Eychela nós, os moderadores do blog, não trabalhamos com este tipo de Juju (magia).
Não somos contra e nem tão pouco fazemos apologias negativa a este tipo de artificio.
Apenas orientamos as pessoas a serem abertas as suas relações e terem os devidos cuidados que vida nos pede, hoje em dia.
Muitas vezes o caminho esta bloqueado. E por que será que está bloqueado?
Quem deve desbloquear este caminho, qual energia vai te direcionar para uma relação estável e amorosa?
Não sabemos.
Quem pode nos dar uma informação é o oráculo.
Procure alguém que possa lhe dar as informações necessárias e tenha cuidado com milagreiros.
Ire
Afinal qual foi a primeira a introduzir no Brasil Jeje, ketu ou angola?
Lima a primeira leva de escravos foi da região de Angola, depois o povo do antigo Dahomé, atual Benin, houve experiencias com muçulmanos, Os Male e por último o povo de Ketu, como chamamos a etnia yoruba (Togo, Camarões e Nigéria). Isto é histórico e é matéria de escola.
A organização da religião em solo brasileiro aconteceu no final do século IXX, com a criação do Engenho Velho, Bangbose e outros que vieram neste rastro e sabemos que muitas casas já praticavam a religião de uma forma, menos organizada. Então temos a criação da roda de òrìsà, a oficialização dos cargos e etc.
No perfil das grandes matriarcaqs, publicados por Baba Fernando, vc encontrará muitas respostas.
A Universidade Federal da Bahia, tem um site chamado Afroasia (http://www.afroasia.ufba.br/) que está em manutenção, mas, deve retornar em breve onde retrata com fidelidade esta história em um de seus artigos no qual houve um grande trabalho de campo, você deve pesquisar, pois eu não sei qual o número da revista que traz o trabalho.
Ire
Colofé,
Obrigado pelas as informações, vi que a Casa Branca do Engenho Velho, Sociedade São Jorge do Engenho Velho ou Ilê Axé Iyá Nassô Oká é considerada a primeira casa de candomblé aberta, achei essa informação no Wikipédia, a enciclopédia livre.
Abs
Quem me Responde…
Qual o significado do nome: Obaraim?
Diego,
Orukó do famoso Babalorixá Balbino Daniel de Paula – Balbino de Xangô – Obarain.
Axé
Boa tarde! so argentina e náo scrivo portugueis. perdone-me a escritura.
Eu estou escrevendo um romance ambientado em Buenos Aires, no final de 1700. O mentora do personagem principal é uma escrava liberta que professa Candomblé Ketu, mas como nāo tenho certeza que no meu país é praticada esta religião, gostaria de saber se é possível que o mentora poderia culturarla. Saber se Ossaim é Orixás de Antonia (o protagonista) uma mãe pode ler os jogos de buzios ? Uma persoa pode ter a proteção de um Orixás se não for iniciado?
Muito obrigada
Gabriela no sé la historia de la diáspora argentina.
Tengo amigos en Buenos Aires que practican culto tradicional Yoruba, que sin duda debe ser el Òrìsà de culto de la época.
Una mujer puede leer Buzios y una persona no iniciada puede tener la protección de cualquier Òrìsà.
Ossaim puede ser el Òrìsà el protagonista.
Abrazos
Gracias por la respuesta!
Abrazo.
Olá, gostaria que vcs me indicassem algum terreiro aqui no Rj. Obrigada!
Laura eu não indico nenhuma casa no Rio de Janeiro, por não frequentar e não conhecer, conheço e bem a casa de Baba Fernando.
Você pode fazer contato com ele aqui no blog.
Ire
Boa noite.
Alguém saberia me dar referências da casa Axé Pavuna (RJ)?
Poderiam me indicar um Candomble de respeito no RJ?
Obrigada.
Thais,
Axé Pavuna atualmente é comandado por Pai Kill de Oxóssi, que herdou o Axé após o falecimento do meu querido Pai Paulo da Pavuna. Raiz Axé Oxumare e com forte ligações com a família Bangboxê.
Posso indicar O Axé Pavuna, Axé São Bernardo, Axé Opo Afonjá, Axé Bangboxê, Axé Guapimirim onde fica a minha Casa.
Axé.
bom dia, gostaria de saber se o primeiro pai de santo tb pagou pra ser iniciado e quem foi o primeiro pai de santo e o primeiro filho de santo e pq que a pratica do candomble e tão caro, de onde vem essa cobrança, pq do cobrar e não praticar a caridade?
grata Oba tundÊ
Ivone,
Você pode participar de uma Casa de candomblé sem pagar nada, isso se você não puder, evidentemente. Cada casa tem sua administração e manutenção por conta disso cada zelador estabelece “salvas” para as obrigações.
Axé.
Ivone o primeiro iniciado no culto de Ifá, pai da religião dos orisa, foi Àkodà o segundo foi Àsedá, os dois foram iniciados por Orunmilá, o Odù Osetura quando chegou ao nosso mundo pelas mãos de Òsún, foi iniciado em todos os rituais conhecidos.
Em todos os rituais o sacrifício foi feito, o pagamento pelo serviço de um sacerdote é obrigatório, uma vez que na religião matriz este cargo é uma profissão e não uma dádiva. Estuda-se a vida inteira, para poder dar uma simples consulta deve-se ter no mínimo uns 15 anos de aprendizado e ser autorizado por seu sacerdote para cuidar de pessoas.
Caridade é invenção brasileira, a Umbanda criou e cuidou das pessoas com este propósito.
Agora eu lhe pergunto:
Você vai fazer um ebó na casa do sacerdote, sai de lá limpinha espiritualmente e deixa um presente de grego, o seu carrego, que com certeza deve ser retirado, na consulta oracular temos que oferecer um carneiro (R$ 400,00), quem paga?
A caridade do sacerdote?
E se além da casa, as pessoas que participaram do seu ebo, tiverem que fazer ebó?
Como fica?
Não sejamos hipócritas, uma coisa e a pessoa não ter como pagar e achar caro, ou coisa é a exploração do suplicante e outra completamente diferente é o sacerdote ajudar pessoas que querem apenas resolver sua vida, não querem saber dos valores morais e espirituais.
Viram as costas e esquecem que as pessoas daquela casa existe, quiçá os orisa.
O Odù Èjì Ogbè (Èjì Onilè) explica por que temos que cobrar valores pelo nosso trabalho.
Basta pesquisar no google e vc vai encontrar a resposta.
Caso vc não saiba, pagamos pelo aprendizado que os mais velhos nos dão.
E aqui damos as informações gratuitamente, fazemos este trabalho voluntário sem receber um tostão, dólar, real, franco ou qualquer outra moeda.
O seu nome, Obà Tundè, nos diz da imponência e da prosperidade de nosso culto, estude ele.
Ire
Obrigada pela explicação, cada um faz o que acha correto. Eu continuo a estudar e sempre procuro saber sobre o mundo espiritual e se minha querida mãe iansa e meu pai obaluaie permiti ainda ajudarei muitos mais dentro do conceito do orixa. Amo minha nação mais não concordo com a exploração , que é muito forte dentro de todas as religiões. Meu mukuiu a todos e que iansa nos traga paz, amor e compreensão.
Ase.
Oi Meu nome é Rubi gostaria de saber qual é meu orixa so mulher mesmo gostaria que me responder…..Não sei qual é meu orixa …..
Rubi não fazemos adivinhação.
Somente o oráculo poderá lhe responder.
Uma pequena observação, Deus não faz escolhas sobre gênero e nem o ser humano.
Nascemos do jeito que somos e ponto final, nunca iremos mudar o nosso òrìsà em função de nosso gênero.
Ou prevalecerá este ou aquele, quem pensa desta forma, está cometendo um ato insano.
Procure alguém que possa lhe orientar, aqui no Rio podemos indicar pessoas, em S.Paulo, Capital, idem. Não temos contatos fora destas duas cidades.
Ire
Bem acho que me encontro no lugar errado em fazer essa indagação! Peço desculpas por tanto… Então vou á que vim, Sou de criação evangélica e durante uma aula de psicanálise em minha faculdade em psicologia ,passei a ter coragem de olhar para algo que sempre me deu curiosidade, digamos…
Em 2002 passei a fazer parte de uma cabana de umbanda e venho ao longo desse a interessar me pela religião de Ketû, porém devido a minha origem cristã tenho dificuldade “medo” de leituras que tenho feito, vou dar exemplo do Orixá Omolú Intoto acho que não se escreve assim, Onde li sobre os sacrifícios feito a ele se passa por sacrifício humano me gerando muitas dúvidas e volto a usar a mesma palavra medo. Tenho aqui essa questão aberta e peço ajuda aos irmãos sobre este assunto.
Obrigado e parabéns ao espaço de idéias e aprendizado.
Mauro,
Sacrifício humano é até bizarro para o Orixá, com o advento da INTERNET, passamos a pesquisar e ler muita coisa sobre todas as religiões, muita coisa boa sem dúvida e muita invenção também, pois ouvem o galo cantar e não sabem aonde. A História do sacrifício humano é muito deturpada e mal interpretada, não se valha por essas informações distorcidas.
Candomblé é um culto de muita retidão, fé e simplicidade.
Axé.
Ola eu gostaria de saber se algum de vcs podem me dar informaçoes das Titias de Nazare das Farinhas. (Se elas ainda sao vivas, se possivel o endereço de onde elas trabalham ou se tiver telefone de contato)
Desde já sou grato.
Axé….
Vinicius,
Não tenho informação alguma, fica aqui seu comentário, pode ser que alguém saiba e lhe responda,
Axé.
bom dia alguém pode me informar alguma casa de candomblé que leva as coisas com seriedades….
Um monte, Luiz! Aonde?
Motumbá!
Sou de minas qria um contato daí pra mim faser um trabalho
Elvio,
Que tipo de trabalho?
Axé.
eu sou pinheiro e tenho gastado tanto dinheiro com uma mulher que esta com o meu filho gostaria de saber porque essa mulher não abandona o meu filho gostaria de saber como entrar em contato com a senhora eu não gosto da mulher
pineiro,
Procure um bom advogado e tome as devidas providencias.
Axé.
Amigos sou do interior do ES, preciso do telefone de mãe Wilma de Oxum, se alguem puder me informar sou muito grato! Estou passando uma situacão em minha vida a qual careço de um socorro, e me disseram que ela é uma das melhores que a Bahia tem! Se alguem puder me enviar esse é meu watt zap (27)9-9999-3840
Eu preciso endereco pra ir ate ai
Paulo,
O que você deseja?
Axé.
Gostaria de ser feita no Santo já fui de umbanda,mas gostaria de ser feita no neto,foi confirmada que sou filha de yemanja, com Obara como eu faço pra chegar ai e gostaria de saber o valor do preceito.
Fabiana eu aconselho entra na página deles do Face
https://www.facebook.com/casadeoxumare/
Boa sorte
Estou a procura do tranca ruas que trabalhava no terreiro da mae Micheline em Curitiba. Fiquei sabendo depois de quarenta anos que minhas duas fillhas de doze e quinze anos foram estupradas no terreiro.
Lia lamentável, mas, acredito que você esteja procurando a pessoa errada.
Não é Tranca Rua e sim alguém, que se de fato cometeu esse ato abominável, deve pagar pelo crime, usando o disfarce.
Procure pelo suposto médium que dizia incorporar essa maravilhosa entidade.
Estamos solidários na sua dor de mãe e ser humano.
Boa sorte e que alguém descubra o paradeiro desse criminoso.
Ire
Quero ser feita no Santo,gostaria de saber o valor,e como entrar contato pelo zap,gostaria de me mudar pra ai tbm a senhora não sabe de uma casinha barata só pra mim e meus filhos?
Aine,
Antes de pensar em ser feita, tem que pensar na sua religiosidade, frequentar um bom axé e se estabelecer como filha de santo, quanto ao valor isso varia de casa pra casa.
Axé.