Por Fernando D’Osogiyan
Entre os Yorubás, religião é um problema complexo. Um estrageiro que se interessasse pelo assunto encontra múltiplos objetos de culto. Trata-se da representação dos famosos Orixás.
Todos os Orixás são visualizados como seres humanos e possuem uma origem terrestre. Exú, por exemplo, é originário da cidade de Igbeti; O Orixá Okô descende da cidade de Irawò; Ogun vem da cidade de Ilá; assim por diante.
Após a sua morte, um homem pode se tornar um Orixá para seus filhos, que passam a cultuar sua memória. O fundador de cada família, por exemplo, sempre se transforma num objeto de culto para seus descendentes. Alguns homens por ser valor pessoal, tornan-se Orixás cultuados por toda nação. De heróis locais passam a heróis nacionais.
A maioria dos cultos a Orixá são circunscritos a comunidade local, sendo muito pouco de importância nacional. Os Orixás locais são considerados heróis do grupo que os venera e são identificados por sua natureza, característica do território em que são cultuados. As classes principais dos objetos de culto são os rios e os montes. Um exemplo de monte cultuado a nível local é Oke Ibadan, cujas cerimônias se realizam atualmente na cidade Ibadan, um dos maiores centros do país, situado ao norte de Lagos. No dia do culto, não se acendem fogos.
Um exemplo do herói elevado a categoria de Orixá e cultuado pelo povo de Ijesá é Oba Logun, que, segundo a tradição, salvou aquele povo dessa cidade contra inimigos de Nupê.
Há, entretanto, alguns Orixás cultuados por toda a terra dos Yorubás, sendo os seis mais importantes: Ifá, Exú, Obatalá, Ossanyn, Ogun e Xangô., que também são venerados em outros países pelo mundo.
A religião da família constitui-se de vários cultos. Uma vez por ano cultuan-se os espíritos mortos. Às vezes, por sugestão onírica, realizan-se sacrifícios. O sentimento de um antepasado é formado por vários objetos usados por ele e se localiza onde está enterrado. Este local se denomina “Oju ibo” (local de culto). As famílias costumam venerar os genitores, fazendo-lhes sacrifícios sobre suas sepulturas.
Além do culto aos antepasados, as fanílias veneram outros Orixás, como Exú, Ifá, etc. Muitas famílias veneram um Orixá particular, chamando de Orixá da família. Pode-se adorar, por exemplo, irmãos gemeos falecidos. Quando a morte de um gêmeo, sucede-se uma doença ou estado de mal humor, faz-se necessário construir a imagem do morte e oferecer-lhes sacrifícios. O local para sacrifícios chama-se “Ibùmu”. Segundo a tradição, após a morte de gêmeos a mãe deve evitar a procriação por um bom tempo.
A veneração de um Orixá particular por uma família é muitas vezes circunstancial. Quando, por exemplo, um raio mata alguémde uma família na qual exista um sacerdote de Xangô, é costume os outros sacerdotes do mesmo Orixá realizarem alguns rituais na casa do morto. Outro membro daquela família, então, é imediatamente iniciado no sacerdócio de Xangô.
Ser de Orixá significa ter sido escolhido entre os antepassados para objeto de culto, dessa forma, é muito improvável que algum Yorubá não cultue Orixá. A maioria das pessoas veneram, pelo menos, Ifá-Orunmilá, Orixá universal pelo menos a cada 5 dias. As mulheres tem o hábito de cultuar o Orixá Orí, que é o orixá da sorte. Quando a noiva deixa a sua casa para dirigir-se ao marido, reverencia o Orixá Orí, de forma a ter sorte no casamento. Os símbolos desse Orixá, entre os quais 41 búzios agulhados conjuntamente, são mantidos em seu santuário.
É importante ressaltar que uma mesma pessoa pode cultuar mais de um Orixá, dentre os cerca de 400 existentes. Alguem que cultue o Orixá da selva, por exemplo, pode igualmente venerar Oxóssi ou Ogun. Considera-se que eles liguem uns aos outros.
Por fim, pode-se dizer que a associação de alguns orixás a elementos da natureza não implica em que os crentes se identifiquem com estes no momento do culto. Na prática veneram a memória desses Orixás enquanto homens que viveram sobre a Terra em tempos remotos. A associação desses Orixás à natureza foi portanto ocidental. Quando Oyá é cultuada, por exemplo, pensa-se em suas habilidades, enquanto mulher, de emitir fogo pela boca; ao cultuar Oxun, não se rende homenagem a rio que leva seu nome, mas a mulher que um dia transformou-se em Orixá. Assim, os cultuadores de Xangô o invocam menos com o propósitpo de venerar o raio ou trovão do que honrá-lo pelo homem que fora, capaz de empregar esses recursos naturais.
Pesquisa do texto de Ademolà Adesojí- Do livro Nigéria História-Costumes- Cultura do povo de língua Yorubá e a origem dos seus Orixás.
Babazinho, o texto é ótimo e de um grande esclarecimento.
Discordo da questão da ligação com os elementos da natureza ter sido ocidental. Bem se sabe que muitas culturas e civilizações mais antigas usavam a natureza como também objeto de culto. E a cultura yorubá, devido a sua idade, se insere nessa tese.
O ocidente inseriu exatamente o contrário: ele distanciou a ideia de homem integrar natureza e natureza integrar homem.
A partir da visão ocidental a qual somos criados, que o homem tem a ideia que os elementos naturais estão apenas para servir sua “superioridade”. Fato totalmente descabido.
Mas o corpo do texto fala de uma assunto que serve a toda comunidade: a questão da nacionalidade do Candomblé. Temos sim raízes africanas, ancestrais da África, mas o nosso culto, a nossa religião é brasileiríssima, com dogmas e conceitos até um pouco diferentes do culto aos orixás em terras africanas.
O Candomblé possui raízes africanas, mas com identidade brasileira. E é por isso que ela deve receber uma maior atenção como patrimônio nacional dentro do estado brasileiro. As outras religiões são religiões inseridas aqui, o Candomblé possui cordão umbilical nessas terras, é de berço e isso, felizmente, ninguém pode negar e tolher a atenção e o cuidado que a religião merece.
Axé!
Oi Babá!
Adorei o texto, muito esclarecedor. Assim podemos ter mais uma noção de como surgiu tudo isso, de onde vem tantas coisas.
O culto ao antepassado, na minha opinião, é muito importante, pois se estamos aqui é porque eles um dia estiveram, e merecem todo nosso carinho e respeito.
Axé
Motumba Fernando, mas uma vez o senhor foi brilhante!!!
Gostaria de colocar meu ponto de vista …
Eu como iniciado para o candomblé, acredito q os orixas,n’kisses e voduns ,sejam a maior exclamação da natureza. Para mim, um egun/yumbe jamais sera orixa. Contudo, acredito q nós seres humanos , iremos nos integrar a esta energia ,compondo com certeza estes seres de alguma forma.
Para mim, tata Ofange os orixas são as energias da natureza, e com certeza nós fazemos parte deste enredo, só q acredito q independente de qualquer coisa iremos virar egun ( espirito ancestral) e nada mas além.
Sei q o senhor fala do povo “ioruba”, e fala de forma bem pecúliar e nobre, porém queria q o senhor mostra se seu ponto de vista.
Ficarei feliz se o senhor me ajudar nesta ponderação, ainda q pense diferente.
Gostaria q o senhor escrevesse muito maisMuito bom seu texto, eu sempre os impriposta se mais textos. Sempre q o senhor posta eu imprimo e levo adiante no ensinamento dos maiss novos. Axé baba, zambi na quatessa/adupé
Kivanda ofange, seu filho
Correção:
Espero q o senhor post cada vez mas. Seus textos são sempre muito bom, e sempre imprimo e utilizo até para ensinar aos mais novos
Kiua Fernando de ogyian,
Tata ofange
Ègbé,
Existem em África cidades /tribos/aldeias imensas que veneram seu Rei, e,este mesmo rei considera-se descendente do Orixá, não se vê como fôrças da natureza, e sim pelos seus extraordinários feitos e conquistas. Foi a ocidentalização que apurou a magia do ORIXÁ e toda a sua essência principalmente no Brasil, o berço do candomblé africano, aqui reuniran-se todos as nações que se organizaram e fizeram e fazem até hoje a preservação cultural, é o que chamamos de Ilê Axé.
Adupé ò,
Baba fernando o senhor faz em seu ilê lorogun???
Kivanda,
Não faço.
Grande abraço irmão!
Babá Fernando, kolofé!
Pai, me desculpe por pedir aqui uma dica que não tem a ver com o seu texto.
O senhor pode me dizer quais os centros/bairros de venda de artigos aí do Rio de Janeiro onde posso comprar gamelas?
É que em São Paulo, o Ibama está pegando no pé. Não é quem não tem gamelas nos centros de vendas de artigos, mas não estão vindo muitas, nem grandes nem muito bonitas.
Dái vou ver se passo no Rio pra comprar pro meu Xangô Airá.
Obrigado, pai!
Axé!
Luciano,
Mercadão de Madureira no bairro Madureira tem vários tipos de Gamela. Muito fácil, tem vários ônibus para Madureira.
Axé,
Obrigado, pai
Axé!
Nossa Baba, que interessante.
makuiiu!
Fiquei aki matutando sobre a origem da religião, a nacionalidade… Daria questionamento pro dia todo… rsrs
Evoluimos tanto…A religião que era somente dos negros se propagou pelo mundo, os Orixás chamam a atenção de
estudiosos e pesquisadores alguns até se bandeando para o seio da cultura afrikana.
Eu fico pensando q Pudera os negros de outrora ter em suas mãos a facilidade que temos nos dias de hoje em cultuar nossas divindades, hj somos seres livres para fazer nossas escolhas.
AxÈ
Bom dia!!
Estou me integrando a religião e estou gostando muito e tenho tido varios esclarecimentos sobre os site…ja andei dando uma ‘bisbilhotada’ e vi q não tem muitas coisas sobre o Erê.
Tomara q tenha um post em breve sobre eles.
Sou filha de Yemonjá e incrivelment não sou muito fã de criança…isso é possivel??
Bjus
Gostaria de saber se existe, ou melhor… se se mata carneiro para algum orixa comer. Gostaria de saber se tem algum q coma carneiro por causa de um sonho q eu tive. Obrigada
Gabriela nós temos im umpost dedicado aos Erês, é só procurar no blog que vc vai encontrar, leia tb os comentários daquele post. Tomeje
Aline tem sim, ms isso é um assunto restrito e que deve ser procurado na sua roça porque pode haver divergencia entre o que é feito nas casas de axé, então vale o que é feito na sua. Tomeje
Sei que não é o assunto do post, no entanto gostaria de algumas informações.
Sou filho do Ogum Xoroquê e Iansã. Minha mãe faz parte do candomblé desde os 7 anos, no entanto é um tanto quanto antiquada na hora de tirar as duvidas e sempre vem com aquelas desculpas de que há coisas que devem ser descobertas e não ensinadas, e que há coisas que só são ditas no roncó.
Devido a falta de informação, por vezes, temo me envolver mais com a religião, já que uma vez adepto deve-se ter uma responsabilidade muito grande para com os seus deveres dentro dela.
No entanto minha mãe sempre me disse que nasci pra ser ogan, e por diversas vezes pais de santo ja me disseram o mesmo, e até um erê veio confirmar essa história.
Gostaria de saber como se procede a iniciação de um ogan?
Espero não me deparar novamente com o mistério que é feito envolta do candomblé, e esperançoso aguardo anciosamente pela resposta.
Agradeço antecipadamente
Jorge sua mãe está totalmente correta no que te fala. Certa vez eu ouvi o seguinte. “Todo segredo está disponível a todos. Dentro do roncó”.
Jorge te sugiro que leia alguns textos aqui do blog. Clicando nas fotos vc poderá ler vários textos interessantes como “Longo caminho do aprendizado”, “Sou filho de orixa”, “No início”, “Tradição e misturas” e muitos outros textos. Mas tem um assunto bem mais interessante e que está disponível nos comentários dos posts ligados a Ogum. É essa questão de Xoroque. Na realidade, na sua origem, Xoroque é um Vodum (Gu Xoroque), um Gu ou Ogum que deixou de ser Gu pra se tornar um guardião das porteiras das casas de Jeje. Por este motivo algumas casas aceitam a existencia de filho de Xoroque, e outras não aceitam. Alguns dizem que Xoroque é um Exú e outros que é um Ogum, e outros ainda, dizem, que é meio Ogum e meio Exú (O que eu em particular não aceito, pois não há meio a meio a não ser pizza, orixa é sempre único). Então antes de saber sobre como se faz um Ogã, talvez te ajudasse ler sobre o seu orixa em específico, saber sua origem, suas especificidades e as lendas que o cercam. Isso já será um grande suporte pra vc no futuro. A questão da iniciação eu não posso mesmo falar via net pois são segredos de culto que não devem ser revelados. No caso de sua mãe, ela pode não saber como é, pode nunca ter visto uma confirmação. No meu caso ou de outros na net, eu penso que revelar um assunto deste seria pensar que todos devem fazer como eu vi sendo feito, seria a pretenção de determinar “a forma correta”. E quem perderia com isso seria vc, que de posse de “”””””uma informação certa”””””””” (entre muitas aspas mesmo), vc poderia criar dúvidas se na sua iniciação algo fosse feito diferente do “seu” conhecimento de net ou livros. Mas e se o que eu sei ou que outros sabem for diferente do que seu zelador/a aprendeu como certo? E se no seu caso específico haja necessidade de ser feito assim ou assado? Cada casa age de uma forma, cada raíz age de uma forma, então o melhor é esperar mesmo e decobrir aos poucos. Tomeje
seriam o culto aos antepassados e o culto a “forças da natureza” excludentes?
penso que não; uma vez ouvi um pai de santo dizer que os orixás têm as duas facetas… têm o poder de nos conectar à nossa ancestralidade, mas também ao cosmos; que era como se a grandeza desses grandes reis, rainhas, guerreiros, amazonas, líderes tribais fosse tanta que eles transcendessem a dimensão local/humana e se fundissem ao todo, à natureza, ao cosmos.
não gosto de pensar nisso em termos de evolução (como “espíritos que alcançaram um grau de evolução tão grande que se fundiram ao todo, e passaram a integrar o meio natural”), pois acho essa concepção ocidental e positivista, racional, muito mais ligada ao kardecismo e às religiões de matriz europeia. entretanto, acho que a grandeza do axé que essas figuras carregaram vai além do momento histórico específico em que viveram…. e quando estamos atentos e integrados à natureza, encontramos uma forma de dialogar com essa força imensa.
quando ouço um trovão, identifico aí uma forma de me integrar à nossa grande mãe ancestral, iansã.
quando estou perto do mar, sinto a energia de yemanjá, minha santa de cabeça, muito mais forte;
quando estou na natureza, em meio às plantas e rios, sinto oxum, oxossi, obá, logun muito mais presentes.
uma vez que se perca essa conexão com o meio natural e tenhamos o meio ambiente degradado, a conexão com nossos ancestrais está posta em xeque.
Marsonoro, kolofé!
Esta visão também me incomodava, também achava que havia aí algo do kardecismo, uma coisa ocidental, um “boi na linha”.
Daí encontrei num sebo o livro “A serpente e o arco-iris”, de um antropólogo americano que estudou o Vodoo Haitiano, cujas entidades, os Lôa, são mais do que equivalentes aos orixás: tem mesmo os próprios nomes deles (Ogum, Xangô) etc.
Apesar da capa sensaciolista que a editora Zaar fez na época, o livro é muito sério.
Num certo momento lá, é exatamente isso que os sacerdotes explicam ao antropólogo: que os lôa são ancestrais imemoriais que transcenderam tão grandemente que as suas energias puderam ser “particionadas”, digamos assim, no ori de cada iaô de quem eles são antepassados, ocorrendo o transe e a reatualização do ciclo. Além de se associarem também a um elemento energético da natureza,
Enfim, não sei se fui claro, mas o livro vale a pena.
Como é bastante esgotado o livro, há mais de 10 anos, não há mal nenhum em eu dizer: quem quiser eu tiro cópia e envio.
PS: babá Fernando, admiro cada vez mais a sua forma de se expressar, com simplicidade, honestidade e verdade. Digo isso pelas últimas discussões nos posts sobre aborto e política. O senhor foi mesmo uma grande benção, uma grande “aquisição” (rs) para este blog que acompanho faz tempo.
Ah sim, esqueci de citar o mais importante:
O Haiti é conhecido como a “África antiga ainda viva dentro das américas”, porque foi o único país onde os negros fizeram uma revolução e expulssaram os colonizadores. É quase como estudar “ao vivo” a áfrica do século 18.
É por isso que considerei como africana e não como ocidental essa coisa dos “espíritos transcendendo”, essa visão que o sacerdote passou ao antropólogo.
Luciano, mais e mais me convenço dessa linha de argumentação; primeiro porque é muito comum que quem seja feito no santo, diante de lugares com a natureza intocada, como rios, matas e cachoeiras, sinta o poder do orixá MUITO mais intenso.
segundo, porque seria lógico que, se o candomblé cultuasse apenas o “humano”, não houvesse necessidade de uma fusão de elementos da natureza e de tantos aspectos litúrgicos que fazem alusão a esses elementos.
e, na realidade, se verifica que, desde quando se planta o axé de um terreiro, esses elementos simbólicos são necessários para a renovação da energia da casa, e para dar continuidade ao ciclo do qual vc falou antes 🙂
sempre lembro de uma frase que meu pai repetia muito para a gente na nossa feitura, que traduzida ao portugues quer dizer “sem folha não há orixá”. extrapolando, dá pra pensar que sem a natureza como um todo não se faz orixá- os próprios elementos da natureza estão envolvidos na feitura de santo, cada objeto ritual tem uma ligação com um aspecto (animal, mineral, elementar) da natureza.
a energia da natureza é um dos fundamentos do candomblé; se não fosse assim, praticaríamos um culto muito mais semelhante à umbanda, com incorporação de ancestrais (eguns ou orixás) em seu aspecto mais “humanizado”/”personalista”.
penso que seja algo muito além disso…
quanto ao ponto da “evolução”, me incomoda muito a carga de sentido que esse termo assume a partir do espiritismo e do pensamento ocidental iluminista (que associa evolução a progresso). ao mesmo tempo, muitas linhagens religiosas (africanas, mas também hinduístas ou xamanicas) colocam a possibilidade de um espírito se expandir tanto a ponto de se unir ao cosmos e às forças da natureza como algo real;
e isso geralmente se dá com figuras que tiveram um enorme poder e prestígio em vida, como grandes guerreiros, rainhas, governantes, líderes espirituais…
ou seja, isso é parte das nossas raízes.
e, mais, é um dever nosso, eqto pessoas do axé, nos ligarmos mais nessas questões ambientais (sem abrir mão das nossas tradições). no limite, nossa fé só tem sentido a partir da conservação da natureza. entendendo vida e morte como um processo contínuo, a natureza é, no limite, de onde surge a energia que dá movimento ao mundo e permite a transmissão do axé.
Babá Fernando,
Nossa, vocês nem imaginam quantas duvidas aqui são esclarecidas, os orixas com certeza estão muito felizes com este trabalho, que a cada dia fica mais rico em informações e respeito pela nosso culto. Eu comecei a receber orixas e principalmente eguns ainda criança, meus pais não entendiam e nem aceitavam quando alguem inclusive medicos diziam que era pura mediunidade, nem precisa dizer como foi complicado minha infância e adolecência,na fase adulta cair de paraquedas na umbanda, sem entender nadinha de nada srsrs, os orixás e os eguns vinheram com tudo rsrsrrs. Hoje estou me tratando com uma pessoa do candomble, ele não tem o sítio ainda, mais que tem muito amor pelos orixás, faz muitas orações, ofereçe comidas para os orixas e exú, enfim é uma pessoa do bem.
Tenho algumas perguntas que gostaria muito que o Sh. me esclarecesse se possivel:
-Como faço para não ficar recebendo energias de egun?pois quando chega principalmente neste mês, eles Babá, me alugam rsrsrs (já melhorou bastante), eu não sei explicar, mais sinto que preciso de algo do qual eu não sei o que é, mais sei que este algo existe;
-Recebo um êre que afirma ser vivo, o que isto significa no candomblé?
-O Sr. conheçe alguém de confiança aqui em Salvador-Ba.para jogo de búzios?
Preciso saber com mais profundidade quem são meus orixás e como cultua-los corretamente.
Nossa acho que abusei da boa vontade de vcs rsrsrs.
Axé para todos.
Sua benção
Linda.
1º- Para parar com esses eguns, tem que fazer alguns ebós para tirá-los de seu caminho e não é só isso, através do jogo saber o que sua cabeça pede, pois precisará fortalecer seu Orí, também precisará mexer com a energia do seu Orixá. Precisa de uma boa casa para se cuidar ou que seu atual zelador tomer essas providências.
2º- Esse erê deve ser mais um desses eguns que lhe atormentam, será despachado nos ebós, “vivo estamos nós”.
3º- Conheço a minha raiz Asé Oxumare- entre no site, veja o endereço telefone, Pai PC e Mãe Tânia.
4º- Só se cuida de Orixá em casa de candomblé e aí na Bahia tem as mais tradicionais além do Axé Oxumare, tem Opo Afonjá, Gatois, Enegenho Velho, Alaketu.
Axé,
Boa noite!
vamos lá, estou com uma lição dificil DEFINIR o candomblé, estou com um trabalho de escola, que se refere ao Candomblé. Meu professor sabe que sou da religião, e eu me ofereci para fazer a parte do Candomblé, porém a maioria da minha escola são Evangélicos. Como voces sugerem que eu defina o Candomblé de modo que eles nao precisam acreditar e sim respeitar, é muito dificil , porem se eu começar desde de já, eu tenho certeza que vai ser mais facil no futuro. Pois todos se interessaram pela aula de Filosofia , sobre a mitologia africana, como eu posso definir esse trabalho de modo que eles entendam? muito obrigada,
Mariana logo na capa do blog temum texto muito bom sobre A questão do politeísmo e/ou monoteísmo, talvez seja um bom começo. Tomeje
Existe diferença do Candomblé e da Umbanda?
adoro esse saite aprendo muito
Quais Orixás comem carneiro e quais cituações?
Lyndete,
Vários Orixás comem carneiro assim como o cabrito em seus orôs de obrigação. Oyá não come carneiro!!
Axé