Ter poder, e ser de fato detentor de algum poder, são situações distintas em uma comunidade religiosa de Candomblé, isso no meu entendimento. Veja que sempre me refiro ao meu entendimento pessoal, porque o que escrevo é fruto da minha vivência religiosa. Caberia melhor dizer que é fruto da observação dos fatos e situações ao longo dos anos, com pessoas que possuem os mais variados desejos de poder, desde aqueles que rejeitam o poder que lhe é concedido, até aqueles que o desejam muito e intensamente e não medem esforços para conseguir o objectivo.
A utilização do poder e da hierarquia numa Casa de Santo não está escrita em nenhum código explícito de conduta, nem mesmo está escrito de fato; a hierarquia e o poder existem pelo simples fato de ser assim e ponto final.
Porém, são a hierarquia e o poder bem aplicados que mantém o grupo unido em torno de um objectivo ou de alguém, um líder. Mesmo se pensarmos em um trabalho filantrópico, sem fins lucrativos, perceberemos a hierarquia por trás do projecto; há sempre um líder, um catalisador, alguém a quem se prestam contas; e numa Casa de Santo não seria diferente.
O que vejo de problemático neste modelo de hierarquia e poder concentrados em mãos pouco habilidosas para o trato com as pessoas, é o fato dessa hierarquia sacerdotal estar directamente ligada ao status que os postos de zelador, ogan, ekedi ou outro oiê dão a alguns dignatários sem preparo e sem cultura suficientes para exercer estas funções; que lidam directa e diariamente com pessoas, com emoções e sentimentos, com vidas. E, desta forma, o poder se torna um comércio e uma forma de se impor pelo medo.
Para exercer correctamente o poder é necessário, além do “direito conquistado”, ter o reconhecimento e o respeito da comunidade. É necessário ser um líder nato, e não um mero ditador de normas.
Os grandes nomes de nossa religião nem sempre tiveram educação formal completa, mas tinham carisma e sensibilidade. Portanto, a educação a que me refiro nem sempre é a formal, pois educação vem de família e, como somos uma família pergunto:
– Como estamos então educando nossos filhos?
Deve-se ter bem claro em uma comunidade quem é o líder e quem são os liderados. Falo em líder e liderados, não senhores e escravos. Frequentemente se confunde hierarquia com satisfação dos desejos do elemento mais graduado, confundindo liderança com imposição do medo. O bom líder orienta, o mau líder se aproveita da fraqueza do outro para diversos fins.
Como disse antes, em nossa religião não há um código de conduta escrito e formal; cada zelador é livre para fazer ou desfazer o que bem entender da forma como bem entender em sua Casa. Logo, isso leva à formação de entendimentos particulares das noções de respeito à pessoa, e a hierarquia passa a só ter valor quando imposta de cima para baixo e de dentro para fora do grupo detentor do poder, sendo o restante do grupo relegado à condição de mantenedores do “status Real”.
Casos típicos de confusão e de má conduta ética são os zeladores que, não tendo cultura ou educação (inclusive formal), quando empossados no comando de uma Casa não hesitam em tratar as pessoas com total desprezo, principalmente os membros da sociedade civil de maior prestígio que lhes frequentam as Casas.
A mim parece um tanto de preconceito ou revanchismo. São pensamentos retrógrados e arraigados de que, fora da Casa, o filho de santo é um médico ou um doutor, mas uma vez dentro da Casa ele fará o que for ordenado, se humilhará e será humilhado. Esse comportamento, associado à falta de ascensão social e reconhecimento profissional do zelador fora do seu próprio meio social/religioso, cria situações de constrangimento e desagrado, e acabam por excluir muitas pessoas que não compactuam com esse modelo.
Educação talvez seja um bom começo.
Não é porque não há um código de conduta que direccione o comportamento dos graduados que estes podem dispor das vidas, desejos, anseios e liberdades alheios da forma como melhor lhes convier. Somos, no mínimo, pensantes e temos sim direito ao bom e respeitoso tratamento, pois hierarquia e poder não pressupõe opressão.
Pelos motivos acima, creio que o que constantemente leva uma Casa a perder seus filhos e ser reconhecida como um local não muito confiável é a falta de capacidade do seu quadro, do seu staff, que geralmente está mais envolvido em disputas internas e silenciosas pelo poder do que centrado no que realmente importa, que é a educação e crescimento dos membros da comunidade. E, nestas disputas, não se leva em conta a sobrevivência da própria Casa como instituição de amparo aos filhos; não se leva em conta nada, somente a obtenção do poder a qualquer custo ou a manutenção dele.
Como disse anteriormente, há também os que rejeitam o poder. Estes não contribuem em nada e se colocam à margem das disputas, mas também não se posicionam contrários a estas. São como já li em um grande livro “Ogãns de bênção”, referindo-se às pessoas sem compromisso com a Casa. Não fala especificamente sobre os Ogãns, não há nenhum preconceito, refere-se à generalidade dos cargos e do status que eles proporcionam na comunidade, sem no entanto se envolverem profundamente com seus assuntos.
Claro exemplo de dominação pelo medo se dá em uma consulta de búzios ou a uma Entidade, onde o objectivo principal é a busca de soluções e respostas para um determinado assunto, e essa consulta acaba por impor ao consulente uma série de outros assuntos que não são pertinentes, mas que dão status de grande adivinho ao zelador. Refiro-me aos casos como os declarados no próprio blog sobre informações desencontradas dadas por diferentes zeladores a respeito de um mesmo assunto.
Sei que o jogo não é um tomógrafo de última geração, uma máquina programada para dar sempre os mesmos resultados com margens mínimas de erros, mas falo de percepções e de técnicas diferentes em que até o dia em que se consulta o jogo pode ter influência sobre a leitura. Uma coisa não muda em tudo isso, o interesse em ajudar ou ser ajudado do adivinho. O assunto é esse, eu em particular não jogo nem dou consulta, portanto em princípio não deveria falar dos que o fazem, mas, com liberdade para opinar e responsável em conjunto com a Manuela por divulgar a religião neste espaço democrático, não posso omitir este assunto.
Esse é somente um item de um grande arsenal de formas usadas para impor o medo. No jogo/consulta se “vê” que o consulente “precisa urgentemente” fazer ou deixar de fazer, ter ou deixar de ter diversas coisas e é nesse ponto que começamos a diferir o poder de fato do poder imposto. Afinal, amedrontar uma pessoa se utilizando de um jogo ou de uma Entidade para obter vantagens é coisa fácil, o difícil é encontrar pessoas que queiram orientar e cuidar, dar carinho e uma palavra de conforto. Como disse, é difícil encontrá-los, mas graças aos Orixás pessoas sérias também ocorrem em grande número, pois afinal é para isso que são graduados e ocupam seus cargos.
O objectivo deste texto é dizer que o poder deve ser utilizado para colaborar, para influenciar positivamente, para fazer crescer a comunidade e os filhos, portanto devemos, antes de nos entregar de corpo e alma, avaliar cuidadosamente que tipo de poder queremos exercer e a que tipo de poder estaremos sujeitos.
A busca constante da felicidade conduz à felicidade.
Não sei de quem é a frase, mas é bem interessante.
Tomege do Ogum
Manuela no final do texto tem uma frase que acho que eu não enviei, por favor, se houver como, insira para mim.
A busca constante da felicidade conduz à felicidade.
Não sei de quem é a frase, mas é bem interessante. Tomege.
Nelson
gostei muito daquela sua ideia sobre criar um livro.
abraço, Manuela
Manuela bom dia, faremos juntos e se possível com mais colaborações. Tomege.
Nelson Souza, meu amigo eu quero esclarecer outras duvidas;é se a pessoa que ñ é feita pode jogar cartas ou búzios. eu admiro sua ezatidão em dar todas as respostas isso é atitude de quem ñ tem medo do que fala do mundo dos orixás e é responsável com seus orixás breveestarei de volta pois nem tão sedo terei condições de me dedicar abraço obrigada amigo.
Iara, não basta se iniciado, tem ter completado sete anos de iniciação, tem que ter havido autorização do zelador, preparo dos objetos sagrados e rituais específicos para o jogo. Quanto as cartas não há impedimento algum a um não iniciado no Candomblé por que não faz parte do Candomblé.
Sobre a pombagira Navalha, eu não conheço muito, mas Ela recebe basicamente o mesmo que as outras, farofa de mel, flores, cigarro etc.. e se veste da mesma forma e cores, acho que a bebida dela é adocicada. Tomege.
tomege, vc escreveu justamente o que tem acontecido na minha casa de Santo eu antes não quis entrar em detalhes porque achei que sria falta de etica e falta de respeito mas ta ai minha mãe de santo ela perdeu o axé perdeu os filhos e acho que no meu conceito tb os orixas hoje eu não frequento mais a casa porque a ekedi da casa é filha dela carnal oxum oponda e ela sempre demandou com filhos de lá e sempre fez ameças.Eu viajo muito pelo Brasil e fiquei um ano em Salvador e convivi com uma mãe de santo de lá que é maravilhosa, infelizmente meu celular foi roubado e não tenho mais o telefone dela enfim não foi isso que eu aprendi com os outros Pais de santo, à 4 anos atraz essa mãe de santo me disse que minha missão era o candomblé e eu nascida em uma familha católica fervorosa neguei o quanto pude. Sofri muito mas hoje eles respeitam minha crença eu fui testada em minha fé várias vezes mas não arredei o pé.Eu realmente desisti quando da ultima vez lá estive, porque, acho eu no meu conceito que quando se esta fazendo uma comida de santo deve ter muito respeito e minha mãe de santo e ekide brigavam o tempo e falando palavrões de baixo calão, até que não aguentei aquilo e disse ‘ minha mãe sempre falou que quando agente faz um bolo ou uma quitanda não pode fazer com raiva e nem brigar na hora porque a quitanda não cresce” e falei isso para as duas.Eu fui criada pelos meus avos numa fazenda do sul de minas, e sempre desde pequena andei pelas matas. Acredito eu que meus orixas sempre me respondem nas matas e rios. E é o que tenho feito junto com minha irmã de santo Eliana e olha que eles sempre respondem nossos pedidos porque os tratamos com muito respeito e amor. O meu avo de santo é dai do rio de janeiro ele conheçe a filha de santo que tem. E nos falou que nos não precisamos dela e que podemos contar com ele. Nossa que testamento mas enfim eu pus para fora o que me encomodava. um gde abraço para vcs. PS MINHA FILHA CHEGA AMANHÃ DE PORTUGUAL E EU ESTOU COM MUITA ANSIEDADE DE NECONTRA-LA.
Magda pergunte sempre, desabafe sempre, estaremos sempre dispostos a te ajudar. Gostou do “nem sob tortura”??? mas é verdade tem coisas que não se faz ou se diz em público de forma alguma, são assuntos que formam os segredos do culto. Tomege.
tomege depois que recebi sua resposta te admirei ainda mais porque vc agiu com etica,porque onde todos entram e leem as respostas não pode me passar uma coisa tão séria depois te passo meu email.deixe eu ter mais conhecimento. axé
Amei essa fala sobre hierarquia, espero que muitos zeladores de santo, leiam.
O que mais achamos por aí são pessoas que querem de todas as formas nos manipular. Por terem o conhecimento os quais manteem escondidos a sete chaves ou talvez não os tenham? Quem sabe?
Além das brigas infidáveis por causa do “poder” o disse que me disse querem nos fazer escravos, pano de limpar pé, inclusive manipular a nossa vida profissional.
E o ensinar com clareza? O respeito pelo Orixá?
Eu acredito na poder do Orixá e tenho muitas provas que eles existem, caminham ao nosso lado e indempende do ritual.
Acredito, também, que em breve os que ludibriam a fé dos menos favorecidos serão reajustados.
Fatima estamos muito felizes com seu comentário esteja sempre por aqui, seja bem vinda. Tomege.
Oi tomege… adoro estar aqui com vcs, eu gostaria de saber de vcs é o porque de tantas pessoas me procurarem na loja para ajuda-los e eu não sei nada ainda sou um bebê engatinhando mas sempre foi assim então eu acho que eu tenho uma missão e não sei qual é. Parece que sou um para raio pego tudo de bom e ruim tb e não sei lidar com isso sempre me falam que eu só tenho que escutar e não me envolver mas não consigo o que eu posso fazer para mudar isso? Hoje mesmo me procuraram para ajudar uma pessoa que está muito doente, depois eu fico angustiada por causa do problema que nem é meu, Por favor me de uma dica meu email é magdao10@hotmail.com axé
Magda bom dia, não coloca o chapeu onde não alcança correto? Cada um com seus problemas, é assim que é a vida. Vc tem os seus e eles os deles. Não estou fando ue vc deve ser egoísta e deixá-los sem ajuda mas veja nosso blog, estamos aqui sempre, mas temos nossa privacidade nossos fins de semana, nossas famílias e amigos, não podemos esquecer isso, nossa vida, intervir ou se envolver nos assuntos dos outros ao ponto de perder o sono nunca! Orientamos sim, com o máximo de cortezia e amizade, sinceridade, honestidade e até indicamos um caminho, mas as perninhas que vão ou não seguir o caminho é deles. É assim que fazemos. Tomege.
Tive uma ideia não sei se e pertinente mais de qualquer forma ,vou falar poderiamos pegar todos esses cometários e fazer um livro ,não um livro que vá dizer ou relatar nossos segredos ou analizar este ou aquele culto(casa) mais um livro expondo nossas entendimentos que erviriam de muita valia para fortalecer nossa nação e claro criar laços mais fortes entre nós do cambomblé.eu ficaria contente se elaborassemos também um meio de nós comunicarmos on-line seria de grande valia para quem quer conversar e entender mais de nossas origens elém de claro fazer nascer em cima de nossas afinidades laços de amizade, falo isto porqûe vejo isto em outras religiões, eadimiro o jeito que vejo principalmente em você de falar as coisas sem impor as mesmas fala com simplicidade e mais usa sua intelegencia falando coisas pertinentes e com disernimento
Até que enfim achei alguem que pensa exatamente como eu.
A hierarquia não tem nada hver com escravidão, e é o vemos hj, na maioria das casas de candomble.
os pais de santos e as pessoas que tem algum cargo dentro da casa, não usam isso pra beneficio da comunidade, a mim parece que é a unica maneira que usam pra se aparecer, ou seja, para se mostrar como alguem que tem algum poder, poder esse que na realidade não existe, apenas existe um conhecimento a mais, talvez devido ao tempo dentro da religião. ( o que não conseguiram dentro da sociedade comum, eles abusam acreditando terem alcançado dentro da religião), e ao mei ver ORIXA não é isso, o Orixa é humildade…..
Sai da minha casa devido a isso.
Deyse D’Oyá obrigado pela leitura do texto e pelas palvras, está realmente difícil conviver com tantos problemas e tantos zeladores que pouco contribuem para o Candomblé, mas não desista minha irmã, sempre vai ter uma Casa onde vc se sinta bem. Se puder leia também o outro texto chamado “Notícias nas Casas de Santo” está em Autores Nelson, continue tendo fé, por que se nós perdemos a nossa fé este blog acaba por falta do que falar ou de quem tenha interesse em lê-lo. Tomege do Ogum
Olá, Nelson e Manuela.
Parabéns mais uma vez por esse trabalho e principalmente pela forma de pensar. É difícil hoje em dia encontrar pessoas com este tipo de equilíbrio que só os Orixás dão. Acho que deveriam escrever um livro, sim, pois acredito que voces têm o principal, que é boa fé e discernimento. Sou uma filha de Ogum, e penso: como certas pessoas chegaram a se tornar zeladores despreparados? Talvez tenham “vencido”uma dessas disputas de poder que voce abordou em seu texto. Sempre ouvi dizer que a humildade é o grande segredo da nossa religião, por isso não concordo com os que chamo de “generais-da-banda” (desculpe o termo), que são aqueles que recém engatinham mas não respeitam suas Casas, ás vezes nem mesmo os Orixas que vem no mundo, acham que podem mais que qualquer um e tentam passar por cima de qualquer irmão. Talvez esses zeladores opressores, etc…tenham conseguido assim. Acho, que quem tem um caminho torto, é porque começa pisando errado. Um abraço.
Parabéns, vc. foi sensacional, falou tudo que eu queria ouvir de uma pessoa que entendesse do assunto, afinal a gente chega a pensar que pensamos errado, é muito triste quando o sucesso sobe a cabeça e a pessoa que tem um pouco mais de sabedoria tenta humilhar aqueles que estão iniciando, mais uma vez parabéns.
Motumbà, Sr. Tomege,
Excelente a postagem!
Eu amo e tenho muita fè nos Orixàs! Tenho muitos amigos iniciados hà muitos anos no candomblè. E, eles sempre falam que eu seria o bom filho de santo, que “tenho cabeça boa para o Axè!”. Porèm, um dos motivos que sempre me fez adiar, e relutar, na minha “iniciaçao no candomblè” ( apesar do meu amor e fè nos orixàs), foi este fato: “Este excesso de poder, abuso de poder, que vi em muitos pais de santos, alguns tratando como escravos seus filhos de santo”! E, eu nao me submeteria a um excesso de poder assim. Respeito, obediencia, dedicaçao, humildade perante aos mais antigos tudo bem, è vàlido e necessàrio. Mais humilhaçao gratuita, nao sou de acordo. Por este motivo relutei (digo retutei, porque penso que encontrei a casa e a pessoa certa) a me iniciar no Axè.
P.S. “Devo acrescentar que este blog me ajudou a tomar esta seria decisao em minha vida, pois me ajudou perceber, claramente, o quanto eu amo os Orixàs. E, que tambem existem pessoas serias no cultos do Orixàs”.
Um grandissimo AXE’
Meu velho, tenho lido suas mensagens e esta é uma das que eu mas gostei pq esta faltando nas casas de candomblé, td isto que o sr nos escreve v/w, na casa da minha Ya, tem dessas coisas a filha dela rapou um orisá e diz ter tomada três anos de um outro orisá, e se sente mas que a ya, e o marido que ñ tem nem uma agua de barrela na cabeça foi suspenso pelo orisá do genro que só tem três anos no chão, e ele manda em td como se fosse um babalorisá ou um agã confirmado isto é correto ou não? desde já agradeço-lhe a atenção, a sua benção!!
Baba a benção, na minha casa eu tenho uma irmã que é mas velha de rocó, foi feito td o procedimento, mas ela não foi rapada e nem deu o nome no asé, ou seje ñ teve saida, mas dentro da casa ela tem tds os santos acentados, depois de um ano ela tomou o obori de encerramento de feitura, e agora a ya diz que ela tem que voltar a 5 anos atrás e sair como yaô, ou seje começar do zero isto é correto, qual seria o procedimento pra ñ prejudicar esta irmã? Parabéns pela mensagen lá no asé acontece td isso que está no texto acima, que tds os zeladores possam ler, refletir e parar com esta coisa de escravisar as pessoas, sua benção….
Robson d´Odé estas relações familiares em casa de axé sempre gera este tipo de confusão entre o que é família e o que é axé. Mas só cabe a zeladora cuidar disso, ao filhos cabe aceitar e acatar ou procurar outro caminho. Tomege do Ogum
willian de logunedê tudo que vc realta para mim é novidade, bori de encerramento de feitura uma ano depois de iniciada, e principalmente voltar para ser yaô. Isso simplesmente não faz parte do candomblé. é invenção. Tudo oque deveria ser feito, deveria ter sido feito na iniciação, não existe esta possibilidade de “retorno”. Tomege do Ogum
Pai obrigado pelo esclarecimento, pos tinha quase certeza que a resposta era esta e agora o que é que a minha irmã terá que fazer pra acertar as coisas que ficaram incompletas? desde já agradeço a atenção e os meus respeitos ao Sr e a manuella, o endereço do barracão é rua progresso, 504 vilar dos teles, a casa de ossum está se desmoronando por causa dessas coisas, eu ñ gostaria de deixar o axé mas ñ estou vendo outra alternativa a ñ ser a tal.Estou pra tomar os meus 3 anos agora em maio mas sinto que ñ vou entrar devido a familiares e incerteza da tal mãe chirley de ossum. a sua benção.
Olá!
Alguém poderia me esclarecer uma dúvida?
Quais as diferenças entre uma Ekedi de Xangô e uma Ekedi de Nanã?
Obrigada!
Olá Thaíssa
Não entendi sua perguntaVc poderia reformular?
O que vejo é diferença no Orixá visto que são muito diferentes.
axé
Claro.
Minha dúvida é se há diferença nas funções de cada uma,e se há influência do Orixá na personalidade,etc…como o que ocorre com nossos orixás ‘de cabeça’.
Axé
Olá Thaissa
As ekedis são autoridades,consideradas mães dos Orixás quando eles vem na Terra,geralmente sua função será a de zelar,cuidar do orixá incorporado,é muito comun elas usarem toalhas nos ombros para secar o Orixá. Vc tem o seu Orixá que pode sim influenciar na sua personalidade
(lembrando que várias coisas influenciam na personalidade, e que nós não somos o Orixá, temos nossa individualidade, tem gente que leva ao pé da letra os arquétipos, por isso a observação!), mas vc tb pode mudar seu jeito de ser.
Pode ser que vc seja de um orixá mas que seja confirmada como Ekedi de outro Orixá. Vc vai cuidar daquele orixá,geralmente do pai ou mãe da casa…
Acontece bastante…
Mas o Orixá que está no ori é o que está ligado a você.
Espero ter ajudado
axé
Ajudou sim,Obrigada!
Que bom!!!
🙂
Olá, eu gostaria que me tirasseum uma dúvida em relação à dois fatos: não chega a ser contraditório que os exus de uma certa forma façam o bem e o mal?
Segundo: A nossa interação com os caboclos em nosso plano físico, não nos revela espíritos não evoluídos, como por exemplo, qual o objetivo de uma garrafa de marafo para uma entidade? eu ainda não consigo entender essa relação materialista que geralmente nós temos com os espíritos desencarnados.
Obrigado!!
Carpe Diem
Fr. Faustino, frade agostiniano.
Olá Frei Faustino,
Em primeiro lugar devemos separar os dois conceitos de Exu existentes, que na realidade se referem a coisas bem deiferentes segundo o entendimento do Candomblé e segundo o entendimento da Umbanda. Aliás, acabei de publicar neste blog uma matéria que fala precisamnete da diferença entre Exu Orixá do Candomblé e os Exús da Umbanda, e aborda a questão de outras entidades/espiritos muitas vezes se fazerem passar por Exus, quando na realidade não o são. O mesmo acontece no que se refere a Caboclos e outras entidades que são cultuadas na Umbanda e em outros Candomblés que cultuam Exus, Caboclos, Boiadeiros, etc., mas isso não acontece no Candomblé Ketu.
Creio que a leitura desse post lhe vai ajudar a entender as questões que coloca, e no final, o bem ou o mal acabam por ser resultado da boa ou má conduta das pessoas, tanto aqules que executam trabalhos como daquelas que os solicitam, e em meu entender, é aí que reside o mal.
AXé!
Frei,
Também é contraditório o conceito a satanás! Aliás, um absurdo ainda maior associá-lo ao Exú do candomblé.
Fernando D’Osogiyan
Babalorixá
Boa noite…
Kolofé meu irmão…tire-me uma dúvida:
É comum um filho de santo na obrigação de três anos receber cargo?
Olá Rodrigo
Não é comum, o normal é que se receba cargo após ou na obrigação de sete anos,antes disso não é tradicional.
axé
Ola a Bença a tds…
gostaria de saber qual a função de uma Ya Ogànlá?
Asé a tds
Bia,
Iya Ongalá é responsavel em “alguns axés” pelo quarto de Oxalá e suas coisas em geral, até seu Osé.
Axé,
Realmente é triste a falta de humildade de algumas pessoas no terreiros acho que sobe a cabeça para algumas pessoas ter um cargo maior ou ter mais anos no santo que outros, ja lidei com pessoas que tem mas de 30 anos de santo que são pessoas super humildes e pessoas que estão longe de completar 15 anos que são pessoas arrogantes.
Quero agradecer a vc nelson por sempre responder minhas duvidas em outros post e a todos que fazem parte deste site com certeza os orixas trouxeram voces para esclarecer a duvidas de nossa religião pois falar é facil mas fazer um trabalho sério e respeitoso como o de vcs que é dificil que todos os orixas tragam muito axé pra voces para que estejam sempre aqui nos ajudando. Axé
baba nelson, gostei muito de uma frase q ouvi de um zelador , e de uma irmã no santo lafefe:
o candomblé não é democracia , existe hierarquia
está frase tem cara de post.
exise divessas pessoas q não tem a menor noção disso
e este é um bom tema não acha?
kivanda,
candomblé de hierarquia só existe de meia dúzia de filhos que entendem e respeitam a liturgia, ralam seus joelhos no chão, foram abians, e serão eternamentes ótimos iyawos, pois como já escrevi no post Katende, Iyawo seremos eternamente.
Axé,
baba fernando, esta na hora de lançar mais post não acha?
posso dar uma sugestão?
tradução de cantiga , post ai umas 16 uma para cada deus ,só para começar pai . sabemos q o senhor tem tanto a oferecer e tão pouco postou.
sabemos tambem agradescer por suas colaborações nas respostas, q são sempre sensatas, e de bom tom.
eu acredito ser, o maior entre os beneficiados q aconpanhão o blog. muito obrigado por doar conhecimento e sua benção
tata ofange
e digo mais…
façam realmente um “vale apena ver de novo” , tem coisas q valeriam apena ser republicadas e q estão nos arquivos.
as q estão no arquivo, somem de nossos olhos , e são otimas ,porém não ficam explanadas com tanta clareza, a não ser q as localizemos atravez de pesquisa.
abraço léo tata ofange
Leo eu estou atento aos seus pedidos sim, e quero realemnte reeditar alguns posts, o problema está entre o teclado e a cadeira, entende? rsrsrsrsrsrsrs Sou uma negação com estes asunto tecnológicos. Mas uma hora eu vou conseguir rsrsrs. Tomeje
fala com as garotas pai, derrepente elas te ajudam kkkkk
Leo, eu sou tão enrolada quanto o tomege aí. Minha tecnologia não é a foice, o facão… Mas também não é o computador. Perco a paciência mais rapidamente com máquina do que com gente! srsrsrs
Dia desses fiquei incomunicável aqui no blog, aperreei a Carol, a Velhinha, o Nelson que foi uma beleza rsrsrs Algum obsessor entrou na minha máquina! Às vezes consigo perder um texto inteeeiro (coisas do além), mas no meu último emprego aprendi que um Ctrl Z resolve muita coisa (não perco mais textos:P e tô me virando) rsrsr Eu sou novinha, mas não esqueço o velho papel e caneta. rsrsr
Axé!
Ih!! TomeJe, agora com “jotia”!! Desculpa aí, mano! rsrs
kkkkkkkkkk vcs não são mole , como diz a sheila:
este blog é uma cachaça rsrsrsrsr
Tenho um irmão que faz duas semanas nesse próximo fim de semana que fez sua feitura. A mãe de santo dele disse que ele é de ogum xoroque, mas a todo momento tratou ele como sendo de exu, sei que tem um fundamento, mas parece que ela fez ele como exu e não ogum.
Ele saiu sem quele, diz ela que ficou no santo. Uma semana depois ela saiu com ela é uma turma do barracão p/beber e cair na farra. Ele não tem nenhum tipo de preceito. E ela faz tudo o que ele quer. Até dançar agarrados e cheio de beijos.
Não estou entendendo o que está havendo. Não achei que as coisas fossem assim.
Alguém poderia me esclarecer por favor.
Laudiceia as coisas não são e não deveriam ser assim de maneira nenhuma, isso denota uma casa sem cuidados e sem fundamentos religiosos, falando baseado no que vc citou, está tudo fora de lugar. Onda já se viu uma Yá que sai com seu filhos pra beber e ainda por cima leva um Yaô pra estes lugares. Sinto muito por eles, é o máximo que posso te falar, sinto mesmo. Tomeje
Tenho uma dúvida, no candomblé quando nos chamam o certo é responder – Erô ou Mojé?
Aline,
NoKetu/nagô respodemos Erô.
Axé,
É possível uma pessoa que foi ekedi por mais de 14 anos, receber um cargo de yalorisá? Vi isso, e na minha ignorância achei estranho porque ekedi ja não nasce com cargo? Levando-se em consideração que essa pessoa nasceu no santo como yaô, mudou-se de asé, e passou todos esses anos conhecida como ekedi, nunca ha vi virada, mas mesmo assim achei estranho… Isso é comum? Pode? Agradeço se puder esclarecer… Asé.
Onira ekedji nunca deveria aceitar ou ser indicada Yalorixá, não é parte de sua liturgia e responsabilidade e tb não nesceu pra isso. Para mim é totalmente errado mesmo. Tomeje
Achei muito interessante o texto do site. Vivo isto agora mesmo e sinto um desconforto imenso quando vejo fazerem o culto de nossos amados orixás uma coisa tão contrária ao que eles nos ensinam. O santo não é propriedade de ninguém. Nós é que nascemos todos para servir independente do cargo e do status que ocupamos. O axé está no bom serviço. Quem usa do nome do santo para oprimir ao outro está agindo contra as leis sagradas de olorum e será mais cedo ou mais tarde cobrado por isso. Axé a todos vocês.
gostaria que vocês me tirassem uma dúvvida. O que significa ser filho de um orixá?
Um orixá pode ser um ancestral de uma pessoa?
Bruna eu sinceramente não te dizer o que sigifica ser um filho de orixa pois eu amo meu orixa e pra mim minha religião é minha família e meu apoio, acho que ser filho de orixa é encontrar isso, apoio e conforto espiritual. Os orixa podem ser entendidos como ancestrais sim, mas é preciso um estudo pessoal mais profundo sobre o assunto. Tomeje
Kolofé pra quem é de Kolofé, Motumbá pros de Motumbá, Mukuiu pra quem for de Mukuiu e a bença aos meus mais velhos e aos mais novos. O que me trás aqui é o desejo de aprender sempre e pela idoneidade do site e veracidade observada nas resposta os srs passaram a fazer parte da “água que bebo” sempre que tenho dúvidas como essa que coloco e que espero respostas dos amigos e irmãos. Quero saber o que os irmãos pensam a respeito de um caso que tomei conhecimento. Um dito “zelador” de santo relata ter 39 anos de Santo feito, Foi feito do Sr Obá Mucambelê(in memoriam), com o passamento deste tirou a mão com o Sr Tata Persio de Ayra(in memoriam). Quando o mesmo tirou a mão retornou a sua casa, contando aos quatro ventos que pertencia ao Axé do Sr Pérsio, mudou algumas coisas na casa dele (forma de se dar os ebós, alguns preceitos, enfim, coisas passadas pelo Sr Persio). Com a morte do Sr Pérsio este mesmo “zelador” hoje fala que não fez nada com Persio, que so tomou um ebó com os “ogãs” dele. E segue sua vida fazendo yaos e tudo mais, e sempre dizendo “não precisar de Pai” devido aos anos de santo que possui . Meus irmão gostaria muito de saber o que os srs pensam a res peito desse relato e fica-me alguns questionamentos que trago para apreciação dos srs: A “mão” do finado Pérsio realmente não esta naquele ori?? Ele não teria que “tirar” novamente a mão com outro zelador?? Permanece com axé do falecido sobre ele? Realmente idade acima de 21 anos desabona a necessidade de ter um zelador de Santo?? Sei que são muitas duvidas e acredito até que talves nem seja aqui para que elas possam ser respondidas e peço de antemão agô pelo inconveniente e entenderei se não tiver respostas, porem acredito na pesquisa e na busca do aprendizado na “fonte certa”. Deixo meus agradecimentos de antemão e solicito se os srs não quiserem postar a resposta aqui que enviem ao meu e-mail de contato. Fico muito agradecido pela atenção de sempre. Fiquem com a Paz e Graça de Olodumaré e meus respeitos. Kolofé.
Luiz Alberto, se ele diz que tomou apenas esses ebós e nenhuma obrigação fundamentada, ele não é filho deste segundo zelador. O que ele relata deve ser a verdade e se não for ele que se entenda com quem de direito. Quanto a não precisar de zelador por causa de sua idade dentro do culto, eu lhe digo que as metaforas dos Odus de Ifá nos revelam que Òrunmìlá pór diversas vezes utilizou o oraculo através de vários babalawos, que Olodunmarè, Ogbe meji, tbm recorreu, que Sàngo adquiriu sua coragem depois de um Ebó, Okonron meji e tem muitos mais exemplos que demostram a necessidade de sempre se recorrer a alguém para nos acudir. A auto suficiência é perigosa pois ao manipular-mos forças muito superiores e misteriosas estarem sempre tendo que buscar o aconselhamento.
Os tolos sempre são os primeiros a dizerem “EU SEI”.
Ire o.
Luiz Alberto,
A mão será sempre aquele que raspou seu Orí e o sacralizou, seja por quantas vezes for, a nação que for. Não voi me ater ao caso. Quem tem casa aberta, estrutura de axé, bem montada e uma boa equipe de Ogans, egbomis e ekedis, não precisa de zelador mais, caso, já tenha cumprido todo o ciclo de obrigaçõescom seu falecido zelador.
Axé.
gostaria de um esclarecimentos de vcs, qual o motivo, o fundamento, para que qdo se raspa alguem ou se confirma um ogan ou ekedi é necessário o resguardo de 1 ano sem praia, cachoeira, bebida alcolica????
lane, tbm não sei, 1 ano é muito tempo e para mim se faz uma coisa dessas porque todo mundo faz. A Tradição Ioruba tem por norma seguir os designios de Òrúnmìlá, o que ele disser, como intermediário, será acatado. Resguardo, quem nos direciona é o Alto.
Fora a liturgia e dogmas da iniciação o restante tem que ser consultado, não somos Deuses!
Eewo, resguardo e alguns tipos de atitudes que devem ser mudadas em função do seu renascimento.
Ire o.
Então esse resguardo que tanto ouço falar é apenas um mito. Não há realmente a necessidade desse resguardo? Conheço pessoas feitas no santo com mais de 30 anos que dizem ter cumprido esse preceito, como algo do tipo que tenha que ser cumprido, e que falam que hoje em dia é bem diferente. Não há então fundamento nesse preceito? Para mim seria algo necessário em uma iniciação. Mas minha pergunta se abrange um pouco mais, mesmo que o tempo seja menor, qual é a razão para esse tipo de preceito, pq não ir a praia, a cachoeira???
Iane,
O resguardo é uma proteção ao iyawo novo ( um bebê, daí raspar a cabeça). Cada axé estabelece sua norma interna do preceito seguindo seu axé e seus egbomis. É muito sério e tão importante quanto sua iniciação. Não ir a praia, bebida alcoólica, cemitérios é o mínimo, para que o iniciado de valor e represente seu Orixá perante ao ègbé, perante ao seu prório Orí.
Ogan e Ekedi são iniciados e confirmados para dar a sustentabilidade ao axé e exercer funções específicas de muita responsabilidade junto ao orixá e sua casa.
Axé.
Eu nunca comentei neste blog, no entanto, sempre gostei dos posts de vocês. Acho louvável a maneira como vocês se apresentam aqui. Parabéns, de verdade. Mas, será que você poderiam me ajudar com uma orientação?
Eu sou filho de Oxaguiã com Oxum e minha nação é angola. Eu não fui feito no santo ainda, fiz somente um bori de feitura. O meu pai de santo é o mesmo da minha mãe carnal, porém, eu não sou da casa dele, e sim, da casa dela, de Yansã. A casa tem poucos irmãos, porque Yansã pediu recentemente.
Um dia, quando estava na casa dos meus pais, senti meu corpo tremer muito e sentir um forte frio. Depois, fiz uma consulta ao jogo de búzios e constatou-se que eu deveria fazer santo. Meu pai de santo diz que eu tenho um cargo de santo. Fui em outros lugares e deu a mesma coisa. No entanto, eu não quero entrar para a religião. Eu acho muito bonito os Orixás etc, mas eu não quero me submeter a feitura, a cura, essas coisas. E eu também não me sinto a vontade com relação aos abusos de hierarquia que existem dentro da religião, e eu tenho o direito de não concordar com tudo isso. Acho que posso contribuir espiritualmente fazendo outras coisas que não seja o Candomblé. Mas, sempre dizem que, se eu não fizer o santo, minha vida não vai andar, isso e aquilo, que escolhi e fiz um acordo antes de reencarnar. Acredito nisso, no entanto, eu estou aqui, não me lembro do acordo que fiz e não quero saber de candomblé. Eu estudei terapias holísticas como reiki, florais, radiestesia, cristalterapia, aromaterapia, cromoterapia etc e, acho, que posso ajudar as pessoas com isso. Ajudo alguns amigos, e não cobro por isso. Enfim, gostaria que vocês pudesse me dar uma orientação com relação a isso.
Obrigado. =)
Victor,
Quando nós não queremos ser iniciados porque não nos sentimos preparado no momento é uma coisa, pois tem mais a ver com preparo interno do que querer ou não pertencer religião. Mas quando não se quer a iniciação porque se sabe que não há “química” entre a pessoa e o sistema da religião, é totalmente louvável, cabível e aceitável que a pessoa não seja iniciado (como o seu caso).
Iniciação não é só o Orixá, iniciação não é só Oyá, Xangô ou Oxun; iniciação é interação, é a interação entre Ori e Orixá, o desejo mútuo é que faz acontecer. É a entrega de corpo, espírito e coração. Se da sua parte não há essa entrega, não tema em não ser iniciado. Siga a sua vida, pois o que Ori determina Orixá respeita e se realmente é isso que ele determinou pra vocês, assim será.
Axé.
Mukuiu… Estou aqui novamente meus queridos irmãos,
Meu nome é Thuanny, sou de Zazi e tenho mais uma dúvida referente a hierarquia.
Sou de angola tenho 8 meses de santo e minha Mãe é uma fofa, e andou muito decepcionada com alguns filhos de santo que foram embora e andaram fazendo algumas besteiras perante ao que aprendemos, inclusive mesmo com pelo menos 18 filhos frequentantes na casa, pensou em fechar as portas e está morrendo de desgosto.
Tenho uma ex irmã com 3 anos de santo tomados lá em casa, e fará 5 anos de tempo de santo agora em novembro, ela foi para uma casa de Ketu, e lá permitem que ela use torços com abas gigantes, permitem que ela use adjá, panos de cintura, chicote, e qdo mamãe Danda pega a kbça dela, todos rodam inclusive uma irmã de Lembarenganga que foi raspada pela mesma navalha que ela que compactua com isso. Eu ainda cheiro a abô, e não conheço de tudo, mas gostaria de saber se em alguma outra nação admitem esse tipo de comportamento.
Perguntei a essa minha ex irmã de santo de Lemba e ela disse que o pai de santo está dando a ela o que ele teve com 5 anos, que um yawo com esse tempo de santo não deve mais usar mocã como se faz lá em casa, mas ainda que fosse isso, ela não tem seus 5 tomados ainda! Mas elas dizem que não importa, que o que conta não é o que foi tomado, mas sim o tempo de santo feito!!! Sei que aprendi o certo, sei que estamos dentro dos ensinamentos, minha Mameto é muito disciplinadora e está muito decepcionada, achando que o trabalho dela não valeu de muito… Me ajudem, vou mostrar a resposta pra ela se animar um pouco… Muuuuuuuuuiiiiiiiitooooo Obrigada… Eu adooooroooo vcs, mesmo sem conhece-los!!! Bjos!
Thuanny não somos os baluartes ou a palmatória do mundo. Somos apenas pessoas que amam e se dedicam ao òrìsà. Creio que você está muito mais inconformada com a atitudes das pessoas que com a sua incapacidade de querer fazer algo e não poder, ou pode ser as duas juntas.
Creia na sua divindade, na divindade que comanda sua casa, creia nas palavras sinceras e na educação que sua sacerdotiza lhe deu. Você com 8 meses de iniciada pararece ter mais juizo que muita gente de seu àse.
Não importa sem tem Ojá com orelha ou sem orelha, se elas estão no Keto ou outra casa qualquer, o que voces tem que fazer e seguir a vida. O Orí é soberano e o coração a sede de nossos sentimentos, arriscamos fazer várias coisas nesta vida, por orgulho, vaidade, ganancia e etc, se der certo deu se não der…Orí suporta a carga, apenas tenho minhas duvidas se a consciencia da pessoa vai suportar, a noite é um inferno para quem anda na escuridão, siga os ensinamentos de sua sacredotiza, não perca tempo com a evolução ou ‘involução’ de terceiros. Saiba que você e sua mãe tem compromissos diferentes e individuais, todos nõs temos um destino a ser perseguido, cuido do seu, colabore no que for preciso dentro de sua casa, cuida de sua mãe e esqueça pessoas que estão preocupadas com outras coisas.
Energia cósmica (òrìsà) deve ser respeitada, amada e temida.
Ire o.
Mto obrigada pelas palavras, precisamo ouvir de verdade td isso e nos desapegar de algumas coisas!!! Tocar a vida é a regra mais importante… Muito Axé, obrigada!!!
E só pra complementar, eu não tenho esse tipo de vontade, gosto de ser yawo, é o que conheço, é o que eu tenho, e é o que preciso agora, sei que as coisas vem conforme Deus vai nos dando, acho que td ao seu tempo. Vou seguir como sempre o que minha mameto diz, e mais do que isso, respeitar a vontade de nosso pai Lembarenganda que é o dono da abassá. Tenho certeza de tudo o que qro na vida, e quero ficar com a minha mameto pelo resto da vida, eu a amo muito e não sei o que eu faria se este abassá fechasse as portas, nós filhos estamos lutando por isso! O que foi difícil é que esta pessoa era o braço direito da minha mãe, a confidente, a mais querida por todos nós, era o nosso grande exemplo de boa filha, por isso tamanho desgosto, mas sei que temos que seguir em frente, temos obras muito maiores para nos preocuparmos… Mukuíu… Axé!
ola mutunba a todos
gostaria de fazer uma pergunta quem pode ser o rombono de uma casa de candomblé, pois no meu tempo só podia ser rombono rodante hoje em dia estão dizendo que ekedy e ogam também são estou fazendo esta pergunta pois sei que tem babalorixás e amigos do blog coerentes em suas respostas,obrigado
Deodeinle somente o Elégun pode ter este cargo.
Ser o primeiro iniciado é uma outra história e está ligado a hierarquia de dentro do Ilè àse.
Ire o.
sim pai da ilha so queria saber se o rombono da casa pode ser ogam ou ekd ji
Mukúiu,
Meu nome é Thuanny Sou mona de Nzazi Monakaiá, já estive por aqui algumas vezes e gostaria de saber outra coisa…
É comum uma pessoa receber o cargo de mãe pequena com um ano tomado?
Em que nações isso é comum? Existe alguma consequência caso isso aconteça, caso seja comum, o fato da pessoa não ter tomado a feitura nesta casa interfere?
Desde já agradeço…
Thuany a mãe pequena ou Ìyà Kèkèrè, é quem substitui a a sacerdotisa em sua ausência.
Se ela não tem os seus direitos, façamos o seguinte:
Todos se sentam e esperam a Mãe chegar, pois a Mãe pequena não pode continuar com o ritual.
É muita responsabilidade, pois, é ela quem faz jogos perante o assentamento dos òrìsà da casa, joga para os iniciados, cuida de ebo e outras tarefas, onde é necessário ter conhecimento e autorização para tal empreitada. Caso contrário, entraremos nas leis de Ifá (a voz de Deus), postado recentemente no blog.
Você somente pode dar aquilo que você tem. Se você dá o que não tem, está quebrando tabu. É atraso de vida para quem faz e quem recebe.
Ire