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Archive for PM

Reza de Exú

Esu_adura

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Reza de Ogun

Ogun_adura

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ÀDÚRÀ (Rezas)

O Candomblé é uma das mais belas e originais manifestações de espiritualidade, com um vasto e riquíssimo naipe de nuances, com personalidade, feição e expressão próprias, traduzidas em linguagem também própria e variada.

A nossa religião é eminentemente de transmissão oral, e apesar disso, conseguimos preservar ao longo do tempo grande parte dos seus rituais, cânticos e liturgia.

A língua oficial nas Nações Kétu, Ègbá, Ifón e Ìjèsà, é o Yorubá, que apesar disso é também muito utilizada nos cultos de origem Angola e Jeje, oriundos de países e culturas diferentes. Algumas pessoas, infelizmente poucas, conseguem ainda hoje manter a tradição falada em Yorubá e têm um domínio e conhecimento perfeito do idioma, mas a maioria dos seguidores do Candomblé apenas o faz de forma empírica e mecânica, limitando-se a repetir o que foi dito e decorando o essencial.

Torna-se portanto muito importante nos nossos dias fazer um esforço no sentido de recuperar o Yorubá, divulgar, ensinar e traduzir, para que não seja perdido e sobretudo para que seja entendido tudo aquilo que é dito e transmitido na nossa tradição.

É através dela que se conversa com os Òrìsàs – a tradição Oral – e é também através dela que  se expressam os Orins (cânticos), Àdúrà (rezas), Ofos (encantamentos) e Oríkìs (louvações).

Já começámos este trabalho aqui no blog com a publicação de Oríkìs, e as suas  respectivas traduções. A partir de hoje iremos também publicar alguns Ádúrà.

nana_adura

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carybe_oba

Obá é uma grande guerreira, e foi uma das três esposas de Xangô. Conta a sua lenda que foi no seguimento de uma querela com Oxum, e com o intuito de obter a preferência de Xangô que ela cortou a orelha esquerda e, com ela, temperou um amalá para o seu esposo, pois Oxum a havia convencido de que fazendo isso, certamente ela iria conseguir o seu objectivo. O resultado foi contrário, pois Xangô detestou encontrar a orelha da esposa na sua comida e também a sua mutilação. Obá passou então a esconder a mutilação com a mão esquerda, com o seu escudo, ou também com um turbante.

Obá se vinga de Oxun entornando sobre seus pés um caldeirão de dendê fervendo, por isso que dizem que se conhece uma pessoa de Oxun pelos pés.

Lendas à parte, Mãe Obá representa o lado esquerdo preeminente feminino, ligada as Iyamís, ostenta seu poder apontando com a mão esquerda em riste na direção de sua orelha esquerda e com a mão direita empunha como num coice sua espada, dança esplêndidamente. Chefe da sociedade Elekô e Gueledé onde homem não entra, guerreira amazona, padroeira da Guerra. Obá é da água barulhenta dos rios, do fogo e da terra.

7 são as qualidades de Obá.

1) Obá Gìdéò- Neste caminho Obá está ligada a Xangô

– Obà Syìó- Neste caminho Obá está ligada a Xangô e Oyá

– Obà Lòdè- Neste caminho Obá está ligada a Iyami

– Obà Lóké- neste caminho Obá vem junto com Odé

– Obà Térà- Neste caminho Obá está ligada a Ogun

– Obà Lomyìn- Neste Caminho Obá está ligada a Oxalá

– Obà Rèwá- Neste caminho Obá vem junto com Ewá

Em qualquer das suas qualidades ou nomes pelo qual é conhecida, é uma guerreira destemida, mas ressentida. Veste-se de vermelho, branco e amarelo. Carrega ofá, espada e escudo. Gosta de acarajé de formato único, aberém, feijão fradinho, cabras, galinhas, coquéns e seu amalá é especial. Recebe culto às quartas-feiras e os seus filhos são em pequeno número.

Revisão: Fernando D’Osogiyan

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carybe_eua

Ewá Gebeuyin: A primeira a surgir no mundo. Veste vermelho maravilha e amarelo claro. Come com Omolu, Oyá e Oxum. Nas tempestades ela pode se transformar numa serpente azulada.

Ewá Gyran: É a deusa dos raios do sol. Controla os raios solares para que eles não destruam a terra. É a formação do arco-íris duplo que aparece em torno do sol. Metade é Ewá e a outra é Bessem. Platina, rubi, ouro e bronze vão em seu assentamento. Come com Omolu, Oxum e Oxossi.

Ewá Awò – A Senhora dos mistérios do jogo de búzios. Divindade pouco cultuada na Brasil, tem enredo com Oyá, Oxóssi e Ossaiyn.

Ewá Bamio- A Senhora das pedras preciosas, ligada a Ossaiyn.

Ewá Fagemy– A Senhora dos rios encantados, Ela é quem tem o poder de fazer surgir o arco íris e tem por obrigação sustentá-lo no céu. Ligada a Airá, Oxun e Oxalá.

Ewá Salamim– A Senhora guerreira, jovem, habitante das florestas, muito feminina e charmosa, ligada a Odé e Yemanjá.

Revisão: Fernando D’Osogiyan

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Oriki de Obá

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Logun Edé é único, ele é um Orixá metá, ou seja, congrega três energias: de Oxun, de Oxóssi e dele mesmo, domina o poder de mutação e transforma-se no que ele quiser, e um dos seus Orikís nos diz:

“Ológun fihòn awo

funfun lóni ni òlá

Ó yióò fihón dúdú…”

( O feiticeiro mostra a pele que desejar; se mostrar a pele clara hoje, amanhã mostrará a pele escura)

Podemos sintetizar Logun Edé nessas cantigas de sua roda, mostra-nos que ele não tem qualidade, ele é tão somente o rei Logun Edé, o único soberano na cidade de Ilexá e, todos os anos, gente de toda parte da África vem para os festejos de OLògún Edé que duram a semana inteira.

1-

Solo- Olowò! A kofá rè a kofá ré wo

(rico senhor, pegaremos seu arco e flexa)

Coro: E a kofá ijó ijó Logun o, e a kofá

(vamos pegar o arco e flex e dançar para Logun)

Solo: Ofá  Lògún

(arco e flexa de Logun)

Coro: Rere a kó ofá

(Bom caçador carrega o arco e flexa)

Solo: Odé Lonan

(caçador dos caminhos)

Solo: Olorigun

(chefe que sabe flexar)

Coro: E má a kó ofá

( não nos reecuse o arco e flexa)

2-

Coro: Ae ae odé Loko

(Ae ae caçador vai para o mato)

Solo: Odé Loko nibaiin

(caçador no mato, reverenciamos)

Coro: Odé logun labamã)

(caçador no mato tem sofrimento)

3-

Coro: E, e, e, e, e, é!

Logun de le kokè

(Logun chegou a casa e gritou alto)

Solo: E logun a rô a rô

( Logun faz barulho)

Coro: Pa Logun pá Logun

(mata Logun mata Logun

Revisão: Fernando D’Osigiyan

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