Gostaria de falar um pouco sobre o novo movimento que surgiu com o advento do “Orkut (já falecido), Facebook e Watthsap.
Centenas de grupos são criados com o “intuito” (assim dizem seus criadores), de fortalecer e unificar a religião.
Realmente acho temeroso esses pretensos grupos nacionais, onde se troca informações de todo o tipo, seja de cantigas, fundamentos, rezas e tudo que o valha da religião.
Minha pergunta aos leitores. Se faz realmente necessário essa modernidade na religião?
Como pode uma pessoa de um determinado Axé ou Ndanji, trocar informações com o de outros?
A diferença de uns cabe a outros?
E o nosso candomblé de terreiro, onde se aprende com os mais velhos será abolido?
O que mais se vê nesse grupo, são discórdias e brigas em detrimento de um conhecimento diferenciado, que é natural das casas diferentes, não sei se por culpa do ego, ou de uma falta de compreensão sobre as diferenças saudáveis da religião.
Não podemos negar que essas ferramentas de comunicação, são necessárias para o desenvolvimento da humanidade, mas cabe evolução na nossa religião?
Vamos continuar dividindo “Axé” pela Web?
Oi Fernando. Achei interessante o texto.
Vale a pena ressaltar que as tecnologias são ok o problema são as pessoas que as utilizam. Eu amo pesquisar na internet ate pq a casa que eu comecei a conhecer fica longe de onde eu moro.
Devemos ensinar cada dia mais a tolerância com isso ao invés de nos digladiarmos nas redes sociais trocaremos conhecimento e as pessoas novas poderão ter mais acesso.
Acredito que tudo deve se complementar e não um extinguir o outro. Precisamos todos de equilíbrio.
Asé
Devemos usar a internet para adicionar , somar forças ja que no sagrado nao existe mais ou menos conhecimento ,pois ja nascemos com axe de nossos ancestrais, aprendemos alguma coisa no Ile. Quem tem santo e axé ja vem com ele. Quem ensina fundamento na internet presumi-se que não sabe realmente o que é fundamento, fundamento nao se ensina, se ve e so aprende vendo, quem nao viu nao sabe o que é. Abraços
Gostei do seu post
Olá… Particularmente eu não gosto, como você mesmo salientou, a uma grande discordância no que se aprende na prática com os mais velhos e o que é escrito, ao meu ver se torna uma grande disputa de egos e vaidades, não existe uma casa ou denominação perfeita e sim onde nos sentimos melhor! O que se passa no sagrado ali deve ficar!!!!
Gostaria muito de tirar uma duvida sou leigo no assunto tenho um namorado ele vai fazer um ebo nao sei ainda direito mais esse rapaz vai virar filho dele no jogo mostra que esse filho dele ele vai ter que passar ebo em mim pra minha cabeça isso pode entre aspas o filho do meu acochebe passar ebo em mim??
mim ajudem estou desesperado em relaçao a essa duvida pois nao quero perder meu relacionamneto.
Willian sua pergunta está truncada, você pode refazê-la.
Ire
Apoiado Euandilu Axé, realmente fazem de tudo na internet pra mostrar e contradizer, cultos, cantigas, até falar se tem esse Orixá ou não. Isto deve ser feito dentro da tradição nos terreiros, seguindo e tendo obediência aí seu líder e seus Órixas . Não podem usar a internet para dizer é mostrar coisas que são segredos passado de Pai para filhos. A internet é um meio de explicações sobre a história de culturas , história dos Órixas para entendimento de todos que Eles são nossos protetores porque assim Deus nos fez e nos deu de presente esses protetores, que muitos chamam de anjos da guarda e podem ser, mas com respeito de nação religiosas perante outras e de religião para religião. Apoiado e adorei o que Sr aqui descrevemuita luz para todos
“Realmente acho temeroso esses pretensos grupos nacionais, onde se troca informações de todo o tipo, seja de cantigas, fundamentos, rezas e tudo que o valha da religião.
Minha pergunta aos leitores. Se faz realmente necessário essa modernidade na religião?
Como pode uma pessoa de um determinado Axé ou Ndanji, trocar informações com o de outros?
A diferença de uns cabe a outros?”
Bem…penso que a diferença complementa. Sou contra, obviamente, a passar “fundamentos q são próprios do axé”, aquilo q é feito no roncó deve permanecer como segredo e guardado a 7 chaves. Mas e com relação ao que é publico, como, por exemplo, cantigas?
Os toques são para todos, iniciados ou não. O q percebo, infelizmente são críticas a algumas casas que aprenderam em outras algumas cantigas para louvar o sagrado! Seriam aquelas casas detentoras dessas cantigas? Seriam essas cantigas patenteadas? Seriam aquelas casas detentoras de tal energia? Já vi críticas__e não poucas __ de pessoas ligadas ao candomblé de angola dizerem: “esse “Nkisi não pertence a esse Ndanji”. Ora, realmente não. O Nkisi, o Orixá, o Vodun pertencem a natureza (tendo em vista inclusive que após a morte/passagem/desencarne..são feitos rituais específicos). Enquanto candomblecistas, e aqui me refiro especificamente ao candomble de angola (do qual não faço parte mas tenho profunda admiração), há que se ter união. Não havia esse tipo de crítica dos antigos. Aliás, os antigos estavam em permanente contato com todas as nações. Vejo pessoas leigas indo a toques e que aprendem as cantigas, Logo, que mal há louvar os orixás, inkisi ou vodun com cantigas que foram aprendidas em outras casas. A desunião entre as pessoas ligadas ao Angola faz com que eles mesmos percebam e utilizem o termo “nagotização” como crítica ao fato do ketu estar cada vez mais se espalhando em nossa sociedade. Ora…como não ocorrer se a crítica começa pelos próprios candomblecistas da nação Angola? Sabe-se que os antigos usavam os termos Orixás, Yawos e muitas vezes as proprias casas matrizes cantavam alguma coisa em portugues. Hoje, a isso, dá-se diversos nomes, como “candomblé de caboclo” e outros mais, descaracterizando a nação como Angola. Percebam por exemplo o que ocorre no ketu,…o Opo Afonja vem buscando separar o sincretismo que sempre esteve presente e serviu a um determinado periodo histórico. Mas não vejo criticas às casas que mantém o sincretismo. Historicamente falando, posso afirmar com certeza que o caminho que estão percorrendo hoje, aqueles que dizem estar “resgatando uma cultura” é o de segregação, algo como um apartheid: não pise nessa área pois não lhe pertence…! A raiz deve ser preservada sim! Principalmente naquilo que é considerado segredo (tendo em vista q muitos desses segredos foram levados para a sepultura com os antigos). Mas cultura é aquilo que torna a vida digna de ser vivida. É o que justifica outros povos e outras gerações a dizer, quando contemplam os resquícios e a influência de uma civilização já extinta, que aquela civilização foi digna de sua existência. A função da cultura é, portanto, dar significado às nossas vidas e nos motivar a escalar os ombros de gigantes. Conhecermos aqueles que nos antecederam. Mais união! Menos exclusão! Menos patentes daquilo que nos foi trazido pela diáspora africana! O candomblé é nosso! Mas o culto não!
Ola, Muito bom dia
Mukuiu a todos!
Eu concordo em partes, acredito que temos muito que aprender, ninguém sabe de tudo, nosso culto é infinito em seus mistérios, acredito que tudo deve sim ser passados por nossos ancestrais, que consequentemente aprenderam com seus ancestrais e assim vai…. mas em meio a facilidade que existe hoje da internet onde tudo se acha, desde um banho de ervas a um jogo de búzios, temos que tomar cuidado tanto com o que passamos com o que recebemos de ensinamento…. não vamos por em pratica dentro da casa de axé as coisas “aprendidas” na web…. mas creio que, como somos insasiaveis de informação, devemos sim chegar em nosso zelador ou zeladora e falar que leu na internet sobre tal assunto e queria saber mais sobre ele, sem dúvida, se for sua hora de saber sobre aquilo, seu zelador ou zeladora vai te explicar e orientar…. o problema é que muitos não fazem assim, querem “implantar” em suas casas coisas tiradas da internet sem ao menos saber se aquilo compete a sua nação ou aquele momento……
Quanto as rezas, não vejo o porque não serem compartilhadas…. já os Ingorossis não, eles tem que ser passados por seus ancestrais
Quanto aos “toques” e cantigas, também não vejo nada de mal, como disse nosso amigo acima, o espaço é publico onde qualquer pessoa escuta, dança e aprende sem ao menos ter um Obi D’agua
Sou contra qualquer grupo de debate que envolva todos os tipos de nações, pois sempre terá discordâncias, xingamentos e um achando que esta certo e o outro errado.
São culturas diferentes, ritos diferentes, dialetos diferentes…….. o mesmo Deus!
Eu descobri esses dias que se não me engano (me corrijam se eu estiver errada) que em Santa Catarina é tudo muito diferente de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia… Que lá eles cultuam os Orixas, Nkises, de forma diferente, com oferendas diferentes……. Em Cuba, mais ainda……Certo ou Errado??? ….Aí se vc vai abrir um grupo de debate, vai ter confronto sim….
Sou a favor da liberdade de informação (dentro do permitido) da troca de conhecimento, do “estreitamento de laços” por assim dizer….. COM MEMBROS DA MESMA RAIZ OU NAÇÃO.
Essa é minha visão….. Muito obrigada pelo espaço
Julia eugenia
Bom dia a todos…
Me sinto meio intrometido porque não sou do Candomblé, e sim da Umbanda. Mas me interesso muito em aprender tudo o que posso na vida, porque informação esclarece, complementa e ajuda a entender muitas diferenças, e também nos mostra muitas semelhanças. Como foi dito anteriormente nos comentários, é um só Deus celebrado de formas diferentes. Assim também são os Orixás.
No mérito da discussão, como diria a Magda, “é uma faca de dois legumes”… Eu acho que compartilhar informação com seriedade e respeito – excluo as informações de roncó, pois são tradicionalmente os segredos de pai para filho e quem quiser sabê-los, terá que vivê-los – é importante, pois esclarece, dismistifica e agrega. Mas eu acho que receber informação também cria uma responsabilidade enorme, pois quanto mais se sabe, mais responsável e cuidadoso há de se tornar, pois junto com o poder de deter a informação vem a cobrança de como se vai usá-la…
Eu adoro esse site porque eu realmente aprendi muita coisa importante e complementei várias outras que eu levo para a vida. Mas eu vejo algumas perguntas simplesmente feitas por curiosidade, por leviandade, tipo gente querendo saber como fazer amarração, gente querendo fazer oferendas a Orixás sem mesmo ter certeza de tê-los ou porque fazê-las, e vejo os autores do site educadamente decliná-las. Acho que a forma que a informação é tratada aqui é ímpar. Faz anos que eu sigo vocês, na maior parte do tempo em silêncio, mas admirando-os de coração.
Volto a dizer: sou de Umbanda. Mas muita coisa que é dita e ensinada aqui me serve enormemente. Não pretendo nunca misturar os canais, mas acho que é importante, sim, a troca de ensinamentos entre matrizes diferentes, desde que ocorra sem pretensões, sem preconceitos e sem julgamentos. Dentro da Umbanda, eu já encontrei muitas casas fazendo rituais ou tendo procedimentos diferentes, e como primeira reação, vem o julgamento instintivo: “isso é errado”. Não, não é errado: é diferente… Aceitar o diferente é um problema de toda sociedade. Mas cabe a cada um de nós trabalhar isso.
O advento da Internet democratizou a informação, para o bem e para o mal. Mas como em tudo na vida, a gente tem que peneirar o que serve e deixar de lado o que não serve. Nem todo mundo tem essa visão crítica ou a aceita, mas ela se faz muito importante na atualidade, onde as pessoas fazem de Facebook e afins palanques das idéias mais loucas, mas também das mais acertadas.
Eu não temo o “diferente”. Eu o observo e tento vê-lo pelo seu próprio ponto-de-vista para tentar aprender com ele. Acho que temos que usar a Internet para o melhor propósito possível, e propagar conhecimento, até para que ele não vá para o túmulo com quem o possui, o que pra mim é uma grande perda para a Humanidade. Mas se tiver que ser assim, será. Só acho que fazer como o pessoal do site faz, passando o que acham que deve e tentando educar os que não entendem esses propósitos, é brilhante.
Júlia Eugênia, eu estive em Santa Catarina em dois terreiros, de visita. Lá, eles têm o que se chama de “Almas de Angola”, uma mistura de Candomblé com Umbanda. Algo realmente diferente. Achei bonito e produtivo. Não fui muito a fundo nas oferendas, mas os rituais são um pouco diferente do que conheço tanto de Umbanda quanto de Candomblé. Mas funcionam…
E viva a diversidade!
Grande abraço a todos.
Johnny,
Saudações Johnny!
Grande abraço,
Axé.
Maku iu! Penso que podemos sim usar a internet como ferramenta de comunicação mas devemos sempre lembrar que o aprendizado se dá dentro de casa….afinal, cada casa é uma casa…Abs,
Mukuiu.
Diante de tantos relatos, só quero acrescentar que quando se tem bom senso e respeito tudo fica mais fácil.
Sempre me faço essa pergunta quando percebo que estou entrando no julgamento quando visito outras casas: – A minha residencia é igual a sua, mesmo bairro, mesma rua, mesmo numero, mesma cor de parede etc?Então não tenho como criticar ou dizer se está certo ou errado. Me resta respeitar o espaço sagrado do outro.
Quanto a tecnologia X candomblé…pecamos pelo excesso, por não sabermos separar, definir onde começa o sagrado e onde termina.
Costumo dize: Eu sou o espelho da mãe do santo ou do pai do santo. Se ele falha eu falho…se ele acerta, eu acerto.
Em tempo, eu sou seguidora de vcs. Tenho um respeito muito grande pelo Site.
Bjos Juci Lua
Adorei teu comentário, Juci Lua. Parabéns! Axé.
não sou ninguém para estar aqui opinando, mas pelo pouquíssimo que pude observar, acredito que seja muito construtivo utilizar estes meios para promover unificação entre as casas no sentido de fortalecimento das identidades (politicamente falando) dos povos de terreiro com relação ao mundo “lá fora”, mas com todo respeito aos irmãos e irmãs… axé
Meu amigo, o que quer dizer “acochebe”? Obrigado.