Os Candomblés de Egúngún
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Quadro Histórico
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VERA CRUZ *(+/- 1905)BABÁ OKULELEALABÁ – Serafin |
MOCAMBO *(+/- 1830)BABÁ OLÚKOTÚNALABÁ – Marcos Pimentel |
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ENCARNAÇÃOBABÁ AGBÓULÁ ALABÁ – João Dois Metros OJÉ – Gregório |
TUNTUNBABÁ OLÚKOTÚN ALABÁ – Marcos Teodoro Pimentel.(+ 1935) OJÉ Baxorun – Manoel Antonio Daniel de Paula¹ |
CORTA-BRAÇO*ALABÁ – Opé OJÉ – João Boa Fama |
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ILÊ AGBÓULÁ – Candomblé das Amoreiras ²(+/- 1940)1º ALABÁ – Eduardo Daniel de Paula2º ALABÁ – Antonio Daniel De Paula (+ 1931)3º ALABÁ – Domingos ( atual dirigente) |
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ILÊ OYÁ ³(+/-1955) 1º ALABÁ – Ojé Ladê : Olegario Daniel de Paula 2º ALABÁ – Ojé Faboun : “Roxinho” Daniel de Paula (atual) |
OS ALAPINIS1º – Marcos Teodoro Pimentel2º – Pedro Daniel de Paula3º – “Mestre Didi” – Descoredes Maximiniano dos Santos (atual) |
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* – Do Mocambo formou-se o Tuntun e do Vera Cruz o Encarnação. As datas se referem a formação aproximada do terreiro.
¹ – O clã dos Daniel de Paula se inicia com o Ojé Manoel, que teve vários filhos, dos quais destacamos os Alabá Eduardo Antonio Olegário (pai do Alabá“Rouxinho”) e o Alapini Pedro. O filho deste ultimo, Balbino Dainiel de Paula, não é Ojé, pois foi iniciado no culto dos Orixás no Axé Opô Afonjá por Maria Bibiniana do Espirito Santo (1901-1967), Mãe Senhora, que além de ser Ìyálorixá, uma ou a mais importante do Brasil na sua época, foi também Ìyá Egbé noIlê Agboulá, é mãe carnal do atual Alapini Mestre Didi. Balbino é hoje Babálorixá e fundador (1974) do Candomblé Axé Opô Aganju, em Lauro de Freitas, na Bahia. É interessante notar que a maioria das mulheres com oiê em Egum são filhas de santo de Balbino.
² – Os Ojé Gregorio, Manoel Antonio Daniel de Paula e João Boa Fama foram os fundadores do Ilê Agbóulá. Praticamente foi uma fusão dos antigos e extintos Encarnação, Tuntun e Corta-Braço.
³ – O Ilê Oyá é um ramo dissidente do Ilê Agboula.
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Quadro dos Oiês
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Alguns Oiês, tanto masculinos como femininos, possuem Otun e Osi, ou seja, pessoas que os auxiliam no seu cargo: sua mão direita ou esquerda, portanto são também Oiês.
Cargos e Postos dos Oiês
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Texto/Pesquisa:Aulo Barretti Filho
O culto a egum ou egungum veio da África junto com os Orixás trazidos pelos escravos. Era um culto muito fechado, secreto, mais que o dos Orixás, por cultuarem os mortos.
Axé.
Boa tarde, pai Fernando!
Pelo que entendo, egungun é um ancestral (biológico) e ao ir para o orun, por seus méritos, continuam em sintonia com seus descendentes, aconselhando, referendando diretrizes de moral, bem!!! É o que sei. Então, não se torna inapropriado chamar os trançados de contra-egun? Os eguns são contra quem?
Um abraço.
Mário,
O Contra-egun é uma proteção contra os Ajoguns. Entendo que os eguns dos nossos ancestrais não vão para o Orun propriamente dito, existe um espaço entre o orun e o aiyê onde se abrigam todos os iniciados e suas raízes e famílias de Egungun, para onde seremos encaminhados através do ritual do Axexê.
Os espíritos dos mortos na cultura yoruba recebem o nome de oku, não é todo oku que se torna egun ,mas todo egun um dia foi um oku.Tenho um post sobre Egun e Oku publicado em 20/12 de 2012, leia-o.
Axé.
Gostei muito das explicações e são como eu penso, no caso dos contra-eguns são para proteção contra os mandados para maldade, infelizemnte existem os sem luz que fazem o que os humanos pedem. Mas trabalhar com eguns e egungun são tradição e iluminação e elevação espiritual para eles ; isto é no meu caso trabalho assim. Linda explicação. Muito Axé e muita luz. vlatima
tive o prazer de presenciar uma unica vez uma festa de egun. meu antigo sacerdote é da família daniel de paula, porem iniciado no culto de orixá. todos os anos acontece a festa de egun no axé. é simplesmente maravilhoso. até hoje não esqueço dos babás, com suas vozes roucas e suas danças. principalmente de babá yawô, um ancestral caboclo. inesquecivel!!!
Babá Fernando,
Toda casa deve ter culto a Egungun?
Como fica o culto aos Eguns nas casas atuais?
Will,
Não há essa necessidade de um culto específico, para isso, tem as Casas de Egungun, porém, toda Casa cuida de Egun, algumas até tem Babá Egun arumado.
Axé.
O Poema da Ancestralidade
Ancestralidade
Ouça no vento O soluço do arbusto:
É o sopro dos antepassados.
Nossos mortos não partiram.
Estão na densa sombra.
Os mortos não estão sobre a terra.
Estão na árvore que se agita,
Na madeira que geme,
Estão na água que flui,
Na água que dorme,
Estão na cabana, na multidão;
Os mortos não morreram…
Nossos mortos não partiram:
Estão no ventre da mulher
No vagido do bebê
E no tronco que queima.
Os mortos não estão sobre a terra:
Estão no fogo que se apaga,
Nas plantas que choram,
Na rocha que geme,
Estão na casa.
Axé.
Epa Egungun oooooo
Iba Baba, Iba Yeye.
Mo juba Egun.
olá, gostaria de saber a autoria deste poema.
Obrigada
Olá Mara,
É do Nei Lopes.
Motumbá
Boa Tarde!!
O que seria uma cantadora?
Motumbá!!
Ádria eu não entendi sua pergunta.
Pode esclarecer melhor sua intenção?
Ire
Em relação a estes cargos
Ìyá Erelu – cabeça das CANTADORAS
Erelu – CANTADORA
Ádria o cargo de Erelu está ligado ao Culto Ogboni e ao Culto das Àjé.
Sua presença é fundamental, ela canta, se encarrega de preparar os ebo e tem outras funções bem complexas.
A esposa de meu sacerdote foi iniciada em Òsún e depois recebeu a iniciação e cargo de Erelu nos dois cultos, tudo feito na cidade de Osogbo.
Ire
ADÚPÉ
Asé ò
Koto pé
Ire