O que é mediunidade?
Mediunidade é a faculdade humana pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos. É uma faculdade natural, inerente a todo ser humano, por isso, não é privilégio de ninguém. Em diferentes graus e tipos, todos a possuimos. O que ocorre é que, em certos indivíduos mais sensíveis à influência espiritual, a mediunidade se apresenta de forma mais ostensiva, enquanto que, em outros, ela se manifesta em níveis mais sutis.
A mediunidade é, pois, a faculdade natural que permite sentir e transmitir a influência dos espíritos, ensejando o intercâmbio e a comunicação entre o mundo físico e o espiritual. Trata-se de uma sintonia entre os encarnados (vivos) e os desencarnados (mortos), permitindo uma percepção de pensamentos, vontades e sentimentos. O Espiritismo vê a mediunidade como uma oportunidade de servir, de praticar a caridade, sendo uma benção de Deus que faculta manter o contato com a vida espiritual. Graças ao intercâmbio, podemos ter aqui não apenas a certeza da sobrevivência da vida após a morte, mas também o equilíbrio para resgatarmos com proficiência os “débitos”, ou seja, desajustes adquiridos em encarnações anteriores.
É graças à mediunidade que o homem tem a antevisão de seu futuro espiritual e, ao mesmo tempo, o relato daqueles que o precederam na viagem de volta à erraticidade, trazendo informes de segurança, diretrizes de equilíbrio e a oportunidade de refazer o caminho pelas lições que absorve do contato mantido com os desencarnados. Assim, possui uma finalidade de alta importância, porque é graças a ela que o homem se conscientiza de suas responsabilidades de espírito imortal.
Sendo inerente ao ser humano, a mediunidade pode aparecer em qualquer pessoa, independentemente da doutrina religiosa que abrace. A história revela grandes médiuns em todas as épocas e todos os credos. Além disso, a mediunidade não depende de lugar, idade, sexo ou condição social e moral.
A ação dos espíritos
Diz a questão 459 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações? A este respeito, sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes, são eles que vos dirigem”.
A idéia da ação dos espíritos não nasceu com o Espiritismo, já que sempre existiu desde as épocas mais remotas da vida humana na Terra. Todas as religiões pregam sobre a ação dos espíritos de forma direta ou indireta e nenhuma nega completamente estas intervenções. Inclusive, criaram dogmas e cerimônias relativas a elas, como promessas (pedir alguma forma de ajuda para um espírito em troca de um sacrifício) e exorcismos (cerimônia religiosa para afastar o “demônio” ou os espíritos maus).
A ação mediúnica não está limitada às sessões, vivemos mediunicamente entre dois mundos e em relação permanente com entidades espirituais. Isto se dá porque muitos espíritos povoam os mesmos espaços em que vivemos, muitas vezes nos acompanhando em nossas atividades e ocupações, indo conosco aos lugares que freqüentamos, seguindo-nos ou evitando-nos conforme os atraimos ou repelimos.
Estamos cercados por espíritos e sua influência oculta sobre os nossos pensamentos e atos se faz sentir pelo grau de afinidade que mantivermos com eles. Inúmeros espíritos benfeitores também se comunicam conosco, por via inspirativa ou intuitiva, todas as vezes em que nos dispomos a ser úteis aos nossos irmãos em nossa vida social. Quantas vezes um conselho sensato e oportuno que damos sob a intuição de um benfeitor espiritual consegue mudar o rumo de uma vida e até, em certos casos, salvar ou evitar que uma família inteira seja precipitada no abismo de uma desgraça? O amor verdadeiro e desinteressado não requer lugar nem hora especial para ser praticado, pois o nosso mundo, com o sofrimento da humanidade torturada, é igualmente um vasto campo de serviço redentor.
Entretanto, não julguemos que a mediunidade nos foi concedida para um simples passatempo ou para a satisfação de nossos caprichos. Ela é coisa séria e, possuindo-a, devemos procurar suavizar os sofrimentos alheios. Ao desenvolvermos a mediunidade, lembremo-nos de que ela nos é dada como um arrimo para conseguirmos mais facilmente a perfeição, para liquidarmos mais suavemente os pesados “débitos” que contraímos em existências passadas e para servirmos de guia aos irmãos que se encontram mais desajustados espiritualmente.
Mediunidade em desarmonia
Existem alguns sinais mais freqüentes do aparecimento da mediunidade em desarmonia, que são: cérebro perturbado, sensação de peso na cabeça e ombros, nervosismo (ficamos irritados por motivos sem importância), desassossego, insônia, arrepios (como se percebêssemos passar alguma coisa fria), sensação de cansaço geral, calor (como se encostássemos em algo quente), falta de ânimo para o trabalho e profunda tristeza. Precisamos usar nosso bom senso para percebermos com clareza se os sintomas acima citados são frutos de uma obsessão espiritual, indicando uma mediunidade desequilibrada, ou o resultado de uma auto-obsessão, um desequilíbrio nosso mesmo, gerando neuroses e outros tipos de distúrbios. Muitas vezes, a ajuda de um psicólogo, de preferência espírita ou espiritualista, é necessária.
Mas o que o médium deve fazer nestes momentos de alterações emocionais? Todo iniciante, a fim de evitar inconvenientes na prática mediúnica, primeiramente deve se dedicar ao indispensável estudo prévio da teoria e jamais se considerar dispensado de qualquer instrução, já que poderá ser vítima de mil ciladas que os espíritos mentirosos preparam para lhe explorar a presunção.
Junto com o conhecimento teórico, o médium deve procurar desdobrar a percepção psíquica sem qualquer receio ou temor. Na orientação do desenvolvimento mediúnico, é importante que ele procure as instruções espíritas, para evitar percalços e dissabores. É aconselhável o desenvolvimento mediúnico em grupos especialmente formados para isto, pois pessoas bem orientadas, que se reúnem com uma intenção comum, formam um ambiente coletivo bem favorável ao intercâmbio. É importante também que o médium jamais abuse da mediunidade, empregando-a para a satisfação da curiosidade.
Reforma Íntima – o fundamental
Educar e desenvolver a mediunidade é aprender a usá-la. Para que sejamos bem-sucedidos, devemos cultivar virtudes como a bondade, a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade e a sinceridade. A mediunidade não se desenvolve de um dia para o outro, por isso, devemos ter muita paciência. Sem perseverança, nada se alcança, pois o desenvolvimento exige que sejamos sempre persistentes. Ter boa vontade é comparecer às sessões espíritas com alegria e muita satisfação. A humildade é a virtude pela qual reconhecemos que tudo vem de Deus e, se faltarmos com a sinceridade no desempenho de nossas funções mediúnicas, mais cedo ou mais tarde sofreremos decepções.
Ensinamentos é que não faltam em todas as circunstâncias de manifestações da vida. A faculdade mediúnica em harmonia pode fazer grandes coisas. A educação pode começar no simples modo de falar aos outros, transmitindo brandura, alegria, amor e caridade em todos os atos da vida.
A mediunidade se desenvolve naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca, o qual nos afeta com suas vibrações psíquicas e afetivas. Da mesma forma que a inteligência e as demais faculdades humanas, a mediunidade se desenvolve no processo de relação.
Quando a mediunidade aflorar sem um preparo prévio do médium, é preciso orientá-lo para que os fenômenos se disciplinem e ele empregue acertadamente sua faculdade. Não se deve colocar em trabalho mediúnico aqueles que apresentam perturbações ou que possuam desconhecimento sobre o assunto. Primeiramente, é preciso ajudar a pessoa a se equilibrar no aspecto psíquico, através de passes, vibrações e esclarecimentos doutrinários.
É fundamental que o médium busque sua reforma íntima com sinceridade. Através de uma compreensão maior acerca da vida, despertando sentimentos como compaixão, respeito, humildade etc, e da prática da caridade, seremos, com certeza, instrumentos do Amor Universal. O médium também precisa ser amigo do estudo e da boa leitura, além de moderado. Por fim, deve sempre cultivar a oração diária, pois ela é um poderoso fortificante espiritual e um benéfico exercício de higiene mental.
Muito diferente da Umbanda , no Candomblé a palavra médium não é usada , pois entendemos os Orixás como espíritos da natureza, forças sobrenaturais que, independente de religião, credo e cultura, entende-se que todo ser humano tem seu Orixá. Esse conjunto de energias que está invisivelmente ao nosso redor, dispõe-se gratuitamente ao nosso alcance, cabe-nos despojarmos e estar atento para os sinais que nos são enviados por Orunmilá. Quando o Orixá nos escolhe, cabe-nos a necessidade voluntária de dispor-nos a sua vontade, o livre arbítrio fica à prova. O importante é seguir os sinais e entender que existem: dogma, liturgia, e teologia, como princípios básicos em nossa religião.
Texto: Revista Cristã de Espiritismo/ Fernando D’Osogiyan
NOSSA! QUE MARAVILHA! QUEM TER TIDO OPORTUNIDADE DE LER ESSE TEXTO DE TAMANHA EXPLICAÇÃO! MUITO GRATA!
PERDÃO. DE TER TIDO…E NÃO QUEM…RSRSRSR
Muito obrigada vcs sempre mim ajudando esse email chegou numa boa hr estou sofrendo com esses disturbio de mediunida tudo o que vc falou e o que estar acontecendo comigo o que faço
Sensacional, que texto lindo.
mileide,
Procurar uma boa casa de candomblé para fazer um jogo de búzios para saber realmente que tipo de distúrbio é este.
Axé.
Babá Fernando,
Um filho de candomblé pode “incorporar” quantos orixás?
Pois já li que em casas antigas só um orixá vem para dar o RUM, em outras após a obrigação de 07 o segundo orixá também pode vir.
E ainda, vi que em algumas casas todos os orixás que compõem o enredo da pessoa podem vir?
Qual seria o mais correto?
Boa Tarde, pai Fernando!
Mediunidade, verbete oriundo do universo espírita de orientação kardecista, e aqui foi colocado que mediunidade é a faculdade de estabelecer relação entre o ser humano e o espírito. No caso do Candomblé esse processo ocorre entre o ser humano e o orixá que é uma energia cósmica e não um espírito, a pergunta é a seguinte. Existe um termo em yorubá para esse fenômeno?
Um abraço.
Mário,
Espírito! A palavra generaliza os fenômenos.
Axé
Will,
O correto é somente um Orixá. Cabe ao zelador, caso ocorra ( pode ocorrer) de mais de um Orixá também se manifestar, a entender, orientar e dar seguimento nesse fundamento. Isto pode ocorrer principalmente naqueles que tem cargo de zelador.
Axé.
Colaborando, podemos chamar de Elégun, aquele que foi iniciado nos mistérios e tem acesso a posse por parte do òrìsà.
Abraços Baba Fernando. Linda matéria, elucidativa e de bom proveito para os novatos.
Ire alaafia
Ègbé,
Os principais tipos de mediunidade são:
.médiuns de efeitos físicos:
.médiuns sensitivos ou impressionáveis.
.médiuns audientes ou clariaudientes.
.médiuns audientes.
.médiuns videntes ou clarividentes.
.médiuns psicofônicos.
.médiuns de cura.
.médiuns mecânicos.
.médiuns intuitivos.
.médiuns semimecânicos.
.médiuns inspirados.
.médiuns de pressentimento.
.médiuns psicógrafos.
“Mediunidade espírita, porém, é a que faculta o intercâmbio consciente, responsável, entre o mundo físico e o espiritual, facultando a sublimação das provas pela superação da dor e pela renúncia às paixões, ao mesmo tempo abrindo à criatura os horizontes luminosos para a libertação total, mediante o serviço aos companheiros do caminho humano, gerando amor com os instrumentos da caridade redentora de que ninguém pode prescindir”.
Joanna de Ângelis (espírito), livro Oferenda – pág. 130/131 -, psicografado por Divaldo Franco
Boa tarde a todos.Gostaria de saber se no jogo de búzios já se pode responder se a pessoa é rodante ou não ou se só no ritual do Bolonã pode se afirmar se a pessoa é ou não rodante?Ogan e Ekedi também bolam?Axé a todos.
Regio o jogo pode informar sim, porém, já vimos muita gente ser ‘enganada’ pelas divindades ou por falta de conhecimento acontecer de um Ogan ter uma posse por parte do òrìsà como um Iyawo ficar acordado o tempo todo.
O jogo é uma coisa sutil, é uma área de conhecimento, sabedoria e sensibilidade e quando um dos três faltar, pode ser que a informação não chegue corretamente.
Ire
Boa tarde Srº da Ilha!Obrigado por responder.Fui a um terreiro para que fizessem um jogo para ver se resolvia alguns problemas,foi visto o Orixá,mas não foi dito se eu era rodante ou não.Estou interessado em frequentar essa casa como Abian e me disseram que para confirmar se sou rodante ou não é bom passar pelo ritual do Bolonã.Estou gostando da casa mas como sou leigo estou tentando me informar.O ritual do Bolonã é só para saber se o Orixà quer feitura ou não?
Regio cada casa tem um costume e uma forma de agir.
Em minha casa é diferente e o oráculo existe para nos tirar as duvidas, se eles tiram as duvidas desta forma, eu não tenho o direito de opinar.
Uma pergunta:
E se você bolar?
E se você não se achar pronto para adentrar aos mistérios?
Iniciação parte primeiramente e unicamente do Orí, se você não quer, não existe òrìsà que lhe obrigue.
Consequências e problemas é uma outra história, estamos falando de aceitar ou não a iniciação.
O tempo e hora quem faz é você.
Apenas uma observação:
Quando fizer a pergunta, faça por completo, pois, uma pergunta completa nos dá um campo maior para a orientação.
Conte o milagre e o santo, ok.
Ire
Srº da Ilha me desculpe se não fui bem claro nas explicações é que tenho ainda algumas dificuldades de me expor e também expor a Casa a qual estou indo,principalmente na internet.Procurei a Casa por que tenho vontade de cuidar (do Orixá ou Inkice) e por problemas pessoais,até já pedi indicação ao senhor só que onde o senhor me indicou fica muito distante(sei que quando se precisa não se mede distância). A pessoa jogou,me falou os mesmos Orixás que me disseram em um jogo em uma outra Casa em anos anteriores.Como gostaria de cuidar dos meus Orixás perguntei se poderia frequentar a casa como Abian e me foi permitido.O que eu entendi é que participarei da roda e vão realizar o ritual do bolonan para saber se eu sou rodante ou não.Se eu sentir que realmente essa é a Casa,conseguir me adequar ao ritmo e costumes com certeza vou me iniciar e cuidar da espiritualidade,pois sempre tive vontade de fazê-lo.Pedi para frequentar como Abian pois acho que é a melhor maneira de conhecer a Casa e as pessoas que fazem parte dessa família espiritual.Ainda não me iniciei pois não consegui achar um lugar.Na sua opinião fiz o certo?Gostaria que opinasse pois gosto das orientações dos moderadores.Se eu bolar tenho que fazer a feitura de imediato?Obrigado pelo “Quando fizer a pergunta, faça por completo, pois, uma pergunta completa nos dá um campo maior de orientação.
Conte o milagre e o santo, ok.”Um Abian sempre aprendendo.Axé e saúde.
Egbé,
Texto providencial aqui blog. Tenho sentido bastante necessidade de que mediunidade seja estudada e explanada para pessoas que também são de Candomblé. Certo que muitos conceitos kardecistas não convergem com os nossos, mas o estudo deles sobre mediunidade auxilia muito a todos que acreditam na existência dela e que sentem-na “na pele” porque é um estudo direto sobre esse tipo de faculdade.
Mediunidade não é uma aptidão pra fazer ninguém ser melhor ou maior do que ninguém, embora vejamos muitas e muitos médiuns agirem desta forma. Eu costumo dizer que “classe médium sofre” porque o aprimoramento espiritual e íntimo para lidar bem no dia a dia com as nossas sensibilidades não é fácil, exige-se muito pé no chão e bastante autoconhecimento para conseguirmos ficar equilibrados principalmente quando as energias do ambiente ao redor não estejam lá essa brancura toda.
Ótima iniciativa.
Axé,
Dayane
regio diz um ditado nigeriano:
Quanto mais perto do rio, maior a chance de se molhar.
Se vai cantar bolonan e se você bolar como fica?
Eu não sei, apenas sei que você está perto do rio.
Nós sempre indicamos o tempo minimo de 1 ano para o abian ficar na casa, analisando e sendo analisado.
Você deve decidir o que vai fazer, é a sua vida.
Ire
Bom dia Srº da Ilha!Obrigado pela atenção.Gostaria de saber se a pessoa bolar ela é obrigado a fazer e feitura de imediato?Se puder me responder quais as consequências quando uma pessoa bola?Se puder me responder agradeço,me desculpe se estiver perguntando de mais,só estou procurando orientação.Muito axé ao senhor.
Olá a todos, mas uma vez me reporto ao site a fim de sanar minhas duvidas.
Como já mencionei algumas vezes aqui sou filha de uma casa de umbanda. Algumas entidades dessa cada que frequento pediram para eu jogar, pq tem coisas que preciso fazer que a umbanda não faz. Fui a 3 jogos com diferentes pai de santos e os mesmo me disseram que os orixás estavam pedindo feitura, mas que ainda não seria o momento e eu também não joguei mais vezes.
Pois bem, fazem mais ou menos 09 meses desde o ultimo jogo e a exatos 4 meses eu senti uma forte dor de cabeça acompanhada por dor nos olhos, dormência do lado esquerdo do corpo, perda da visão e vomito, fui medicada e fiquei bem até janeiro, que desde de então estou com um dor de cabeça constante que não passa ela da um trégua de alguns minutos, mas logo depois volta … Fui a consulta de um neurologista que me passou uma serie de exames e nem um acusou nada, está tudo ok com meu cérebro, sem motivos que justifique essas dores e acrise que eu tive.
Isso pode ser um sinal de que a “hora chegou”?…Uma forma dos Orixás me mostrarem que o dia deu entrar em uma casa de candomblé chegou??
Obs: O neuro me receitou 4 remédios para dor, sendo um deles remédio controlado para dor e nem um faz minha dor passar… Alivia bem, mas não passa.
Vanessa,
Tudo indica que sim, que esteja na hora de você tomar uma decisão. Escolha uma boa casa, repita o jogo, certifique-se que a casa é de Axé e de Nação, comece a frequentar como abiyan e observe se está feliz e se é isso que você quer.
Boa sorte,
Axé.
Obrigada Fernando, mais uma vez vc me ajudando…Se é isso que eu quero eu ainda não sei, mas uma coisa eu tenho certeza não quero ficar passando por ai nem sentido essas dores absurdas, então se esse é o caminho tenho que aprender a aceitar e amar do mesmo modo que foi com a umbanda.
BOA NOITE SOU CONFIRMADA EKEDY A TREZE ANOS,N ACREDITO NEM CONFIO EM ORIXA NENHUM FUI CONFIRMADA DE XANGO E DESCOBRI Q SOU DE IANSÃ,SOFRI UM DERRAME VAI FAZER CINCO ANOS DIA VINTE Q ACABOU COMIGO HJ ESTOU NA UMBANDA COMO MEDIUM DE INCORPORAÇÃO EM FAZE DE DESENVOLVIMENTO ATÉ HJ SO INCORPORO CABOCLO PELO MENOS ELE RISCA O PONTO,EU N ACONSELHO A NINGUEM FAZER SANTO POS EU SO TIVE MUITAS PERDAS NA MINHA VIDA N TENHO ORGULHO DE FALAR Q SOU CONFIRMADA TENHO MUITA TRISTEZA DE N SABER O Q SOU DE VDD SE SOU EKEDY MSM OU RODANTE,ESSE ERRO ACABAOU COMIGO N POSSO MAIS TER MINHA VIDA TENHO VARIAS LIMITAÇÕES O Q ME DEIXA CADA VEZ MAIS TRISTE N POSSO CONFIAR EM NINGUEM EU VI O ORIXA VINDO NA CABEÇA DO ZELADOR E ENDOSSANDO TODA MERDA FEITA PELA PESSOA E A VIDA DE QUEM DEU A CABEÇA E CONFIOU?????VAI TER Q TER OUTRO DERRAME???????FICAR LIMITADO???????DESDE JA GRATA BOA NOITE
Sheila s suas dores são completamente entendidas, sentimos compaixão pela sua situação.
Mas, querer atribuir ao orisa seu derrame é uma grande falta de conhecimento e sabedoria.
Pensar que o mar vai ficar revolto por que você quebrou um tabu e ele vai lhe arrastar é se sentir a azeitona da empada.
Não é assim que funciona, nunca foi assim que funcionou.
Pessoas acham que podem fazer o papel de Deus e sair distribuindo conhecimento celestial. ERRADO!!!!!!
Se lhe confirmaram e não lhe raparam a culpa não é do orisa, se o oráculo deu uma informação errada a culpa não é dele.
Já escrevemos e respondemos a diversas pessoas sobre pseudos sacerdotes, pessoas de péssima índole, com falta de conhecimento e uma vaidade do tamanho do Brasil. Pessoas completamente despreparadas para a função que querem por que querem ser reconhecidas no ‘meio dos becos’ como sacerdote.
Orisa é muito mais que seu derrame, a minha falta de sabedoria, as dores do mundo e vaidade do universo.
Orisa é sublime, orisa é a energia que nos direciona em busca do desenvolvimento humano e fortalecimento espiritual.
Não esqueça que somos feitos de escolhas, que somos resultado do cuidado que demos ao nosso corpo durante toda nossa vida, que se não conhecemos, não entendemos, se temos conhecimento dos mistérios do culto, não podemos tecer criticas, não podemos poluir o rio por que estamos com raiva de Osun.
Você deve se estabilizar emocionalmente, você deve ter certeza que suas palavras são ouvidas e guardadas, o poder de amaldiçoar e de abençoar estão em nossas palavras.
Pense melhor em sua vida, em sua doença e nos por que de tudo isso.
Eu tenho absoluta certeza que se você é um Elegun e foi feita Ekeji, não seria nem de perto o motivo do seu derrame.
Um pequeno texto sobre o que você pensa segue abaixo:
A consciência do fogo é queimar o que precisa ser transformado. Se você iniciar um fogo, você pode usá-lo para cozinhar ou mantê-lo aquecido ao ler um livro. Se você se sentar no fogo e se queimar, o fogo não está zangado com você, o fogo não se importa com o que você faz. O fogo está focado em transformar madeira em cinzas. Se você se queimar é porque você deixou de viver em alinhamento com o fogo como um princípio universal. Se você acreditar que você precisa sentar-se no fogo, a única razão de você ter se queimado não é porque o fogo está com raiva de você. E se você fizer rituais para apaziguar a ira do fogo na próxima vez que você se sentar nele você ainda assim vai se queimar.
A noção de que a Mãe Natureza é hostil só faz sentido a partir de uma perspectiva míope.
Você pode transforma a palavra fogo em òrìsà.
Ire
BOM DIA,EU NOVAMENTE MEU VELHO POR FAVOR PERDOE MINHA IGNORANCIA EU REALMENTE ESTOU MUITO CONFUSA POR ESSA DESCOBERTA EU N ESPERAVA ALGUMAS PESSOAS DIZEM Q EU SOU EKEDY MESMO Q AQUILO Q VEM EM MIM E EGUM OUTRAS DIZEM Q SOU RODANTE SE EU FOSSE EKEDY MESMO NEM EGUM CHEGARIA EM MIM ME RESPONDE ISSO CONFUNDE MUITO EU N ESPERAVA DESCOBRIR ISSO NUNCA PASSOU NA MINHA CABEÇA SER RODANTE,PRA MIM EU SOU DE OYA NOS POUCOS JOGOS DE BUZIOS Q FUI APONTAVA IANSÃ COBRANDO OS DIREITOS DELA MINHA VONTADE E FAZER TUDO Q TEM Q SER FEITO SE ELA Q OS DIREITOS EU OS DAREI,MAIS RODANTE?????EU TENHO MUITO MEDO N SEI O Q VAI ACONTECER COMIGO NA MINHA MENTE SÓ PASSA Q VOU CAIR POS EU ANDO COM AMPARO DE MULETA N SEI O Q VOU FAZER POR ISSO PESSO Q ME DESCULPE PELA MINHA IGNORANCIA MEUS MEDOS E RECEIOS UM ABRAÇO E OBRIGADO
Da Ilha. Seu último comentário sobre o fogo foi fantástico.
Vou utiliza-lo ao passar o conhecimento adiante.
Um abração!!
“A consciência do fogo é queimar o que precisa ser transformado…”
Olá pessoal, quero agradecer a todos os organizadores do site e outras pessoas que vem esclarecer um pouco sobre o candomblé pra nós que temos algumas dúvidas quando estamos nesse processo de aproximação com a religião .
O esclarecimento sobre o candomblé nos faz tirar estigmas e preconceitos que a cultura cristã coloca no imaginário das pessoas que não à vivem.
Sobre a mediunidade, sempre tive uma forte intuição e outras experiências de convivência com ela. E de inicio a falta de instrução em lidar com a mediunidade fez em certos momentos com que um medo ganhasse força diante da experiencia que vivia.
Tenho me aproximado do candomblé por muitos motivos, e um dos principais é a mediunidade. Como a Dayane comentou mais acima, vejo que é importante mais orientações a respeito da mediunidade e se possível em direção pra quem seja do candomblé.
Entendo que estamos a falar de uma religião da oralidade, memória e prática. Então não sei até que ponto se poderia pensar numa possibilidade de um livro central pra nos orientar nessa questão. E sei que é principalmente na convivência na religião, na fé que toda essa questão irá ser trabalhada.
Mas por vezes me pego cuidando dessa mediunidade sobre a perspectiva da religião espirita. E aí aparecem as dúvidas, os questionamentos se o caminho a trilhar estar certo ou em desarmonia com o caminho espiritual que tenho começado a seguir pra mim.
Outra questão é que eu queria saber de vocês, a quanto de elo o candomblé traz com os sonhos? Se acreditam que os sonhos trazem mensagens importantes? E isso é uma mediunidade?
Algumas religiões fazem ponderações sobre os sonhos, devido o fato de coisas do dia a dia influenciar no que sonhamos. No entanto sempre tive sonhos contidos de mensagens fortes sobre mim e outras pessoas, mas novamente a falta de orientação fez em certos momentos não os levar tão a sério e até não saber como lidar de o que fazer depois de tê-los.
Abraços!
ps: comentário grande, espero que dê pra entender. 😀
Fernanda,
Quem foi que nunca teve um sonho diferente e ficou pensando neste o dia inteiro? A linguagem dos sonhos é simbólica, o que instiga ainda mais a nossa curiosidade sobre o que eles querem dizer. E não há limite para quem sonha. Durante o sono, mesmo deitados em nossas camas, podemos voar, nos transformar, e viajar por mundos imaginários inimagináveis. Por vezes, são sonhos tão positivos que quando acordamos, tentamos até dormir de novo. De acordo com a psicanálise, os nossos desejos reprimidos podem, de certa forma, ser realizados durante o sonho. Outras vezes, temos pesadelos, às vezes recorrentes, dos quais temos muito medo, e despertamos assustados.
No candomblé os sonhos aparecem como metáforas e normalmente quando estão para tomar obrigação ou de obrigação, cabe ao zelador interpretá-los, portanto, não considero isso uma mediunidade especial, nosso subconsciente às vezes nos proporciona absurdos inimagináveis.
Axé.
Prezados,
Gratidão por todo o compartilhamento de informação. Me emociono deveras com os textos, sobretudo no momento que estou passando. Há pouco fiz um longo comentário aqui, mas acabei o perdendo ao tentar logar. Uma pena. Quem sabe depois tento reconstituir. Rs
Em miúdos, queria saber qual a relação do orixá com a mediunidade? Um obi é o ideal pra mediunidade descompensada? Uma mediunidade mal equilibrada atrai eguns – que seriam os obsessores pro espiritismo? Uma limpeza é ideal pra equilibrar a mediunidade? Um contra-egum? Vocês tb acreditam que o uso de drogas influencia na abertura do corpo (que pode receber espíritos destruidores)?
Desculpe se pareço intrusiva, admiro demais o Candomblé e gostaria de seguir meu caminho espiritual nesta religião ancestral. Mas quando a gente não encontra uma casa e está passando por problemas espirituais ficamos tão perdidos quanto uma barata tonta e isso gera grande sofrimento.
Se puderem me ajudar.
Axé pra todos nós.
Iara temos que acabar com o misticismo de que o iniciado de òrìsà tem mediunidade.
Uma coisa nada tem haver com a outra.
Elégun, o médium, é preparado para receber a energia do òrìsà. É como se construíssemos um aeroporto para a nave pousar, mediunidade não é isso.
Mediunidade está ligada ao espirito que brota na nossa querida Umbanda e suas ramificações ou afins.
Estar com o corpo e mente limpos para uma boa conexão com o òrìsà é o melhor caminho para o encontro com o sagrado.
Òrìsà não ‘vira/desce/incorpora’ em abian, neófito ou o quer que seja e que não seja iniciado.
O que vemos é um espasmo da energia percorrendo o corpo da pessoa.
Posse por òrìsà é algo muito diferente disso.
O uso de enteogenos é muito difundido dentro das religiões milenares, o nome droga não é muito conveniente.
O uso da canábis era difundido no Brasil no inicio da colonização por um dos povos escravizados, durante seus rituais iniciáticos, depois tivemos o uso de chás e o amunimuye.
A Nigéria usa uma planta de poder, poderosíssima, durante a iniciação de òrìsà e outras tribos africanas também fazem uso de outros tipos de folhas e raízes, existe material especifico sobre o assunto nas livrarias, não me lembro do nome do trabalho acadêmico, muito bem elaborado.
Se você deseja seguir seu caminho, se o seu Eu interior lhe diz algo muito forte ligado a essa parte metafisica, então, busque uma casa, busque o conhecimento e depois se inicie e mude, mude sua vida, seu caráter, seus pensamentos e suas palavras.
Você com certeza irá encontrar uma nova vida se assim desejar.
Ire alaafia
Muito obrigada pelo compartilhamento de informações. Irei pesquisar mais e perdão pelo uso do termo “droga”, enteógenos são, de fato, mais adequados. Acontece que depois de passar por medo repentino (na minha própria casa sem motivo aparente), dores de cabeça intensas, náusea, sensação de estar fora do meu corpo (despersonalização), acabei indo a um Babalorixá pra consultar os búzios, de cara, ele apontou alguns dos sintomas e me disse que eu estava “descompensada”, com a mediunidade muito alta e que tudo isso era Orisá, me indicou um Obi e uma obrigação pra Oxum. Acontece que pela postura desse Babá não me passar o “cuidado” que eu precisava e pelo valor ser um pouco alto, acabei indo procurar uma Iyá que me diziam ter essa característica do cuidado, fiz a consulta dos Búzios com ela e ela não viu necessidade de fazer um Obi, disse que Osalá estava mandando eu ter paciência e saber o que quero. Sobre a mediunidade me recomendou o banho (que ainda estou tomando) pra retirar o negativo e eu mesma conseguir me equilibrar. Essa Iyá viu Iemanjá nos meus caminhos, coisa que o outro BabÁ não viu. Mas a realidade é que me sinto tão vulnerável e com medo de estar enlouquecendo aos poucos que não sei como me posicionar nesse impasse. Um obi equilibra essa mediunidade descompensada que ele viu nos búzios?
Grata pelas informações.
Odé Ợlaigbo
Esqueci de perguntar, o senhor acha que ir no Centro Espírita ao mesmo tempo que se está se tratando no Candomblé pode ser perigoso? E na Umbanda? Hesitei pois achei ideal focar em algo, mas se tudo é luz, por que seria problemático?
Iara não fique se punindo, buscando algo que você ainda não vai entender.
Essa senhora me pareceu muito sensata.
A mediunidade aflora no seu tempo, na sua hora.
Siga os conselhos dela e abra seu coração, quem sabe ela conhecendo melhor seu intimo a ajuda pode ser mais vigorosa.
Ire
Iara busque um caminho.
Se for o Candomble ótimo, se não for ótimo tbm.
Não misture as estações.
Ire
Motumbá, prezados
Tenho um dilema e gostaria que me ajudassem. Sou uma jovem garota de apenas 20 anos que nesse ano regido por meu Pai Osalá passei pela necessidade do autodescobrimento (ou autoconhecimento). Depois de sintomas vários procurei um Babalorixá confiável que me disse que todos os meus sintomas era decorrrente de orisá e q deveria dar um obi pra acalmar a cabeça, fiquei feliz desde a descoberta pq está mais q óbvio pra mim a veracidade do meu amor por orisá. No entanto, procurei outra casa pra me cuidar e a minha atual Iyá ainda não deu meu bori; Acontece que ao conversar com um preto velho num centro espírita ele me disse que o pessoal das vidas passadas estão me cobrando e a minha mediunidade é ostensiva, sou como uma esponja e sinto as energias. Eu conheço pouco do Espiritismo e só sei que apesar de todas as dificuldades que é viver o candomblé, eu o amo. Só que tb me vem uma culpa pq sei que eu poderia ser uma grande médiun, meus outros guias querem trabalhar e eu ajudaria muito mais pessoas em outra religião, até mesmo como a Umbanda. Antes desse preto velho me dizer isso, um amigo espírita que eu indiquei que fosse num Doté confiável me contou que durante o jogo esse Doté disse que eu não me identifiquei com o espiritismo mas que precisava descarregar lá. Quando falo a minha iyalorixá sobre energias negativas ela diz q não há, mas eu imagino que eles não entrem na roça pq minhas sensações fora de lá são outras. Estou prestes a dar o bori e tenho fé que me sentirei melhor, mas vcs acham que esse ritual pode diminuir minhas chances de seguir o q tb acho q devo como missão karmica seguir – o espiritismo? Não abandonaria meu orisá nunca, mas acho que é mais fácil começar por essa doutrina pq o caminho inverso me parece impossível. O caminho inverso (do candomblé pro espiritismo) é impossível? Essa pergunta tb parte carregada da impressão q tvz meu santo queira feitura antes dos 22 anos e estou preses a fazer 21.
Motumbá
daianans,
Confie na sua iyalorixá, se ela jogou e diz que não tem, é porque não tem mesmo energias negativas e se tiver, ela fará o ebó necessário para afastar de seu caminho. Pare de encucar com essa coisa karmica, para nós do candomblé, isso não existe de forma alguma, embora eu respeite os que defendem esse tema. Se você escolheu o candomblé, o culto aos Orixás, então, foque somente nesta religião, tenho certeza que você terá muito coisa para aprender e descobrir, o mundo dos Orixás é fantástico. Seja uma boa abiyan, frequente e vivencie na sua casa de candomblé a energia positiva dos Orixás.
Boa sorte, axé.
Boa Noite.
No espiritismo se diz muito em reforma intima e estudos, um candomblecista precisa de reforma intima para se desenvolver e evoluir mediunicamente ? Ou essa evolução mediúnica fica por conta do Orixá?
Caso uma pessoa feita no Santo, inicie estudos de Kardecismo, pode haver consequências negativas?
Bem , já que o assunto é mediunidade… Um Ogan tem mediunidade, assim como a Ekedy, mas não bolam, então…. como é essa mediunidade?
Ana,
Um candomblecista precisa frequentar e vivenciar a vida num terreiro, passar por etapas de aprendizado até se iniciar para o Orixá. Kardecismo é outra história, um outro conceito de abordar o espiritismo.
Axé.
Ana,
Não é necessário bolar para ser um médium, até porque todos somos médiuns e um ogan e uma ekedi desenvolvem a sua mediunidade justamente em suas funções que são específicas a Ogans e Ekedis.
“A capacidade para ser médium espiritual é algo inerente a qualquer pessoa.”
Axé.