Axé Força vital que promove os acontecimentos.
É uma qualidade de energia latente mobilizada pelo aspecto sensível dinamizado nas relações, daí dizer que é doada.
Energia primordial que promove a vitalidade enraizada do ser humano com o que se tem de mais antigo dentro de si mesmo, o Orí.
É possível de ser “redistribuída” em ritual entre homens e mulheres que saibam conservá-la como dádiva do universo.
De forma sagrada é passada de mãe para filhos, todos a possuem; é relíquia de nascimento selada durante o parto.
Na cultura africana religiosa, esta energia se cultiva, cultua e renova numa dimensão religiosa.
O preceito da redistribuição do axé se estende ao fundamento de criar e manter as relações sagradas entre pessoas, amigos, ou entes que se amam.
Portanto, é considerada o arqueiro do amor entre os povos.
É o princípio que torna possível o processo vital.
O Axé é nutrido no âmago líquido, nas entranhas do nosso corpo, no sangue, força que sustenta e move a Tradição.
A palavra Axé também pode ser pronunciada e ouvida como forma de agradecimento e louvor.
Àse é transmitido através do hálito, do sopro e do contato físico e da energia espiritual.
Artigo de Maria Rodrigué/ Fernando D’Osogiyan
Àṣẹ.
Ègbé
É preciso também querer receber Axé, e quem recebe ou quer receber Axé deverá aceitar os Bônus e principalmente os Ônus dentro de uma Casa de candomblé. Quem tem Axé acredita e confia na sua casa, nas pessoas e principalmente no zelador, trocará permanentemente Axé com todos de sua casa e com o seu Zelador. Quando um integrante não consegue trocar Axé estará fadado a interromper seu caminho dentro da Casa.
Axé.
Àse é cumulativo, quem quer àse, tem que pegar um pouco todo dia, seja na troca de palavras, nas orações, nos pensamentos e nas atitudes.
Ter e distribuir àse, é uma dádiva.
Mo jùbá Bàbá Fernando por sempre nos lembrar dos pequenos detalhes da vida dentro de um barracão e do nosso cotidiano.
Ìbà Èsù.
Boa tarde, baba Fernando!
Certa vez o senhor postou a letra de um orin que é cantado no momento em que se entrega o presente da Oxun, há um também para a entrega do presente de Yemanjá?
Um abraço.
Oi .. peço por favor que me ajude. Raspei pro santo cerca de tres meses, me arrependo, sinto que o candomblé não é pra mim ou eu não seja pro candomble. Quero muito falar isso pro meu Baba porém tenho medo. Tenho medo de largar e ser cobrada. Não me arrependo de ter feito nada pro Santo, mas eu sei que eu não vou servir alí pq nao estarei de coração aberto. Jamais irei cuspir no prato em que eu comi. Amo a umbanda, meus pais também e gostaria de voltar do lugar onde iniciei. Acho lindo o candomble mas nao me sinto a vontade. Peço que alguem me responda. Estou muito perdida e com medo. Obrigado.
Anonima,
Converse com seu zelador e esclareça com ele todos as suas dúvidas e angústias, é conversando que se chega a um denominador comum.
Boa sorte!
Axé.
Mário,
As cantigas da roda de yemanjá, mas, particularmente em meu Axé, quando levamos o balaio, cantamos em procissão: Erú iya, Erú iya ô! Iyálode onâ! Erú iyá, Erú Iya ô!
Axé.
Vi uma versão assim oranimá oranimaó é a mesma
Rafael, bom dia!
Desculpe minha interferência, mas acredito que essa letra é de um orin de Oxun:
Ǫlǫmi máà, Ǫlǫmi máà iyò
Ǫlǫmi máà iyò, ènyin ayaba (Aìyàgbà/ Rainha) odò
Ó yèyé ó.
Senhora das águas doces (sem sal), Senhora das águas doces (sem sal),
És a velha mãe do rio.
Ó mamãe (ou podemos dizer, és a rainha mais velha do rio)
É orin do universo do Nagô Egba, se não estou enganado.
Um abraço.
Gostaria se saber se existe algum impedimento de um zelador raspar ou cortar pára o seu filho carnal ou sua irmã
Edson isto é pessoal.
Cada sacerdote toma a melhor decisão para sua casa e seu filho/irmã.
Impedimento não há.
Ire
Rafael,
Também tem essa versão: Orômimá, orômimá ó, orômimá abalô ó yeye ô!
Axé.