A iniciação em si já é um marco por se tratar de uma transição, de um renascimento do iniciado como uma nova pessoa. Eu mesma tive noção de quem eu realmente sou, de como eu realmente sou após a feitura. Recordo-me exatamente da sensação após eu ter saído do preceito, de encarar o mundo com uma roupa de cor, com os cabelos curtinhos e a nova sensação no peito. Lembro até da primeira coisa que eu fiz assim que tirei o branco e do quanto me enxerguei diferente no espelho. As pessoas me notavam diferente e eu me notava diferente também. Eram meus recém 18 anos, eu nem sabia o que era o mundo ainda, tinha acabado de sair da escola, entrado na faculdade e a minha entrada de vez num mundo muito maior coincidiu com a entrada definitiva de Iansã na minha vida. Tudo mudou. Talvez tenha sido proposital da parte dela. Acho que sim. E essas lembranças vivem voltando à tona cada vez que vejo mais um iniciado nascendo, mais uma irmã ou irmão passando pelo preceito e relatando as situações vivenciadas neste período.
De lá pra cá se vão quatro movimentados e inesperados anos aonde eu venho aprendendo a sentir e entender os sinais dela – que algumas vezes são silenciosos e noutras tão gritantes. Acho que com o tempo os iniciados desenvolvem uma relação pessoal com o próprio Orixá. Chega a ser íntima. Falo por mim, falo pelo que eu sinto com Oyá, falo pela segurança que ela me dá quando eu estou no meio de uma tempestade e da segurança que eu lhe dou ao afirmar que sempre irei por ela, custe o que custar.
Eu tenho vivido o meu tempo de iniciada com o maior cuidado e delicadeza possíveis, gradativamente tentando entender todos os acontecimentos, mesmo quando eles surgem de forma totalmente inesperada. Já errei o caminho para onde ela apontou, às vezes entendi errado o que ela falava… Coisas que qualquer filha criança como eu faz.
Acho que eu e Oyá estamos um pouco misturadas. Não falo isso nem pra demonstrar alguma soberba ou algum orgulho. Tenho orgulho do meu Orixá sim, tenho a minha essência individual sim, tenho muito ainda a aprender com ela e sobre ela sim, mas tenho-a muito em mim e isso eu não preciso explicar porque o sentir nem sempre consegue ser traduzido.
Muitas vezes falamos de assuntos sobre a religião muito necessários e que precisam com urgência serem relatados e ensinados. Eu tenho a dimensão do quanto o nosso blog, por exemplo, é importante neste meio virtual no tocante a estas informações e o quão ávidos são os nossos leitores por aprendizados, conselhos e explicações. Porém, eu acho necessária também essa pausa pra falar sobre o sentir, acho necessário eu parar pra pensar no meu Orixá como energia que me acompanha diariamente e não só como um Orixá dos ventos e das tempestades. Cada um precisa sentir o Orixá que há dentro de si. Pensar nisso, refletir isso e observar isso. Mais aqui dentro, menos lá fora, gente. Às vezes alguns iniciados procuram tantas informações externas sobre o orixá ou saem tão alvoroçados atrás de respostas para as agonias momentâneas que chega a parecer que esquecem-se que o Orixá está neles, que eles tiveram Ori e corpo sacralizados para o Orixá fazer dali também sua morada. Parece que esquecem que o Orixá ouve.
Eu, passado o ritmo turbulento que só as mudanças trazem, tenho pensando e sentido muito essa interação. Além de aprender mais, faço meus “feedbacks” e me sinto alegre e confiante na forma como tenho caminhado.
E como canta Maria Bethânia:
“O mais importante do bordado
É o avesso, é o avesso
O mais importante em mim
É o que eu não conheço
O que de mim aparece
É o que dentro de mim Deus tece”
Dayane
Dayane,
Seu texto apresentou uma narrativa interessante, em meio a qual, tive a boa impressão, de ter sentido seu interior, supostamente, em face da sinceridade e transparência expostas. Em suma, o texto, como seu testemunho, me proporcionou algo de leve e agradável, ao mesmo tempo que, surpreendentemente indescritível. Gostei ! QUE DEUS TE ILUMINE,DAYANE, HOJE E SEMPRE!
Ateciosamente,
Sandive Santana / RJ
Dayane,
Mais uma vez você nos oferece um texto de grande beleza e conteúdo. Parabéns!
A reflexão sobre o processo iniciatório e a percepção da sua vivência na fé, sobretudo na relação com seu orixá, é o essencial para todos os que pensam em viver a fé de forma profunda e verdadeira. Ou seja, podemos “iniciar” na religião, mas não vivermos a fé de forma autêntica. Podemos denominar-nos filhos de orixá, mas não vivemos como filhos e não respeitamos nosso orixá, e aí perdemos a grande oportunidade de conhecermos uma forma de ser FELIZ.
A vivência da fé de forma autêntica e verdadeira é com certeza um caminho de realização pessoal.
Dayane,
Parabéns, belo exemplo de religiosidade e sabedoria.
Ler seu texto é poder me lembrar de mim mesmo de quando iyawo novo, não com tanto sentimento e entrega que você emprega as palavras, mas, sobretudo, da afinidade traduzida íntimamente com a energia do nosso Orixá.
Nunca me importei com “qualidade”, “ajuntó”, “come com quem”, “Odù”, sempre me preocupei em respeitá-lo ao máximo (até hoje), e entender que sou um Elegun honrado, um Homem digno de Oxalá, uma partícula quase invisível de sua energia habita-me, que honra!
Nada de negativo na minha vida está relacionado ao meu Orixá, somente as coisas positivas, puras, fiel a fé e a devoção.
Por isso sou Orixalista convícto, completamente livre de amarras sem livro da verdade, sem escrituras sagradas, sem ninguém para influênciar, e me dizerem o que pensar e o que fazer, porque tenho meu ORIXÁ vivo e me coloco eternamente a sua disposição.
Axé.
Q belo exemplo de subjetividade e fé. Isto é o sonho de todas as pessoas, acredito eu, encontrar com o divino, mas, não só no externo,e sim a priori, dentro de nós mesmos.
bem profundo!
gostei muito desse relato isto serve pra mime tambem pra muito que envelheceram no orixas achando que sabe tudo e não precisa continuar aprendendo.Porque orixas é sentir ,viva e deixar viver mutunbá
Lindo o que vc relatou…ate daqui (do outro lado da tela) deu pra sentir a intensidade, a grandiosidade do Orixa em sua vida. Mas como vc mesma disse, sao sentimentos que muitas das vezes nao ha como descrever, somente sentir. O Orixa e uma energia,mas ele tambem e a nossa forca interior (Fe). E isso varia de individuo para individuo. Sou a favor das buscas por conhecimentos, mas tambem e nao menos importante, a do auto conhecimento
Dayane,
Obrigada pelo seu testemunho enriquecedor. Não faço parte do candomblé, mas o amo pela sua humildade, pela força e pela intimidade com o Divino que esta religião oferece. A entrega total, a confiança em seu Orixá ainda te tratá muitas pessoas que pedirão ajuda em diversas situações. Avante guerreira!
Querida, foi tão profundo que fui às lágrimas. Talvez pelo fato de que eu sou uma “yawozinha” ainda de preceito.
Mutumbá
muito bem continue aprendendo so o dia a dia te mostrara os beneficios mutuba
Muito lindo,.
Palavras e postura muito sábias.
Axé minha irma.
Boa tarde Dayane. Eu ainda não sou feita estou me preparando mas posso dizer pra vc que nossa mãe é tudo isso e mais um pouco é uma mãe que esta sempre com a gente uma mãe que ampara mostra os caminho ensina, realmente a gente a gente so precisa escutar sentir amar e confiar nessa mãe tão maravilhosa , que quando falo dela meus olhos enche de lagrimas tão grande é o meu amor por ela .Ela me guia sempre. Axé pra voce e todos do blog
Pessoal, estou precisando de um conselho:
O que fazer quando você se sente excluida com sua familia de santo, sabe… eu e meu marido somos do mesmo barracão, e infelizmente a postura dele não é legal na casa de santo, ainda assim, eu o amo e também tento compreendelo, mas meus irmaos e meu pai de santo não, e infelizmente por sermos um casal as atitudes dele interferem em mim
Todos da minha casa incluindo meu pai de santo não me tratam como antes, embora conversem comigo, me sinto excluida das festas e oros , ninguem me conta sobre as coias ou ficam perto de mim…não sei mais o que fazer
Pra evitar borurinhos prefiro nao postar meu nome
Olá todos,
Parabéns pelo site, pelos textos bem escritos.
Gostaria de fazer uma pergunta, ou levantar uma questão para discussão ou reflexão. Sabemos que o culto na Africa era diferente e como já foi dito, em teoria, originalmente não existem qualidades de Orixás, Nkises ou Voduns e sim nomes diferentes de acordo com as passagens dos mesmos por diversas áreas. Da mesma forma, apesar das semelhanças Kaiala não é Yemanjá, nem Xango é Nzazi. No entanto quando um filho de santo muda de casa e de nação ele acaba por passar a cultuar o Orixá, Nkise ou Vodun similar da nação anterior. Já ouvi relatos de mães e pais de santo que ao receberem um ‘pretenso’ filho de santo, no jogo de búzios eles identificaram que o ‘Santo’ da pessoa é de outra nação e assim eles recomendaram a pessoa a procurar a nação em que o ‘santo’ responde. Também sabemos que na Africa, originalmente ninguém seria filho de dois santos, como Ogum com Yemanjá, ou Iansã, com Ogum, etc. Isto é uma coisa que acontece nos terreiros fora da África, e que imagino se explique pela conjunção das diversas tribos em um só lugar, como no Brasil. Então neste caso é natural que tenhamos mais de uma linhagem de ancestralidade.
Minha questão é a seguinte: Partindo destas premissas, seria possível que uma pessoa carregue consigo 2 santos de nações diferentes? Quer dizer é possível que alguém seja filho de Matamba com Yemanjá ou Omolu com Kavungo? E se Omolu quer ser reverenciado e cultuado ao modo do Ketu e Kavungo também quer ser cultuado e reverenciado conforme o culto de Angola? Teoricamente isto seria possível, mas isto se dá na prática? É possível isto? Como isto se resolveria na prática?
Gostaria que comentassem.
Obrigada
Anonima,
Você tenha uma conversa definitiva com o responsável pela casa e tome uma decisão decorrente do que você achar depois desse conversa.
Vida que segue, seja feliz!
Axé.
Fernando,
O meu medo sobre essa conversa é que seja definitiva e eu me desligue da casa. Sabe, sou muito nova de runcó ainda, e e vejo como é ruim um iniciado seguir com suas obrigações sem ser com sua navalha.Não sei, na verdade como eles conseguem confiar em outra pessoa que não é sua navalha…enfim, tenho poucos amigos iniciados e nenhum deles se desligaram da casa, tenho medo de estar seguindo um caminho diferente que meu orixa traçou pra mim.
Motumbá, Dayane.
Seu texto é lindo pela sinceridade.
Antes, durante e depois da feitura, ficamos inundados por dúvidas, questionamentos, incertezas.
Mas com o passar do tempo, passamos a sentir mais para entender mais.
Nossa mente torna-se mais livre para acolher as respostas e explicações de nosso orixa, nkise, vodun….
A sensação de que tudo o que passou, realmente passou, deixa-nos aflitos a princípio mas é o que nos conforta no sagrado caminho de nossa vida nova. Pois não somos mais simplesmente “camdomblecistas”. Após a feitura, somos filhos-de-santo. Nosso “Santo” é parte de nós e nós, parte “Dele”.
Um grande abraço e que mais filhos possam partilhar conosco suas emoções de iniciado.
Patrícia,
Similiaridade de energias, apenas isso, pois, os Inkísses, os Orixás, os Voduns, são bem distintos em suas liturgias. Conheço zeladores de Ketu que são conhecidos por sua digina de sua iniciação na Angola, porém, todos sabemos que eles migraram para o Ketu e rasparam Orixá e que pode até ter sido um similar da outra nação.
Quando muda de nação ou do culto a divindade, se inicia normalmente começa do zero e não conta o tempo da feitura anterior como muitos fazem ERRADAMENTE.
Axé.
EU GOSTEI DA SUA HISTORIA DE VIDA COM OYA ELA RELMENT ESTA DENTRO DE NOS QUANDO A TEMPESTADE CHEGA NOSSO CORPO FICA ALIVIADO POR MAIS ESTRANHO QUE SEJA E UMA SENSACAO MUITO BOA MESMO ELA E PROTETORA DE SEUS FILHOS E SEMPRE SERA MUTUBA MUITO AXE PRA VC BEIJS
Dayane, parabéns pelas lindas palavras, é certo que esse texto me ajuda ver novamente luz em meio a um dia confuso e nublado. Obrigado!
Olá a todos colaboradores do blog! Tenho uma duvida…
Numca fiz Bori, sempre quis dar meu Bori e quando me organizei e pude faze-lo, minha mãe de santo consultou os buzios e descobriu que meu Orixá não queria Bori e sim Raspagem/Feitura!
Por motivos maiores tive que sair da kza dela, e procurei outro zelador, qndo ele joga pra mim, fala a mesma coisa que ela havia me dito: “Seu orixá está querendo Feitura/Raspagem e não Bori! ”
É comum Orixás querer logo feitura, sem ao menos o filho ter feito um Bori!?
Se a resposta for sim, pq?!
Desde já agradeço a atenção…
Diego,
Leia o meu post “Ebori” clicando na minha foto para entender o que é um Borí. O tempo do Orixá é muito diferente do nosso, sendo assim, procure uma boa casa para frequentar, vivenciar, aprender sobre a religião para que no futuro, você estando mais preparado possa quem sabe se iniciar. É assim que as coisas funcionam, sem essa pressão toda que fazem sobre as pessoas.
Axé.
Nossa Dayane, fiquei realmente tocada pelo que você escreveu, em que pese ainda estar de preceito, sinto realmente que nasci de novo, como se Deus estivesse me dando uma segunda chance, como se o que eu passe antes fosse apenas um filme bom mas com um final ruim… Você descreveu todos os meus sentimentos,
Sou filha de Oxum e sinto que cada dia estamos mais próximas…
Obrigada por tais palavras..
Axé.
Fernando,
Obrg pela atenção!
Olá, Dayane!
Sei de alguns orixás que regem a minha vida, porque um amigo me ajudou a descobri-los, mas quero aprofundar esse conhecimento sobre quem sou eu e alguns por quês. Poderia me ajudar??
Axé!
Bruna,
Muito se descobre vivenciando dentro da casa de candomblé, esse é o grande mistério, vivendo a própria experiencia. Apenas um Orixá rege sua vida, os outros são transitórios, como também somente um Orixá é dono de seu Orí e ele se apresenta quando se está se preparando para a iniciação.
Axé.
Poderia me informar um fabricante de quartinhas e alguidar nas redondesa de Bragança Paulista-emandaguedes@hotmail.com
Peço a Vossas bençãos e bom dia a todos. Venho pedir-lhe a gentileza de uma orientação: “Eu fui num terreiro fazer um “jogo-de-buzios”, para saber entre outras coisas, qual o meu “Orixa de Cabeça”, me disseram que eu estava com “guerra-de-santo” ou seja, a disputa de 02 Orixas pela minha cabeça (“Ori”). Gostaria de saber se esta situação acontece dentro do culto do cambomblé (Orixas). Grata, Tifany.
Tifany,
Não existe guerra entre Orixás, são energias que se alternam em seu Orí (cabeça), portanto não se preocupe e agradeça por ser protegida por dois Orixás.
Axé.
Esclarecendo o fato a cima relatado: “O babalorixa me explicou que devido a esta “guerra-de-santo”, eu deveria fazer um “bori” para ver qual o Orixa que seria o dono da minha “cabeça”. Aproveito ainda, para tirar uma duvida: “Ja ouvi muito se falar que alguém, fez o “santo errado”. Isto realmente acontece! Fico-lhes grata.
MOTUMBÁ BÀBÁ FERNANDO!GOSTARIA DE SABER SE HÁ DIFERENÇA ENTRE ORIXÁ DE FAMÍLIA E ORIXÁ DE HERANÇA,E SE UMA PESSOA PODE TER MAIS DE UM ORIXÁ DE HERANÇA!EX,TER UM ODÉ DE HERANÇA E UMA OXUM!DESDE JÁ AGRADEÇO O SEU ESCLARECIMENTO!ÁSE.
tifany,
Guerra de santo é uma força de expressão, são as energias se alternando em seu Orí, recomenda-se um borí para fortalecer seu Orí. Quem faz santo errado é porque não estava virado no Orixá e assim acarretando mais um carrego em sua vida, que poderá ser contornado, com as providências que se fizerem necessárias com relação ao seu verdadeiro Orixá.
Axé.
Nei,
Orixá de família não deixa de ser uma herança (familiar). Muitos tem seu Orixá próprio e seu Orixá de herança e pode ter mais de um Orixá de Herança, neste caso fazendo parte de seu enredo de orixás.
Axé.
ADUPÉ BÀBÁ!BÀBÁ O ORIXÁ DE HERANÇA QUE CADA UM POSSUI É O ADJUNTÓ OU O TERCEIRO ORIXÁ!AXÉ!
Grata p/ esclarecimentos, AXÈ, Tifany.
Dayane,
Muito me emocionaram suas palavras ao descrever seu amor por Oyá, respeito e fé! Sua energia me remeteu há 6 anos atras, qndo fui raspada pelo mesmo orixá que vc.
Me identifiquei com seu sentimento.
Onde vejo que acima de tudo e de qualquer zelador de santo, está vc com seu orixá. E isso ninguem pode tirar de você.
Sou do axé de jeje mahi. E amo e respeito minha religião.
Kolofé e axé p vc! Que nossa mãe Oya te abençõe!
Cris, Olorun kolofé e axé pra você também, minha irmã!
É exatamente isso que você falou mesmo. Ter fé e ser filha de orixá é às vezes errar tentando acertar, receber o retorno do erro e ainda assim ter em mente que Orixá está perto e não abandona. É fé e amor sim.
Oyà TóTó Run!
Me serviu de resposta. Claramente, falta isso, falta o silêncio, falta a inatividade mental, pra que haja percepção do Orixá. Obrigado por dividir algo tão pessoal e profundo.
Só sinto uma famliaridade com o texto que só Odé pode me confirmar a verdade,passei, sinti, e sinto todas as manifestações descritaas no texto. será que isso é universal? Acho que sim. Asé Oooo , minha irmã!
como saber que minha oxum tá perto de mim?
Irra você pode saber através de uma consulta com o búzios. E depois ser orientada a rezar e orar para que esta energia possa estar com você nas horas em que precisar.
Ire o.
Primeiro agradecendo a Manuela, Fernando, Dayane e todos que semeiam um pouco de conhecimento para neófilos e iniciantes. Li muito no blog e realmente me ajudou muito, principalmente para ver que onde eu estava era uma casa sem fundamento e que precisava sair de lá o mais rápido possível… Sei que há fundamentos que não podem ser ditos, mas gostaria muito de tirar uma dúvida… no recolhimento o iniciado deve ficar deitado só de barriga para cima?? Há diferenças entre as nações do candomblé em relação a isso?
Mariana eu aprendi que mulher não coloca o ventre no chão, existe um por que que somente as iniciadas conhecem.
Os homens podem colocar a barriga no chão naturalmente.
Ire o.
Da Ilha, agradeço sua explicação, fui recolhida no Omolocô e ficamos sempre de barriga pra cima, não foi explicado o motivo de não poder virar, por diversas questões saí do terreiro e hoje entrei em outro terreiro e vou fazer novamente o recolhimento, daí minha pergunta já que fiquei gata escaldada. Vi em uma publicação em outro blog e uma imagem de um iniciado deitado com a barriga pra cima e as mãos cruzadas na barriga (como defunto) e todos comentaram sobre estar de barriga pra cima e que estava errado daquele jeito, por isso minha pergunta. Tenho exata noção que Omolocô não é Candomblé, ritos diferentes e o que me irrita profundamente é a mistura com Umbanda, não é claro o ritual, diz que recebe orixá, faz catulagem, etc., mas recebe as entidades, sinceramente estou cansada disso tudo…
Orixas de herança podem ficar na 1 ,2 ,ou 3 posição de um neófito?
Gabriela isso é difícil de responder, até por que as pessoas fazem uma tremenda confusão com essa coisa de òrìsà de herança.
Deixe o oráculo se pronunciar a respeito, com certeza esse òrìsà vai ter um lugar no seu carrego e não no seu enredo.
Ire alaafia