Podem muitas pessoas discordar, mas viver Candomblé não é igual a viver outras religiões. Eu não tenho muito respaldo pra falar sobre viver outras religiões porque somente me dediquei ao Candomblé quando o orixá me disse “venha”. E aí eu já noto a diferença básica: o nascer para. Candomblé não é uma religião de multidão, não é uma religião disposta a atrair fiéis na esquina, pois é vivida no seu ambiente muito particular, no seu mundo muito diferente desse mundo aqui de fora. Uma roça é praticamente um mundo paralelo, pois lá dentro o tempo é diferente, as sensações são diferentes, as personalidades são diferentes, os laços, assim como os conflitos, também. Aprendemos lá dentro como nos portar aqui fora.
Muitas coisas não têm explicação, muitos acontecimentos fogem das nossas rédeas, o orixá se faz presente de uma maneira que surpreende os desacostumados, apontam caminhos, criam laços, dão conselhos, nos freiam, nos dão a sacudida necessária, limpam as mágoas e abrem os nossos olhos para vermos além. E tudo isso vai acontecendo de uma maneira que quando vamos ver, já estamos envolvidas e cobertas de amor e fé (e eu penso que amor sozinho ainda é amor, fé sozinha ainda é fé, mas fé e amor é orixá).
Lembro-me de forma super clara os primeiros sinais que os orixás me deram, e me lembro também o quanto eu fiquei assustada e o quanto eu tentei correr desses sinais por ignorância, imaturidade, por ver o orixá fora e ainda não senti-lo cá dentro. Como toda adolescente, tive dúvidas, fiquei confusa e tentei buscar respostas em outros meios religiosos: fui para centro kardecista e recebi uma carta psicografada sobre os caminhos que eu tinha com “a religião da minha família” (o Candomblé); fui para igreja católica e recebi um “seu lugar não é aqui, minha filha” de uma senhora que eu recepcionei na porta da igreja. Depois destes sinais captei as mensagens e me abri para os orixás. De lá para cá muitas águas passaram por este rio e a mão que eu dei pra segurar a mão que orixá me estendeu é a que me segura até hoje e com a outra ele vai tecendo meus caminhos, criando os laços, fazendo meu coração estalar a cada abraço que ele diz “esse vale a pena”.
O que me faz permanecer não foi o que me fez entrar, pois existe “algo” que eu tento por em palavras para escrever aqui e nunca consigo. Eu sempre chamo de “terceiro olho”. Como se um “terceiro olho” aparecesse e fosse se abrindo aos poucos, respeitando o tempo e a maturidade que tenho. Cada visão, cada percepção chega quando é visto o meu preparo para tal. Conseguir enxergar paulatinamente pode parecer lento demais para alguns, mas para mim tem sido crucial. Cada imagem nova tem-me dado mais firmeza, cada imagem nova expande meu raio de certeza. E a sensação de sentir o meu Orixá feliz nada paga, ninguém consegue diminuir.
Sempre há um motivo forte para se entrar para a religião e um motivo mais forte ainda para permanecer nela. Ninguém fica de verdade por causa de axó, por causa de vaidade, por brincadeira, por laço afetivo ou somente por obrigação. Fica quem é disposto a soltar as rédeas, fica quem é disposto a por o ego abaixo do orixá, fica quem se permite sentir o orixá de verdade. E isso? É aprendido com o tempo, com humildade e com todos estes aprendizados que tanto são mostrados numa roça e falados um pouco aqui no blog. Fica quem é chamado.
Dayane Silva
Amei, eh assim mesmo.
Quem eh do axe diz q eh!!!
Enviado através do meu BlackBerry® da Nextel
Parabéns são emocionantes estas palavras. Eu também estive a conhecer muitas religiões mas somente o candomblé e sua profundeza de conhecimentos encontrei tudo o que eu procurava. Mergulhei de corpo, alma e coração sem preconceitos porque o amor e as coisas de deus não deveriam caber preconceito.
Além do mais eu também escolhi ficar! Esta religião que é longe de ser o que veem de fora, por dentro é riquíssima, bela, cheia de fé, amor, vida, paz e todas coisas boas e o mais importante englobando o autoconhecimento do ser em si diante de seu papel no mundo de de seu melhoramento para o bem…!
Nossa muito bonito o que vc diz gosto muito da religião mas acho q ainda ta difícil de compreender mas sou iniciante e gosto apesar de não sentir muito as coisas devo ser diferente de todos pois quando estou na roça e minhas entidades se manifestam eu tenho a impressão q estou mentindo por ver e escultar muito ainda mas espero ter a mesma visão q a sua futuramente
A benção aos mais velhos, mais novos!
Dayane, não é uma escolha fácil…
Exprimir o inexprimível, mais difícil ainda…
Parabéns, seus textos estão cada vez melhores, sua percepção e poesia ao falar dos orixás e da religião são cativantes, enxergamos Verdade, coisa rara nesses tempos difíceis…
Por existirem pessoas como você é que acredito que a Religião, na mais profunda acepção da palavra, ainda se perpetuará pelas próximas gerações com respeito e dignidade.
Você é um orgulho para os mais velhos e um exemplo para os mais novos!
Axé!!!!
Parabens Dayane. este texto exprime claramente o que os filhos de axé devem perpetuar. O Amor e a .Caridade. Como o Leo comenta “Você é um orgulho para os mais velhos e um exemplo para os mais novos!” Muito Axé
PREZADA DAYANE,
Li seu texto, intitulado ” EU ESCOLHI FICAR”.
Gostei muito,.. em face da suavidade com que dispuseste, o que senti, como autêntica Verdade, que pareceu ter brotado, do mais fundo, do peito de uma Mulher Iniciada.
Sim,… Religião é isso, Dayane!!! É um ato interior, no qual, atamos, em nós, por meio de um laço, o fio que nos une ao passado e nos faz sentir leves, ao sem qualquer vergonha, dizermos: ” Sou”.
” EU ESCOLHI FICAR”, não é um texto comum, dentre os muitos por ti enviados. Ele é O TEXTO, QUE TE REPRESENTA, Dayane, e ao qual reputo, especial valor afetivo, em face de seu conteúdo Mistico iniciático.
Que Deus te abençoe,Dayane,… Hoje e sempre, lhe ampliando a Terceira visão, que nos faz, nos vermos: Eu aqui no Rio de Janeiro e você aí em sua cidade, sem contudo haver quaisquer prejuízos de um mesmo ponto de vista, pelo simples fato de sermos, Religados, no Tempo, mais uma vez, que Deus te abençôe, hoje e sempre.
Atenciosamente,
Sandive Santana / RJ
sandive@bol.com.br
Gostei. Se todos nós pensássemos igual, a religião seria linda de se viver.
Dayane,
Belo texto, interpretar tão bem angústias, dúvidas, inseguranças, incertezas e ainda seguir em frente é bem próprio de sua dualidade generosa que se permite ao confronto com sua conciência, nesse caminho existem e aparecem os sinais, percebe-los é uma dádiva e percebe-los ainda tão jovem é genial. O mais difícil é confiar e decifrar as impressões subjetivas que ficam expostas ou rotuladas como um outdoor de imagens super postas no dia a dia, razão/emoção, alternando-se no seu cotidiano. Percebo claramente sua vocação religiosa, sua vocação literária e principalmente sua vocação de amor e fé na vida. Fica quem é chamado e você escolheu ficar, belo exemplo.
O L’Oyá lhe abençoe,
Axé.
Muito lindo seu texto Dayane , aliás foi muito bom ler o mesmo na atual situação que estou vivendo .
Boa tarde, minha querida!
Só lamento não poder te dar um abraço bem apertado, que texto bonito, emociante, como outros já disseram.
Mas é verdade, não é facil viver uma realidade inserida num universo adverso.
Um abraço.
Boa Tarde Minha Irmã!
Sabe o que é mais dificil neste caso, é ser sabio pra reconhecer esses sinais.
axé minha irmâ!
com certeza o candomblé é uma religião distinta onde não vive buscando adeptos como vemos em outras religiões “IGREJAS EVANGÉLICAS ” quem entra para o candomblé é porque é realmente escolido pelos nkisis ou seja orixás…pessoas com mediunidade a flôr da péle.candomblé não pede dízimo e nem quem pode dar mais ou menos dinheiro pois muitas casas de santo existem pessoas muito humildes que entram sem nada e quando se inicião chegão a ter um padrão de vida muito melhor ..com mas saúde paz e abundancia de efeitos benéficos, trazendo -lhes muitas coisas boas na vida .a disciplina é um fator extraordinário para muitas mudanças de todos os fiés de nossa religião.hoje sou um grande homem e muito aprendi com o candomblé a ser fiel trabalhador decente e disciplinado ….e com isso veio o estudo e a minha profissão que graças a lemba zambi e nkosi sou um ser humano realizado em todos os sentido .axé a todos e viva a beleza sem par do candomblé !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
parabéns simplismente espetacular o texto adoreeiii!!!
Receba um abraço emocionado e gratificado por tão belo texto!
Paz e Luz!
Boa trde dayane!
Existe uma palavra chamada de “inbetwe” ou algo parecido, que o significado é próximo ao “dentre” e “entre” em portugês. Segundo alguns estudiosos existem pessoas que vivem nem “dentre” e nem “entre” alguma coisa(pode ser religião, paradigmas, politicas e etc.), vivem em algo como se fosse um terceiro espaço. talvez seja isso o “terceiro olho”. Mt interessante este seu terceiro olho, rompe com o paradigma da dictomia. vai além do que os olhos possam enchergar. Sendo q pouquissímas pessoas q desfrutam dessa inteligência, que em seu caso seria uma síntese de razão/emoção. Entretanto dayane, acredito q todas as religiões deveriam ser pensadas como vc colocou de modo subjetivo o candomblé, mas infelismente não é isso q acontece. Contudo o candomblé é mt próximo da sociedade “lá fora”, mas a diferença, o q acho q vc colocou indiretamente, é que outras religiões visam ter um quantitativo maior de fiéis. Sendo o candomblé diferente, mais tímido, caseiro, cozinha de casa, reservado e etc. Mas quem mergulha por gostar nesta atmosfera, é porq de fato se identificou e abraçou, vivendo suas contradições e defeitos.
E Exu nos testa para ver se de fato merecemos fazer parte deste “bolo caseiro” com uma receita, e confeitadores que há milênios, ficou escrita com tintas de suor e fé em nossa alma e, foram feitas com o coração.
A vc dedico esse “bolo” como parabéns pelo texto.
lindo texto mim reflito nele
Dayane
Dayane. Minha irmã, vc não sabe com quanta emoção li por e-mail esta sua postagem. Li e reli várias vezes e não somente no dia, mas nos dias seguintes tbm e eu só tenho que agradecer a aforça o axé transmitido. OBRIGADA!
Esse texto… Daya, você tem um jeito com as palavras que é capaz de mover profundamente o leitor. Não consigo nem expressar tudo o que eu tenho pra dizer depois de ter lido isso, mas me encheu de orgulho ter lido o que você escreveu. Orgulho de você, de poder ter tido esse contato breve, mas maravilhoso com essa pessoa encantadora que você é. Nem sei o que falar, o texto fala tudo por si só. Parabéns, querida!
Dayane, sua danada! Lembro que na entrada de Jaboatão dos Guararapes há uma placa gigante que diz: “A pátria nasceu aqui”, Duvido disso. O que sei é que deveria haver outra dizendo: “Dayane de Oyá nasceu aqui”.
Dayane, belissimo texto!
não sabes a pertinencia dele! “Fica quem é chamado” não sai de meu ´pensamento essa frase….
Dayane
Parabéns pelo texto.Tento fazer dele minha inspiração para tomar uma decisão,”quero ficar”,mas está difícil de achar um lugar.Sinto uma vontade imensa de adentrar um terreiro,mas ainda não rompi esse receio.Parabéns!!!
Regio,
O “eu escolhi ficar” está ainda bem depois desse questionamento. Compreendo a dificuldade atual em achar uma boa casa, mas eu quis falar mesmo das transformações que passamos quando a nossa energia “funde-se” a energia do orixá e de toda carga que acompanha isso.
Boa sorte!
Axé.
Olá,tenho 8 meses de iniciada,e estou pensando seriamente de da um tempo do Candomblé,não me sinto feliz na religião pois qd resolvi me iniciar passei por muita coisa,enfrentei muitas barreiras,oposição da minha familia,passei muito preconceito,não foi dito que eu teria bens materiais e sim paz espiritual, mais achei que eu seria mais feliz ,tudo continua da mesma forma na minha vida,não comentei nada sobre isso com as pessoas da minha familia de asé,pois sei que muita gente vai criticar essa minha decisao,dizer que vou ser castigada,tem muita coisa que mesmo ja sendo ”yawo ”não consegui me adaptar..e nem tao pouco entender.
Sei que quem passou pelo sacrificio fui eu,mais…meus irmãos de barco acham isso normal,certas coisas q vc passa nesse primeiro periodo de iniciada,fui abian por um ano.
Estou cumprindo meu resguardo direitinho mais parece que o santo não vê o meu esforço.
Sei que muitos vão dizer que o santo vai me castigar,mais nao sei o que fazer…
A bença aos mais velhos e aos mais novos….
Motumbá
Iyawô das águas,
Eu não sei o que quer dizer pra você “seria mais feliz” e também não fica claro o que você não se adapta e o que não entende. Eu só acho que você não tem que ligar as barreiras que enfrentou e do preconceito ao fato de não estar se sentindo feliz na religião. É mais fácil agir com franqueza e admitir que VOCÊ não se sente bem, pois as barreiras passaram e elas sempre surgirão em qualquer seção das nossas vidas e o preconceito todo candomblecista enfrenta e segue a vida.
Às vezes as coisas não se encaixam, ou não nasceram para não se encaixar… “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”, já dizia Shakespeare…
Analise bem se esse mal estar vem mesmo de dentro de você ou se vem de fora. Se vir de fora eu acho que você está entregando os pontos com muita facilidade, mas se vir de dentro dê seu tempo mesmo que orixá não castiga não. Ele é sábio demais pra isso.
Axé e boa sorte.
Daya,
Me senti muito lembrada, muito feliz também por ter lhe inspirado e tê-la feito refletir sua entrada no Candomblé com minha história. “Minha história de amor aos Orixás que nem eu mesma sabia que sentia, mas que Eles sabiam e já me amavam por isso. Uma história que veio de muuuiiito longe”. Lindo texto!
Mutunbá!
Àse!
Dayane,
lindo encontrar esse texto, esse “desabafo”.. Sim, pois ainda vivo num conflito interno mto grande em fazer ou não fazer o santo, ser ou não ser uma candomblecista..Através do seu texto percebi que estou me agarrando nas falhas humanas, nas atitudes dos homens, e mesmo não querendo julgo a “nossa” religião…Mas nos momentos que Yansã me abraça, me corrige e me mostra que está e sempre esteve comigo, acabo por então acreditar que para ela devo sim entregar meu ori. Meus exus, o que falar deles? Posso dizer que são maravilhosos comigo, pois diante de tamanha “rebeldia”, jamais me deram as costas, pelo contrário sempre tive toda a proteção…
Através do blog de vcs (amo), vou adquirindo as certezas que procuro e esse seu depoimento e não um desabafo veio confirmar tudo o que eu precisava ver, ler e de fato crer….
Motumbá
Cristiane
Nossa que linda mensagem, sabe estou passando por um momento em que preciso escolher se fico ou nao, como vc tenho recebido muitos sinais de que meu caminho é esse mais bate um medo, um derespero… mas com suas palavras confesso que meu muita coragem em Escolher Ficar sim! Muito Obrigada…
No fundo, acho que é o que toda a humanidade busca: Uma razão para ficar, um sentido. Que bom que você pode encontrar motivos para ficar! E toda escolha, necessariamente, existe renúncia. Obrigada por dividir sua história com a gente! Me inspira e dá coragem 🙂
Motumba!
Mensagem perfeita!
com certeza são questões que nos rondam;;
só peço para que eu tenha certeza e siga com fé se realmente esse for o meu caminho..
Meu Pai Omolu abençoa!
Dayane, Mutumba.
Seu texto é de muita reflexão, principalmente nos dias de hoje onde o candomble esta totalmente capitalizado. Muitos pais de santo que só agem através do dinheiro, só querem luxuria e não estão nem aí para dar uma formação religiosa aos seus filhos de santo. Acho que por este motivo muitos pensam em sair do terreiro, dão obrigações em vários terreiros diferentes. Não criam identidade. Para coibir os tais filhos, dizem que o oríxá vai amaldiçoar, que a pessoa vai ser infeliz. Não é por aí… Acho que um zelador, deveria zelar pelos seus filhos, ao invés de amaldiçoa-los… deveria cuidar e ensinar. Mas ao invés disso, maltratam e humilham e querem lhes impor o que acha certo a título do Orixá e não acho que seja por aí.
Sou feita ha 5 anos no Axé Ketu e cada dia que passa amo mais os orixás e menos aqueles que deveriam nos ensinar a doutrina…
Parabéns por estar na integralidade essencial do seu Orixá.
Tu és um magnifico exemplo de ter consciência do Axé em nossa Religião.
Muito AXÉ querida…
Boa tarde!
Gostaria de tirar uma duvida, em relação a fazer uma promessa para orixa, isso é bem visto, existe algum problema?
Obrigado.
Cordeiro promessa está ligado a empenhar a palavra, a palavra está ligada ao caráter.
Não cumprir o prometido é uma falta grave dentro de nosso culto.
Ire o.
Uma pergunta ???
Irei completar 3 anos de Santo, desde a minha feitura, até os dias atuais, muita coisa aconteceu, passei por situações que jamais imaginava passar, vale até ressaltar que entrei nu e cru para o Santo, mas sou homem e assumo minhas escolhas, mas voltando ao assunto principal, vi muita coisa vinda do meu pai de Santo que não concordava, coisas absurdas, lembrando que, tenho certeza que essas atitudes não anula toda a sua experiência e todo o seu conhecimento dentro do Santo, mas acho que vai contra o que o “candomblé” prega. Mas enfim, no início, ficava indignado comigo mesmo, porque achava que meu silêncio era cúmplice dessas atitudes, até que chegou um momento, após longas conversas com uma outra pessoa do Santo também, que decidi deixar de lado, passar por cima de tudo, e deixar que o Santo se encarregasse de colocar as coisas nos seus devidos lugares, de uns tempos pra cá, as coisas vem melhorando, e meu pai até tem mostrado uma mudança, mas minha pergunta é, sempre tive uma sede de justiça fora do comum, acho que quando alguém lhe dá uma rasteira no mundo, tudo bem, o mundo tá cheio de gente que só querem atrasar nosso lado, mas quando isso parte da nossa família de santo ou até mesmo da nossa família de sangue, a gente leva um baque, por ter essa sede de justiça, chegou momentos em que achei que silenciando estaria “assinando embaixo” de todas essas atitudes. Devo considerar esse meu pensamento, ou é melhor levar em conta o amor aos “orixás” que cresceu em meu coração, e me ensinou que eles sabem o que fazem?
Eduardo Sodré,
Tudo é uma questão de balanço, percebermos os prós e os contras de nossas escolhas e concluir a partir dos resultados que obtemos. Ninguém nunca baterá o superará as nossas expectativas (isso não é uma visão pessimista e sim realista), sempre terá um defeito, sempre terá uma atitude que não condiz com a nossa, sempre terá um porém. Mesmo com nossas zeladoras ou zeladoras hora ou outra a gente pensa “eu não agiria assim…”. Isso é normal, mas se não for, eu estou no meio dos sequelados anormais então.
Em Candomblé a gente aprende engrossar a casca, apurar os ouvidos e cuidar das nossas palavras. É nesse jogo de pesos e contrapesos que a gente avalia o que dá pra levar pra frente do que não dá. Só que esse é um exercício e avaliação “solitárias”, meu irmão. Você e seu orixá se ouvindo.
Axé.
Muito obrigado Dayane …
Axé
Dayane
li o teu texto hoje e adorei, muito bem colocado os teus sentimentos. Com certeza você é especial. Entrei no tua pagina porque estou procurando ajuda. Sou de Criciúma e estou defendendo uma tese sobre a cultura religiosa do Candomblé, e em Criciúma não encontrei ninguém desta religião.Preciso saber algumas coisas sobre sua religião e também que responda a um questionário. Se poderes me ajudar te agradeço, precisamos divulgar, mostrar para acabar com o preconceito
Axé a todos!
Amo a Deus sobre todas as coisas, amo meu pai Ogun Xoroquê e minha mãe Iemanjá abaixo de Deus e acima de todas as coisas. Quem ama o Orixá realmente permanecem, sou grato a Deus por meu zelador Italejí do Ogun, pois ele é como um Pai para mim, a única coisa que o Orixá deseja de seu filho é amor, sinceridade, verdade e respeito.
Anderson você está correto.
Ire o.
Lindo texto!
Eu não sou iniciada e fiz meu 1º Bori no mês passado. Tenho recebido inúmeros sinais de que preciso trabalhar com minha mediunidade. A questão mais dificil é escolher entre o Candomblé e a Umbanda.
Desde adolescente frequento a Umbanda e em cada gira que vou, me sinto encantada e abençoada pelas experiências que vivo e pelas orientações que recebo.
Por outro lado, sinto uma força magnetizante quando se trata da minha mãe Oxum, sempre presente em minha vida.
São duas paixões imensas e energias tão diferentes…
Confesso que o Candomblé as vezes me assusta um pouco, pelos preceitos, pela vasta história, tenho medo de não acompanhar as coisas…
Já a Umbanda me parece mais acessível, (não menos importante), o fato das entidades virem para dar consultas, ajudar os consulentes, desmanchar demandas…
No Candomblé, não consigo entender muito o que acontece, não sei se meu santo vai falar comigo em yorubá, sei que não dão consultas…não entendo (desculpe a ignorância) como funciona esse relacionamento entre filho e orixá…
Eu pergunto a quem puder me dar uma palavra…
Será que agora que fiz meu Bori, meu Ori vai me mostrar o caminho correto a seguir?
Quero fazer uma escolha consciente e de coração.
Obrigada.
Luciane Almeida.
Sensacional! bem isso, você falou por muitos de nós, parabéns.
Suas palavras são de um lirismo sem fim.Axé
Impressionante, único, abri este texto e li no momento certo. Obrigado por ter escrito. Por algum tempo tive impressão de que escrevestes pra mim.
Claudio,
Que bom que você leu e que eu reli esse texto! 😉
Axé
Mas é bom lembrar que na nossa religião a inveja e as armadilhas são constantes entre os próprios adeptos, portanto, guardar segredo, não contar a sua sorte, ficar atento no nosso meio é essencial para que as riquezas que os orixás possam fluir realmente…
Asé awre,
Fernando Alegria Simões !!
Lindo texto, emocionante, me fez relembrar os caminhos e os sinais que me levaram até onde estou na minha, na minha religião amando e vivendo pra os meus orixás.
Ase Laiza.
Ire