Leitores,
Sempre estamos postando também textos que não são de nossa autoria por vermos que as ideias que eles querem passar se assemelham com as ideias que fazem deste blog uma unidade. No decorrer destes anos me parece que este caminhar tem dado certo, pois já atingimos dez milhões de leitores (isto mesmo: 10.000.000,00).
Recebi este texto por e-mail enviado pelo Pai Fernando dizendo que foi adaptado pela Iyalorixá Suami Portinhal para que fosse publicado aqui no blog e ainda por cima ele me incumbiu de fazer algum prefácio. Não sou editora e nada além para fazer um prefácio. Só posso dizer que a Iyalorixá Suami Portinhal é uma figura que eu “conheço de vista”, virtualmente, nunca falei e nem vi, mas sempre li algumas coisas dela pela internet, sempre gostei muito e hoje ela está aqui nos presenteando com uma indicação de um texto ótimo, coerente, elucidativo e, o melhor, real, pois retrata o que muito vem acontecendo na nossa comunidade quanto às questões comportamentais e aos valores que realmente pertencem ao Candomblé e aos valores que vêm sendo enxertados, confundindo nossos conceitos.
Só posso dizer uma coisa: que a Iyalorixá Suami Portinhal nos brinde mais vezes com mais indicações e também futuros textos de sua própria autoria. Será um prazer para nós.
Mutunbá!
Dayane
A vida em um terreiro é uma lição de ética, moral e comportamento.
Candomblé não pode ser associado a uma religião sem ética e moral. Não a religião. A vida em um terreiro é uma lição de ética, moral e comportamento. Entretanto, mesmos nas casas mais tradicionais ainda há uma linha de pensamento na qual o próprio babalorixá diz: “não me interessa o que aquela pessoa faz do portão para foram, mas sim do portão para dentro”. Lamento, minha opinião é que quem diz isso está errado, muito errado.
Sim, importa sim o que a pessoa faz em qualquer lugar e em qualquer hora do dia. O candomblé não é um religião de igreja, você pratica ela todo o seu tempo. Não temos templo, o templo é o mundo e a gente está com o orixá o tempo todo. Assim o comportamento de uma pessoa importa sim.
Não existe o sentido secular, a separação entre o sagrado e o laico no candomblé. A religião é a continuidade de nossa vida e o terreiro é apenas um momento em que as pessoas se reúnem. Cerimônias podem ser feitas em qualquer lugar e alguns consideram que são até mais intensas quando se está em contato com o mundo natural. Desta maneira, uma pessoa não pode dizer que não interessa o que um adepto faz do portal para fora. Essa pessoa do portão para fora tem que ser a mesma do portão para dentro. Mais uma vez sou obrigado a dizer que pessoas que dizem que o que o membro de sua casa faz do portão para fora não o interessa é uma pessoa desinformada, não sabe o que se espera de uma religião e de um sacerdote.
Sob o ponto de vista conceitual, para podermos entender a ética da religião a gente tem que se mirar em duas coisas: a primeira é o conteúdo do ensinamento formal que esta nos ésé de Ifa e também nos itans, e mitos regionais. Essas histórias traduzem conceitos éticos e morais da religião.
O cuidado é não usar os mitos deturpados e estragados que circulam por aí e que servem apenas para transmitir e justificar vilanias. Dessa maneira, estudar esses mitos e itans é uma parte fundamental do aprendizado religioso. Nesse sentido as pessoas mais velhas são aquelas que aprenderam mais histórias e mesmo sem terem podido escrevê-las elas podem contar para os demais. Um mais velho legítimo é aquele que sempre atrai em torno de si pessoas mais novas ávidas por ouvirem suas histórias e casos e é uma pessoa sempre com conhecimento para transmitir, mas conhecimento que não sejam apenas vaidades pessoais, porque também já vi muita gente que a única coisa que faz é repetir histórias sobre si mesmo. Igualmente pessoas cuja única coisa que têm a contar são críticas, comentários pejorativos e patifarias que viu em outras casas é uma pessoa sem conteúdo que perde sua vida andando por lugares que não merecem a presença de ninguém. Eu penso assim, se você vai a um lugar e vê uma coisa ruim ou feia, a primeira coisa é “o que você esta fazendo lá?” Se esta lá é igual aos demais.
Mas a moral e ética das histórias e versos não são uma coisa simples e previsível. É muito diferente da moral cristã e muito mais humana, muito mais permissiva a certos aspectos comuns da vida de todos. Ela não espelha pessoas santas e puras e sim pessoas normais que acertam e erram. A astúcia é uma coisa bastante permitida.
Eu posso afirmar que em todas as histórias que li nunca vi nada que mostrasse um exemplo de comportamento que não fosse ético ou digno. Pelo contrário é exigido que as pessoas sejam de fato corretas e úteis para a família e sociedade. Assim, não consigo encontrar justificativa para a classificação de antiética e amoral do candomblé.
Eu entendo sim que existem pessoas antiéticas e amorais que são babalorixás e iyalorixas e que espalham por aí besteiras e nulidades. Na verdade mercadores de feitiçaria, gente que nas histórias que li sempre eram as pessoas ruins, não as boas. Essas pessoas que vendem facilidades e prosperidades que elas mesmas não têm em seus feitiços furados são as que menos interessam por qualquer ética e moral.
Outro aspecto da moral é o qual seria moral da sociedade yoruba e que se reflete na religião e nos mitos regionais. Isso é natural em qualquer religião: a sociedade que a gerou influencia a sua ética. Da mesma maneira tudo o que eu pude observar sobre a ética da sociedade – e fiz algum esforço nisso – apontam para o reflexo que temos nos ésé e itan.
Essa é minha visão. Reconheço que o mundo conspira contra ela e que a atitude das pessoas é que conduz a essa classificação amoral. Reputo isso ao despreparo dos que têm cargo e também a conveniência de ter justificativa para fazer o que quiser. Muitos devem saber que existe um mau comportamento de pessoas que entram para um terreiro, fazem o mínimo de obrigações e abrem sua casa. A maior parte não busca nem aprender, seja por falta de esforço ou de interesse os mitos da tradição oral, gosta de dizer que o Candomblé é uma tradição oral apenas para justificar o fato que não querem buscar conhecimento que não tem. Muitos vêm de umbanda e trazem uma carga de conceitos católicos e espíritas e se consideram espíritas, acreditam naquela bobagem de karma, etc. O problema com esse grupo é que procuram usar os conhecimentos de outras religiões porque não procuram os da sua, mas reagem a ética e moral dessas religiões porque são do candomblé. Eu acho que já que elas são candomblecistas- que usem os itans de Ifá ao invés dos ensinamentos doutrinário-espírita de outras religiões. Fica mais coerente.
Fonte: Alexandre
Adaptação: Suami Portinhal
Tentei ser sucinta. Tentei, pai! 😉
Estou encantada! ficou muito bonita essa postagem e a mensagem é perfeita para nossos dias atuais dentro do culto,parabéns! entretanto, a minha única participação foi recebe-la de alguém via email dizendo que quem escreveu foi um OUTRO alguém chamado Alexandre O. só isso! então eu tive a idéia de enviar ao meu irmão Fernando para divulgação desde texto maravilhoso…e ficou ótimo! parabéns a voces e ao verdadeiro autor, pois que a mim só coube enfeitar algumas poucas linhas desta postagem.
Suami Portinhal….27/10/2012
Pois é, Iyá. Seria muito bom o sobrenome do autor, mas como não foi possível, tentei deixar claro o lance da fonte e da adaptação para não dar problemas futuros para ninguém.
Ainda assim, a indicação foi ótima e o convite para um texto de sua autoria ser publicado aqui já foi lançado e está de pé.
Mutunbá.
Axé.
Sem dúvidas um texto muito bom e contemporâneo .. Suami, fico feliz de ter uma outra pessoa com esse nome lindo em nossa religião !
Axé e Luz a todos !
Suami,
Querida irmã, bem sabemos que sua adaptação no texto deu a conotação correta, precisa e organizada, no fundo tudo isso é o que pensamos institucionalmente. Bom, agora ficou um gostinho de quero mais e aguardamos um texto de sua autoria.
Mutunbaxé
Lindo o texto parabéns!!!!!
nossa,adorei o texto!
parabéns para todos voçês que postaram esse texto maravilhoso,que visa exclarecer um conceito que muitos tem referente ao comportamento dentro e fora da casa de axé!!!
bom so posso dizer que concordo plenamente!!!
muito axé para todos,e boa noite!
bm dia dayane!
meus cumprimentos e respeito aos autores.
É interessante este post. Mas me desculpem, não concordo como a forma q algumas frases e palavras foram colocadas. Talvez uma interpretação equivocada de minha parte. Algumas colocações: “O cuidado é não usar os mitos deturpados e estragados que circulam por aí e que servem apenas para transmitir e justificar vilanias. Dessa maneira, estudar esses mitos e itans é uma parte fundamental do aprendizado religioso. Nesse sentido as pessoas mais velhas são aquelas que aprenderam mais histórias e mesmo sem terem podido escrevê-las elas podem contar para os demais.”
de fato existem distorções em alguns Itans, mal interpretados. Mas o povo nigeriano de onde acredito ter originado esses itans. Foram os primeiros a interpretá-los e com sua visão cultural. E vários itans contém fortes marcas sexistas, machistas, antiéticas. que refletiam a cultura desse povo e época.
“Eu penso assim, se você vai a um lugar e vê uma coisa ruim ou feia, a primeira coisa é “o que você esta fazendo lá?” Se esta lá é igual aos demais.”
o q seria esse ruim e feio? acredito q qalquer pessoa q seja quando for em algum culto ou coisas do gênero, deveria primeiro buscar compreendê-lo e refleti-lo naquele contexto. tentando compreender o seu sentido.
“É muito diferente da moral cristã e muito mais humana, muito mais permissiva a certos aspectos comuns da vida de todos. Ela não espelha pessoas santas e puras e sim pessoas normais que acertam e erram.”
Acredito q amoral cristã(não estou defendendo a crença cristã) não espelhas santos, por outro lado, eles valorizam os “pecadores” pedindo os “santos” q os amem mesmo com seus “pecados”. Entretanto esse texto aproxima por demais da concepção cristã de mundo. Com palavras como feio, estragado, vilanias, vaidades(q é um pecado capital cristã) e etc. Palavras essas q contrapoem com outras formando uma dicotomia entre bem e mal(paradigma cristão).
“Muitos vêm de umbanda e trazem uma carga de conceitos católicos e espíritas e se consideram espíritas, acreditam naquela bobagem de karma, etc.”
“Bobagem” está no pejorativo, agredindo uma outra crença.
“O problema com esse grupo é que procuram usar os conhecimentos de outras religiões porque não procuram os da sua, mas reagem a ética e moral dessas religiões porque são do candomblé.”
No inicio do séc XX aconteceu a proibição do conhecido, erroneamente e com um elevado grau de preconceito, pela república como “espiritismo baixo” q eram as religiões de matrizes africanas. O espiritismo(alto) formado pelos positivistas, fora reconhecido como algo racional, tendo o respaldo republicano. E a umbanda por estratégia política fora formada aderindo elementos espirítas. Enquanto as casa de candomblé tinham q pagar uma taxa para o governo para se manter viva as tradições e o pessoal do catimbó tomava porrada dos policiais. O q estou querendo dizer que foi pouco divulgado as crenças do candomblé e seus itans, enquanto os espiritas publicavam suas obras e monopolizavam suas ideias “racionais” sobre seus astrais, espiritos e etc. Se pessoas do candomble usam elementos espiritas ou da umbanda no seu asé, ou no dia-dia, a culpa está no processo histórico, basta o zelador analisar com bom senso. E mts zeladores não divulgam prcela do culto alegando q são fundamentos q naõ só deve ser passado qm casos específicos.
Dayane, não entenda como uma agressão, apenas um contraponto.
Modupé!
Jefferson,
Não entendo como agressão de forma alguma. Por o texto ter sido escrito muito no senso comum, já imaginava que “contrapontos” chegariam. Fora do senso comum muitos conceitos deveriam ser postos e desenvolvidos para que os leitores fizessem as ligações e entendessem as raízes do que o texto mostra. Só que aí iríamos parar praticamente num artigo acadêmico cheio de referências, muito extenso e o público do blog é popular, não é um blog especializado de academia.
Praticamente todos os pontos que você destacou podem ser questionados, pois deixam questões em aberto (as questões que você levantou). Porém, dentro da linguagem cotidiana e de convívio no Candomblé dá sim pra entender exatamente o que o autor quis dizer. Por esse motivo que eu não sugeri nenhuma intervenção a mais no texto.
Suas colocações são sempre bem vindas. 😉
Axé.
Aos mais velhos, mais novos, a benção!
É um bom texto, aponta a realidade triste dos mercadores de feitiços tão em voga, das disputas por “clientes”, do engodo e da mistificação de pseudos sacerdotes que advogam os supostos direitos recebidos quando muitas vezes sequer tem o “tempo de santo” necessário, muito menos cargo, etc, realidade que tenho certeza a maioria dos adeptos da religião tem conhecimento….
No entanto, as observações do Jefferson são bastante pertinentes!
Temos mazelas de sobra atualmente em nossa religião, porém defendemos veementemente nosso culto, buscamos legitimar o Candomblé enquanto religião que de fato é, caminho para o sagrado, para o equilíbrio interior, para a paz e harmonia consigo mesmo e com o próximo, com a vida, com a natureza… E se por isso mesmo exigimos respeito em relação a nossa fé, devemos também respeitar as crenças alheias, até porque, em essência, as leis que regem o universo são as mesmas, apenas com terminologias distintas.
Não acreditamos em carma, porém acreditamos na lei de retorno, que o que plantamos, colhemos, não é verdade?
Criticar o cristianismo também não faz muito sentido. Um judeu revolucionário, que se volta contra a hipocrisia da classe sacerdotal de seu tempo, a qual explorava e aproveitava-se dos privilégios inerentes aos seus cargos (qualquer semelhança não é coincidência), que, embora oriundo de uma linhagem das mais renomadas (casa de Davi), com um pai construtor (observe-se que jesus não era pobre, e se nasceu em um celeiro foi apenas por falta de estalagens na época do recenseamento), também com formação sacerdotal (por isso muitas vezes referido como Rabi – mestre – e por tanto com direitos adquiridos para ensinar nos templos), um jovem que simplesmente revoltou-se e não só defendeu sua opinião, seu ponto de vista sobre o que de fato é espiritualidade, como viveu essa espiritualidade que pregava, a de enxergar Deus em toda a Criação, até mesmo nos excluídos daquele tempo: no leproso que era considerado impuro, na prostituta, no cobrador de impostos (ou seja, não nos “santos e puros”), etc, levando sua fé até a última consequência, a morte!
Se atualmente no cristianismo esses valores foram deturpados ou mal interpretados, como muitas vezes também equivocam-se ou agem de má fé os sacerdotes da nossa religião utilizando os itans de maneira indevida para auferir benefícios enganado os fiéis, pois bem, cada um com sua consciência.
Quanto a astúcia mencionada, não sei se podemos interpretar como algo ético ou não ético, creio que caiba uma observação mais apurada, assim como na “roupa nova do rei”. Dentro da mítica dos orixás, o contexto é o que importa, os valores morais e éticos não podem ter um caráter reducionista. Em suma, se alguém é enganado, pode ter-se deixado enganar por N motivos: vaidade, cobiça, preguiça, etc… Não são exclusividade da igreja que os denomina como pecados capitais… Na cultura Yoruba esses valores estavam presentes muito tempo antes, assim como nas demais culturas, pois são inerentes a natureza humana, somos essencialmente bons, erramos por ignorância.
Nesse sentido, de fato é muito importante, como citado no texto, o estudo aprofundado dessa mitologia, mas não apenas ser uma enciclopédia que repete, repete e repete (como diria Verger em relação aos primeiros pesquisadores, geração de papagaios) e sim, uma meditação aprofundada e reflexiva, pois a raiz do saber religioso e da mística verdadeira se dá por esse paradigma. O canto é importante, a dança é importante, as liturgias, porém o essencial na integração com o Sagrado vai além das fórmulas ou da tradição. Passa pelo escopo do coração, da intuição, olhos que se abrem apenas para aqueles que verdadeiramente os tem para ver… E isso em todas as religiões…
Axé!!!
PREZADOS
” Kan dó obí ilé”. Foi com esta expressão que um espírito de africano, chamado Akukó, Vodún de Vadúia, outro espírito africano, se referiu ao que, nesta atualidade chamamos de Candomblé.
A sentença, acima escrita, está no idioma yorùbá, e traduzida, significa “Casa, onde brotou Semente”, ou seja, Lugar onde Deus, permitiu que de desenvolvesse, uma semente, que vindo a se tornar planta, que crescendo, folhando e florescendo, pudesse também frutificar, dando continuidade ao processo de atualiazação sistemática de Culturas Antigas, em cuja beleza ritualísitcas, comportasse algo de bom úitl e necessário ao momento do Tempo em que surgiu., promovendo também a revisão de valores de seus filhos e filhas.
Embora, tal sentença possa ser escrita, em outros idomas, em nada altera, o sentido que dá, ao processo natural e espontâneo, do qual se servem Espíritos das várias épocas, para gerirem a formação de uma Casa ou Terreiro ou ou Ilé, ou mais atualmente, de um Templo, para agrupar, pessoas, que em seu conjunto, são, de fato, representações, daquilo, que na Grécia se chamou de “Icklésia”, palavra de deu origem no português, a Igreja, sendo portanto sinônimo de Grupo ou Assembléia ou Reunião de pessoas, que tem algo em comum e que se reunem numa edificação, que a História da Arquitetura, classificou como Templária, em face dos fins utilitários, por Tradições específicas , mas não exclusiva, qual seja o de Cultuar, não somente, os Orixás, mas ao que ao Grupo ou por síntese, á Igreja, possa Intessar, esteja dentro, ou fora do mesmo.
A Chefia destes Templos, que vem crescendo em beleza, em face da maior compreensão estética, que não compromete a simplicidade e a humildade de seus usuários, humaniza tais instalações, á luz das visões que Homens e Mulheres, á quem Deus lhe confiou cuidar, dos mesmos, como, por dever ser, um lugar, onde Espíritos de elevada estirpe, comparecem, com seus elevados propósitos, sendo por isso, por vezes, tratado como Sagrado, em função, também, do respeito que lhe devem todas as pessoas que o frequentam, inexoralmennte, devendo então ser mantido, por todos, na prática de seus valores éticos e morais, atualizados e adaptados a este momento, em que homens e mulheres, chegaram ao ponto de competirem num mercado de trabalho, conferirndo, á elas, em especial, a necessidade de uma revisão sobre suas óticas de vida e valores sobre relacionamento, educação de filhos e em especial de filhas, em meio a que, uma boa noção sobre “Qualidade”, como sinônimo de adequação ao uso”, requeriu ser entendida, em prol da atualização, já tão mencionda neste texto e também, nas várias esferas do relacionamento humano, sem detrimento do contexto Místico ou Religiosa, ou ainda, da Filosofia, ou modo de ver e ser, dos lugares dos quais procederam.
Assim sendo, seja por conta da boa imagem, requerida á uma Unidade Grupal , seja por conta da , não menos requerida, Unidade ideológica, de uma Casa, Terreiro ou Ilé, devemos manter o melhor modo de ser e agir, que melhor a represente, em especial diante daaqueles que a desconhecem, numa sociedade laica, mesmo que venham de outros contextos similares, como curiosos, ( pois Deus age por vários Caminhos, ) ou seja, de Míticas, Ritos, Cultos ou Religiões com inclusões africanas ou até por meio de estudiosos, que com seus trabalhos, nem sempre acadêmicos, ajudam, por seu textos, pessoas a viver Religião, e não apenas as frequentar
Atenciosamente,
Sandive Santana/RJ
Boa tarde a todos e todas!
O texto supramencionado é muito importante, pois é visto, é notório, que em virtude de na teologia dos orixas não haver o conceito de pecado, para a maioria dos fieis do Candomblé é entendido que tudo é permitido, e isso não é verdade.
A religião dos orixás é milenar e como tal, é advinda de uma cultura na qual os valores éticos estavam presentes, como em toda e qualquer cultura.
Segundo o que tenho lido nesse espaço abençoado pelos orixás, e principalmente, o sr. Da Ilha que trata tanto sobre Ori e os ensinamentos de Ifa.
Observo que as diretrizes constantes na tradição dos orixás não são diferentes das demais religiões, não se trata de ser melhor ou pior, se trata de que existe o mesmo zelo pelo ser humano, a relação interpessoal, a boa convivência em sociedade e para que essas normatizações se materializem, então: não se deve mentir, não se deve roubar ou matar e etc.
Boa tarde!
Sr. Jefferson gostei de sua referência histórica “século XX” “baixo espiritismo”, o que referenda a importância e influência da política em todos os seguimentos sociais.
E o sr. Sandive, eu não conhecia esse conceito de Candomblé, entertanto é muito interessante, o significado da palavra já demonstra o valor da religião.
Fraternalmente.
Olá Alexandre,
Vou discordar de você.
Veja a entrevista com o lider do terreiro de Campinas:
http://xavante.art.br/2011/06/26/entrevista-babalorixa-pai-de-santo-em-ioruba/
Confesso que tentei abrir minha cabeça e não ser preconceituoso com o candomblé. No entanto, quanto mais conheci esta religião, percebi que ela era pior do que eu pensava dentro das minhas concepções de moral e ética.
Eu prego o respeito a todo ser humano, independente de sua raça, cor e credo.
Renato,
Eu não sei como você conheceu a religião e também não sei o que você entende por moral e ética.
O que eu sei é que essa entrevista é um zelador – que como ele fala, está na moda – falando das suas concepções particulares sobre alguns assuntos e relacionando-os com o que ele acha sobre Candomblé. Ele não fala pelo Candomblé, ele não fala por mim, ele não fala pelo meu axé e nem muito menos fala pelo meu zelador, acredito.
Como religiosa, eu repudio essa entrevista.
Axé.
Olá Dayane,
Moral e ética são conceitos universais. Acredito que o lado espiritual do candomblé deve ser respeitado. É uma questão de crença. Ou vc acredita ou não. Não acredito que seja válido entrarmos nesta discussão.
Eu disse que discordava que a vida no terreiro era uma lição de moral e ética pois não enxergo conceitos de igualdade ao próximo e respeito na entrevista. Sei que este pai de santo já desrespeitou publicamente os religiosos do seu terreiro. Este líder é um homossexual homofóbico. Ele diz que aceita “mais ou menos” a maconha pois é natural. Ele xinga.
Como vocês enxergam isso tudo?
Se eu fosse desta religião, e se tudo isso que este líder citou publicamente for mentira, eu combateria arduamente tal comportamento. Creio que ele deve ser exposto.
Ola…saudaçoes! não deixe de me enviar textos artigos conto…gosto muito…um abraço Fabiola Humberg
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Axé a todos!
Estou pedindo licença a todos para deixar meu comentário.”Ruim e feio” dentro do Candomblé ou Umbanda pode significar mistificações,explorações financeiras(eu quase fui vítima de um suposto zelador),pessoas sem preparo para exercer o cargo fazendo cada absurdo…..,talvez isso deva ser o “feio e ruim”.Acho que as pessoas que frequentam os cultos afro(adeptos e simpatizantes)são o espelho da religião,digo Umbanda e Candomblé,as pessoas enxergam a religião tomando como referência o comportamento dos seus frequentadores. E só a minha humilde opinão.
Já vi ótimos zeladores(as),mas em suas horas de lazer,praticava alguns absurdos que acabavam gerando comentários de pessoas e isso todos sabemos acaba alimentando o preconceito e a intolerância.Isso é só minha opiniâo.
Boa tarde Dayane concordo sim com texto acima isso acontece muito , apartir do momento em que entramos numa religião principalmente no candomble temo que respeitar os orixas acima de tudo respeitar nós mesmo ja que nossa religião é tão discriminada . enfim, achei pessoas que pensam como eu continue mandando esses ensinamentos maravilhosos pois é lendo que apredemos e crescemos.muito axé
Forte, objetivo e contundente.Porém, Zeladores são seres humanos, assim como Pastores, Padres e etc.Portanto o conselho que fica é: “Não se queime na fogueira das vaidades, orixá escolhe zelador …nós seres humanos erramos”.
Desculpe-me. Este argumento que zeladores são seres humanos é muito fraco. Se assim, eu também sou ser humano, então posso matar, roubar e ser anti-ético.
Quais são os princípios do candomblé? O que vocês pregam?
Renato,
Seu retorno demonstra ao menos um interesse em conhecer a religião. Isso é bom desde que você não nos chegue com conceitos preconcebidos. O texto, os comentários, assim também como outros textos demonstram claramente como funciona o nosso mundo, só que cada concepção deve ser entendida de acordo com o contexto em que está inserida e não traduzida para o nosso próprio contexto quando este é diferente.
Eu acho que já respondi algo parecido a você aqui e vou te pedir pra ficar à vontade, ler, pois não temos tábuas estabelecidas de mandamentos.
Axé.
Olá, estou investindo um pouco de tempo para conhecer o candomblé, essa curiosidade vei de um comentário que uma amiga fez comigo. Moro em Salvador, e gostaria muito visitar uma casa de Candomblé, porem não conheço nenhuma. Tenho medo de por falta de referencia me decepcionar visitando um lugar que digamos… ñ pratique um “bom” Candomblé.
Olá Manuela, Dayane, Fernando, Da Ilha e todos os demais!
Tenho acompanhado este blog e tem me ajudado muito a esclarecer muitas dúvidas. Sou muito grata.
Queria pedir uma ajuda, moro na cidade do Rio de Janeiro, poderiam me indicar uma casa de Candomblé, uma ou algumas, gostaria de visitá-las entender se é o meu lugar, meu filho também quer ir e está em dúvida sobre ir para o Candomblé ou a Umbanda, ele conhece pouco mas sente um chamado, eu a vida toda quis estar no Candomblé mas por motivos já citados aqui por vezes várias vezes, tive medo de me comprometer com um lugar que não fosse tão sério pois sei dos princípios elevados e sagrados da religião.
E também gostaria de consultar os búzios então preciso ter confiança que estou lidando com uma pessoa realmente preparada, de princípios elevados e aqui através deste blog aprendi a confiar em vocês, autores.
Axé!
Espero que você encontre seu caminho.
Mandei um recado para seu email.
Ire
Salve Ire!
Muito obrigada pela sua atenção, recebi o email.
Felicidades.
K. Niyota