Sexta-feira Santa.
A Sexta-Feira já é um dia especial, pois consagrada à Oxalá, Orixá ligado diretamente à criação do mundo e intitulado pai de todas as divindades. A Sexta-feira Santa, é ainda mais especial para o Povo de Santo, que guarda fielmente os preceitos que envolvem este dia, mesmo com a consciência que em verdade o sincretismo católico foi uma estratégia de resistência, nos legou uma herança cultural e histórica. Tal momento é tão significativo que nos conduz a respeitar este dia e seguir as tradições assim como nossos ancestrais fizeram.
Ao contrário de muitos radicais, o candomblé adota uma postura pacífica e de respeito a todas regligiões crenças e doutrinas, rendendo, neste momento, à Sexta-Feira Santa, nosso respeito e homenagens de estilo.
Axé!
De:Casa de Oxumare.
Sexta-feira Santa, dia de reflexão, de fazermos a nossa via sacra, de percebermos nossos erros, de pedir misericórdia…mas principalmente um dia para termos a certeza da Ressurreição e por isso sermos felizes, pois amamos um Deus Vivo!
De:Cristina Branco
Quando comecei minha vida de abiyan no candomblé a mais de 35 anos atráz, tínhamos hábitos católicos dentro da “roça de santo”. Chegávamos ao Ilê Axé na quinta à noite para acordarmos na sexta-feira em jejun, rezar, pedir à benção, comer peixe e muita canjica. Nos reuníamos em torno do axé, não haviam telefone, TV e muito menos Internet.
Era um dia diferente, tranquilo, de conversa baixa com harmonia. Às 18 horas íamos todos rezar em yorubá e agradecer humildemente por estarmos vivos também, assim como o santo católico e sua ressureição. Era um sincretismo fascinante e ao mesmo tempo de muita fé. Lembro de meu pai acender velas para as imagens de N.Sha. da Conceição, São Bartolomeu e São Lázaro, fazia o sinal da cruz e beijava o terço de Nossa Senhora do Rosário. Invejava sua fé, seu respeito, embora ele fosse um apaixonado pelo candomblé e os Orixás, mantinha as tradições familiares. Já no final da sexta-feira, começavam os preparativos para a grande festa de sábado de aleluia para Pai Ogun, a preparação das bandeirinhas no teto do barracão, a mesa cheias de grãos de feijão preto,fradinho, roxo, canjica, milho vermelho, milho alho, farinha de acaçá, começavam as funções na casa, cada um sabia o que fazer e a noite se tornaria a nossa criança que só iria dormir no amanhacer do domingo se o samba de caboclo nos deixasse.
De:Fernando D’Osogiyan
Axé.
Salve Nosso Grande Pai Oxalá!!!
Axé!
Respeitando para sermos respeitados.
E infelizmente não somos respeitados…
A nossa fé deve ultrapassar barreiras, preconceitos, arrogâncias…e alcançar nossa consciência de maneira a reger nossas atitudes para que então essas materializem a nossa fé em: dar comida a quem tem fome, dar agasalho a quem tem frio, dar abrigo a quem precisa… E essa fé deve ser tão grande que ultrapassa as barreira de qualquer religião, e isso é o que chamo de sincretismo.
Amigos,
O sincretismo católico foi uma estratégia de resistência, nos legou uma herança cultural e histórica. Mas, o que me chama atenção é a fé do católico também em nossas divindades, de modo sutil e moderado, observa-se o sincretismo da fé também pelos católicos, no fim de tudo, estamos juntos e misturados, se por um lado tens um terço nas mãos, pelo outro tens uma figa, e assim a nossa cultura regionalizada e bem carioca e um pouco brasileira, acaba por ser tornar mágica, lúdica e incrivelmente envolvida de muita fé.
Que DEUS nos abençoe,
Axé.
MOTUMBÁ BÀBÁ!LINDO TEXTO,FAZ REALMENTE A GENTE SONHAR!OLORUN MODUPÉ ASÉ!
Bàbá Fernando,
Belissimo texto, Não sei o porque mas esse texto bem simples se tornou pra mim um dos mais bonitos do BLOG.
Ele fala de um lado do sincretismo tão bonito e que se perde com o passar dos dias. Nisso observamos que a SEXTA-FEIRA SANTA não é só católica, é de diversas religiões que prega o amor e a caridade acima de tudo. Me orgulho Muito em Dizer que acredito em DEUS e em JESUS, Independente do segmento religioso.
Axé a todos e que venha mais textos bonitos como esse!
Ass: Jonathan.
Ola, conheci o site a pouco tempo gostaria de fazer uma pergunta, O que vocês acham de casas de santo de candomblé de angola que fazem “cura” na sexta feira santa.. aonde os filhos de santo vão e passam a noite nos terreiros.. recebendo um amassi.. obrigado
Nathan o testo de Baba Fernando é auto explicativo.
As opinões particulares podem levat a indução.
A Tradição brasileira é esta. A Tradição africa, a qual eu sigo, é outra.
E a tradição católica de minha familia é outra, portanto temos tres vertentes.
O que será que lhe agrada? A religião tem que lhar felicidade e equilibrio, se isto não está no seu cardápio ou se está lhe desagrada, tome uma decisão, sensata e siga em frente.
Ire o.
Nathan,
Tem que perguntar ao Euandilu que é mais capacitado para lhe responder por ser da nação Angola. Sou do Ketu/nagô e não temos esse ritual.
Axé.
Motumbá a todos.
Gostaria de comentar neste tópico. Há anos que eu acompanho este blog. Já li todos os textos e sempre me atualizo naqueles que se referem aos Orixás. Já postei perguntas e comentários embora eu geralmente prefira só ler sem interferir, mas me deu vontade de fazer isso neste post.
Eu pertenço ao Candomblé. Sou abiã numa casa de raiz e na minha casa a mãe de santo e a maioria dos filhos partilha de tudo o que está descrito no texto em respeito à semana santa, mas eu penso diferente.
Sempre ouvimos falar de Jesus, do senhor Jesus e Deus e isso se deve à religião que prepondera no Brasil e se tornou até cultural falar-se em nome de Jesus, em diversas expressões de uso popular inclusive.
Porém eu, sou uma pessoa que não consigo agir dessa forma. Eu nunca na minha vida consegui ter aceitação quanto a Jesus de amar e ser devoto. Nunca consegui sentir isso dentro de mim. Não é uma coisa minha. Só que eu não tenho medo nem vergonha de dizer isso a quem por ventura me pergunte e também não me sinto diminuído em nada quanto às outras pessoas. Quando eu digo que não sou cristão já me olham ou fazem comentários de que eu devo ser satanista ou coisa que o valha, como seu eu tivesse obrigação de ser cristão ou de “ter Deus no coração”. Cada um tem seu Deus. E o assunto acaba sendo mais cultural do que religioso pois se um brasileiro cristão for questionado se é muçulmano lá na Arábia Saudita e se ele disser que é Cristão, o esquisito será ele! Se alguém me pergunta se eu aceito Jesus e eu respondo com outra pergunta: vc aceita orixá?? A reação não será de tolerância da outra parte. Já passei por isso. Digo mais: se for excludente não aceito não.
Olorum/ Olodumarê/ Olofim existe. A maioria não sabe. Ignorância e intolerância causam guerra!
Gostaria de deixar claro que não tenho ódio a Jesus muito menos prego nada contra cristianismo. Respeito, sim, mas meu orixá vem antes.
Sei que virão pedras mas eu sou do orixá sem sombra de dúvida e sou feliz assim.
Obrigado e axé!!
Renato,
Meu obejetivo foi puramente revermos o lado cultural da sexta-feira santa no sincretismo e dentro das roças de candomblé, só isso. Não há uma citação qualquer ao Senhor Jesus Cristo e não pregamos que cada um tem o seu DEUS, muito pelo contrário, cada um procura um caminho para chegar a DEUS, tenha DEUS, o nome que tiver. Não tente provar o que você é, a crença no Orixá está dentro de você, naquilo que você passa para as outras pessoas, seu comportamento religioso, sua postura perante a sociedade.
Passamos ainda por intolerância religiosa de alguns líderes evangélicos da Universal e suas ramificações, Assembléias da vida, dos Adventistas e Testemunhas de Geová e tantos outros.
Entendo seu desabafo, é compreensível, e fique certo que o candomblé mudou muito e vem mudando a cada dia, pois muitos dos costumes do sincretismo que eu passei já não existem mais, a farta literatura, a internet, programas de TV, vários cursos e seminários sobre nossa religião, o Yorubá como língua, etc, etc, é nisso que devemos focar e contribuir.
Quando você se iniciar, espero que seja em breve, conhecerá uma nova identidade, conhecerá seu lugar de Iyawo e talvez me de razão, porque o Orixá nos ensina.
Um grande abraço,volte sempre.
Axé.
Baba Fernando agradeco a acolhida. Sei perfeitamente que nao ha citacoes aqui no site e nem pregacao sobre Jesus. Na verdade o que eu escrevi nao foi direcionado aos amigos do blog e nem ao senhor. Sei muito bem que tem gente que entra aqui, por vezes, somente para criticar. Foi referente a maneira como o candomble e visto perante a sociedade crista.
Me senti muito bem ao ler o comentario do senhor e so tenho a agradecer novamente por haver me compreendido.
E eu nem preciso voltar sempre Baba, estou sempre por aqui, rs…
Axe!
Pessoal,
Olá a todos, sou leitor diario desse BLOG e gostaria de me manifestar sobre esse post.
Li o texto e os comentários e a duvida continua…
Alem do sincretismo e pelo fato de a sexta-feira ser um dia consagrada à Oxalá, qual é o REAL significado de todas as atividades dentro da casa de santo nesse dia ? Como por exemplo comer peixe!
Motumbá
Gostei do texto do Babá Fernando e creio que é preciso respeitar muito a fé dos nossos babás e ebomis que foram criados dentro de uma época onde alguns traços de sincretismo ainda existiam. É preciso respeitar profundamente a fé e o modo de agir dos nossos mais velhos, porque fé não é estudo de ciências sociais. Até porque nós, yawos que estamos sendo criados em outra época, que desde recém-nascidos já temos acesso a tanta informação sociológica sobre áfrica e candomblé e as teorias sobre “pureza” de culto, podemos a qualquer momento nos deparar com crenças que a gente assimila e depois descobre que, “no fundo no fundo”, também tinham a ver com sincretismo. Então em casa de vidro, não se atira pedra.
Da minha parte, em particular, sexta-feira santa e qualquer outra cerimônia católica passa 200% batido, não entra na minha cabeça dura. Mas respeito profundamente os ebomis que tenham tradições sincréticas quanto a isso. Fé é fé.
Axé.
Eu concordo com o Renato acima, faço deles a minhas palavras. embora vivemos em uma sociedade multicultural, acho que para nós que cultuamos os orixás devemos tratar os feriados Cristãos com respeito mas não ser devotos a eles. A respeito da Cura realizada pela Nação Angola, é mesmo uma tradição mas devemos lembrar que não há referencia nenhuma com jesus Cristo ou ao Cristianismo e sim ao tipo de energia que está no ar no dia. Nossos ancestrais sabendo disso tomaram as providencias para que alem de fortalecer nosso Ori , precisamos tambem fortalecer nosso corpo. Abraços a todos
Observador boa tarde,
Nem todas as casas possuem culto neste dia. Esse tipo de tradição está mais vinculado as casas que cultuam Catiços ou na Umbanda esse rito é muito comum, até porque simboliza o Sincretismo de Jesus com Oxalá. O fato de comer peixe por exemplo vem do costume Catolico mesmo. provavelmente foi uma forma de os Antigos respeitarem e estarem inseridos com os costumes da época. Mas não há simbologia algum com os Orixás. Espero ter ajudado e se falei alguma besteira por favor estou aberto a comentários
Observador, este Oro que algumas casas fazem é fechado.
Para vc conhecer tem que participar da casa.
O fato de comer peixe e não carne é um ato cristão.
Ire o.
Renato,
A grande maioria das pessoas que atendo para jogo de búzios é católica, vai a igreja, se casou na igreja, batizados, crismados, comunhão, etc, etc. Tem medo, alguns são preconceituosos, vão escondidos, pedem sigilo, fazem questão de se manter fora, alguns fazem trabalhos, tomam borí, fazem ebós, só querem ser clientes, porém respeitam, acreditam e tem fé.
Então meus caros, vida que segue…como descrevi acima:
…estamos juntos e misturados, se por um lado tens um terço nas mãos, pelo outro tens uma figa, e assim a nossa cultura regionalizada e bem carioca e um pouco brasileira, acaba por ser tornar mágica, lúdica e incrivelmente envolvida de muita fé.
Outro dia eu disse para nossa amiga aqui do Blog a Dayane: Pouco me importa se o papa lava os pés de presos e os beija, ele não repete de forma alguma o gesto de Jesus Cristo, apenas simboliza e revitaliza a sua cultura religiosa. Pagar promessa é carregando uma cruz, acho uma ofensa ao sofrimento de Jesus na Cruz, uma hipocresia do clero que sustenta o auto-flagelo, etc.
Sou Orixalista! Observo, repenso várias vezes, me coloco no lugar do outro, procuro entender, conflitar a consciência, não radicalizar, ouvir, reconhecer meus erros, refazer sempre até acertar, ter muita paciência, ter tolerância e ter fé e respeitar as diferenças e saber enrolar um acaçá.
Épà Bàbá mi erí-okàn àlàáfía
Boa noite a todos !!! Será que alguém poderia me indicar um bom lugar para se jogar búzios em Porto Alegre.
Desde logo, muito agradecido;
Marccelo
marcelo,
passei seu email para o Charles que mora aí no Sul.
Axé.
AXÉ MEU UM ANO É EM AGORA EM MAIO,E EU ESTOU MUITO APREENSIVA,POIS TENHO ANDADO COM MUITAS DUVIDAS E PRECISO DE ALGUÉM PARA ME ACONSELHAR MELHOR..
erika,
Que tipo de dúvidas vc tem?
Axé
Boa Tarde !
Gostaria de fazer uma pergunta !
Meu ex marido é do candomblé e ficou muito tempo afastado !
E foi filho de um pai de santo
E ultimamente anda perturbado e esta fora de si !
Quero ajuda-lo e disseram que ele precisa se desfazer disso !
Como procedemos?
Vcs poderiam nos ajudar , não sei mais onde procurar ajuda !
Desde já obrigada
Fatima, não é proibido deixar a religião, ninguém sairá assombrando a vida de vcs.
Se querem deixar o culto, façam do modo correto. Procurem alguém que saiba como desfazer os assentamentos e despachar os intrumentos sagrados.
O único conselho que dou é ao final de tudo dar uma oferenda ao òrìsá de seu marido e agradeçer por tudo que ele recebeu, afinal de contas alguém desejou o bem a ele enquanto estava no culto.
Rio que esqueçe a fonte seca e o rio de seu marido secou, não deve haver mais nehuma energia em seus assentamentos sagrados.
Caso eles não existam, ele não tenha sido inicado no culto, vida que segue.
Quanto a ele estar pertubado e fora de si, ele não pode fazer o òrìsá de bode expiatório.
Se tem uma coisa que òrìsá não faz é correr atráz de filho, pode ser algum egun ou o próprio negativo da sua cabeça liberando estas energias.
Ire o.
Olá… licença para fazer um pequeno comentário tomando como base a preocupação da Fátima..
Houve um tempo no mundo ocidental em que uma religião dominava corações e mentes e a simples menção da intenção de recusar-se a seguir sua doutrina poderia condenar alguém à morte. Ainda hoje existem religiões que aterrorizam aqueles que não seguem seu credo, inventando fogueiras em que a lenha não é nada mais nada menos que a ignorância dos crentes, e não sua fé. A atitude de buscar conhecimento hoje em dia parece menos perigosa que antigamente mas é um engano. Por esse motivo eu recomendo a Fátima que, antes de crer que os problemas que tem observado com seu ex-marido sejam de ordem religiosa, procure opiniões de terapeutas, médicos, e etc, pois a causa desse comportamento descontrolado pode ser bem diferente daquela que imagina…
Eduardo, sua colocação é corretissima, devemos sempre cuidar do corpo e do espírito.
Os dois andam juntos.
Ire o.
Boa tarde!
primeiramente… saudo vossa foças e vossos orisá…
Baba Fernando e D ilha…
Epa Baba…
Em refeRência aos ultimos comentários.
Quando eu era muito pequeno… minha mãe frequentava uma casa de Umbanda… fazia tratamentos e várias outras coisas, e eu ficava no colo dos eres, não sei dizer exatamente como se passava os rituais, só me liembro que era um ambiente muito agradavel. Hoje ja sou casado e sou Pai Pequeno dessa casa (no candomblé seria como um egbomi). quando eu entrei nessa casa como filho de snato, minha mãe, aquela que me levava junto e de certa forma foi quem me mostrou o meu lugar… ficou com medo e me disse “voce sabe que quem entra não pode sair!”, fique pasmo com a afirmação e questionei, “da onde voce tirou isso?, voce frequentava e tem coragem de falar um absurdo desses!”. Como resposta e alias bem rápidamente ela rebateu “É isso mesmo, sempre me disseram isso, por isso que nunca fui filha da casa, sempre fui como consulente!”. Resumidamente… ela não soube dizer que passou tal afirmação… Continuo com a minha vida espiritual lá e muito bem… Procurei algumas fontes para tentar entender como surgiu isso… o que descobri foi bem simples… NADA… ninguém sabe dizer que disse só sabe que disseram, ouviram falar, uma amigo teve tal problema… As pessoas esquecem que orisá não é pronto-socorro, nós filhos assim como com nossos pais carnais temos o dever de saber que há uma troca de energias se não somos ligados ao orisá como eles vão ser a nós? se não existe ligação entre o orisá e o filho, porque culpa-ó de vossas fraquesas… o orisá vive em nosso coração e somente entra se permitir-mos… Desde de sempre o homem culpa Deus e seus comandados dos males que ele não cossegue explicar, mais ainda se for para redimir de sua própria culpa.
Concluí que devido ao medo e várias outras desculpas como por exemplo, a incapacidade de assumir um compromisso com o lado espiritual, que a maioria deixa de segundo plano pra baixo, até porque hoje as pessoas querem resultados rápidos, e sabemos que o epiritual, o Orum tem seu tempo e precisamos plantar, cuidar, para depois colher… As pessoas preferem culpar oque não se pode culpar.!
Epa epa babá
Asé
Rodrigo a falta de informação e falta de curiosidade atrapalham muito nosso culto e outros também.
Ninguém é obrigado a viver onde não é feliz. Se alguém deseja deixar o culto e ser ateu, siga sua vida em paz, o meu conselho é sair pela porta da frente, desfaça tudo que foi feito, agradeça de cabeça no chão todas as bençãos recebidas e vida que segue.
Deixar prá lá com desleixo é uma atitude deselegante com aqueles que um dia lhe deram bençãos.
Ninguém será morto, aleijado ou impedido de ter uma vida normal por causa dese motivo, Orí é soberano e aguenta a carga, sera?
Eu apenas digo, se vc tem que levantar 50 Kg é muito mais fácil com ajuda que sozinho, mas tenho certeza que vc consegue.
Este é problema de viver-mos marchando pelo som de nosso próprio tambor (Ireté meji).
Não se deixe impressionar.
Ire o.
so não concordo com o renato quado ele diz que devemos procurar qualque caminho que nos leve a DEUS pq o unico caminho que nos leva a DEUS é jesus cristo .
Paulo respeitamos sua posição, mas por favor respeite a nossa a intolerancia não é propagada por Deus e nunca foi.
Ponha a mão em seu coração e se pergunte: O que me faz diferente de vc?
Radicalismo somente irá gerar radicalismo, estamos aqui a mais de 10.000 rezando para o mesmo Deus e nunca falamos que somos os unicos corretos.
Jesus um profeta é muito recente para nos dar qualquer direção ou ensinamento, afinal de contas ele apenas repetiu o que estavamos falando 8.000 anos antes.
Estude se informe e nos aceite, como aceitamos qualquer outra religião.
Abraços e que o nosso Deus lhe de bençãos.
Amores, obrigada pelas respostas !
Eu fui a uma casa , e sobre meu ex, disseram para eu n interferir no que esta acontecendo com ele ! Pq ele tem que seguir a vida dele !
Eduardo , não estou criticando e nem dizendo nada sobre religião … só queria saber se isso poderia fazer parte do processo !
Mas ja obtive respostas que eu queria e tb a resposta do Da Ilha !
Sr Da Ilha Muito Obrigada por tudo !
Olá Fátima, meus respeitos!!!!
Sinceramente, não havia entendido seu pedido de ajuda neste blog como uma crítica. Não me pareceu mais que um pedido de ajuda para um problema sério de uma pessoa importante pra você. Além do mais, acho que em suas poucas linhas couberam poucas explicações sobre o que de fato a afligia, e sobre aquilo que voce tinha a informação e a preocupação de que precisava ser desfeito(?)… Minha intenção foi retratar algo infelizmente corriqueiro no mundo da religião tomando por base estas suas questões. Muitos dos problemas que enfrentamos no nosso cotidiano estão sendo mistificados, muitas das aspirações que temos na vida estão sendo direcionadas para o além, muito do que deveria ser conseguido por nós exclusivamente pelo nosso empenho e dedicação estamos colocando na conta dos merecedores da nossa fé, e, enfim, muitos de nós já não conseguem acreditar que podem andar com as próprias pernas. Vejo isso com preocupação e tristeza, por considerar que a fé de muitos pode ser manipulada facilmente por discursos inflamados, pela ostentação de poder econômico, e cruelmente, pela coerção e medo. Neste cenário é sombrio o encontro de sentimentos como fé e desespero. Terminando, já estou mais tranquilo por que ao que parece, seus momentos de maior aflição parecem ter ficados para trás. Vou ficar ainda mais tranquilo quando em seus próximos comentários eu encontrar a crítica que não percebi neste comentário do qual tratamos.
A sua benção,
Eu ia responder exatamente isto mas nem precisou.. Não estou criticando porém acho que falta um pouco mais de estudo mesmo principalmente para os Cristãos novos que através do pouco conhecimento até dentro da própria religião deles, criticam culturas milenares como a nossa. Mas esta questão não é sobre só o Cristianismo.Enquanto não prestarmos mais atenção aos ensinamentos dos mais velhos, estaremos com falta de embasamento para dialogar com outras culturas. Não devemos saber apenas os fundamentos em questão mas sua liturgia de modo em geral. Eu particularmente através de muito estudo ( e ainda não sei nada ) tenho a plana consciência que a religião dos Orixás, é o berço da Humanidade. Mojuba!
Renato compartilhamos do mesmo pensamento, mas veja as similaridades entre Egito antigo e culto de òrìsá.
Ire o.
Muito Bonito o texto parabéns!!!
Apenas para compartilhar conhecimento, acho bacana citar que no culto de Tradição de Òrìsà (o qual sou seguidor), por a Semana Yoruba ter quadro dias sendo um deles chamado de Ojo Aiku (Dia da Imortalidade). Nesse dia Obàtálá (Osàlà) é louvado e reverenciado, porem nem sempre “cai” na sexta feira como é tradição no Candomblé.
Abraço a Todos
Omoludele Epega
fernandoab,
Os Igbos da Nigéria têm um calendário tradicional com semana de quatro dias. O calendário Igbo apresenta 13 meses para o ano de 365 dias. No Brasil nos adaptamos a semana de 7 dias e sendo assim, também ao comportamento das fazes da lua.
Adupé.
Axé
Gostaria de tirar uma dúvida, receio pela polêmica, mas aí vai:
Fui iniciado pra Oxalá, além do dia da casa, guardo preceito na sexta feira, sem bebida, sexo, sem carne, vestindo branco.
No entanto, vejo muitos Babalorixás e Yalorixás que dizem que tomar uma cerveja não é quebrar preceito. Inclusive, entre esses últimos citados, uns bem famosos no Brasil, de casas tradicionais. O que vocês me dizem disso?
João as pessoas de Obàtala deveriam pagar resguardo e respeito ao dia deste orisa.
O fundo do poço pode não ser agora, pode não ser nesta vida.
Mas isto vai causar arrependimentos ferrenhos em outra vida ou situação.
Não há polemica nenhuma, o que há eh: Falta de respeito e falta de caráter.
Ireo.
Adorei as perguntas e respostas voces estao de parabens
Minha casa é de Ketu em Volta Redonda, Rio de Janeiro, e vamos pra a roça na quinta feira santa jejuamos, dormimos nos pés dos assentamentos dos orixás na esteira, e na sexta-feira comemos peixe e canjica. Saio da roça e ainda vou na procissão, e nas cerimonias da Igreja. Assim aprendi com os mais velhos, isso é o Brasil, brasilidade, amo muito tudo isso… ah e no andor da procissão o povo coloca galinhos de manjericão, boldo, alfavaca, arruda e agente retira no final e toma banho, põe na porta da casa. Aqui em casa é proibido varrer na sexta feira santa, andar a cavalo nem pensar, e todo leite tirado no meu sitio é doado pro povo neste dia. E não é só no meu sitio não todo mundo faz isso, e as pessoas fazem uma verdadeira festa pra “buscar leite”. Adorei seu texto Baba Fernando, eu tbm sou de Oxaguian! Epa Babá! O padre em bom relacionamento com o povo de santo, inclusive foi dentro do roncol batizar um filho de santo que ia fazer o santo, a pedido da mãe de santo. Baba eu queria ler o livro “entre a capela e o calundu” vc tem
Esqueci de dizer que na saída da missa agente toma bença da mãe de santo, e até quem num é do santo aproveita pra pedir um axé também!
Olá Rafael,
Eis o trabalho base que fez o livro “entre a Capela e o Calundu”, faltam as fotos e ilustrações, mas o texto já vale a pena! É preciso cadastrar-se no site, o que não tem custo, mas eles exigem um trabalho em troca:
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Cotidiano-e-Viv%C3%AAncia-Religiosa-Entre-a/30473666.html
Motumbá
Obrigado Motumba Axe
Achei interessante o texto, compartilho com vcs!
A Páscoa cristã acabou por ficar definida, pela Igreja, de acordo com uma relação Soli-Lunar: celebra-se no primeiro Domingo após a primeira Lua cheia após o Equinócio da Primavera. Esta relação, de um ponto de vista esotérico, era importante para simbolizar o significado cósmico desse evento: o Sol e a Lua são igualmente indispensáveis, pois não se trata apenas dum festival solar. O Sol tem de «cruzar» o Equador (Crucificação), como o faz no Equinócio Vernal, mas a sua luz tem de se reflectir na terra através da Lua cheia, antes que a Ressurreição (iniciática) possa ocorrer. Isto significa que a humanidade ainda não atingiu o grau de evolução suficiente para receber em pleno a «Religião do Sol», do Cristo-Logos (Cristo Cósmico), ou seja, da «Irmandade Universal», e que ainda precisa das Leis dadas pelas Religiões Lunares, diversificadas consoante as raças, nações, etc.
Outras comunidades, que haviam perdido o simbolismo oculto deste facto, adoptaram outras datas, como por exemplo o regresso à «verdadeira» Páscoa histórica ou Páscoa judaica, Pesach, no dia 14 do mês de Nisan[1]. Isto gerou controvérsias que chegaram a durar até ao século VIII. A Igreja Ortodoxa oriental adoptou uma data diferente da das Igrejas ocidentais, de modo que a Páscoa ortodoxa pode umas vezes coincidir com a Páscoa católica e protestante e outras vez ocorrer uma e até quatro ou cinco semanas depois.
Antes de concluir, talvez valha a pena reflectir um pouco sobre alguma dúvidas que podem assaltar as pessoas que vivem no hemisfério sul do planeta Terra, sobre se os influxos ensinados por Max Heindel para o hemisfério norte também se lhes aplicam, ou não, e em que medida. Aparentemente, o hemisfério sul do planeta Terra não é «contemplado» nas alegorias associadas ao Rosacrucismo e à Astrologia — e não só: o Hermetismo e a Cabala também estão vocacionados, praticamente, para os céus do hemisfério norte.
Dois aspectos têm de ser considerados: o aspecto diacrónico, ou o que se passou historicamente, e o aspecto sincrónico, ou o que se passa na actualidade.
Brena ainda bem que nós temos Òrúnmìlá e seu sistema de consulta oracular que independe do hemisfério que vivemos.
Ifá, ontem, hoje e amanhã. Através dele podemos consultar a palavra divina e destrinchar os mais diversos problemas da humanidade.
Assim estamos fazendo a 12.000 anos ou talvez mais um pouquinho.
Obrigado pelo texto, muito bom de ler.
Ire
Pessoal,
Sou novo e algumas coisas me deixam muito confuso.
Já ouvi um Pai de Santo dizer que toques na sexta feira é inadmissível no Candomblé (exatamente por ser dia de Oxalá)… Mas também já vi casas de Candomblé que tem trabalhos na sexta feira com Pomba Gira, Exu, Baiano, Preto Velho…
Dai isso me deixa muito confuso… É desrespeitoso ou não os trabalhos de sexta?
Jaime o dia consagrado a Osalá é um dia diferente.
Tem gente que respeita e temos gente que não respeita.
Tem gente que não vê problemas nenhum (é cultural) e trabalha normalmente.
O Culto Tradicional trabalha normalmente.
Porém, eu não trabalho normalmente.
A casa para na sextas feira.
Ire
Jaime,
Colaborando com a resposta do Da Ilha, sexta-feira é o Dia dedicado a Oxalá pois ele é o pai do dia, porém, muitas casas, começam suas funções a partir das 18 hs de sexta-feira se preparando para as atividades de sábado. Nenhum candomblé promove candomblé nesse dia. Algumas Casas de Umbanda fazem giram para suas entidades, apenas isso, Casas de Candomblé de raiz e de axé não fazem festa as sextas-feiras.
Axé.
Nossa que lindo, meu Pai fazia a mesma coisa eu era filha unica de um casal no meio de tantos filhos de fé, eu nasci e cresci no berço abençoado da Roça do meu Pai, tenho muita saudade deste tempo, um forte abraço e obrigada de participar com todos nós a vossa experiência. Isabel Ujj
Isabel Ujj,
Volte sempre, Axé.
boa tarde. sexta feira santa pode algum orixá rodar na cabeça de seus filhos?
herondina,
Não só sexta-feira santa, mas todas as sextas-feiras são dedicadas a Oxalá, portanto Orixás não rodam na cabeça de ninguém. Existem poucas exceções para que isso aconteça, certamente o Orixá sabe a importância.
Axé.
Pode da bori na sexta-feira santa?
Angela o Candomblé sofreu muitas influências, principalmente a católica.
Calendário gregoriano (semana de sete dias, dia santo, feriado e etc.) e suas datas que definem o mundo ocidental.
Como não somos católicos, fica a pergunta:
Cada casa deveria respeitar o calendário cristão ou não?
Ire
Bom dia e bença a Todos!!!
Parabéns pelo belíssimo texto, Pai Fernando D’Osogiyan!!!
Vamos caminhar pra frente, os erros do passado, nos são grandes oportunidades de aprendizado. Como poderíamos saber o que é a luz senão existisse o escuro….
Hermes de Ogun – Ile Axe Oluaye FunFun – RJ.
Hermes,
Meu pai abençoe, sua bênção!
Adupé o !
Axé.