Dizer que o medo é quem causa a morte prematura expressa o efeito debilitante que o medo pode ter na saúde mental e na física.
Este provérbio também aponta para um princípio mais profundo e metafísico que é central para a compreensão de Ifa / òrìsá.
Ifá ensina que uma parte do destino de cada indivíduo é a hora e a data da morte do corpo físico. Este evento é irrevogavelmente estabelecido no momento do nascimento. Daquele ponto em diante, nada pode ser feito para ampliar os dias de uma vida individual.
No entanto, pode haver coisas que diminuirão o tempo de vida de um padrão individual.
Ifa considera não viver a vida ao seu limite máximo, como o resultado de resistência ao processo de viver em harmonia com a òrìsá.
Acredita-se que essa resistência esteja enraizada no medo da auto-compreensão, auto-transformação e auto-descoberta.
Aqueles que vivem com medo de criar uma condição chamada de “origens ibi,” ou em termos ocidentais, “Os efeitos negativos do medo e da insegurança.”
Já ouvi várias histórias sobre os videntes talentosos que sabem a hora exata e o dia do fim de sua existência física.
O famoso Babalawo Gedegbe, acho que foi o babalawo principal para os últimos quatro reis do Dahomé, viveu até os cento e vinte anos.
No dia da sua morte, reuniu a família e os alunos e lhes disse o que esperava deles depois de ir para a próxima vida.
Quando ele terminou de falar, ele afundou em sua cadeira e morreu.
Existe em uma tradição em Ifá no que refere ao dia da passagem, o ‘maior’ anuncia o rito de passagem para sua família.
É um momento de tristeza, mas também um momento de orgulho e reconhecimento, como um tempo para dar o elogio a uma vida bem vivida.
Por: Fal’okun.
Da Ilha, belo texto.
O medo também pode alongar em muito uma vida, pelo menos para aqueles que tem coragem de admitir seus medos.
Certa vez recebi um recado de meu Pai Osogiyan:”…diga ao meu filho que se ele quer viver muitos anos que pare de fumar…mas se ele quer viver poucos anos que continue fumando”. Na semana seguinte minha pressão estava 17/12 em poucos dias 18, 19/10. Conclusão: fui ao médico e ele me disse a mesma coisa que meu Pai e imediatamente parei de fumar e passei a tomar remédio para pressão.
O medo não manda recado, ele nos surpreende e nos faz conhecer poderes que até então não sabíamos que possuíamos, o poder da Fé.
Mò jùbá.
Makuiu,kolofé e Motumbá a todos os jipanji(irmãos), Parabéns senhor Da Ilha como que ja era esperado mais post para se refletir,parabéns também ao senhor fernando pela força de vontade de ter abandonado este vício suicída eu espero de mim principalmente esta força para que eu também consiga assim como o senhor me desvincular deste vício maldito sei que o meu Nkisi esta prontificado para me auxiliar em tudo mas o primeiro passo com sertesa é meu. Kandandu o kioso (abraços a todos).
Bàbá Da Ilha,
Belissimo texto, Tenho Certeza que fará muita gente refletir!
Baba Fernando obrigado pelas palavras.
Realmente o medo não nos deixa atravessar várias portas.
O primeiro emprego, a passagem da criança a adolescencia, dai a maturidade e ao casamento.
Do casamento ao ancião e a morte. Essas portas tem que ser atravessadas, com ou sem dor, mas devem ser ultrapassadas, fazem parte do alargamento espiritual e pessoal.
Os medos vivem a nos impedir de crecer, experimentar, ousar e etc.
Temer é uma palavra correta e deve ser usada constantemente, mas o medo, deve ser abolido de nosso vocabulario e de nossas atitudes em relação a vida.
Ajuba ooooooo