Mãe Cotinha de Yèwá representou a 4° geração da Casa de Òsùmàrè, sendo a primeira mulher a assumir o maior posto hierárquico do Terreiro. Ela escreveu com letras garrafais seu nome na história do candomblé da Bahia. Sentou ao trono ainda jovem, em 1927, com 37 anos de idade. Governou o terreiro de Oxumarê por 21 anos, sob a orientação de Yèwá até o dia em que veio a falecer, em 21 de junho de 1948.
Os antigos relatam que Mãe Cotinha era muito tímida e não gostava de dar ordens. Estas características que a distinguiam foram responsáveis por Yèwá, muitas vezes, assumir a direção da Casa. Era a própria divindade que transmitia os ensinamentos, educava as filhas de santo conforme as tradições e costumes do candomblé. Era ela também quem aplicava as correções necessárias, quando eram violados os princípios religiosos da Casa de Oxumarê.
Nada acontecia sem ser visto pelos olhos de Yèwá, que tomava conta de cada detalhe da casa de Oxumarê. Ela prezava pela seriedade, e, nos momentos que eram preparadas as oferendas para servir os orixás, não permitia nenhum tipo de conversa, muito pelo contrário, cânticos para louvar as divindades eram por ela entoados, e, com muita alegria, respondidos por todos, ao tempo em que eram realizadas as funções internas.
Cada um tinha a sua função, as filhas de santo pertencentes a orixás femininos executavam tarefas mais delicadas como cuidar do preparo das comidas, lavar as louças, limpar e decorar a Casa etc… Enquanto as filhas de Orixás masculinos buscavam a lenha, iam até a fonte buscar água para realização de todos os afazeres, colhiam os grãos na horta, etc.
Yèwá era quem designava as tarefas para as filhas de santo de Mãe Cotinha, que realizavam os deveres em perfeita harmonia.
pesquisa: site http://www.cadadeoxumare.com
Ègbé,
Mãe Cotinha iniciou Mãe Teodora de Yemanjá, que fez parte de seu primeiro barco de Iyawo, veio da Bahia para o Rio de Janeiro já Iyalorixá, abriu sua casa e espalhou as raízes do Axé Oxumare por todo grande Rio, sendo responsável por abrir diversos casas ketu/Nagô, dentre elas, o Axé Pavuna de pai Paulo de Oyá, meu saudoso egbomi, pai de Luan (Milton) de Oxalufan fundador do Ilê Asé Osolufon-Íwìn, e que hoje é dirijido por mim, Fernando D’Osogiyan.
Mò Júbà Egbomí Mò júbà asé
Motuba, Leio todos os textos e sinto um aperto no coração por vê que hoje em dia os filhos de santo não respeitam a tradição e muitas casa de candomblé inventando moda!!! Axo muito bonito entrar em uma casa de candomblé simples e humilde me sinto abraçado espiritualmente pelos Òrisás ali cultuado.
tive a oportunidade de Sair de Recife-PE e ir a baia conhecer alumas casa de candomblé. Confesso que não queria mais voltar!!!
Continuem postando assim.
Um abraço a todos da equipe do blog.
quero deixar uma duvida minha para que aluem pude-se esclarecer.
Nação Nagô quais as cores que Ògún veste ? Uns dizem Azul e vermelho, Vermelho e Verde ou Vermelho e branco?
quem puder ajudar fico grato!!!
Obrigado.
Thiago este termo Nago é muito complexo pois nos remete a vários povos e atualmente paises, antigamente dividia-se em reinos.
Portanto Nago ou Anago é:
O “Anago”, é bom sempre esclarecer, que são as Nações Sudanesas (de Òyó; Ijèsà; Kétu) e mais a Nação de Ewe (Evoes), dita de Nação Jèje; o “Anago” também chamado no Brasil de “Nagô-Vodú” ou “Nagô – Jèje” => formou-se com a únião do povo Nagô com Ewe (evoe) Língua da África Ocidental, falada em parte da região da antiga Costa do Ouro (atual Gana), Rio Volta, Togo e Daomei (atual República Popular do Benin). Tem vários grupos dialetais e dialetos, como Ewe propriamente dito, “Fon” (Jèje do Dahomey); “Mina” (anexo, Popo, etc…); “Anlo”; “Inland”; “Fantis”; “Esantis”; “Camarões”; “Gabões”; habitantes da “Costa”, “Hauças”; “Maometanos”, etc…
Devemos ressaltar, para fins de “religião” – “Fundamento e Rituais”- e para formar-se o “Anago” pode ser uma só ou mais Nações Sudanesas acresentando-se mais a Nação de Jèje.
Ewe (Evoes) =>língua que pertence ao Grupo Kwa, foi falada juntamente com a Língua Yorùbá, no Brasil, pelos escravos vindos dessas regiões, especialmente os Dahomey => que tiveram o nome geral de Djèdje.
Embora tivessem sido muito influenciados pelos povos Nagô, deixaram algumas palavras, bem como, alguns rituais nos cultos religiosos e também certos dialetos ainda são falados por um ou por outro, em certas Nações de origem Djèjde que exitem no Brasil, mas com a predominancia do Nagô (Yorùbá).
É bom que se diga:
Entre os demais, os Nagôs sempre exerceram, do ponto-de-vista religioso, uma grande e inconstestada supremácia, devido, ao grande Reinado de Òyó na África, com relação a toda cultura religiosa africana.
Portanto, teremos dentro do Candomblé Ògun usando o verde ou o azul escuro dentro do culto dos Voddo não sei lhe responder, não sei nada Vodoo.
A Tradição Ioruba usa a cor azul escura.
Ire o.
Ábúrò, bela explicação textualizada.,
Àìkù olófà àyànfé.
Thiago,
Captei toda a vossa mensagem. Sou de Recife!
Inicialmente a cor usada por Ogun na nação nagô de Recife é o vermelho e verde (em linhas gerais: o vermelho simbolizando a sua parte guerreira e o verde simbolizando a sua ligação com a agricultura).
O vermelho e branco é usado por Ogun na Umbanda (ao menos aqui) e o azul começou a ser inserido – de forma generalizada – de alguns anos pra cá e muita gente, muitas casas passaram a usar o azul de forma indistinta.
Axé.
Da Ilha, Muito Obrigado pela explanação, adorei mesmo!!!
Dayane, Obrigado também por ter respondido!!! Pois sempre me vejo em sonhos Vestido de Verde e Vermelho, apesar de ser abian, mais quando vou para algumas festas de candomblé sou tomado pelo Orixá. So não fiz o santo ainda pois procuro uma casa que tenha fidelidade ao candomblé, que não seja cheia de achismos.
Você poderia me indicar alguma casa para eu visitar?
pois conheço, Sitio de pai adão, Ile axe Oju Omim dirigido por Vadinho “depois da mata de passarinho. ile axe ògún e o templo de Yemonjá que era dirigido por pai carlos ” falecido”
Obrigado.
Thiago,
Amanhã terá toque numa casa que eu não conheço pessoalmente ainda, mas que sei de ótimas referências dela.
O nome do axé se chama Ilê Axé Oxalá Talabi e fica em Arthur Lundgren, Paulista. Ele é ministrado por mãe Dada.
A casa tem uma página na internet que, se não me engano, deve ter os contatos dela.
Axé.
Boa noite!
Este blog tem sido uma fonte de pesquisa esplendido!Tenho muitas dúvidas sobre o candomblé e muitas delas foram esclarecidas aqui.
Frequentei a umbanda por muito tempo e no ultimo ano percebi que o candomblé me completa, é uma religião fascinante que tem um luxo maravilhoso, mas que se resume na simplicidade e humildade do orixá.
Minha grande dificuldade é encontrar uma casa, hoje tenho afeição por duas casas que sei que são de raiz e respeitáveis. Como devo escolher a casa pra me cuidar? Nunca incorporei, ainda não sei se sou ogam e rodante, peço muito pro meu orixá iluminar meu pensamento pra tomar a melhor decisão mas não consigo ver um sinal.
Axé
Henrique seu Ori é soberano, vc deve seguir seu instinto e sua voz interior.
Somente seu Ori poderá guiá-lo nesta hora.
Prudencia e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
Ire o.
Baba Fernando, boa noite e Motumbá.
Procede que foi mãe Cotinha a ialorixá que iniciou pai Bobó?
Abraços e axé.
Iya Cotinha de Iyewa , realmente era uma grande Iyalorixa apesar que teve contribuicoes positivas. Só que ela não confirmou o Santo do Babá Ashogun e se realmente ele era virante. E na verdade ele era virante e rodava Iyasan que se chamava Oya Guerr
Marcelo essa história é importante?
Ela vai somar alguma coisa ao rapaz ou o perfil de Cotinha?
Ire
Hoje com uma vida mais tranquila que orisá me concedeu, tenho mais tempo para me aprofundar na parte histórica de todas a raíz dessa família que faço parte, sou filho do Asé Pavuna, sinto me feliz por fazer parte dessa história ……
BABALORISÁ MARCO VINICO RJ.
Marcos,
Pai Paulo foi meu avô/pai de santo, ele me ajudou muito nas minhas obrigações, tenho por ele um profundo respeito e admiração. Quando me iniciei a 32 anos atrás, Pai Paulo emprestou para meu Orixá, a espada, a mão de pilão e o capacete branco, foi uma honra.
Axé.