Egun é o culto aos ancestrais masculinos, é elaborada pelas “Sociedades Egungun”. Estas tem como finalidade elaborar ritos a homens que foram figuras destacadas em suas sociedades ou comunidades quando vivos.
Os Mortos do sexo feminino recebem o nome de Iyá-mi Agbá (minha mãe anciã), porém, não são cultuadas individualmente. Sua energia como ancestral é aglutinada de forma coletiva e representada por Ìyámi Osorongá chamada também de Iyá Nlá, a grande mãe. Esta imensa massa energética que representa o poder ancestralidade coletiva feminina é cultuada pelas “Sociedades Gelèdé”, compostas exclusivamente por mulheres, e somente elas detem e manipulam esse poderoso poder. O medo da ira de Ìyámi nas comunidades é tão grande que, nos festivais anuais na Nigéria em louvou ao poder feminino ancestra, os homens se vestem de mulher e usam máscaras com características femininas, dançam para acalmar a ira e manter, entre outras coisas, a harmonia entre o poder masculino e o feminino. Além da sociedade Gelèdé,existemtambém na Nigéria a Sociedade Oro. Este é o nome dado ao culto coletivo dos mortos masculinos quando não individualizados. Oro é uma divindade tal qual Ìyámi Osorongá, sendo considerado o representante geral dos antepassados masculinos e cultuados somente por homens. Tanto Ìyámi quanto Oro são manifestações de culto aos mortos. São invisíveis e representam a coletividade, mas o poder de Ìyámi é maior e, portanto, mais controlado, inclusive pela sociedade Oro.
Outra forma, e mais importante, é o culto aos ancestrais masculinos, é elaborada pelas “Sociedades Egungun”. Estas têm como finalidade elaborar ritos a homens que foram figuras destacadas em suas sociedades e comuninadades quando vivos, para que eles continuem presentes entre os seus descendentes de forma previlegiada, mantendo na morte a sua individualidade. Esses mortos surgem de forma visível mais camuflada, a verdadeira resposta religiosa da vida pós-morte, denominada Egun ou Egungun. Somente os mortos do sexo masculino fazem aparições , pois só os homens possuem ou matém a individualidade; as mulheres é negado este previlégio, assim como participar diretamente do culto. Esses Eguns são cultuados de forma adequada e específica por sua sociedade, em locais e templos com sacerdotes diferentes dos do culto dos Orixás. Embora todos os sistemas de sociedade que conhecemos sejam diferentes, o conjunto forma uma só religião: a Yorubana.
No Brasil existem duas sociedades de Egungun, cujo tronco comum remonta ao tempo da escravatura: O Ilê Agboulá, a mais antiga, em Ponta de Areia, e uma mais recente e ramificação da primeira, o Ilê Oyá, ambos em Itaparica, Bahia.
O Egungun é a morte que volta à terra espiritual e visivel aos olhos dos vivos.Ele “nasce” através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos Ojés (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão ou vara chamado ixan, que, quando tocado na terra por tres vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a “morte se torne vida”, e o Egungun ancestral divinizado está de novo vivo.
A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto dos Orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito. Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberto com uma roupa de tiras multicoloridas , que caem da ´parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, , chamada séégí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado Ijimerê na Nigéria.
As tradições religiosas afirmam que sob a roupa está somente a energia do ancestral; há também o transe mediúnico pois sob os panos está o mariwo (iniciado no culto Egunun) em transe ou preparado para representar seu ancestral, pelo sim pelo não, Egun está entre os vivos, e não se pode negar sua presença, energética ou mediúnica, pois as roupas ali estão e isto é Egun.
A roupa de Egun chamada de Eku na Nigéria ou opá na Bahia, ou Egungun propriamente dito, é altamente sacra ou sacrossanta e, por dogma, nenhum humano pode tocá-la. Todos os mariwoa usam ixan para controlar a morte , alí representada pelos Eguns. Eles e a assistência não devem tocár-se , pois como é dito nas falas populares dessas comunidades, a pessoa que for tocada por Egun se tornará assombrado, e o perigo o rondará. Ela então deverá passar por vários ritos de purificação para afastar os perigos de doença ou, talvez, a própria morte.
Ora, o Egun é a materialização da morte sob tiras de pano, e o contato, ainda que um simples esbarrão nessas tiras, é prejudicial.E mesmo os mais qualificados sacerdotes, como os Ojé atokun, que invocam, guiam e zelam por um ou mais Eguns, desempenham todas essas funções substituindo as mãos pelo Ixan.
Os Egun-Agbá (ancião), também chamados de baá-Egun (pai), são Eguns que játiveram os seus ritos completos e permitem, por isso, que suas roupas sejam mais completas e sua vozes sejam liberadas para que eles possam conversar com os vivos.
Os Apaaraká são Eguns, ainda mudos e sua roupas são as mais simples: não tem tiras e parecem um quadro de pano com duas telas, uma na frente outra atrás. Esses Eguns ainda estão em processo de elaboração para alcançar status de Babá; são traquinos e imprevisíveis, assustam e causam terror ao povo.
O eku dos Babá são divididos em três partes: o alabá, que é uma armação quadrada ou redonda, como se fosse um chapéu que cobre totalmente a extremidade superior do Babá, e da qual caem várias tiras de pano coloridas, formando uma espécie de largas franjas ao seu redor; o kafô, uma túnica de mangas que acabam em luvas, e pernas que acabam igualmente em sapatos, do qual, também caem muitas tiras de pano na altura do tórax; e o banté, que é uma larga tira de pano especial presa ao kafô e individualmente decorada e que identifica o Babá. O banté que foi previamente preparado e impregnado de axé, é usado pelo Babá quando está falando e abençoando os fiéis. Ele o sacode na direção da pessoa e esta faz gestos com as mãos que simulam o ato de pegar algo, no caso o axé, e incorporá-lo. Ao contrário do toque na roupa, este ato é altamente benéfico. na Nigéria, os Agbá-Egun portam o mesmo tipo de roupa, mas com alguns apetrechos adicionais: uns usam sobre o alabá máscaras esculpidas de madeira chamadas de Erê Egungun;outros entre o alabá e o kafô, usam peles de animais; alguns Babás carregam na mão o opá iku e, às vezes, o ixan. Nesses casos, a ira dos Babás é representada por esses instrumentos litúrgicos.
Existem várias qualificações de Egun, como Babá e Apaaraká, conforme seus ritos, e entre os Agbá, conforme suas roupas, paramentos e maneira de se comportarem. As classificações, são extensas.
Continua.
Pesquisa: Editora Minuano, revista:Candomblé Mitos e Lendas.
Texto de Aulo Barretti Filho,O Culto dos Eguns no Candomblé.
Baba Fernando, boa noite! Com base no acima descrito o que seriam as entidades de umbanda? Algum egum? O candomble tem alguma explicacao para o retorno dessas “lamas” para ajudar aqui no orum? Obrigado
Parabéns pelo post..!! Adoro entrar aqui e adquirir ou complementar meus conhecimentos. =) Sou do candomble, porém não me contento em apenas frequentar!! Tento estudar e entender as complexas combinações dos orixás, as qualidades, as comidas, etc. mas é muito dificil encontrar alguma informação veridica, ou confiavel …!!! Meu Pai onde frequento me ensina muita coisa, mas eu gosto de ler… de aprender… e gostaria de saber se vcs possuem alguma apostila, curso ou recomendam leituras …
Ahhh complementando … nesses ritos somente participam pessoas, feitas há muitos anos no ” santo ” … Não é para qualquer um … rsrs … Não é aberta ao publico como um barracão por exemplo…
Jose,
As entidades de Umbanda são Eguns, espíritos sem luz que não seguiram seu caminho e perambulam pela terra e acabam ficando por aqui, começaram a ser doutrinados pela Umbanda e prestam caridade como uma forma de encaminhamento e luz.
Axé.
Nandinha,
O melhor curso é o da prática na sua casa com seu zelador e seus egbomis. Tem muita literatura errada, muita gente dando curso também por apostila, pode isso? Não gaste seu dinheiro. Temos bons livros de bons autores, entre no post “leituras recomendadas” tem vários excelentes livros.
Axé.
Motumbá,
Esse tipo de culto é aberto ao público?
Rick, somente as festas são publicas, culto de Baba Eegun é fechadissimo e somente Ojès e pessoas autorizadas e com cargo podem participar.
As mulheres é vedada a participação de seu Oro, as festas elas podem ir tranquilamente.
Ire o.
Babá,
Segue um video que mostra mais ou menos como é uma festa de Babá Egum.
José, mande o endereço apenas, já estamos no gargalo com nosso trafego de dados.
Ficará muito pesado, desculpe e muito obrigado pela ajuda.
Ire o.
Olá.. Recomendo o livro – ” OS NAGÔS E A MORTE”, explica muito bem sobre o culto dos babás eguns..
Seria muito interessante um artigo das sociedades na Nigéria , como os ogboni.
Claudia,
Nós recomendamos “os Nagôs e a Morte”, está no post leituras recomendadas.
Axé
Gosto de ler as postagens daqui pela confiança das informações, ainda acho que as postagens poderiam ser mais frequentes. O candomblé ainda precisa ser esclarecido e disseminado a muita gente ignorante.
Poderia ser aberto um fórum moderado para que os frequentadores do blog pudessem contribuir também.
Fernando bom dia.
A cada quatro dias em média postamos um assunto diferente,nosso forum é moderado o dia inteiro, nosso trabalho é voluntário e fazemos por um único objetivo, desmestificar.
O que mais poderiamos fazer a não ser responder perguntas o dia inteiro, sobre: espiritualidade, òrìsá, vida pessoal, casamento, namoro, noivado, culto sagrados, qualidades, caminhos, rupas, paramentos e etc.
Temos um espaço denominado: Espaço dos leitores, onde qualquer um pode postar a vontade, barra lateral direita do bolg.
Fique a vontade e usufrua dele como se fosse sua casa.
Ire o.
Olá Da Ilha e Fernando D’Osogiyan!
Eu perguntei aqui no blog o que é Musso ou Muço? Não sei como escreve. A minha pergunta foi para a moderação e não foi respondida. Vcs poderiam por favor me dizer do que se trata. Em minha casa de santo tem um assentamento com esse nome que fica bem afastado. E pouco se fala nele, para falar a verdade perguntei a alguns mais velhos e nenhum sabia o que era. Caso não saibam ou não possam me esclarecer, eu tb entenderei. Só peço por favor que me respondam algo. Obrigada.
Òmó òsun, qual sua raiz, Angola?
Ire o.
Não, Ketu.
Òmó òsun veja
Musso-koroni trata-se de uma divindade de origem africana que tem forte ligação com a sociedade matriarcal de Gelede.
Ainda pouco conhecida na Brasil, segundo a tradição é tratado como criança, gosta de pipas, bolas, brinquedos em geral, doce, acaçá e obi.
O òrìsá que eu conheço que se assemelha a esta energia chama-se Kori, protetor das crianças, trabalha-se muito com esta energia, com Ibeji e Omode ègbé òrun, quando cuidamos de Abiku.
Não sei se são as mesma energias.
Como em África existem òrìsás que eu tbm desconheço pode ser que este seja um caso.
Ire o.
Estou buscando mais informações em minhas fontes, se eu conseguir repasso para todos. Ok.
Ire o.
Da Ilha,
Lendo o que vc escreveu acredito que seja sim algo parecido com Kori, pois no assentamento que eu mencionei há alguns brinquedos, e me lembro perfeitamente há uns 5 anos atrás quando a irmã do meu zelador teve bebê prematuro que ficou em coma, o meu pai foi até esse assentamento com alguns bichos e apenas 3 filhos da casa. No dia seguinte o bebê já estava fora de perigo e o meu pai disse que Musso, respondia muito rápido. Em minha casa há o culto Gelede, mas é muito restrito a poucas mulheres, se não me engano 9 mulheres e todas com mais de 15 anos de feitura.
Da Ilha,
sua benção. Obrigada pela atenção de coração.
Eu tenho lido tudo que vc publica, pois sou fascinada pelo culto de Orumila, e adoro ler sobre todos os Odus. Se eu fosse homem certamente teria esperanças em participar desse culto.
Tenho muito respeito pelo meu Pai de Santo, no entanto tenho medo de perguntas algumas coisas para ele.
Mais uma vez obrigada!
sou um praticante na umbanda tenho 33a de umbanda e não acho que é
egun pois ela faiz muitas caridades tem muito amor ao procimo e sempre me ajuldou eu e a tds que me acompanha.
Umbanda é paz e amor a tds os povos de bom espiritos
so vivendo nela que realmente sabe oque é uma umbanda
axé a tds.
Osmar existe realmente duas conotações para espiritos que partiram e estam no nosso convivio.
Egun pode ser como não pode ser pejorativo.
Egun são espiritos que tiveram vida e partiram deste mundo, as energias de Umbanda tiveram vida, partiram e vivem em nosso meio, não sabemos por que existe esta missão de ajudar e praticar a caridade.
Vc tem razão em sua queixa, mas a falta de informação leva pessoas a se dirigir a estes espiritos de luz de forma desrespeitosa.
Fui adepto, praticante e filho de nossa querida Umbanda e até hoje a amo e respeito.
Saravá Umbanda.
exatamente agora estao tocando para baba iao aqui do lado da minha casa .. fora do barracao .. da minha janela da pra ver .. que opá lindo que dança legal .. é lindo ao mesmo tempo assustador de ver rsrs .. mas estao bem de baixo da minha janela entao e fico olhando bem debruçada da janla mesmo seráque pode ? acabei acordando 6:00 da manha por causa dos batuuques .. mas vale acorda e olhar tanta animação de BABÁ com os cantos dos filhos da santo .. ate aprendo a cantar rsrs ..nunca fui a uma festa dessas só obervo de meu “BBB”
estou me desenvolvendo na umbanda mas respeito o candomblé ..
Axe pra todos
Lelezinha, vc vai virar expert em culto de Eegungun de tanto que observa desta janela, rs.
Àse ire.
rs quem me dera .. rsrs..
é tudo muito bonito fora o medinho que dá ..
é verdade que eles crescem e diminuem ?
eu tive a impressão que ja vi isso acontecer mas pode ter sido q eu fiquei um pouco impressionada .. entendeu?
mas depois me disseram q isso acontece mesmo
é verdade ?
Lelezinha, não sou inicado em culto de Eegungun, já estive presente em alguns Oros e festas, o que vc viu eu vi, mas prefiro me calar.
Cada um que tire suas conclusões, posso apenas avaliar que é uma energia poderosissíma.
Ire o.
;~) OBRIGADO POR CAMRPATILHAR DO MESMO MOMENTO QUE EU
É DIFICIL PESSOAS CONHECEREM ESSE TIPO DE CULTO
POR ISSO QUE QUIZ COMPARTILHAR CM VCS AKI APROVEITANDO ESSE POST ..
BJAO DA LIHA
Lelezinha, qua a força de nossos antepassados estejam sempre prontas a nos atender.
Ire o.
Onde existe festa de egum ?
Severino algumas casas fazem estes festivais de Eegungun, aqui no Rio de Janeiro, conheço duas casas, ma a tradição diz ser na Bahia, na Ilha de Itaparica.
Ire o.
olá Da Ilha. no meu axé todo ano também tem festa de egungun. os irmãos carnais de meu babalorixa são ojés do axipá da ilha de itaparica. em março vai ser minha primeira festa de baba egum. mal posso esperar!
Paulo, reze por todos nós.
Nossa ancestralidade nos liga ao mundo invisivel e devemos preservá-la com amor e carinho.
Epá Eegugun.
severino,
na Ilha de Itaparica-BA, aliás, somente lá se pode ver Egungun.
axé
estarei rezando por todos nós, para que sejamos cada vez mais abençoados!!!
Axé!!
moro no rio de janeiro aki do lado da miinha casa tem festas para egungun geralmente dia de finados , raramente fora dessa época .. .
quem quiser o endereço me add no msn: lspdam@hotmail.com
Olá querido Fernando,
Conheço o culto a Eguns na ilha de Itaparica já fui em várias festas no O Ilê Agboulá, não sou rodante, sou ogã, no entanto sempre tive a facilidade de distinguir energia de Orixás, Exu e até Eguns em bales, no entanto na festa de Babá não fui sensível a nada o que me deixou de fato muito curioso. Sou filho de Xangô com Oyá Balé, sempre muito curioso, o que me fez observar a festa aos mínimos detalhes, e simplesmente fiquei um tanto insatisfeito com o que vi, acho que devemos sim preservar o culto aos ancestrais, mas não com a prevalência e imposição do medo em uma comunidade de pessoas simples.
Olá a todos,
Li todas as partes explicando sobre Egungun e a mais interessante foi a parte 4 ao contar sobre o mito de Oyá para assustar os homens – Feitiço contra feiticeiro né.
Li a postagem de outros irmãos e, não adianta, temos que tentar aproximar daquilo que já vimos, no caso o egun que se apresenta nos Cultos de umbanda e no kardecismo.
Tenho mais de 20 anos no candomblé, mas muitas coisas não sei e tento equilibrar.
Certa vez meu sogro convidou para ir ao kardecismo, fui por curiosidade. Assim que estacionamos o carro e saímos, havia um centro psiquiátrico ao lado do centro e vários internos começaram a se agitar na janela falando comigo, eu apenas fui subindo as escadas e acenando à eles.
Lá dentro, antes de iniciar a mesa, havia um quadro verde de giz e o rosto de um homem se desenhou ali. Do nada ele começou a falar comigo, me pedia algo que não entendia direito. Ele voltou ao quadro e escreveu, mas não consegui identificar os escritos.
A confusão mental estava instaurada e o culto já tinha começado há tempos, porém meu foco era tentar ajudá-lo. A única coisa que sei é que ele queria sair dali e me parece que ele relatou o caminho a ser feito. Do nada ele sumiu, com raiva. Eu não identifiquei de onde ele queria sair exatamente.
Ao término do culto, meu sogro, que dava passe, apresentou o ministro. O cara me olhou e queria que eu fosse para lá para trabalhar. Disse Ok, mas nunca mais fui.
Nessa mesma época eu andava na rua muito estranhamente, pois não distinguia quem era ser vivo e quem estava entre planos (eguns).
Aos poucos fui fixando e interpretando (não me pergunte como) para poder parar de desviar das pessoas que não estavam ali, eu parecia uma doente com TOC-transtorno obsessivo compulsivo.
Parei em definitivo com as visões quando fazia viagens através dos sonhos e chegava a locais, sempre com pessoas desconhecidas, para salvá-las, geralmente eram acidentes. Pedi para não ter mais essas visões, pois eu acordava na nadrugada em desespero.
Já estava afastada do barracão e logo em seguida meu zelador veio a falecer, por isso sempre guardei esses relatos comigo, pois a impressão que tenho quando deixo escapar uma “besteirinha” é que todos querem se aproveitar dela e me passam uma relação enorme de coisas a fazer.
Posso sugerir que deem explicações sobre os Erês, mesmo que seja mítico? Ou que indiquem caso haja algum post.
Adoro os posts que me valem como estudo aprofundado não só da religião como da cultura em si e algumas coisas divulgo pelo facebook. Não tudo.
Axé
Janaína Corrêa,
Certa vez a muitos anos atrás, quando eu tinha um pouco mais de 2 anos de iniciado, eu, por onde estivesse me via à minha frente, uma espécie de dublê de mim mesmo. Era uma loucura, quando menos eu esperava lá estava eu mesmo a me olhar, fosse em qualquer lugar. Minha tia me levou a um centro de mesa kardec pois cismou que eram meus antepassados. Quando lá cheguei, fui para corrente de obsessores, os tais espíritos que perseguem a pessoa. O médiun que estava me acompanhando começou a rir e quando olhei para ele, fiquei perplexo, pois ele se parecia demais comigo, pensei, tô ficando louco! Quando saí de lá e fui andando para casa, vi numa encruzilhada um cara que era a minha cópia apenas me observando de uma maneira muito estranha e sinistra, foi aí que percebi a presença de Exú, a ficha caiu, Exú nos faz à semelhança, Exú estava sempre no meu caminho, Exú me mostrava o caminho, Exú queria ser assentado e assim foi.
Muitas vezes, o que nos parece absurdo ou loucura, pode ser um sinal, um aviso, um caminho, uma decisão a tomar, etc.
Sobre Erês, estou desenvolvando uma pesquisa, aliando experiências e comportamentos, energia e axé.
Axé.
Bom dia! Como faço para saber sobre a festa de Egungun, na Ilha de Itaparica? Há algum e-mail ou site ou telefone? Creio que haverá o ritual público de Egungun em novembro. Poderiam me dar alguma informação de contato? Obrigado.
Luiz vamos esperar que alguém lhe ajude, eu desconheço o calendário deles.
Ire o.
Muito obrigado.
Não sou iniciado em culto a egungun posso participar de uma oferenda obrigado BaBa
Nelson quem vai responder é o sacerdote.
Não vejo problema em participar de um ebo para Egungun.
ire
Por favor preciso de uma orientação sobre cultuar um egun egun
tenho , história dejurema na familia eem minha casa foi plantado algo que não sei até hoje não achei alguem que me ajudasse, neste caso
sei que tenho que cultuar egun egun , mas não sei como fazer
minha casa hoje é uma casa de candomblé .
ilê axé egbe yeye okan ura.
se puderam me ajudar por favor não sei por onde começar .
jokasta,
Existem várias formas de cultuar egungun, principalmente em se tratando de mulher, todo cuidado é pouco. Em primeiro lugar tem que identificar o que foi plantado na sua casa, depois disso saber se será necessário alguma oferenda ou como poderá cultuar. Toda casa de candomblé tem um local para cuidar e cultuar o Egungun. Você precisará abrir um jogo para sua Casa e ver as orientações de Orunmilá.
Axé.