Senhores, por várias vezes temos respondidos perguntas a cerca do tema Ori, nosso òrìsá individual, que pela crença Iorubá tem seu duplo no Òrum. Fazemos a cerimônia do Bori, descrita por Bàbá Fernando neste blog, para alinharmos as energias destes dois seres divinos. Esta interação promove sensação de alivio e bem estar após o encerramento desta linda cerimônia. Convém ressaltar que este Oro é exclusivamente deste òrìsá, não podendo ter ingerência de qualquer outra energia, Esù, pomba-gira, Povo de rua ou qualquer outra deidade, porém Osálá e Iemonjá são louvados, Obatalá é o pai de todos os filhos da Terra e Iemonjá conhecedora de todos os mistérios de nosso Ori e portanto é alguém que pode apoiar este ser. O Odu Ogunda Meji, revela a importancia de Ori ao nos dizer que este òrìsá vem ao mundo, nos acompanha em toda nossa vida e retorna ao Oorum conosco. Portanto quando queremos algo é a Ori que você deve pedir primeiro, quando queremos bençãos, é a Ori que devemos pedir primeiro. Ori o primeiro e o mais importante de todos os òrìsás dentro da cadeia hierárquica das divindades sagradas.
OGUNDA MEJI
Orunmilá diz que entrando numa sala com porta baixa, nós, automaticamente, reverenciamos Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar ?”
Sàngo replicou que ele acompanha seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Sango: “Mas e se após uma longa jornada, andando e andando, você chegar a Koso, casa de seus pais; e eles cozinharem sopa de feijão e fizerem pudim de inhame e derem-lhe orogbos e um galo?”
Sàngo disse: “Após tal satisfação, eu retorno para casa.”
Então, Sàngo tinha falado que ele poderia não acompanhar seus seguidores, em uma jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que entrando numa sala com porta baixa nós, automaticamente, reverenciamos.
Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores em todas as jornadas, sem nunca retornar ?”
Oyá replicou que ela acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar. Eles perguntaram a ela: “Mas, e se após uma longa jornada, andando e andando, você chegasse a Irá, casa de seus pais, e eles abatessem um grande animal e colocassem uma porção de pudim de milho, em sua frente ?
Oya disse: “Após tal satisfação eu retorno para casa.”
Então, Oya tinha falado que ela não poderia acompanhar seus seguidores,
Em uma jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que, entrando numa sala de porta baixa nós, automaticamente, reverenciamos. Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanhará seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar ?”
Obatala replicou, que ele acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Obatala: “Mas, e se após uma lona jornada, andando e andando, você chegasse a Ifon, casa de seus pais e eles abatessem uma galinha com ovos e desse-lhe duzentos caracóis junto com verduras e melão?”
Obatala diz: “Após tal satisfação eu retorno para casa.”
Então, Obatala tinha falado que ele não poderia acompanhar seus seguidores, em uma jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que, entrando numa sala de porta baixa, nós, automaticamente reverenciamos.
Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar ?
Esù replicou que ele acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Esù: “Mas, e se após uma longa jornada, andando e andando, você chegasse a Ketu, casa de seus pais, e eles lhe dessem um galo e uma porção de óleo de palma?”
Esù disse: “Após tal satisfação eu retorno para casa.” Então, Esù tinha falado que ele não poderia acompanhar seus seguidores numa jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que, entrando numa sala de porta baixa nós, automaticamente, reverenciamos. Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores em todas as jornadas, sem nunca retornar ?”
Ogum replicou que ele acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Ogum: “Mas, e se após uma longa jornada, andando e andando, você chegasse a Ire, casa de seus pais, e eles lhe dessem feijões fritos e um cão, também uma galinha, cerveja de milho e vinho de palma ?”
Ogum disse: “Após tal satisfação eu canto meu cântico Ijala alto e alegremente, em todo caminho de volta a casa.
Então, Ogum tinha falado que ele não poderia acompanhar seus seguidores, em uma jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que, entrando numa sala de porta baixa nós, automaticamente, reverenciamos.
Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores em todas as jornadas, sem nunca retornar ?”
Òsúm replicou que ela acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Òsúm: “Mas, e se após uma longa jornada, andando e andando, você chegasse a Ijumu, terra de seus pais, e eles lhe dessem pudim de farinha com verduras e cerveja de milho ?”
Òsúm disse: “Após tal satisfação eu retorno para casa.”
Então, Osun tinha falado que ela não poderia acompanhar seus seguidores, em uma jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que, entrando numa sala de porta baixa nós, automaticamente, reverenciamos.
Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores em todas as jornadas, sem nunca retornar ?”
Orunmila replicou que ele acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Orunmila: “Mas, e se após uma longa jornada, , andando e andando, você chegasse a Igeti, terra de seus pais, e eles lhe dessem dois ratos espertos, dois peixes de nado belíssimo, duas galinhas com fígado gordo, duas cabras pesadas e grávidas; dois bezerros com chifres grandes; se eles fizessem pudim de inhame para você; se eles lhe dessem boa bebida, cerveja de milho e atare, e dessem a você boa kola ?”
Orunmila disse: “Após tal satisfação eu retorno para casa.
Então, Orunmila tinha falado que ele não poderia acompanhar seus seguidores, em uma jornada distante, sem retornar.
O Awo estava espantado
Eles não poderiam proferir uma palavra, pois eles não entenderiam a parábola.
Ifá, eu confesso meu desolamento por favor, cubra-me de sabedoria.
Ifá, você é o líder. Eu sou o seguidor.
Você é o sábio que ensina sábias coisas como um pai.
Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar ?
Ifá disse: “Este é Ori, Ori sozinho, é quem acompanha seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Quando eu tenho dinheiro, é meu Ori que eu louvo.
Meu Ori, este é você
Quando eu tenho crianças, é meu Ori que eu louvo.
Meu Ori este é você.
Todas as coisas boas que eu tenho na Terra é meu Ori que eu louvo
Meu Ori, este é você.
Você, que não esquece seus seguidores.
Você que abençoa seus seguidores mais rapidamente que outros deuses
Os deuses não abençoam o ser humano sem o consentimento de seu Ori
Ori, eu saúdo você
Você que permite crianças nascerem vivas.
Quem oferecer e for aceito por seu Ori, tem razão para dançar e regozijar.
Ire o.
Da Ilha,
Parabéns pelo texto!
Eu acrescentaria que o Orí é imprescidível ao culto, tanto é assim que tomamos borí anualmente. É ele que determina uma iniciação, somente com seu aval é que se inicia uma pessoa para o Orixá, portanto, não basta querer se iniciar, temos que saber se o Orí oficializa a iniciação, esse cuidado todo zelador tem que ter. Quando muitos só se preocupam em querer saber qualidade de Orixá, ajuntó, edumentária, festa, arquetipos, quem comem com quem, etc, etc, etc, não se atentam para sua própria cabeça, é impressionante o descaso com o Orixá Orí. Não me preocupo seu meu Orixá não quer comer, me preocupo sim, se meu Orí não quer comer!
Cantamos:
“Orí a perê, Ori a perê ô,
Orí a perê wa temi
Ori a perê bô”.
Ogunda mejí nas entrelinhas nos remete uma reflexão extraordinária!
Axé.
Mo jùbá.
Que texto lindo!!
Muito obrigado, Da Ilha! Sempre quiz ler esse itan mais completo e nunca achava!!
Motumba!
Mo Juba
Que coisa linda Da Ilha.
O Senhor já havia me esclarecido sobre.
Mas este texto foi muito importante.
Mais uma vez muito obrigado. Que meu Pai Sango te abençoe.
Mutumbá
Realmente que texto magnifico!!!!
Adoro ler sobre Ori, esse verso de Ogunda mejí já me fez pensar muito e toda vez que leio fico refletindo, refletindo e refletindo…. muitos se prendem somente na qualidade de Orisa, roupa, com quem come e se esquecem de Ori, esse Orisa maravilhoso!
Dentro desse tema, gostaria de fazer duas perguntas: A ansiedade de um neófito por uma iniciação ou manifestação do Orisa pode atrapalhar a vontade do Orisa Ori? No momento da iniciação é onde há o maior equilibrio entre Ori e Orisa, é a junção de energias, ou não (uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, rsrs)?
Adupé
Olga,
O Orí é sempre soberano, por isso que o zelador na hora em que começa o eborí de iniciação consulta através do Obí, se Orí concente ou não a iniciação e inclusive pode-se citar até o nome do Orixá para confirmar, pois Orunmilá está presente, juntamente com Yemanjá e Oxalá.
Não basta querer se iniciar apenas, outros fatores concorrem tambem para que tudo ocorra na mais perfeita ordem e principalmente sem dúvidas.
No momento da iniciação, uma vez que o Orí tenha consentido a iniciação, somente o Orixá se assenta (vamos dizer assim) sobre o Orí. Neste momento a energia toma conta do iniciado em êxtase total.
Axé,
Espetacular o Itan sobre Ori. Eu acrescento ainda: Ori cria a gente, e a gente não cria Ori.
Boa noite!
Uma das minhas grandes duvidas sobre a religião que inclusive leio e releio de varias fontes para tentar me esclarecer, é sobre o que venha ser de fato o Ori.
Já li que ele seria a própria alma, porém já li que não é bem assim, o que casa melhor com a forma que a religião ensina sobre o nosso nascimento, quando escolhemos um Ori moldado por Ajala para só então virmos para a Terra. Então neste caso, o Ori não poderia ser a “alma humana”, pois na minha concepção, é ela (a “alma”) que escolheria um Ori moldado por Ajala.
Lendo este lindo post agora, me deu a entender que Ori seria um Orixa, que por sinal é o mais importante em nossa cabeça. O que pra mim faz mais sentido, já que o Ori pode falar no jogo.
Enfim, eu gostaria de entender o seguinte: Ori em sua essência seria a alma humana, seria uma outra divindade (Orixa) que nos da caminho juntamente com o Orixa (Eledá) ou seria nossa conciência, o nosso “Eu”?
Não consigo visualizar de forma clara o que venha a ser esta divindade…
Como disse anteriormente, tive todas essas interpretações lendo de diferentes fontes, porém eu jamais consegui chegar em um consenso dentro da minha cabeça.
Obrigado!
Alex, umas das maiores perguntas do nosso povo é esta: Quem é Ori?
Eu não conhecia esta divindade dentro do Candomblé, eu a conheci após a pratica do culto Tradicional Ioruba, o nigeriano tem uma visão completamente diferente daquilo que eu vivi durante muitos anos.
Ori nesta visão representa você e sua ancestralidade (todas as suas vidas passadas), portanto temos que crer na reencarnação do Ori (atunwà), nas suas várias vidas, no seu progresso e evolução.
Que sua meta é sentar-se no Apèérè (trono máximo), Ori é o seu òrìsá mais importante, porém, a viagem é longa, sinuosa e cheia de armadilhas.
O conhecimento sobre Ori envolve vários estudos sobre Odu, pois não é apenas Ogundá que nos fala sobre Ori, Obará meji , Oturá meji, Ogbe meji, o próprio profeta (Òrúnmìlá) e etc. Ori é nossa divindade máxima, aquele que não dança, que não faz iniciação, que não veste roupas luxuosas, que não come junto…, que não tem fundamento junto…, Ori é simplesmente aquele a quem devemos todas as honras da primeira hora da manhã, aquele a quem devemos saldar todos os dias, aquele que não deixa vc ser abençoado nem por Olodumarè, se ele não consentir.
Vivemos em um mercado (a Terra) onde viemos fazer nossas compras, nossa vida é no próprio òrun, o que vamos levar para casa depois de nossas compras, é o que vai determinar a evolução do seu Ori, um ser único que trabalha individualmente.
Eu ficaria aqui escrevendo frases e frases e o texto ficaria longo demais.
Honre seu ori, alimente seu ori, cuide de suas maneiras e evolua espiritualmente para se tornar um ser humano cada vez melhor.
Veja este pequeno texto em que Ogbe meji nos fala sobre Ori.
Ori a deidade mais importante do panteão iorubá. Devemos crer e louvar nosso ori diariamente. Nosso Ori pode nos elevar e nos destruir, qual caminho devemos seguir?
Nada acontece em nossas vidas sem o consentimento de Ori.
Ori onde houver a sorte, que ela venha a meu encontro,
Ori onde houver a felicidade, que ela venha ao meu encontro,
Ori onde houver vida longa, que ela venha ao meu encontro.
Ori onde houver esposa e filhos, que eles venham ao meu encontro.
Minha cabeça nasceu para ser coroada e rapidamente será coroada.
É entre os Reis que eu devo andar e rapidamente andarei.
Ori o, Ori o, gba mi o. (Ori, Ori, me socorra)
Ori mo’pe aiku, auwre, ajè, etc… (Ori eu lhe peço: vida longa, sorte, riqueza, etc.)
leia em: http://www.orisaifa.blogspot.com
Meu blog pessoal vários artigos sobre Ori, quem sabe suas duvidas diminuem.
Ire o.
Alex SP,
Orí é importantíssimo dentro do candomblé Ketu/Nagô e inclusive é muito reverenciado, tanto é assim que sem seu consentimento não há iniciação.
O Orí é cultuado anualmente, é assentado no que chamamos de Igbá Orí, porém, de forma individual, com preceitos únicos e soberanos. O Orí é aquele a quem Olorun deu o livre arbítrio para decidir, Orí independe de odú, pois ele escolhe o odú.
Nenhuma iniciação dentro do candomblé ketu/nagô pode ser feita sem que antes se tome o Eborí ( clicando na minha foto, procure o post “Eborí para melhor entendimento”). Nós do ketu tomamos mais obrigação para o Orí do que para o nosso próprio Orixá tal sua importância.
O Orí é único, Orixan’lá Babá Ajalá (o Modelador do Orí humano) nos concede apenas um Orí para ir ao Aiye e voltar ao Orun quando então se desintegrará, sua missão é acompanhar a pessoa na sua concepção até a sua morte, configurando sua supremacia perante a qualquer Orixá.
A ancestralidade passa pelo Orí uma única vez trazendo os elementos genéticos dos pais e pelo próprio Orixá (Ìpònrí) na visão liturgica e da divinação, daí começa a importância do Orixá, o nosso maior ancestral (atunwá) e sua integração com o Orí (òkè Ìponrí).
Há por alguns autores, cultos como o da “Tradição” do Da Ilha, um conceito que promove ao retorno do Ori, a reencarnação, etc, como ele muito bem descreve. Fica para análise e estudo de cada leitor, pesquisador pois é um tema pouquíssimo debatido.
Axé.
Da Ilha e Fernando, boa noite!
Muito obrigado por me ajudarem nesta minha duvida.
Quando o Da Ilha diz que “umas das maiores perguntas do nosso povo é esta”, acabei ficando feliz por não ser só eu que tem essa duvida.
A principio, pensava que este tema era complexo apenas para mim que não frequenta casa alguma e que o unico contato com o Candomblé é através de livros, artigos, e principalmente internet (infelizmente). Pensei que era um tema de facil compreensão para aqueles que tem a oportunidade de estarem em uma casa. Me sinto mais confortavel em saber que realmente é um tema que merece mais estudos e não é simplório para ninguém.
Li algumas vezes as respostas que voces postaram, mas se eu disser que absorvi 100% o que voces dois descreveram, estaria mentindo. Porém, me sinto animado para me aprofundar mais neste tema!
Vou dar umas estudadas no blog que o Da Ilha indicou entre outras fontes e também vou tentar entender melhor sobre Ipori, enfim, tudo que esteja relacionado a Ori! Vamos ver no que vai dar!
Vou tentar estudar mais para que caso seja necessário, eu possa fazer perguntas mais objetivas e sucintas a voces! Quem sabe eu não mate essa charada na minha cabeça?
Meta para 2012: Tentar chegar em um consenso sobre o assunto! Preciso formar uma opinião para avançar a um próximo tema! rs
Nem preciso entender profundamente neste momento. Por agora só preciso tentar visualizar o que sejá de forma clara. Este é o meu maior dilema sobre Ori.
Muito obrigado!
Abraços
Alex
Alex, não se fruste, ams Ori é ainda mais profundo do que vc vai estudar e a verdade de Ori vc não vai encontrar em lugar nenhum.
Assunto polemico, profundo, que não se resolve apenas com Bori, são conversas, trabalhos psicologicos, vigiar suas maneiras, vigiar seu carater, mudar hábitos, trabalhar sua honestidade em todos os sentidos e muito mais fundamentos que jamais vc verá em livros, blog ou sites.
O principal deste quesito é todos entenderem que Ori é muito mais importante que qualquer òrìsá. Que ele é a porta de entrada e saida de tudo de bom e tudo de ruim que possa estar em um ser humano.
Quem lida cuidadando de pessoas sabe o que estou dizendo, individualidade é algo muito serio e complicado.
Pense que sem o alinhamento de seu Ori, não tem òrìsá certo. Vejo com preocupação 99% das pessoas preocupadas com òrìsá, cor,comidas, bichos, roupar e etc. Mas sobre Ori nada é falado e a culpa está dentro da cultura implantada dentro das casas de àse.
O telhado está ficando mais importante que o alicerse.
Boa pesquise e parabéns por dispor de tempo para assunto tão sério e fundamental dentro de nosso culto.
Onan rere o. (caminhos de paz)
Alex SP,
Faço minhas as palavras do Da ILha.
Axé.
Boa noite Fernando e Da Ilha!
Realmente, este assunto é bem mais profundo do que eu tinha pensado inicialmente. Porém, como o meu objetivo no momento era simplesmente formar uma opinião/entendimento prévio sobre, então a possibilidade de frustação diminuiu drasticamente.
Hoje como não fui trabalhar porque passei mal (agora ja me encontro ótimo! rsrs), tive um tempinho extra para pesquisar sobre este tema.
Lí alguns posts no blog pessoal do da Ilha, lí o post Eborí do Fernando e também consultei outras fontes externas…
Felizmente, consegui enfim entrar em um consenso básico sobre o que é Orí!
Evidentemente, não adquiri nem de longe o conhecimento que voces têm sobre o assunto, porém consegui apreender o suficiente para o momento, alcançando o meu objetivo, o que me deixou muito sastifeito!
Por hora, o conhecimento adquirido sobre Orí me basta, para que eu possa continuar pesquisando e adentrando em outros temas.
Nesses meus estudos de hoje me ficou ainda uma dúvida.
Algumas vezes, lí que a alma é constituida de 3 elementos…
Um desses 3 elementos é o Ipori, no qual pelo o meu entendimento seria as energias acumuladas dos nossos ancestrais por cada reencarnação (atunwá), no qual armazena particulas de outras vidas. Pelo o meu entendimento resumido, seria a energia que contém informações de outras vidas que a alma teve.
Pois bem, a minha duvida é a seguite: além do Ipori, quais são os outros 2 elementos que constituem a alma?
Só estou pergutando porque realmente não encontrei em nenhum lugar…
Obrigado!
Abraços
Alex
Alex, esta definição é do Babalawo Fa’lokun.
Para entender completamente a dinâmica da transformação espiritual requer uma explicação dos elementos que compõem o Tikara-eni (Eu interior).
De acordo com Ifá, o Eu interior é uma integração das influências de: Ara, Ori, Emi, Ori inu, Ìpònrí e Ojiji.
Ara o corpo.
Ori a massa energetica, nossa matriz ancestral.
Emi o sopro divino, concedido por Olodunmarè, no momento de nosso nascimento.
Ori inu, a particula divinizada que habita nosso corpo e que deve estar alinhada a sua matriz.É este alinhamento que tornará vc equilibrado e com maior propensão a incorporação plena com seu òrìsá.
Iponri e a junção de Ipin Ori, nosso distino, alguns escitores a chama de: a linha que liga os dois seres, você e seu duplo no òrun.
Ojiji a nossa sombra, a marca de nossa alma gravada em nossos caminhos.
Haverá ainda vários nomes para dermarcar pedaços deste ser maravilhoso, haverá divergencias de nomes, dependendo da fonte pesquisada, mas as partes imutaveis de nossa alma são estas.
Ire o.
Alex SP,
Concordo com que o Da Ilha colocou sobre algumas definições, excetuando apenas à reencarnação do Orí.
Para nós Orixalistas, não existe reencarnação, ao morrermos nossa energia volta a sua matriz e se diluiu como todas. Vidas passadas não existem, não se provam dentro da liturgia o que difere do culto a Egungun.
Orixá é a vida, a própria natureza e é isso que o povo Yorubá, sem influências ocidentais, sempre cultuou: ar, água, terra, fogo e outros sub-elementos.
Nossos ancestrais são saudados sempre em qualquer situação em uma casa de candomblé, são os ancestres Eguns. E é o que seremos dentro do culto do candomblé ketu/nagô quando morrermos. Vou sempre aos Axexes de meus egbomis e faço axexê para meu falecido zelador e anualmente cultuamos babá Egun relembramos toda nossa família, nosso axé, é nossa memória!
O Orí cumpre seu único papel de acompanhar a pessoa do momento que nasce até a morte, ele não vai dar satisfação a ninguém de seus atos, pois ele tem o livre arbítrio conferido por Olorun.
Atunwá é um conceito que remete a continuidade de vida através dos descendentes e não do Orí como alguns babalawos dizem.
Imaginemos 7 bilhões de pessoas reencarnadas no mundo? Seríamos um mundo das provações? Afinal, nosso Deus busca o que? Com tanta desigualdade pelo mundo e, pior ainda, na mãe África! Parece que o conceito de reencarnação não responde a esses paradígmas, o mundo acaba e a vida continua.
Nosso conceito é mais suave e tranquilo, sem amarras, pois o Orí é individualizado, Orí não tem Odú de tão soberano que é. Sua fôrça é viva, enquanto respiramos e vivemos nossa vida olhando para o presente, visando futuro sempre, enquanto Ikú não cumprir seu papel.
Continue suas pesquisas, apenas não se esqueça que também é preciso vivenciar o mundo dos Orixás e seus mistérios e descobrir o porque de se enrolar um acaçá numa folha morta.
Axé.
Boa tarde!
Eita que agora me deu um certo nó! rs
Com relação ao que eu tinha estudado, eu tinha aprendido que a reencarnação no Candomblé, era em até certo ponto muito parecido com as demais religiões que
acreditam neste conceito.
Considerando que ao morrermos a nossa energia será diluída com as demais, então a definição que eu tinha sobre Iponri por exemplo estaria errada ou pertence a uma outra
raiz/tradição.
Sempre achei que os eguns cultuados no rituais de Baba Egungun, seguindo a lógica que eu tinha, poderiam retornar um dia para o convivio (reencarnar) ou não, de acordo
com a sua evolução. Pela sua descrição (Fernando) eu entendi que um Egun sempre será Egun, e não mais provará do reencarne de forma direta (desconsiderando os seus
descendentes).
Além da escolha do Orí antes de vir para a terra, há dois pontos interessantes que eu aprendi que me levaram a pensar na reencarnação como sendo de uma mesma alma…
1ª O axexe. Aprendi que uma das finalidades, seria desprender o Orí da alma, para que a alma possa seguir e o Orí sim, seria diluido. Isso porque após a morte o Orí se uniria
com a alma. Portanto até aqui não fala da diluição de nossas energias com as demais.
Sei que há mais fundamentos sobre axexe, porém nunca pesquisei este tema. Lí isto de forma indireta uma outra vez.
2ª O ritual de Ikomojade. Sei que é praticado na Africa, mas como lá é a origem, então acho importante considera-lo.
Um exemplo de nome que uma criança poderia receber seria “Babatunde” ou “o pai retornou” (não sei a escrita ao certo). Este nome se daria devido a identificação que um
ancestral teria retornado novamente, ou reencarnado.
Fernando, já lí também em outra fonte uma definição que em outras palavras o significado era o mesmo o que você descreveu sobre ‘o que acontece quando morremos’.
Entendi bem o exemplo que você dá sobre os “7 bilhões de desencarnados”. Sobre isto, fiquei sem argumentos! rs
Resolvi colocar as outras coisas que aprendi para podermos continuar com a discursão realizada por nós 3! rs
Sei que este tema de nascimento e morte é bastante complexo e extenso, e dificulta ainda mais quando nos deparamos com opiniões diferentes de outras raizes dentro de um
mesmo seguimento religioso.
Porém acho este tema maravillhoso, e gostaria que você e o Da Ilha continuassem por favor, a expor a opiniões e aprendizado de vocês.
Cada vez que pesquiso encontro mais e mais coisas, aí não consigo parar de pensar no tema! rs
P.S: Sobre o acaça ser enrolado em folha morta (ou folha de bananeira como comumente eu encontrei), primeiramente eu nunca tinha ouvido falar de acaça! rs
Como a curiosidade é grande, procurei e encontrei facil algumas definições. Fiquei surpreso como uma coisa assim eu nunca tinha ouvido falar nessas minhas pesquisas!
O que eu aprendi, é que este alimento no qual todos o orixás “comem”, restitui o axé e devolve paz e prosperidade, simbolizando assim a própria vida. Quando enrolado em
uma folha de bananeira, lhe atribui existencia individualizada simbolizando uma parte de Olorum (Emi).
Não sei se é exatamente isto, acredito que deva ter bem mais fundamentos, mas isto foi tudo o que eu aprendi! rs
Torço para que um dia eu possa vivenciar senão tudo, pelo menos uma pequena parte das coisas que eu estudei em uma casa de Axé…
Não sou antrópologo, pesquisador, pensador nada do tipo. Meus estudos são simplesmente para surprir a falta de uma casa.
Abraços
Alex
Pessoal, agora que eu reparei que o texto que eu escrevi acima está pulando
umas linhas indevidamente ficando um pouco fragmentado…
É que eu editei no bloco de notas e colei aqui, aí deu nisso!
Vou prestar mais atenção nisso da próxima vez! Mas acho que da pra entender o meu raciocinio. rsrs
Obrigado!
Alex
Alex SP,
Não há reencarnação no candomblé Ketu/Nagô, não há liturgia e nem aprendizado a respeito, não há nada que ligue este pensamento a um fato.
Temos nossa famíia, nossos ancestrais que cuidamos através do axexê, um ritual de despedida, reverências e encaminhamento do Egun e em nada tem a ver com Orí. Não confunda as liturgias no Orí com axexê. A energia do Orí, uma vez desprendida da matéria (obrigações são feitas para ajudar neste desprendimento) volta a sua matriz original, diluindo-se.Seria como se um raio solar chegasse a Terra e depois voltasse ao Sol, sua matriz.
Alguns defendem essa tese de reencarnação, prestar contas aos autos, etc, como é o caso do Da Ilha e sua ligação com os estudos de Ifá e de babalawos, eu respeito, mais não coadunam com os Orixás e sua essência de culto e a própria encorporação e a conecção com a energia. O Orí está presente nessa constituição, é preponderante sua participação.
O que temos de fato são as criações aqui na Terra, a família, os filhos, a continuidade genética.
Pelo lado do Povo Jeje mais ortodoxo, quando de um estrondoso trovão, todos os Voduncis se abaixam e rezam para Sogbô. Energia in-natura, a própria natureza DEUS.
Pelo lado católico teremos a “Encarnação” do filho de DEUS em homem aqui na Terra, Jesus Cristo.
Acaçá representa a vida e a morte num momento único, a paz eterna transformada em energia que apazigua.
Axé.
Boa tarde!
Fernando, consegui entender melhor agora a visão Ketu/Nagô sobre o tema ‘reencarnação’.
Meus conhecimentos sobre os temas discutidos neste tópico, aumentaram de forma satisfatória.
Muito obrigado a você e o Da Ilha por terem contribuido por isto!
Agora vou tentar explorar outros assuntos!
Sei que deve ter muito a ser discutido ainda sobre o que foi falado aqui, mas por enquanto o conhecimento adquirido sobre estes temas é o bastante para eu ter uma base e continuar progredindo.
Abraço
Alex
motumbá b´abá da ilha!se possível o senhor poderia me dizer as características básicas de uma pessoa,cujo o omo-odú regente em seu caminho de vida é o odú(osé +obará)osébara.adupé o!
D”Òya.
Ose’bara fala em rever suas atividades.
Vc deve se vigiar constantemente.
As dificuldades advêm das atividades diárias e não cuidadas.
Ese odu fala em ouvir e seguir os conselhos de Ifá sempre.
Osebara fala que vc é precipitado e deve sempre ouvir Ifá antes de qualquer projeto.
Ire o.
Boa tarde pessoal!
Tudo bem com todos? Espero que sim!
Estou lendo o livro ‘Orum Aiye’ do José Beniste. Muito bom livro!
Está sendo muito esclarecedor em alguns assuntos que eu gosto. Um deles é sobre Orí e justamente sobre Orí a minha duvida.
Em determinado momento do livro quando o autor descreve a cerimônia no Borí, há um momento em que eles descreve o momento que uma pessoa deve encostar um prato e uma quartinha em pontos da cabeça.
Há um momento em que se encosta “nas frontes” e o autor diz que é “morada da alma guardiã ancestral”.
A minha duvida é a seguinte: o que seria esta morada da alma guardiã ancestral ou melhor, o que seria ‘alma guardiã ancestral’?
Muito obrigado!
Alex
Alex, alma é um termo catolico.
O que louvamos é o espirito dos nossos ancestrais, para que eles lhe apoiem nesta cerimonia.
Exsite uma corrente que acredita nos lados esquerdo e direito da cabeça para louvar ancestral masculino e feminino.
Eu acredito que podemos contactar estes espiritos invocando uma outra parte do corpo (somente quem faz o bori conheçe este detalhe) e com o auxilio de um fruto sagrado.
Portanto…Exsite muitos detalhes que diferenciam um bori, cada casa tem uma forma de conduzir a cerimonia.
O importante é vc ter ciencia do que será feito, como será feito e por que será feito, visto que a parte mais importante de todo o processo é você (Orí).
Ire o.
Da Ilha, muito obrigado pela a sua resposta!
Analisando a sua resposta, acho que o intuito do autor foi realmente referenciar o espirito de nossos ancetrais…
Abraço,
Alex
eu nao entenso sobre ori,uma hora deixa transparecer que ori somos nos mesmos almas espirituais e outra hora que ;e um orixá.
uma vez sonhei com uma vo feminina que dizia assim iansa orum tem a ver com ori?tem a ver com orixa regente da pessoa?
francisco,
Oyá Orun, quer dizer OYá do ceú, um orixá. Sobre Orí leia o post que explica bem.
Axé.
Sua bênção babá da ilha, entendi que ori nos acompanha sempre, certo? Pergunto: no momento da nossa morte tambem? Obrigada!
Paula no Odù Ògúndá mèjì temos uma explicação bem direta sobre quem nos acompanha de volta ao reino dos espiritios, após nossa morte.
É Ori, ou seja, nós mesmos, nós em nossa forma definitiva, ou seja, espirito.
Veja o verso do Odù em sua integra.
Ògúndá méjì
Orunmilá diz que entrando numa sala com porta baixa, nós, automaticamente, reverenciamos Ifá, a questão é:
Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar?
Sàngo replicou que ele acompanha seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Sango: “Mas e se após uma longa jornada, andando e andando, você chegar a Koso, casa de seus pais; e eles cozinharem sopa de feijão e fizerem pudim de inhame e derem-lhe orọgbọ e um galo?
Sàngo disse: “Após tal satisfação, eu retorno para casa.
Então, Sàngo tinha falado que ele poderia não acompanhar seus seguidores, em uma jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que entrando numa sala com porta baixa nós, automaticamente, reverenciamos.
Ifá, a questão é:
Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores em todas as jornadas, sem nunca retornar?
Oyá replicou que ela acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a ela: Mas, e se após uma longa jornada, andando e andando, você chegasse a Irá, casa de seus pais, e eles abatessem um grande animal e colocassem uma porção de pudim de milho, em sua frente?
Oya disse: Após tal satisfação eu retorno para casa.
Então, Oya tinha falado que ela não poderia acompanhar seus seguidores,
Em uma jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que, entrando numa sala de porta baixa nós, automaticamente, reverenciamos. Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanhará seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar? ”
Obatala replicou, que ele acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Obatala: “Mas, e se após uma lona jornada, andando e andando, você chegasse a Ifon, casa de seus pais e eles abatessem uma galinha com ovos e desse-lhe duzentos caracóis junto com verduras e melão?”
Obatala diz: “Após tal satisfação eu retorno para casa.”
Então, Obatala tinha falado que ele não poderia acompanhar seus seguidores,
em uma jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que, entrando numa sala de porta baixa, nós, automaticamente reverenciamos.
Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar ?
Esù replicou que ele acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Esù: “Mas, e se após uma longa jornada, andando e andando, você chegasse a Ketu, casa de seus pais, e eles lhe dessem um galo e uma porção de óleo de palma?”
Esù disse: “Após tal satisfação eu retorno para casa.” Então, Esù tinha falado que ele não poderia acompanhar seus seguidores numa jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que, entrando numa sala de porta baixa nós, automaticamente, reverenciamos. Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores em todas as jornadas, sem nunca retornar ?”
Ogum replicou que ele acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Ogum: “Mas, e se após uma longa jornada, andando e andando, você chegasse a Ire, casa de seus pais, e eles lhe dessem feijões fritos e um cão, também uma galinha, cerveja de milho e vinho de palma ?”
Ogum disse: “Após tal satisfação eu canto meu cântico Ijala alto e alegremente, em todo caminho de volta à casa.
Então, Ogum tinha falado que ele não poderia acompanhar seus seguidores,
em uma jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que, entrando numa sala de porta baixa nós, automaticamente, reverenciamos.
Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores em todas as jornadas, sem nunca retornar ?”
Òsúm replicou que ela acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Òsúm: “Mas, e se após uma longa jornada, andando e andando, você chegasse a Ijumu, terra de seus pais, e eles lhe dessem pudim de farinha com verduras e cerveja de milho ?”
Òsúm disse: “Após tal satisfação eu retorno para casa.”
Então, Osun tinha falado que ela não poderia acompanhar seus seguidores,
em uma jornada distante, sem retornar.
Orunmila diz que, entrando numa sala de porta baixa nós, automaticamente, reverenciamos.
Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores em todas as jornadas, sem nunca retornar ?”
Orunmila replicou que ele acompanhava seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Eles perguntaram a Orunmila: “Mas, e se após uma longa jornada, , andando e andando, você chegasse a Igeti, terra de seus pais, e eles lhe dessem dois ratos espertos, dois peixes de nado belíssimo, duas galinhas com fígado gordo, duas cabras pesadas e grávidas; dois bezerros com chifres grandes; se eles fizessem pudim de inhame para você; se eles lhe dessem boa bebida, cerveja de milho e atare, e dessem a você boa kola ?”
Orunmila disse: “Após tal satisfação eu retorno para casa.
Então, Orunmila tinha falado que ele não poderia acompanhar seus seguidores, em uma jornada distante, sem retornar.
O Awo estava espantado
Eles não poderiam proferir uma palavra, pois eles não entenderiam a parábola.
Ifá, eu confesso meu desolamento por favor, cubra-me de sabedoria.
Ifá, você é o líder. Eu sou o seguidor.
Você é o sábio que ensina sábias coisas como um pai.
Ifá, a questão é:
“Quem dentre os deuses acompanha seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar ?
Ifá disse: “Este é Ori, Ori sozinho, é quem acompanha seus seguidores, em todas as jornadas, sem nunca retornar.
Quando eu tenho dinheiro, é meu Ori que eu louvo.
Meu Ori, este é você
Quando eu tenho crianças, é meu Ori que eu louvo.
Meu Ori este é você.
Todas as coisas boas que eu tenho na Terra é meu Ori que eu louvo
Meu Ori, este é você.
Você, que não esquece seus seguidores.
Você que abençoa seus seguidores mais rapidamente que outros deuses
Os deuses não abençoam o ser humano sem o consentimento de seu Ori
Ori, eu saúdo você
Você que permite crianças nascerem vivas.
Quem oferecer e for aceito por seu Ori, tem razão para dançar e regozijar.
Ifá diz que está pessoas oferecerá para seu Ori: “O oferecimento é oito pombos e dezesseis vezes quatro mil cauwris.
E Ifá diz que se essa pessoa sacrificar para seu Ori, regularmente, sua vida será boa.
Da Ilha,
Certíssimo!
Mo Jubá