Eduardo David de Oliveira(1)
Marcilene Garcia de Souza(2)
Maria José da Silva S. Paula(3)
II. Como estes conteúdos se manifestam na concepção de género presente no candomblé.
Ao vermos como as mulheres se inserem no interior da concepção de género presente no candomblé, estamos à volta, novamente, com as questões que envolvem a sociedade em que o candomblé está inserido, ou seja, mais uma vez identificamos aí elementos de contraste com a visão de mundo, e consequentemente de gênero do candomblé, ora rivalizando, ora absorvendo elementos da cultura ocidental, que no caso chamamos de patriarcal ou machista.
Enquanto o princípio que estrutura a sociedade ocidental é o patriarcalismo, o machismo, o falocentrismo, nas comunidades de “terreiro” o que estrutura o sistema é o princípio da unidade dos contrário, o princípio da sexualidade.
Este princípio da sexualidade como já pincelamos no capítulo anterior, é o que estrutura todo o sistema. Aqui a bipolaridade é um princípio; o conflito entre os sexos é assumido, e não descartado. Não subjuga-se um sexo em favor do predomínio do outro. Existe a reciprocidade entre eles. Mas claro, como há conflito, existe uma disputa pelo poder, uma política envolvendo os géneros, mas que, no entanto, não prima pela dominação da alteridade, e sim pelo controle. Ademais, quando falamos que nas “roças” de candomblé os trabalhos são divididos social e sexualmente, estamos falando que estes trabalhos são divididos em funções que, por sua vez, estão assentados em princípios bem preservados na tradição. As funções obedecem a idade de iniciação do povo-de-santo, bem como respeita o estágio de vida real pelo qual a pessoa está passando. Assim, uma mulher menstruada, por exemplo, não poderá jamais tocar em alguns objectos sagrados por causa do seu estado, assim como os homens da “roça” não poderão jamais conhecer os segredos de algumas funções femininas. Mas o que é importante destacar é que as funções femininas e as funções masculinas se complementam, isto é, não existe uma sem a outra. Essa reciprocidade é fundamental para a estruturação do sistema mítico e social do candomblé.
A mulher, em especial, possui um papel primordial que a sociedade capitalista não lhe permite desempenhar. Se nesta, a mulher é uma reprodutora, está subjugada pelos princípios falocráticos que permeiam os valores sociais, naquela, a mulher também é reprodutora, mas em uma dimensão muito mais ampla, abarcando as esferas do material e do simbólico.
“Acreditamos residir fundamentalmente no mistério da concepção da vida a associação da mulher ao segredo, ao temor do desconhecido, à natureza selvagem, às profundezas das águas e suas turbulências, à terra, ventre fecundo onde tudo nasce e para onde tudo retorna, e ao fogo sensual que conduz ao encontro”.
A importância da mulher tanto no ritual das religiões de matriz africana no Brasil, quanto na sustentação da vida social da família, tem motivos históricos. A mulher negra, após a “abolição da escravatura”, viu-se frente a uma estrutura social onde o homem negro, alijado do mercado de trabalho, expropriado de sua força de trabalho e marginalizado por sua condição racial já não podia manter o núcleo familiar como outrora.
Diante deste quadro a mulher negra assume a responsabilidade de encontrar alternativas de sobrevivência da família, em última instância, para a sobrevivência do grupo.
Ao homem negro, despreparado e marginalizado do processo de industrialização nascente, restam as tarefas sociais mais humilhantes e a marginalizadas. Neste contexto, a mulher negra tomará a si a responsabilidade para manter a unidade familiar, a coesão grupal e preservar as tradições culturais, particularmente as religiosas. Apesar das condições desumanas que a escravidão/ “liberdade” deixou a população negra, as mulheres negras lograram encontrar maiores opções de sobrevivência do que o homem negro. Elas foram para as cozinhas das patroas brancas, foram para os mercados vender quitutes, desenvolveram todas as estratégias de sobrevivência; assim criaram seus filhos carnais, seus filhos de santo abrigaram seus candomblés, adoraram seus deuses, cantaram, dançaram, e cozinharam para eles.
A mulher negra, assim, encontra no candomblé não apenas plenas possibilidades de realizar-se religiosamente, como também política e socialmente. Com efeito, na cosmovisão das religiões de matriz africana não existe uma distinção muito nítida entre o sagrado e o profano, estas duas esferas interpenetram-se.
A mulher que quotidianamente, no mundo ocidental, vive em conflito com o social, porque relegada a um plano inferior da existência em sociedade, encontra-se nos ritos do candomblé a forma de ritualizar este conflito. Assim, se cozinhar é uma tarefa menor, sem valorização social, assim como as actividades domésticas em geral, no candomblé tais tarefas possuem um valor inestimável. A realização das referidas tarefas é um privilégio que não cabe a todos. Essa valorização redimensiona o papel da mulher tanto no plano místico do candomblé, quanto no plano social.
Maria de Lourdes Siqueira vai dizer que:
Este sentimento de intimidade da mulher negra com a mitologia e com a ritualidade religiosas afro-brasileiras abre caminhos para que ela vai conhecendo, ampliando, recriando e transformando, numa forma de poder socialmente construído, assumindo papéis que vão se redefinindo a cada passo: ora mãe, ora educadora, ora curadora, estabelecendo relações sociais, políticas e mesmo diplomáticas.
Como a mulher, no candomblé, comummente dirige os “terreiros” na figura da yalorixá, da mãe-de-santo, ela conhece todos os rituais e segredos da mística religiosa afro-brasileira, além de ser a responsável pela administração da “roça”. Ora, ” aprendendo e ensinando a religião dos orixás, a mulher negra desenvolve suas próprias capacidades administrativas, políticas-sociais, humanas e religiosas”.
A valorização da mulher não implica a dominação dos homens. No candomblé, apesar dos conflitos, não existe esta pulsão de eliminação do outro porque este outro é diferente. Como vimos insistindo, o que existe é a complementaridade das funções, e não o predomínio de um género sobre o outro. Isto só é possível porque na cosmovisão do candomblé , a “existência dos orixás essencialmente femininos, de orixás essencialmente masculinos e de orixás ambivalentes ou andróginos, expressa uma compreensão profunda da própria sexualidade humana”.
Notamos, assim, que a cosmovisão implícita do candomblé está em conflitos estruturais com a cultura do ocidente. Seja pela valorização da mulher em sua dimensão política, religiosa ou social, seja pela compreensão do ser humano longe do binarismo homem-mulher, o candomblé apresenta-se com valores civilizatórios mais coletivos, mais integracionistas, mais humanos que os modelos ocidentais. Daí, Sueli Carneiro e Cristiane Cury afirmarem que “a organização social do candomblé procurará reviver a estrutura social hierárquica de reinos africanos (especialmente de Oyó) que a escravidão destruiu, porém na diáspora esta forma de organização visará reorganizar a família negra, perpetuar a memória cultural e garantir a sobrevivência do grupo e, ainda, a transmutação nos deuses africanos será a fonte de sustentação dessas mulheres para o confronto com uma sociedade hostil”.
Velhinho, já li este texto umas quinhentas vezes desde que recebi de um ancião muito querido por mim, mas toda vez que eu leio, acho uma coisa interessante, algum trexo que merece atenção, por menor ele que seja.
Daí vem as dúvidas…
eu sei de limitações de mulheres em rituais, mas restrições de homens, acho que não conheço nenhuma. Dá para citar alguma(s)?=D rsrsrsrsrs Eu insisto, né?rsrsrs
Obrigada
Daya existem diversas limitações aos homens. Homem não pode ser ekedji, ainda que haja mudança de sexo, nasceu homem. Homem não raspa Nanã. Homem não cultua yami. Homem de orixá masculino não cozinha, não retira axé de aves, não quina folhas, não carrega esteiras. Acho que só me lembro disso. Tomege
Olá, Nelson, Manuela e Artur! Mais uma vez gostaria de parabenizá-los pelo excelente blog e pelas excelentes matérias aqui publicadas. Tenho aprendido muito a respeito do culto afro-brasileiro aqui. Acho que mais pessoas envolvidas com com esses cultos deveriam expor tópicos na internet para esclarecer dúvidas e ajudar a acabar com o preconceito e intolerância religiosa que tanto assola os cultuadores de religiões afro-brasileiras em geral.
Seguem algumas dúvidas:
1ª: Gostaria de saber a respeito da feituta. É verdade que após a feitura, o iniciado assume um cargo sacerdotal e tem que arcar com algumas obrigações e responsabilidades tendo que exercer trabalhos rotineiros no terreiro ao qual pertence?
2ª: Qual a diferença entre a feitura e assentamento de santo?
3ª: Por que existe essa diferença de cores nos fios de conta entre as nações e mesmo assim variantes entre terreiro de uma mesma nação. Por exemplo, o terreiro onde costumo visitar é de nação Angola e meu fio de Oxóssi, segundo o pai de santo, deveria ser azul-turquesa. Recentemente encontrei um amigo, seu terreriro também é de Angola. Ele vestia seu fio de Oxóssi, porém, na cor verde. Já ouvi pessoas dizerem que o fio de Iansã pode ser marrom, vermelho ou rosa (amarelo na Umbanda); Por que se dá essa diferença? O orixá varia a cor de filho pra filho?
4ª: Li em vários sites que os orixás influenciam em muito as características comportamentais e psicológicas de seus filhos. Por exemplo, sou filho de Oxaguian e todos que conheço dizem que as influencias dele são visíveis em meu comportamento. Essas afirmações de influencia são verdadeiras?
5ª: Ouvi uma pessoa me dizer que de nada adianta acender velas ou oferecer comida para um orixá se eu não for raspado. Que orixás não atendem a pedidos daqueles que não passaram pela feitura e etc… Gostaria de saber se isso é verdade, pois embora goste de cultuá-los não sei se quero fazer a iniciação devido às resposnsabilidades e combranças que implica, pois não se se posso arcar com elas.
6ª: A mais interessante das minhas dúvidas:
Eu havia ganhado de um amigo um fio de Oxaguian, muito bonito com contas de porcelana branca e uma firma azul. Pedi para o pai de santo “lavar” esse fio e comecei a usá-lo. sempre gostei muito de usá-lo pois me sentia extremamente bem com isso, mas há alguns dias atrás comecei a sonhar que eu vestia o fio de contas, mas nele, ao invés de uma firma azul, havia 8. Esse sonho se repertiu por vários dias consecutivos. Deduzi que eu deveria comprar mais sete firmas e refazer aquele fio de contas. Dito e feito! Assim que refiz o fio os sonhos acabaram… Achei estranho e interessante. Meu amigo meu disse que muitas vezes essa é a forma do orixá se comunicar e pedir ao filho o que ele quer. Gostaria de saber o que vcs acham…
Bem, espero não tê-los sobrecarregado de dúvidas, mas é que aqui é uma das melhores fontes de informação que tenho tido.
Desde já, agradeço a paciência pra resposnder tudo isso…
Muito obrigado!
Axé luz e paz na vida de voces!
Abraços!
Oi Alessandro, vamos tentar te responder.
1. Cargo sacerdotal está ligado a ser um Babá ou uma Yá (pai e mãe) ou a algum do muitos cargos da hierarquia do candomblé. Mas independente do cargo, a pessoa precisa passar por todas as obrigações, de 01, 03 e principalmente 07 anos, só aí ela poderá assumir um cargo. então não basta ter sido iniciado é preciso competencia, tempo e obrigações em dia.
2. Na feitura a pessoa é preparada para receber o Orixá, ela se torna um Yaô e futuramente se for o caso poderá ser um pai/mãe de santo. Quem somente assenta o Orixá, não é necessariamente rodante (rebebe Orixá) será sempre um abiã e nunca poderá ter cargo algum na hierarquia.
3. As diferenças se dão devido a cultura de cada segmento, e por conta de detalhes muito específicos de cada Orixá que são as famosas qualidades. No meu caso. A minha casa tem a tradição de que Ogum tem fio de conta verde (está ligado a agricultura, que é sua origem histórica) mas um tipo de Ogum veste azul e seu fio é azul. Entãoa s cores variam por isso.
4. Essa influencia é verdade até a pagina 2. Temos discernimento e não podemos sair por aí fazendo o que nossos Orixás faziam naquele tempo. Imagina se um filho de Oxalá for turrão como foi Oxalá, na sociedade moderna essa pessoa não tem chance alguma. Imagina se eu de Ogum, for arrumar briga por tudo. Orixá doo do ori e o segundo Orixá influenciam sim. Mas o que vejo são máscaras, “sou assim por que meu Orixá é assim”. Bom senso é tudo.
5. Não ouça mais o que esta pessoa te disser. Orixá não é mesquinho, não faz barganha, não é interesseiro. Esqueça o que te falaram sobre isso, e acenda sua velas e peça oque for possível de seu Orixá te atender, o que vc for merecedor de receber, ajude o Orixá (indo atras de seus sonhos) e o Orixá te dará as condições.
6. As contas de Oxaguiã são brancas intercaladas de azul e por isso Ele te pediu que complementasse, está corretíssimo.
Mas se vc ainda não é feito o mais correto ainda é vc usar um fio mais discreto com contas pequenas, é questão de hierarquia, mas se na sua casa os abiãns podem utilizar, então não há mal algum. Tomege
Nelson,
adoro ler suas respostas, sempre muito bem resolvidas nos momentos que são necessarias, estou viciada nas suas respostas.
um grande abraço. motumba!
ola nelson, voy a esribir en español para no cometer errores en portugues. espero puedas entender bien el español. primero decirte que cada una de las respuestas que das en las diferentes participaciones te muestran como alguien instruido no solo en cuestiones religiosas. me maravilla la claridad con la que te expresas haciendo que sea muy comprensible aquello que quieres trasmitir. ahora agradecerte porque sin preguntarte directamente , encuentro respuestas a algunas de mis interrogantes.Te pido me digas que sabes del culto a orixa que se realiza en el sur de brasil , en argentina y uruguay. un garan abrazo y que orixa te ilumine siempre
ah me esquecia , um abraco para nicollas!
Baba nelson,
Colofé, adoro sinceramente ver suas respostas, são de extrema força.
aprendir a ser sua fã viu…
lislaine gomes
salvadro – ba
Boa noite,
gostaria de elogiar o site porém isso já se tornou corriqueiro para vocês pois acontece com frequencia.
Queria aproveitar oportunidade para comentar os Posts de Nelson de Sousa, Tomege do Ogum. Vejo suas palavras serem bem colocadas e apesar de todo conhecimento e domínio do que coloca, sempre se exressa com humidade e sabedoria, nunca ofendendo absolutamente ninguém. Eu realmene tenho uma grande admiração por você, pois estou sempre acessando o site para aprender, não somente sobre a religião mas aprendendo a assumir um postura dignida uma pessoa iluminada.
Admiro sua luz porque o brilho dela chega aqui e ilumina a sala escura da minha casa. Obrigado por todos os ensinamentos, principalmente aqueles que vêm escondidos.
Um grande abraço
boa noite manuela e tomege a benca de seus orixas. sempre que entro no blog aprendo algo novo e importante .meu portugues e pouco e ruim .assim que vou subscribir todo que alexei ramos diz.vou tentar novamente uma resposta de voces sobre a pregunta que ja fiz referente a o culto a os orixas que se faz no sul do brasil e no rio de la plata( Uruguay y Argentina). aquim a gente llama de batuque ou nacao. temos os mesmos orixas que no candomble, escepto Tempo e algum outros. e beim importante para mi saber que opiniao voces teim sobre isso.alem do fundamento e o conhecimiento que veces mostram e a forma na cual se espresan. as respostas sempre guardan um otro ensinamento , cultura , dignidade, etc.espero noum tomen a mal os erros gramaticais que com seguridad este comentario.
um abrazo desde Uruguay
Lislaine e Alexei Ramos ficamos muito felizes pro suas palavras, somos um grupo e o trabalho é de todos, afinal se não fosse a Manuela, que mora em Portugal, em sua iniciativa de fazer este blog, não estaríamos agora aqui, se não fosse pela ajuda da Carol, da Daya, da Rosinha e outros, tb seria difícil a tender a todos. Então ficamos gratos, é claro que eu fico todo besta rsrsrsrsrs. Que Ogum lhes de caminhos e proteção. Tomege do Ogum
sempre comeco pedindo disculpas, pero tento me facer entender. si e melhor em espanhol , por favor me digan . nelson o manuela, benca. vou reiterar meu planteio. sei que seria melhor neim tentar escribir em portugues , o esta coisa que ate pode noum ser nada, simplesmente uma deformacao do portugues. Entro bastante no blog , e com atencao e respeito leio cuase todos os post, pero noum consigo entender porque a minha preguna e tal vez mal entendida. es feita desde o respeito y admiracao pelo conhecimento e a luz que com humildade voces dan as respostas. peco disculpas si estou sendo impertinente.
obrigado desde uruguay : ruben dario
Ola ruben dario
Yo no sei hablar tu lingua, la mejor persona para hablar contigo es Manuela ou Rosinha,ellas sabien hablar e escribir en su lingua.Estoy somente haciendo uma misturança con portugues e espanhol para hablar contigo…ok?
Certa vez preguntei sobre a religião no sul e nelson me respondeu dizendo que não conhecia como as coisas são feitas por lá,pois ele mora no Rio de Janeiro. A nação mais cultuada é cabinda, tem o jeje tb, existem outras vertentes mas não conheço bem.
Yo falo de Salvador-Bahia,terra onde o Candomblé brasileno nasceu.Manuela está en Portugal e Rosinha creo que esteja em São Paulo.
Como o Brasil es um pais de grande tamanho,é dificil conhecer todas as formas de culto, e não há uma padronização, cada culto tem suas peculiaridades, particularidades.Espero que tengas entendido algo do que hable/escribi contigo.
Espero que retornes e não tengas vergonha de perguntar, puede ser que demoremos a responder,mas tentaremos.
axé para ti
Hola Ruben Dario,
Tu duda seria más si estás adentrandote en un tipo de “raiz africana” aceptada por la comunidad del Candomblé ?
Pues creo que Carol dijo todo lo que habria de decir, en cada region de Brasil hay una manera de tocar, no hay como decirte que esta bien o mal, cada persona sabe lo de su casa. Lo que sé (Vivo en el Sur, pero soy de Umbanda Omolokô) es que el Batuque tiene su raiz en Jeje Ijexa, muchos la ven como Candomblé, trabajan con “espiritus”, llamados almas y tambien con la Quimbanda (Exu y Pombagira), más que eso realmente no lo sé.
Abraços das águas.
Saudações a todos.
Gostaria de aproveitar que pude notar que tem algumas pessoas de salvador, minha cidade linda e gostaria de pedir indicações.
O que acaba acontecendo é que inda não pude conhecer um lugar onde eu me sentisse totalmente a vontade para desenvolver minha espiritualidade. Sei que talvez eu possa ofende alguém que conheça a mesma e nem de lnge essa é a minha intenção e desde já peço perdão pelas minhas palavras supostamente inoportunas. Sinto uma grande necessidade, muito mais que isso, sinto uma grande cobrança por trabalhar a caridade, a ajuda ao próximo através da espiritualidade porém não encontrei um lugar onde eu me sinta a vontade para isso.
Vejo um grande problema que acaba acontecendo sobre os custos na religião. Não digo que seja errado cobrar por tudo, não penso isso mas todos os lugares que tentei comparecer, me cobraram custos exorbitantes. Eu não sou rico, não posso pagar por aquilo e acabo não teno uma pessoa que possa me direcionar para o meu desenvolvimento. Gostaira de algum comentário, alguma luz pois essa tem sido a minha maior dificuldade.
Espero que as pessoas me compreendam pois estou buscando uma casa / terreiro que me acolha como filho e não me veja como uma possibilidade de comércio, coisas que sabemos que realmente e infelizmente acontecem por aí.
Grato desde já.
Boa Noite!!!
Nelson.
Adoramos ter lhe conhecido,foi um enorme prazer podi ter certeza!!!!vc é realmenti muito especial.
Muito obrigado por tudo que fez por nós,até a proxima.
AXÉ Tomage.
Olá Alexei Ramos
Vc pediu uma indicação ou orientação para trabalhar sua espiritualidade,mas não falou que religião vc se identifica,é que com a palavra espiritualidade,as coisas ficam muito abrangentes.
axé
Silvana tb foi um grande prazer conheçer vc seu marido e sua filha. É minha função como religiosos tentar ajudar e a do meu irmão Tonican é atender com carinho e dedicação. Fiquei feliz por ter feito esta apresentação. Vá a outros eventos, estude a casa e os filhos e só tome a decisão depois de estar confiante de que a casa é de fato boa para vcs, isso eu digo de qualquer casa, não só a do meu irmão ou a da minha Yá, não faça só pelo entusiasmo, faça as coisas tb por confiança. Amo meu irmão e confio plenamente, mas não é por ser meu irmão que o conselho não seria dado. Pese tudo antes, os prós e contras. Grande axé e um abraço na sua filha, senão ela fica com ciúmes, rsrsrsrs Tomege do Ogum
Boa Noite !!!
Nelson.
Realmenti vc tem toda razão,vc é realmenti uma pessoa
iluminada….muito obrigado.
Nós gostamos muito da casa e principalmenti do Pai Mario.
Realmenti ele é uma pessoa muito séria no que faz e que inspira muita confiança.
E agradecemos muito a você, sempre por encinar o caminho até ele até a proxima.
AXE TOMAGE.
muito bem a todos !!!!!!
visitei sua página e achei extremamente interessante. Sou inciado na Religião dos Orixás, sempre afirmo em minhas paléstras que o que nós povo-do-santo precisamos é conhecer mais e melhor a religião que praticamos. Parabenizo pela sua iniciativa. Aqui na cidade onde moro organizamos um Coletivo de Religiosos de Matriz Africana para estudarmos e comprendermos a dinâmicas das religiões de matriz africana aclimatadas em nosso país com a diáspora negra.
Abraços
Asé
Motgubá
João Bosco ficamos felizes e honrados com sua visita, de onde vc é? nos envie material para divulgar seu trabalho. Volte sempre e fique sempre a vontade aqui. Tomege
Boa Tarde!!
Nelson,
Gostaria de saber o seguinte, me disseram que tenho que fazer asentamento para meu Exu, dai quem fizer o assentamento poderia prender meu Exu ou usar meu Exu roubar sei la porque querendo ou não estou dando p outra pessoa fazer o assentamento, se você puder me ajudar em responder como funciona lhe agradeço.
Abraço,
Axé
Olá Cristiano Arruda
Olha só, do que sei o assentamento de Exu é feito no momento que vc entra para fazer a iniciação no santo. Pois ele vai propiciar a conexão entre vc e seu Orixá.
Esse é o seu caso? Vc está no candomblé?
Axé
Não na verdade não sou do candomblé sou da umbanda trabalho na minha casa mesmo, mas ja me disseram que seria melhor eu fazer assentamento do meu Exú na pedra por não trabalhar em nenhum terreiro.
Então tem uma mãe de santo de candomble que falo que pode fazer o assentamento do meu exú na pedra, dai gostaria de saber se posso confiar ??
Axé
É justamente para firmar essa conecção mesmo.
Olá Cristiano Arruda
O candomblé é uma religião iniciática, como lhe disse acima o assentamento é feito na iniciação, na feitura do santo. Eu não recomendo que vc faça isso fora de uma casa de axé com propósito diferente do que é feito dentro da casa de axé. Entendo que vc tem o mesmo objetivo de propiciar uma conexão com seu Orixá, mas veja que isso é feito para iniciados no CANDOMBLÉ e não iniciado de Umbanda.
Pode parecer que essas religiões se parecem, mas são extremamente diferentes.
Espero ter esclarecido
Axé
Carol,
Muito Obrigado mesmo me ajudou muito.
So gostaria de uma pergunta, me deram Oxaguiã com Yemanja, dai me disseram que eu poderia dar comida para meu Oxala para me proteger das energias dar mais forçcas etc…
Dai entregariam bicho de 4 patas galo branco e para não fazer na minha cabeça colocariam em cabeça de sera etc…
Isso é recomendado se eu quizer fazer so para cuidar do meu Orixá de cabeça?
Tudo isso que me disseram é verdade?
Obrigado desde já
Axé
Cristiano a situação está um tanto complicada porque em umbanda não existe assentamento de Orixá e muito menos de entidades. Oxaguiã não é Orixá de umbanda. Os bichos de Oxalá são sempre femea independente de ser Oxaguiã ou Oxalufã, é sempre femea. Mas em umbanda não existe sacrifício de animais, não há derramamento de ejé. Cristiano te recomendo que procure uma casa de umbanda e procure saber direitinho de quem vc é filho e como tratar do seu Guia/Orixá, ou então vá para uma casa de candomble e trate lá. Tomege do Ogum
maravilhoso esse sait gosto muito das respostas e muitas tiram minhas duvidas gostaria de saber uma manneira de enviar minha pergunta. abraço.
tenho uoma grande duvidas em meu jogo de búzios deu que meu santo está de pé o que quer dizer isto?
a cobrança de santo está muito grande, perdi tudo , foi feito um jogo de buzios que respndeu que é feitura mesmo e com urgencia. As vezes sinto-me extranha e leve como uma bluma. mais na realidade minha preocupaççao é na parte financeira já que perdi tudo estou desesperada espero que me ajudem com suas mensagens e respostas.
Anne, os orixás têm várias formas de chamar seu filho. Uns vão pelo simples sentir, o amor sentido pelo orixá, outros é chegada alguma doença… Enfim, cada um sente de uma forma.
Se seu orixá está lhe chamando, mas você está passando por uma fase conturbada financeiramente, então não dá, não é? Orixá entende o filho, entende sim, Anne. Ele não lhe “castigarar” se você não tiver condições para se iniciar. Isso seria uma visão muito contrária. Converse com seu zelador, tente fazer um “acordo”, pois as coisas têm que melhorar para assim você prosseguir com a iniciação.
Recentemente passei por uma situação parecida, mas fiz um “acordo” e graças a Ogum as coisas estão fluindo bem.
Axé pra você, minha irmã.
Obrigada
Anne seu Orixá pode de fato esta te cobrando iniciação, mas não será te deixando na miséria que Ele vai conseguir isso. Geralmente quem fala isso está forçando barra apra vc ficar desesperada e arranjar uam forma de se iniciar de qualquer forma, Eu acho isso deplorável, porque denigre e põe no Orixá a culpa de todos os males da humanidade, o que não é verdade. Se vc perdeu tudo a responsabilidade é sua não da religião e muito menos do Orixá. O que aconteçe é que falarem isso para vc, mas te disseram que vc pode ser iniciada gratuitamente por esta pessoa? isso existe sim, se a pessoa de assustou tanto, deveria tb te dar a possibilidade da caridade, de ser feita na casa dela sem custo algum, isso a pessoa não disse, não é? Anne se organize e veja suas possibilidades de ir a um outro jogo numa casa de tradição e que seja de fato condomblé, se der que o Orixá quer feitura, peça tempo e pergunte como, se neste momento não tem condições, peça que Ele te ajude, se for de fato Orixá vc será ajudada. Vá com calma. Tomege
Dayane porque será Ogum, sempre Ogum, né? rsrsrsrsr
Não vou nem responder, tá? Sempre? Por que será? Por que será? rsrsrsrsrsrs Velhinho, Velhinho… Acho que alguém está lhe dando Ibope demais rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
Puxa, fiquei feliz de conhecer este site, principalmente pela feliz coincidência de encontrar um depoimento de João Bosco. Sou estudante e pesquisador em Música (UDESC) e, estou trabalhando sobre as sonoridades e ritmos no trabalho de João Bosco, inclusive venho traçando alguns paralelos com as músicas do Camdomblé.
Jylson Martins
Jylson, obrigado pelas palavras. Que Ayon, o orìsá do Tambor, percussão, possa sempre lhe iluminar nesta sua caminhada.
Ire o.
to tentando me escrever e ñ consigo tenho algumas duvidas sobre o meu orixá
Marivaldo, na barra lateral do blog, temos vários post sobre òrìsás, leia e se restar duvidas estaremos aqui para ajudá-lo.
Ire o.
Oi Tomeje!
E as questões de gênero relacionada a pessoas trans*?
Quando diz “mesmo q mude de sexo”,tenho a impressão q o Candomblé afirma o tempo todo q uma mulher trans* ainda q redesignada é um “homem vestido de mulher”,vejo nisso um respingo do patriarcado…
Tenho a impressão q uma mulher trans* se posicionar como Yalorixá ou Ekedi,não será bem vinda na comunidade religiosa,mesmo q seja leal à religião, leal às as divindades.
Bjs
Laylah,
Entendo que o importante na nossa religião é o posicionamento do Orixá com relação a seriedade quanto a sexualidade de seu filho, o resto é conversa para boi dormir. As discriminações por sexo, cor e religião vão sempre existir. Não vejo nada de mais ter uma Iyalorixá ou Babalorixá transexual.
Axé.
ACHO QUE NA MINHA OPINIÃO TUDO COMEÇA NO ORÍ,SE ORÍ É O MAIS IMPORTANTE,POIS AS PESSOAS TRANSSEXUAL TEM UM ORÍ FEMININO,PENSAM E AGEM COMO MULHER,POIS ATÉ O CÉREBRO ESTÁ MAIS PRÓXIMO DO SEXO DESEJADA SEGUNDO UMA REPORTAGEM QUE ASSISTI DOMINGO AGORA NA TV CULTURA,NO CAFÉ FILOSÓFICO!
Eu gostaria de ver a inserção de pessoas trans* nos cultos afro,mas as referências q tenho é a de tolerância, ou seja,”olha td bem vc participar do rito,mas vai ter q usar calcas”.
Acaba q muitos transgêneros se afastam da religião,contraditório lutar aqui fora por legitimidade e desconstruir isso dentro templo religioso.
Na verdade acho q tem muita convicção pessoal envolvida nisso,é um desafio,é confrontar as regras de binarismo de gênero, as vezes é melhor maquiar…
Laylah eu gostaria de discutir este assunto aqui no blog, porém, da última vez que respondi a esta pergunta fui taxado de homofóbico e etc.
Eu postei uma relação de 8 versos de Ifá (Escrituras sagradas) onde a determinação e a sacralidade das roupas deveriam ser observadas.
Mesmo assim, foram categóricos em me rotular.
Então o que eu posso dizer é:
Quem quer usar que use, quem quiser saber por que não pode que estude e quem não quiser observar nenhuma das duas sugestões que dê o seu jeito e siga em frente.
Na minha casa homem é homem e mulher é mulher.
Não é questão de gênero e uma questão de respeito ao sagrado.
Envolve energia, envolve o corpo físico, envolve a mão esquerda, envolve a roupa e a indumentária e envolve fundamentos.
Não é apenas uma questão de ‘não pode’, não é uma questão de se sentir uma mulher ou um homem, ultrapassa este varejo.
A divindade está se lixando para gênero, mas a roupa é sagrada e deve ser respeitada.
Pergunte a Òsún.
A vida que cada um tem/leva não me diz respeito e a mim cabe apenas respeitar e observar o caráter.
Ire
Ègbé, como é bom discutir!
Se a pessoa se transformou em Homem ou em Mulher comprovadamente, fizeram transição de seu sexo de nascimento para o sexo oposto e com ajuda médica, terapia de redesignação de sexo para seu corpo, então deverá se comportar como tal, com sua nova identidade gênero oposta com a devida indumentária pertinente perante as leis a sociedade e a sua religião.
Obs: Somente os Transexuais!!!!!
Axé.
Boa tarde,onde eu freqüento e Keto a Minha Mãe de Santo falou que eu não posso ter relação com meu marido menstruada que eu estou fazendo ele ter interesse por outras mulheres ou perdendo interesse por mim e verdade ou e mentira
Eu sou filha de Oxum e meu marido de Xango
Mulher “trans” é somente MULHER. Mesmo o homem “trans” é somente HOMEM. Ser mulher nao é ter utero, ser homem nao é ter penis. Assim como nei tudo utero é fertil, nei todo homem com testiculos é fertil. Que é ser mulher ou homem? é um tema de identidade, nao de fisionomia. Todo se joga com buzios, com opele, o que seja. Orixá fala, nao nos. Goste quem goste, aceite quem quiser aceitar. Ifa nao fala de coisas que nao eram conhecidam 1000 anos atras. A transexualidade é conhecida e entendida HOJE e Ifa tem o poder de se adaptar, se nao, somente morre no tempo, e no é o caso de Ifa.
Mulher de saia, homem de calza…seja de nacimento o reasignado.
Ase ire o
Obs: Se dizer “nao homofobico” mas dizer indiretamente que uma pessoa transexual nao é sagrado, é ser BEM homofobico e contraditorio. Que é o sagrado? o Axo, as vestes ou esse Ori, essa pessoa e o que acontece com esse espiritu? Segum vc, o Axo é importante de mais. Eu apoio ao ser humano, acho que orixa, vodun e nkisi tb, por isso o aceita como filho e quer ser feito nesse ori/camutue