Conseguir informação de Orunmilá sobre a vida de alguém, é importante demais para ser deixado a um simples deitar do Opelé, 16 búzios, cartas de tarot ou qualquer que seja o sistema de adivinhação utilizado. De acordo com o pensamento tradicional, qualquer pessoa com um Opelé e um livro dos Odús pode andar por aí a fazer adivinhações em nome de Orunmilá. Mas estar equipado com estes instrumentos, não quer dizer que a pessoa esteja em contacto com Orunmilá. E mais importante ainda, embora existam 256 Odús, é impossível para eles, ver com precisão todas as potencialidades da experiência de vida como as infinitas direcções possíveis no caminho espiritual da pessoa. Os Odús podem confundir-nos com alguma facilidade. Nunca é demais salientar que devemos discernir sempre muito bem no que toca à forma como adquirimos informação quanto aos caminhos das nossas vidas. Todo o processo de adivinhação se tornou tão compartimentado, que nos faz pensar como chegou o Ifá ao seu estado actual.
Parte do problema reside no facto de que nem todas as pessoas têm a capacidade de entrar em diálogo com Orunmilá. Uma pessoa de tal integridade, espiritualidade e talento é verdadeiramente um achado nos nossos dias. A certeza deste tipo de adivinho está para além de qualquer questão, mas as pessoas, sendo quem são, tiveram que desenvolver uma técnica ou processo para compensar a falta de preparação daqueles que queiram ser adivinhos sem ter que passar por processos e requisitos rigorosos. Embora todos possamos falar com Orunmilá, os restantes Orixás e os ancestrais, ninguém está verdadeiramente disposto a submeter-se ao esforço para desenvolver o carácter ao ponto de tornar realmente atingível essa comunicação.
Outro cenário é quando o adivinho se encontra numa situação de alguma dificuldade que causa a quebra da sua integridade. Rendas em atraso e a conta do banco em baixo. Logo na próxima leitura o cliente é informado de que alguns Orixás estão descontentes e o cliente precisa então fazer um Ebó para cada um deles. Isto custará uma quantia razoável em Euros. Mas Orunmilá provavelmente nunca disse nada disto. A integridade do adivinho passa a estar em questão, não só porque enganou um cliente, como também utilizou erradamente o nome de Orunmilá para o fazer. A partir daí a ligação espiritual perdeu-se e o adivinho passa a trabalhar às cegas espiritualmente. O adivinho nunca admitirá o seu erro, portanto ele/ela agrava o problema ao continuar a fazer leituras para outros clientes sem o contacto com Orunmilá. O adivinho está neste ponto tão longe do caminho verdadeiro que necessitará apelar para Exú, Oge e Orunmilá se quiser alguma vez voltar ao caminho certo. Mas memorizando os Odús e reconhecendo as caídas pode ajudar a manter a charada até que o adivinho decida limpar o seu acto, se isso alguma vez chegar a acontecer.
Para compensar por estes problemas, e quem sabe quantos mais, os Odús estão desenhados de forma a que, pessoas que antes não os poderiam ler ou saber o possam fazer agora. Não só isso, os Odús darão às pessoas uma análise rápida e uma solução para qualquer problema que possa surgir na vida. Os Odús são a solução de alguém para o marketing em massa que se vai fazendo sobre a adivinhação, como se de um franchise se tratasse. Infelizmente, Orunmilá não está no negócio para resolver problemas triviais, pedir ebós em nome dos Orixás, dizer às pessoas para pagarem fortunas por iniciações, ou qualquer coisa que requeira a transferência de riqueza do cliente para o adivinho. O “trabalho” de Orunmilá é o de dar instruções às pessoas para as suas vidas e caminhos espirituais.
Faria sentido se o adivinho estivesse numa situação de bom e real contacto com Orunmilá, que então Orunmilá o protegesse daqueles que o tentam testar sobre a sua honestidade e capacidade, para o desacreditar. As pessoas estão tão preocupadas em defender a sua fatia do “bolo” da adivinhação que provavelmente confrontariam o próprio Orunmilá se ele lhes surgisse à porta para os fazer parar com a farsa. Consequentemente, não deveria se uma surpresa quando as pessoas pedem uma leitura e Orunmilá lhes diz para parar com a mentira. Portanto, até que Orunmilá apareça, ou seja tomada a escolha de parar, estes pseudo adivinhos continuarão a utilizar o Opelé ou os Búzios, como dados num jogo de casino, até que lhes seja posto fim. Entretanto, os pseudo adivinhos fariam bem em não continuar a utilizar o engano e a mentira e a pedir leituras a Orunmilá.
Bom dia!
Já há algum tempo que acompanho o vosso trabalho e gostaria de saber se me pode indicar alguma casa em Lisboa ou arredores séria que eu possa visitar..interesso-me muito pelo candomble mas ouvimos tantas coisas que temos dificuldades em confiar em qq uma.
Agradeço desde já a sua atenção
Manuela tomara que muitos destes que costumam enganar os outros ou falsear as respostas do oráculo leiam o seu texto, acho que nosso trabalho é falar é tocar nestes assuntos para, dentro do nosso possivel, esclareçer os irmãos. E penso que nosso objetivo tem sido alcançado, gosto muito de vc e tenha certeza que estaremos sempre juntos. Axé de paz e harmonia. Tomege
Boa tarde!!!
Concordo em gênero , número e grau com o texto, essas pessoas usam da boa fé das pessoas e se aproveitam disso.
Parabéns e continuem nos enriquecendo com textos e repostas esclarecedoras.
Que Yemonjá e Ogun, continuem trazendo paz, sabedoria e harmonia para vcs.
Bom dia.
Manuela, antes de tudo, a senhora é uma pessoa adimirável, e assim como o Nelson, um exemplo a ser seguido dentro da religião.
Parabéns e obrigada por essa disponibilidade, essa dedicação e essa afabilidade dada por vocês a todos que vêm aqui atrás de algum esclarecimento. Com certeza, vocês serão muito bem recompensados por Olurum em estar fazendo (usei os verbos agora, igual a operadora de telemarketing =D rssss) esse trabalho
Sobre o texto: adorei o texto e nele a senhora deixa claro que está aqui pra desmistificar e esclarecer sobre assuntos que infelizmente não são falados tão abertamente por aí afora e assim, muitas pessoas, por falta de conhecimento são enganadas e exploradas, último fato que muito me choca.
Obrigada, meus irmão mais velhos!!=D
Bom dia.
Antes se tudo, quero ressaltar o quanto vocês têm contribuído para um bom entendimento e esclarecimento sobre a religião. E também não posso deixar de comentar sobre a atenção, o carinho e afabilidade com que vocês recebem seus irmãos, que nem se quer nunca viram, e mesmo assim, estão sempre dispostos a colaborar da forma mais positiva possível e às vezes até se comportam, como já li, como psicólogos e aqueles conselheiros velhinhos que muito vejo em filmes. rssssss
Muitos já me falaram nas minhas gigantescas indagações para nunca procurar a internet para querer tirar dúvidas. Mas achar o blog de vocês só me trouxe informações plausíveis e responsáveis. Além de aumentar a minha necessidade de estudar, formar opiniões, entender o sentido da hierarquia, que confesso: não levava a sério, e tentar me observar e melhorar sempre o meu modo de dirigir e tratar as pessoas.
Sobre o texto, adorei! É acessível e de entendimento rápido pra qualquer pessoa. Eu tenho o sonho de ainda ver as máscaras dessas pessoas que se dizem pais e mães de santo de respeito caírem e eles se conscientizarem do grande mal que eles fazem a religião enganando explorando as pessoas.
Tenho uma pergunta: o que é “Oge”? Procurei no google mas não encontrei nada relacionado a religião=/
Muito obrigada, meus irmãos mais velhos!=D
Olá outra vez…
gostava mesmo que me respondessem…
tenho lido bastante e quase todos os dias venho ver o vosso blog…
Se estivesse no Brazil seria mais fácil de certeza encontrar uma casa de confiança… queria iniciar a minha caminhada tomando contacto com uma casa.
Obrigada
Dayanes? gostei do velhinhos de filme viu? rá rá rá. muito engraçadinha rsrsrsrsrsrsrs. Falando sério, ficamos muito contentes com seus comentários é sinal de que estamos de fato fazendo o trabalho a que nos propusemos.
Sobre Ojé creio que isso que vc procura. Ojé é o nome dos sacerdotes do culto a Baba Egum, cargo exclusivamente masculino e que é passado por hereditariedade. Acho que é isso, é?
Vcs já viram nossa página principal, já estamos divulgando a nova caminhada contra a intolerancia aqui no Rio, por favor nos ajude a divulgar. Tem uma matéria importante no link, leia, se engaje no movimento. Vamos todos as ruas dizer não a intolerancia. Tomege
Dayanes? eu em particular gostei muito dos “velhinhos de filme”, viu? gostei muito mesmo rsrsrsrsrsrs
Sobre Oge ou Ojé talvez seja isso. Ojé é o nome dado ao sacerdote do culto de Baba Egum.
Vc já viu nossa página principal, já estamos divulgando a nova caminhada contra a intolerancia aqui no Rio, por favor nos ajude a divulgar. Tem uma matéria importante no link, leia, se engaje no movimento. Vamos todos as ruas dizer não a intolerancia. Tomege
Nelson, os velhinhos só foi um estereotipo rsrsrsrssss
Tá vendo, esse sistema tá meio louco. É uma Dayane só! É que eu escrevi o primeiro comentário e enviei, mas deu alguma coisa que eu não sei dizer na tela do blog e ela ficou branca. Depois, quando voltou ao normal, meu comentário não tava aqui em cima. Eu fiquei até triste, pois tava super emplgada no meu comentário,então escrevi outro e me empolguei mais ainda, daí aconteceu a mesma coisa,=/ foi então que eu fui ao “about” e disse que não tava entrando os cometários, mas quando eu vim aqui agora pra ler o texto de novo… meus comentários ressuscitaram!!
Sei não viu… Essas coisas só acontecem comigo rssss
Muito obrigada, meus “velhinho de filme” =D rsssss
Mojubá ati axé1
Cara Manuela,a forma e o conteudo de seu artigo é simplesmente sublime!Voce conseguiu tocar em um ponto que eu sempre falei aqui na nossa casa.Se mais pessoas pensassem como voce,com certeza teríamos menos charlatães em nossa religião!
Um grande abraço,e que meu pai a proteja e te guarde.
João D’Ogum
Ola sou cristiana e gostaria de uma informação, se for possivel, eu fiz o santo recentimente hà 3 mezes em Cuba e estou estudando muito a Religião tem algumas coisas que eu não entendo, aliais tem varias mais essa é uma delas eu moro na Europa fiz a iniciaçâo em Cuba minha madrinha é Cubana como se diz em Cuba se chama a religião de yoruba mais estou gostando muito. Mais minha pergunta é o seguinte…Porque o Orixa que regem o Ano não é igual em outros Paizes ?por exemplo: Iansã com Oxossi tem em alguns Site Brasileiro , mais em Cuba é Iansã com elegua que quer dizer Exu, e em outros como Argentina ou Mexico é Iansã com ogum,e assim podiante, eu não entendo se um Orixa é Igual no Mundo todo né?
Os Site que tem essas Info: http://www.proyecto-orunmila.org
e Outra pergunta o Codigo ético da Ifà que são dos 256 Odus no Camdomblé são os mesmo? ou no Camdomblé não tem isso? de regras e codigos pra mim estudar estudar os 256 Odus por onde devo começar?
Em Cuba é de lei que o Iniciado aprenda a entender bem a religão e se ele tem o Dom de ser um Pai de santo ai é que tem que apreder mesmo.
outrapergunta e os refrãos que tem nos Codigos como posso melhor entepretar?
Bom desculpe tanta pergunta eu sei que deveria perguntar a minha madrinha, mais no momento ela estar em cuba e as eu faço muitas pergunta ao mesmo tempo eu deixo ela com Stress.
Bom seu Nelson ficarei muito agradecida se o Senhor puder mim esclareçer essas duvidas
Muito Obragada e muito Axé, Paz, Saude, e que Deus lhe der muito Axé.
Roberta.
Olá João Batista,
Obrigada pelas suas palavras. Temos que fazer um esforço de esclarecimento das pessoas, essa é a única forma de acabar com tanta coisa errada que vemos e ouvimos no dia a dia. Olhar para o lado e fingir que não se vê não vai alterar nada. Faz mesmo falta que as pessoas percam o medo e se questionem sobre o que podem fazer para alterar isso, e uma delas é bem simples, tal como você faz… falar e discutir o assunto.
Que os Orixás sempre lhe protejam e abram seus caminhos!
Axé!
Olá Sofia,
Eu aconselho você a contactar a Associação Portuguesa de Cultura Afro-Brasileira (APCAB), eles terão seguramente o contacto de diversas casas em Portugal que possam indicar.
Por uma questão de ética não ficaria bem eu lhe dizer vá a esta ou aquela. Peça a informação, procure conhecer mais do que um lugar, e acima de tudo, que seja uma casa onde se sinta bem, em que verdadeiramente se sinta numa casa, em família.
Axé!
Ola,estou como o Nelson,(expert em informatica)escrevi imenso e nao sei bem o que fiz,que apaguei tudo,vou tentar resumir…
Infelizmente tens toda a razao no que dizes… eu proprio tenho conhecimento de alguns casos aqui em Portugal,em que as pessoas foram literalmente enganadas e até estorquidas,p pessoas que nem sao dignas de serem tratadas por pai ou mae de santo,deveriam ser tratadas por burloes,charlatoes,opurtunistas,vigaristas,etc,etc…
Como bem sabes,mts das pessoas que procuram terreiros,nem sempre vao em busca do seu desenvolvimento espiritual,mas sim tentar tratar de algum mal que eles ou alguem que lhes seja querido possam ter(ja p nao falar,daquelas pessoas que so querem e fazer o mal,a outros,independentemente do preço que tenham que pagar) e em vez de resolverem o problema que os levou ate la,ainda conseguem sair desses “antros”(nem me atrevo a chamar-lhes de terreiros)pior e com mais problemas do que tinham ate entao…
Ja agora,e a titulo de brincadeira deixa que te diga…
Discordo quando falas em jogo de casino,pois como sabes,esses jogos,sao considerados de sorte ou azar,e p esses burloes,o jogo e sempre de sorte,p eles é sempre a facturar…Ate que hade lhes chegar O DIA….
Gosto mt deste vosso site,PARABENS…
continuem,vao no bom caminho…
que todos os Orixas vos protejam,iluminem e guardem…
Axé…
Olá Pedro,
🙂 Expert em informática de facão como ele diz! Obrigada pelas suas palavras.
Continua a ser jogo de sorte e azar, na medida em que vão tendo sorte… até um dia! Eu acredito muito na justiça!
É bom ver alguém do meu país aqui também!
Que todos os orixás sempre te protejam e abram seus caminhos para a alegria a saúde e a felicidade!
Axé!
Oi Manuela e Tomege eu deixei duas perguntas la no post “O que pode Pombagira” aguardo respostas…
Axé
Ola Manuela
parabens pelo texto e por todas as pontuacoes.
Peco desculpas pela falta de acentos nessa msg, que imagino, tanto dificultam a leitura- sao heranca de um teclado novo..rs.
Gostaria de saber de algum de voces – tenho pesquisado um pouco e este me parece um dos sitios mais ricos que ate aqui encontrei- sobre alguem em belo horizonte, Minas gerais, para o jogo de buzios.
aguardo, desde ja agradecida.
Ase!
Juliana
Olá Juliana.
Talvez o Nelson ou o Artur te possam ajudar com essa questão, eu estou em Portugal, não seria a pessoa indicada para te dar essa dica.
Obrigada pelas suas palavras sobre o texto!
Axé!
gostaria de tc com vcs. e possivel
Olá Temistocles Aires,
O contacto connosco é sempre por aqui, por intermédio do blog. Seria impossível para nós manter também o contactos com tanta gente que nos procura para colocar suas questões utilizando email pessoal, ou outros meios de comunicalção na net. Creio que você entende.
Volte sempre e coloque aqui as questões que tenha relacionadas ao candomblé.
Axé!
Manuela , gostei mt de seus coméntarios sobre babalorixas que vivem fazendo ebós pra tirar dinehripo do povo e enriquecer sua contas, enriquecer não pagar divídas que contraem contando com a ingenuidade das pessoas, penso como vc trabalho com entidades e nenhuma delas deixa em cobrar nada, dizem caridade é caridade e gosto mt disso . Amo mi ha leba Rainha das sete encruzilhada ela é a que mas me avisa para que eu nunca cobre nada a ninguem, gostei de sua mátreria , mas pergunta essas pessoas não são castigadas por Oromilá, pq os orixas deixam isso acontecer? bjs Axé
Elaine os Orixás simplezmente não se metem nestas questões. Há uma lenda que pode te explicar isso. “Quando estamos para retornar ao Ayê (terra) passamos por portal onde escolhemos uma cabeça, das muitas que nós são apresentadas por Babá Ajalá (que confecciona as cabeças dos homens) de posse desta cabeça, assumimos um compromissod e fazer ou deixar de fazer uma série de coisas aqui no Ayê. Quando do nosso retorno seremos cobrados por nossos compromissos e de acordo com o resultado do nosso comprometimento em fazer o combinado anteriormente, seremos enviados a um dos 9 Oruns etc etc etc.” Bem, eu conheço e acredito nisso, se outros não acreditam ……
Agora, tem uma coisa que me chamou atençao no seu comentário, é o termo “leba”, porque não pombagira, que é nome da entidade mas que uma espécie de “modismo” agora está sendo chamada de Leba? Leba nem existe na realidade é um diminutivo de Legbara, que é uma outra coisa e não um Exú feminino como o uso, incorreto, do termo “leba” para designar uma pombagira pode vir a sugerir. Acho muito bonito assumirmos nossas raízes e por isso falo tão diretamente que Leba rainha das 7 encruzilhadas não existe. O que existe e eu não tenho dúvida é a pombagira rainha da 7 encruzilhadas, mas será sempre pombagira e não leba. Descupe-me ser tão direto, isso pode até pareçer grosseria, e sei que vc tem grande amor pela entidade, mas o correto é que se mantenha a raíz e se a entidade se chama pombagira, e foi criado este termos pombagira, por que mudar agora, sópara tentas disfarçar o Tomege
continunado, disfarçar um nome que é mau visto por muitos? Minha irmã torno a te pedir que me desculpe por um comentário seco de duro como o meu, mas estou tentando te ajudar a ter a noção de que Leba é uma invenção e pombagira é um nome consagrado e de grande força e que mereçe o seu lugar de destaque e não ser trocado por mais uma invenção. Grande axé e abrço Tomege do Ogum
olha sou filha de osúm ,fui feita em yurubá fas 2 anos + meu pai de santo ñ sei qual o motivo ñ mim ensina a jogar os búsios ,sei que como filha de osúm ja tenho mão de jogo ñ preciso esperar 7 anos por isso gostaria muito que o senhor mim desse umas dicas do que devo ler , pois sei que esse é um assunto muito sério p/ ser tratado por livros + no momento to sem opção desde ja agradeço mutúba e que os orixás sempre o proteja ao senhor e a os seus bjsssssssssss
Olá Cristiane
Pessoalmente acho que vc deve acatar ao que seu pai de santo determina,ele tem mais tempo de Orixá que vc.Ele deve lhe conhecer melhor que nós, e deve saber o porquê de ainda não ter chegado o momento para você. Não acredito que somente livros possam instruir e formar um bom sacerdote.A leitura deve complementar seu conhecimento e não formar,pois assim vc formaria uma base frágil para um conhecimento tão denso quanto o jogo de búzios
Ao invés de formar pode deformar.
Axé
Tenha paciencia que se seu destino está ligado ao jogo de búzios cedo ou tarde as coisas vão começar a acontecer.
qual a diferença entre Orunmilá e odus ?
Keith primeiro quero te dizer que te admiro, pelo prazer em descobrir as coisas e pela força que vc tem, por que sejamos claros, não é fácil a vida dos que tem necessidades especiais, são diversos obstáculos todos os dias, e vc está saltando sobre todos eles, está se inserindo no seu mundo religioso e ainda está colaborando para derrubar tabus, ficamos sempre contentes com seus comentários e perguntas.
Sobre Orunmilá e Odus. Orunmilá Ifá é deus da adivinhação e odus é o sistema divinatório, o sistema que Ele criou para realizar suas consultas. Os odus são um conjunto de mais ou menos 4.000 poemas. São 16 odus e cada odu é combinado com outro ou outros odus e cada combinação tem um número específico de poemas, estes poemas é que descrevem os caminhos daquel odu e por consequencia da pessoa regida por aquele odú. Tomege
muito obrigada nelson pela mensagem e pela resposta realmente luto todos os dias p/ derrubar os obstaculos de minha vida com tudo p mim isso tudo q passo é um ensinamento de vida ficar surda talvez foi um jeito q meu orixa encontro de me fazer ser uma pessoa mais forte mais ispiritualizada mais humilde …
o senhor ja percebeu q pergunto pergunto …
é pq sou muito ligada no mundo do candomble as vesez me pego so falando nisso rsrs
eu espero q eu como ekedi um dia possa passar todos esses ensinamentos p o proximo.assim como o senhor.
um grande abraço q omolu te abençoe e te de muita saude por todos os dias de sua vida!
nelson poderia me dar uma ajudinha aqui:
nos calculos aparece q meus 3 odus ossa, ejionile e ofum.
sendo q ejionile(testa)
ofum (cent.da cabeça)
ossa(lado direit)
me espliq qual é entao o meu odu principal ?
vem cá odu nao quer diser q é orixa né pq todos eles sao oxala e meu orixa é omolu me emmbaralhei toda
Oi keith vá na busca do blog escreva odú,vai aparecer 4 textos e neles vem explicado o que significa cada um dos odús que vc calcula.O principal creo que é o de cabeça.e eles não são do nosso orixá,varia…
axé
atenção: vale apena ler e opnar bom assunto!!!
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Oliveira
Olá Nelson, boa noite!
Tenho as seguintes dúvidas:
1. Existe o cargo de Opa Otum para um Ogan ou só para um rodante?
2. Um ogan pode ter um cargo que lhe confira ao exercício do jogo de búzios (ifá)?
3. Qual a diferença entre babalaô e babalorixá?
4. Um ogan pode ser um babalaô?
Abraços,
Oliveira.
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em Janeiro 27, 2010 às 2:36 pm Nelson Souza
Oliveira em primeiro lugar o que é um Opá, é um cargo? Otum é todo aquele que está a direita de alguém e vários cargos podem ter otum. Nenhum ogã poderá jogar, pois jogo é uma précondição ao sacerdócio dos pais e mães de santo e ogã não pode iniciar filhos de santo. Babalawo é o especialista em odu, ele cultua Ifá Orumilá é um culto distinto do culto a orixá e babalawo não cultua orixá, somente odu Ifá Orumilá. Babalorixa ou Yalorixá cultua orixa. Um babalawo pode vir a ser ogã, pois uma das condições para se inciiar no culto a Ifá é justamente não rodar de orixá e ogã não roda de orixá. Tomeje
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em Janeiro 27, 2010 às 3:03 pm Sonia
Oi Nelson, mutumbá,
Na resposta acima vc diz que ogã não pode jogar, somente pais e mães de santo. Fiquei em dúvida: e se ele for um babalawo? Babalawo não é aquele que cultua Ifá e consequentemente joga, independente de ser Babalorixá ou Yalorixá??
Caramba … ficou confuso,né? Rsrsrsrs…
Axé!
Sonia
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em Janeiro 27, 2010 às 4:55 pm Nelson Souza
Sonia o problema é que babalawo é muito diferente de babalorixá, como eu expliquei anteriormente. Assim como o jogo de Ifá, que é feito com outros elementos que não são os búzios, é bem diferente do jogo de búzios.
O babalorixa ou yalorixa usam os búzios (o jogo de búzios é conhecido por meridinlogum) e somente os búzios.
O que eu disse foi que um Babalawo pode ser ogã, pode acumular os cargos sim, mas raramente um ogã será babalawo, não é proibido nem impossível, inclusive conheço um ogã que se iniciou em ifá, mas o jogo dele é outro assunto.
Eu tb falei que uma das condições para ser iniciado em Ifá é não rodar de orixá e por isso babalorixa não pode ser babalawo porque babalorixá roda de orixa, e as Yalorixas não podem porque somente homens se iniciam em ifá. Tomeje
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em Janeiro 27, 2010 às 10:39 pm tata kivanda ofange leo asogum
babalawo tambem joga merindelogun ou buzios,
e o jogo de merindelogum, foi passado, a
uma destinta zeladora, por um babalawo.
fora q e em alguns axes, ogãs e ekedjes ,jogam
e jogam muito. não entendo essa dificuldade!
eu não jogo
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em Janeiro 27, 2010 às 11:12 pm tata kivanda ofange leo asogum
vamos la… não da para separar odun de orixas,
orixas são os nossos deuses e oduns os caminhos.
o principais jogos dos babalawos são o opéle e ikin, mas com tudo, eles também jogam buzios, e jogam muito.
sabe-se também, q anos atraz quando as atuais raizes
do candomblé,( casa branca , opo ofonja , axé gantois,oxumare e etc…) estavam em formação, existia uma subordinação( no bom sentido)à qual os babalorixas e as ias eram submetidos por serem dependentes dos babalawos de ifá q eram os unicos conhecedores dos segredos .
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em Janeiro 27, 2010 às 11:14 pm Fernando D’Osogiyan
ègbé,
Muitos macacos para poucos galhos, não é verdade? A diversidade é incrível, discordo de todos, numa boa, maneira de vermos as coisas, só isso, o objetivo é comum à todos tenham a certeza, não somos donos da verdade, porém acredito piamente na minha até que provem ao contrário.
Meu ponto de vista e de axé:
Babalawó é só Babalawó
Babalorixá é só Babalorixá
Iyalorixá idem
Ogans e Ekedis não jogam búzios.
Ogans não são babalawos.
Babalorixás pode ter cargo de Oluwò
Iyalorixá de Oxun é Iyá Petebí.
Concordo com Nelson, Sônia e Leo, existem tantas informações e caminhos e tantas novidades e verdades, temos que respeitar.
Axé,
Fernando D’Osogiyan
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em Janeiro 27, 2010 às 11:16 pm tata kivanda ofange leo asogum
Em uma de suas idas e vindas à África, uma das primeiras Iyalorixás voltou acompanhada de um Babalawo, do qual ya passou a receber orientações, relativas as obrigaçõesrealizadas no Ilê Axé. E dessa forma, a Iya levou seu Axé à frente. Logo, alguns previram a disputa que se iniciaria entre Sacerdotes de Orixás e Babalawos. Pois na África, Babalawo é um cargo superior ao Oloorisa. Ninguém pode negar a força que o Candomblé tem nos dias de hoje. No entanto, a maioria dos Sacerdotes não têm um Babalawo para lhe passar orientações. Babalorixás e Iyalorixás se orientam, quando necessário, com os “Mais Velhos”. Acontece, que com o passar do tempo, muitos fundamentos foram perdidos, também o número de novos sacerdotes aumentou. O fato é que hoje, o número de “Mais Velhos” é muito inferior aonúmero de novos sacerdotes. Sabemos que existem Iyalorixás e Babalorixás com tanto saber, que não precisam de um Babalawo, pois possuem realmentemuito saber e são capazes de orientar com sucesso àqueles quelhes procuram. Esses grandes sábios, “Mais Velhos” do candomblé estão cada vez mais raros. No meu ponto de vista, cabe aos Babalawos, reconhecerem aforça e a magnitude do Candomblé. Cabendo aos Sacerdotes do Candomblé, reconhecerem a importância de um Babalawo e dos”Mais Velhos”. Não dá para separar Ifá de Orixá. Na África, temos exemplos de Oloorisas,que sabiam Ifá e utilizavam o Jogo de Búzios, é o caso do Oloorisa Salako, Sacerdote do Culto de Osala. Foi Salako, quem descreveu para um pesquisador, como ele utilizava o Jogo, relatando ainda 210 Versos de Odus, evitando assim, que os Fundamentos contidos nestes Versos de Ifá se perdessem.
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em Janeiro 27, 2010 às 11:25 pm tata kivanda ofange leo asogum
texto acima pertence ao babalorixa
robson de xango.
conclusão , se nem rodante seja baba ou ia ,
podiam jogar e hoje jogam graças a deus!
pq um ogã ou ekedjenaum pode fazelo?
tendo em vista, q para ser babalawo de ifá,
(q tambem joga buzios) a pessoa não pode é ser rodante.
infelizmente um baba e uma ia ,não podem conhecer todos os 256 oduns limitaçao injusta, só babalawo.
irmãos é tudo uma questão de ponto de vista
axé para todos nós
q zambi nos cubra bençãos
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em Janeiro 27, 2010 às 11:28 pm tata kivanda ofange leo asogum
fernado, obrigado e sua benção, saiba q sou seu fã ,e
não é pq discordamos, q não te deva admiração
mojuba baba
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em Janeiro 27, 2010 às 11:53 pm Fernando D’Osogiyan
Leo,
O candomblé propriamente dito, só existe no Brasil. Conquistamos a liturgia do panteão africano, muito diferente de África, nosso candomblé é Brasileiríssimo. Formou-se a cronologia e a geologia de cada axé. O Babalawo em África era um previdente do futuro, não detinha a liturgia do Axé e nem nunca deteve, o próprio axé Engenho Velho através de Iya Detá, Iya Nassô e Iya Kalá, seus nomes são cargos no palácio de Oyó em África, são as que detem por posto tudo que se refere ao Axé de Xangô e seus fundamentos. Bangbosè Obitikú, trouxe para o Brasil a modalidade de jogo merindilogun, feito com os 16 principais Odús de Okaram a Aláafia.Tornando assim o seu aprendizado muito mais fácil para a Iyá da casa Branca. Tornou-se tão popular que se espalhou até em outras nações como o Jeje, Angola, efon,Egbá, etc, e tão forte matriarcalmente que até ekedis e foram aprender para jogar e por conta disso virou jogo comercial em algumas casas, perde-se a liturgia, o encanto e o ritual.
Portanto, volto lá no meu comentário anterior e nas minhas diretrízes de axé, entendendo, respeitando, porém, absolutamente convicto que temos que harmonizar os valores em cada segmento dentro da própria religião.
Adupé, ò
Fernando D’Osogiyan
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em Janeiro 28, 2010 às 5:50 am tata kivanda ofange leo asogum
fernado , qual era o posto de bamboxe ?
ele era de candomblé
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em Janeiro 28, 2010 às 11:19 am Nelson Souza
Leo eu concordo plenamente com a separação que o Fernando fez no seu comentário anterior. O problema é que por diversos motivos alguns babalorixas querem ser ou se intitular babalawos e alguns babalawos querem ser ou se intitular babalorixas. Vou a brir um adendo. Pode exisitir aqueles casos em que a pessoa foi iniciada rodante equivocadamente (apesar de rodar) mas seu caminho era outro e nestes casos pode haver a correção de rumo, a pessoa vai e se iniciar para Ifá. E até onde conheco isso tb pode ocorrer com ogã e tb não lhe dá o direito de contar o tempo de ogã, devendo começar do zero. Mas a partir deste momento a pessoa é de culto à Ifá, deve se dedicar a Ifá e não mais de culto à Orixá, não impede que esta pessoa frequente, goste e vá frequentemente ao candomblé, mas deveria impedir-se de cultuar orixa, sim. É o mesmo que está ocorendo hoje em dia com pai/mãe de santo de umbanda que vai pra o candomblé, se inicia e já recebe deká, com a alegação de que já era pai/mãe de santo antes, isso é erro, afinal agora a pessoa é de outro segmento e precisa cumprir seu caminho neste segmento, mas o “entendimento” de que tudo é a mesma coisa leva a equivocos grosseiros como este citado, umbanda é diferente de candomblé assim como Ifá é diferente de culto a orixá, a base é a mesma, mas o fundamento é outro.
Sobre o posto de bamboxe, ele era babalawo. Tomeje
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em Janeiro 28, 2010 às 12:05 pm Sonia
Li em um estudo de Roger Bastide que sómente os Babalawos podem tocar no opêle e no merindilogun, porém, Ifá deu as filhas de Oxun( Iyá Petebi) o conhecimento dos 16 principais odús, para que ela em conjunto com o Babalawo pudessem comunicar ao Babalorixá e Iyalorixá as vontades dos Orixás.
Este é um assunto muito complexo, cada um vai ter a sua verdade obtida pelo seu conhecimento e necessidade. Talvez por isso que hoje, como Pai Fernando falou, o jogo tenha virado comércio, porque todos se julgam capazes, inclusive Ogãns e Ekedis, e saem por aí fazendo promessas mirabolantes.
Sonia
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em Janeiro 28, 2010 às 3:12 pm tata kivanda ofange leo asogum
fala nelson! como vc esta?
olha ,eu naum concordo com ogã e ekedje ,
jogando para filhos de santo, contradizendo
zelador, ou se achando o dono da vedade,
porém ,não concordo com certas limitações
impostas, e nem intendo o pq delas existirem.
o candomblé com todo o panteão
é original do brasil, como diz baba fernando,
e muitas coisas do candomblé, como alguns
dogmas sem sentido,são imposto por pura
conveniencia de certas pessoas, e passadas adiante
como liturgia.
liturgia… fica dificil saber… qual delas? de casa em casa
existe uma liturgia diferente , os zeladores da antiga ou
por egoismo ou por extrema sabedoria levaram mas de 90% dos fundamentos para o orum, fazer oq?
oq eu acho, se certo ou não, é q todo ser humano tem capacidade para exercer qualquer função,se os orixas permitirem
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em Janeiro 28, 2010 às 3:29 pm tata kivanda ofange leo asogum
vamos la, minha zeladora ,não dava credito para ogã
e ekedje jogando, até q conheceu um ogã,
alagbe chamado andre,q é ou era, da casa de daniel de oxala na pavuna.
dai se desenrrolou o fato:
andre falou: – eu jogo
ela disse: -te respeito, mas duvido vc é ogã!
ele disse: – meu jogo é xxx
ela : eu pago!!!!
ele foi a sua residencia e
jogou.
e eu perguntei:
e ai minha mãe?
ela disse: meu filho, no candomblé existe
muitos misterios… ele joga e joga muito!!!
a opnião dela não mudou, ela como vcs acha q ogans e ekedjes não devem jogar, porém ela não critica
alias, não mas ogans e ekedjes q jogam .
irmãos,existem muitas coisas q foram mistificadas,
mas fora isso , acho q o candomblé no brasil
esta em um nivel muito bom.
nós só não podemos tapar os olhos com viseiras
por q algumas pessoas falam:
– não sei o pq, só sei q é assim !!!
q olorum, zambi apongo nos cubra axé para todos
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em Janeiro 28, 2010 às 3:30 pm Nelson Souza
Leo nós temos textos aqui noblog que discute essas questões de “poder e hierarquia” e tb essas questões de criação de normas e regras que são na verdade invenções sob medida ao desejo de uns poucos que por não conhecerem o candomblé, por não terem vivencia suficiente se sentem intimidados e criam suas próprias normas, quizilas e tabus. Mas veja que sempre falamos aqui o seguinte “procurem casas tradicionais” e “seja abiã na sua casa” estes dois conselhos podem livar as pessoas de muitas situações desagradáveis numa roça. O problema é desespero que muitos tem para “resolver seus problemas”, e acabam sendo um alvo fácil para quem diz que alguém é filho de São Jeronimo (isso é só ex.) e muitas outras invenções que vemos por aí a fora. Mas eu não vejo os ogãs e ekedjis com limitação alguma, conheço ogãs que sabem tudo de seus oficíos, que cantam, que cortam, que catam folhas, enfim fazem muito bem o que lhes é de direito, assim como conheço ekedjis que cuidam dos filhos e dos orixas com dedicação, carinho e pulso firme. Mas sejamos francos, o mercado de trabalho está competitivo,o grau de instrução de nosso povo não é dos mais elevados em sua maioria e muitos veem na religião uma forma lucrativa de ganhar a vida e se aventuram. Creio que o melhor é cada qual na sua função e cumprir bem a sua função sem esquecer que não há candomblé sem ogã e sem ekedji, somos um corpo religioso só, mas com hierarquias bem definidas. Tomeje
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em Janeiro 28, 2010 às 3:44 pm tata kivanda ofange leo asogum
leiam acima oq fernando babalorixa
muito sabio diz :
o jogo de buzio, foi passado para as ias
da casa branca,atravez de um babalawo de ifá,
( obitiku bamboxe) reforçando a ideia de q ,
nem baba ou ia olorisa jogavam .
pq restringir ? ou se o axé não adotar,
este comportamento, como o meu não adota…
pq criticar?ou até mesmo desbonificar ,ogã e ekedje
q jogam, se eles são os sacerdotes
escolhidos pelos propios orisas
axé
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em Janeiro 28, 2010 às 3:46 pm tata kivanda ofange leo asogum
abraço e benção tomege bom saber q esta on!!!!
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em Janeiro 28, 2010 às 4:51 pm Nelson Souza
Leo este texto deixa claro que foi um babalawo que ajudou a codificar os búzios de uma maneira que fosse possível as Yás e Babás jogarem, isso é verdade, mas foi num momento em que candomblé ainda estava começando, e este modelo de jogo acabou sendo muito popular e suplantou o Ifá aqui no Brasil. Porém a história diz que em África o babalawo é que definia se a pessoa era de Orixa ou destinada a Ifá e determinava a iniciação da pessoa em dos dois caminhos e se fosse de Orixa quem iniciava eram os babalorixas, e isso mostra bem claro esta distinção entre os cargos. Há tb o problema de que havia a necessidade,a urgencia de se comunicar com os Orixás e não era possível aguardar a vinda de um Babalawo de Àfrica pra esta consulta, de modo que este sisitema (sistema Bambose) foi de grande importancia e é ainda hoje. Porém essa questão de ogã e ekedji que jogam e que se dizem zeladores é uma questão que não pode ser aceita, eu não aceito de forma alguma, eles foram escolhidos para uma função que não é a de jogo ou fazer filho de santo, pois como dito esta função cabe a babalorixa (Yá). Não é questão de desabonar ou criticar ninguém, é questão manter a tradição, por que do jeito que vai, com ogã e ekedji se dizendo pai e mãe de santo, com yaô de um ano abrindo casa e outras impossibilidades o que será do candomblé? Não estou sendo o dono da verdade, longe de mim, mas não concordo que isto seja evolução ou possível de ser aceito na comunidade. Leo este é o meu ponto de vista e é o que aprendi como correto, cada um tem seu caminho e deve seguir seu caminho honradamente e honradamente significa tb honrar sua famíia de santo e seu nome. Tomeje
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em Janeiro 28, 2010 às 4:52 pm Vander de orumila
Hola pai Nelson soy de uruguay , soy Tata T inkince con más de 30 años de acentamiento quisiera que me jogara los delogum para saber como estan mis orixas . mi fecha de nacimiento es el 30.12.1956 . Puntualmente quiero saber como me va a ir este año . Muy agradecido desde aqui Pai Vander de Orumila
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em Janeiro 28, 2010 às 7:04 pm Fernando D’Osogiyan
Léo,
Entenda que da mesma forma as funções de Ogan e Ekedi não são respeitadas, vejo muitos Babás e Iyás de axés antigos, cantando candomblé, fazendo matança, vestindo Orixás, cantando folha, etc, etc, etc…funções específicas de Ogan e Ekedi, isso sim é desbonificar. O resto, me perdoe a franqueza, é comércio.
Entendo que quando uma casa está começando, o zelador tome a frente para ensinar, porém, depois de algum tempo, tem que deixar seus auxiliares tomarem seus postos e, ele apenas, intervem na necessidade e nos fundamentos, aliás, sua função.
Como disse Tomeje, a hierarquia é importante dentro de um Ile Axé e tem que ser mantida.
Bangbosé Obitikú era Babalawo e entendeu que para a casa, religião em si, se difundir, era preciso se comunicar com o Orixá e ninguém melhor que um Iyá/Babalorixá para isso, a própria liturgia de cuia ou deká observa esse detalhe primordial.
Um babalawo leva no mínimo 7 anos para se graduar, mais 3 para passar por provas e mais 1 para ter o título= 11 anos, é místico.
Riscar 256 caminhos e seus itans, imagina? Dizer o que aconteceu ontem e que vai acontecer amanhã por sinais, ikins, ossinhos, correntes, kauris,sementes,etc…
Sobre os Axés tradicionais, cada um tem sua história, seu passado, suas dores e alegrias e temos que respeitar. Quando mãe Stella do Opo Afonjá disse que Iansã não é Santa Barbára, bateu de frente com uma ideologia de sincretismo fanática e até deturpadora, acabou com a profanação dos Orixás no carnaval e disse “Meu tempo é agora” Impulsionou a matriz do candomblé a um futuro maravilhoso, Mojubá venerável mãe Stella. Tem o grupo de tocadores/Ogans que começou no Opo afonjá a se organizar e está se espalhando, dentro tantas iniciativas culturais de ambito liturgico e de religiosidade.
Axé,
Fernando D’Osogiyan
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em Janeiro 28, 2010 às 8:22 pm Ricardo Costa
Babá Fernando,
O que seria a “profanação dos Orixás no carnaval”?
Axé!
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em Janeiro 28, 2010 às 9:48 pm tata kivanda ofange leo asogum
olha vc e tomege estão espirados
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em Janeiro 28, 2010 às 10:43 pm tata kivanda ofange leo asogum
vamos lá , meus irmãos ogans e ekedjes,
nós fazemos parte do enrredo do zelador,
somos zeladores? sim , porém zelamos por
orixas, não pelo ori de ninguem.
outro detalhe, eu não jogo buzios, porém estudo
oduns e me fascino. para os q jogam,espero q sejam
sempre um braço de seu zelador, o apoiando e , ajudando
sendo lhe um amigo e confidente , e jamas passem por cima de sua soberania.
para uma feitura corre-se 7 jogos
joguem para orixa não joguem para dinheiro
apesar do propio jogo ser feito de caurís q é dinheiro
da mesma forma q o pai do segredo obitiku,
q era de ifá , doou o fundamento do jogo, merindelogum
para as ias da casa branca,
hoje, algumas ias e babas, doam esses fundamentos, a sacerdotes q são feito de orixas sim , porem não rodam com o santo
esse tema concerteza não vai ter fim ….
porém, vai concerteza enrriquecer o candomblé.
quem é omo ifá , não é lesse orixa, só q se não
fosse, a grandeza e o desprendimento de um babalawo,
o candomblé, não teria atingido o nivel em q se encontra,
pq baba ou ia olorisas não poderiam jogar
porq não teriam fundamentos
eles ganharam o fundamento
axé a todos
respeito todos os pontos de vista , só acho q eu sou muito peqno, diante de tantos fundamentos para q eu diga, quem esta certo ou errado, e acho pretenção de quem o faz
para eqpe do candomblé word press,
manu, nelsom, fernando,carol e daia
q são de casas tradicionais ,e são muito bem feito
mojuba, pq vcs me fizeram com seus trabalhos,
um melhor candomblecista.
agradesso a deus por esse site, q revolucionou o candomblé com seus assuntos de ordem cultural.
ago a todos q eu possa ter aborrecido
axé para todos
Esse pessoal de Ogun! Acho que quer escrever um livro de crônicas…rsrsrs
Olá Fernando,
Postei acerca de um babalaô, O sr., falou sobre um cubano Zamoa. O sr, conhece outro(s) cubano(s), que pudesse me orientar?
Gusmão,
É o cubano Zamora que conheci num evento sobre candomblé há aluns anos atrás. Foi um dos intrevistados assim como Valter de Inkôssi, Maria Helena Farela, Benistes, Bajigan Ailton, Flávio Pessoa, etc.
Não sei por onde anda podemos averiguar, mas, qual seu interesse nesse assunto? Esses Babalawos Cubanos cobram caríssimo!
Fernando,
Tenho interesse no que pode ser melhorado nos meus caminhos.( através da descoberta do meu odú pessoal e dos atuais). Por isso perguntei por outro babalaõ CUBANO, QUE NÃO O SR. ZAMORA, pois quanto mais famoso mais caro cobra. Certo?
gusmão,
Existem muitos “babalawos” que editam livros e não sabem nem riscar um Odú, nunca leram um rosário de Okim, não sabem espagir um pó num Opon-Ifá. Só estudaram e copiaram os livros antigos, então todo cuidado é pouco se não vão acabar jogando búzios com o caderninho na mão, rsrsrs.
Zamora é um babalorixá e também um babalawo, por que em Cuba, segundo ele, só os babalorixás com cargo para Ifá pode aprender e fazer o curso para babalawo. Vale ressaltar que em Cuba não tem casa de Candomblé, cada um cuida do seu orixá em sua casa.
gusmão, nossos caminhos podem ser melhorasdos sim, claro! a dor pode ser amortecida, porém, não se pode evitar, vitórias e derrotas para uns e para outros, a vida é o amornas coisas que tocamos e cremos,
Axé,
Fernando
Como ao acaso procurava uma resposta a duas perguntas, me passadas por pessoas que ouviram de entidades e são estas que aqui deixo a vcs, oque é e seu significado do odu Tobikussa em seu dicionario a palavra Tobi já vi ser (Grande ou Maior) e a outra palavra é Bade de Kurujá não afirmo que a ortografia esteja correta pois as mesma foram me transmitidas via oral.
Quanto ao testo de Manoela sobre Ifá ou o comércio da advinhação gostaria de parabenizala, e de lhe dizer que realmente ela possa não ter vivido as experiencias de muitos que foram colocados a prova por Orumilá e este que vos fala conhece Salami Sikura se acaso for da loja Mãe Africa e de seu mestrado na USP. Motumba a vc que me parecem serem pessoas dispostas a auxiliar aos outros me mandem noticias ficarei feliz desde ja despejo-me K´ìbo
Desculpe-me não havia reparado que michele havia utilizado o computador, assim foi que acadei os encontrando. muitas saudações axé.
Michele,
Tobikusá= Grande ameaça ou seja, ameador!
Badé= pode estar ligado a Xangô (coroado)
Kurú= curto, rápido
Já= brigar, lutar, cortar
Badé Rápido e brigão.
Axé,
Olá Manuela boa noite !
Gostaria de saber se o Orixá da pessoa é somente identificado no jogo de buzios, e se esse orixá será o mesmo em qualquer jogo que o consulente for consultar.
Pergunto isso devido a confusão que vejo, pois o que me parece é que cada buzio jogado responde um Santo, ou o zelador olha para o consulente e pelo tipo físico “dá” a ele um Santo que ele “acha” ser o seu orixá.
Ja ouvi dizer que quando a pessoa está recolhida para “fazer” o santo, no momento do “orô” o Santo costume vir se a pessoa for rodante, e que algumas vezes nao é o santo que o zelador imaginava ser o da pessoa.
Isso é possível ?
Abraços e obrigado.
Mauricio
Querida Manoela perdoe-me pelo querida, mas é a segunda vez que leio este texto tão instrutivo, gostaria que quando tiver tempo volte a escrever sobre temas polemicos, a final quem sabe o que escreve ou crê no que escreveu traz a luz há muitas dúvidas de nossos irmão que normalmente acabam nas mãos destes “Pilantras e Aproveitadores” da boa fé. Daqueles que em seus momentos mais desesperados de suas vidas se entregam a doces palavras de falso conforto. Peço lhe que sempre busque inspiração para nos trazer luz sobre as trevas que se multiplicam em nossa religião perdão isto esta acontecendo mas demais também. Muito axé a todos vcs
e obrigado ao Babá Fernando pela elucidação de TobiKusa e Bade de Kuru-já, motumbá meus mais velhos.
Oi gente gostaria de receber os cometarios nos post pelo meu e-mail. ja faz tempo que nâo recebo mais nada.
Obrigada
Cristiana nós não enviamos via email, eu sei que tem um modo que o próprio leitor se cadastrar pra receber o material no seu email, mas eu mesmo não sei como faz, porque eu só entro na pagina interna do blog,mas por favor, veja aí na capa do blog que eu sei que tem esse serviço sim. Tomeje
Cristiana Liechti,
Minha irmã embaixo da caixa que você escreve(pra enviar)
tem duas opções a ser marcada,marque-as. Vá ao seu email e verá que recebeu um comunicado com um link,entre neste link,e autorize o envio.
Você só receberá os emails deste post,se quiser receber de outros terá que fazer este procedimento em cada um deles.
Enrolado?rsrrs
tente, boa sorte.
abraço
Bom dia, sou iyákekerê, mesmo antes de ser feita já lia tarô e cartas ciganas, hoje leio também cartas dos orixás, aprendi no ilê que uma pessoa para abrir um jogo de búzios e receber orientações de ifá é devidamente preparada pelos orixás dentro do ilê, lendo as cartas dos orixás tenho sempre a impressão de estar recebendo orientação dos orixás, é evidente que em casos necessários encaminho para minha mãe e que minha consulta é para orientação pessoal. A minha pergunta é quem estaria se comunicando comigo em cartas de orixás?
Maria Estela,
As cartas de Orixás é uma modalidade nova sem conteúdo algum e axé, simplesmente não existe como jogo para candomblé, que utiliza-se somente os Búzios em suas várias modalidades,contudo, se você desenvolveu uma comunicação através dessas cartas, atribua a uma encantaria própria e evidentemente se isso trás resultados positivos aos seus consulentes, com certeza um encantado provavelmente lhe assiste e lhe intui.
Axé,
Axé,
Por que ou quase todos os pais cobram as vezes ate alto de mais por um jogo de búzios fora os ebós que não são nada baratos, muito bom seu artigo sobre orunmilá que os proteja sempre, afinal quem é orunmila.
luka,
Porque não trabalham e vivem disso. Acabam escravos dessa roda comercial e a maioria dos consulentes são mulheres que querem os ex, alguém, vigança, amor ferido, perdido, traído, etc, que acabam sustentando essa roda do comércio. Acabam generalizando e esquecendo do Orixá e que existem pessoas que precisam cuidar de Orixá.
Axé,
Bábá Fernando, boa noite.
Awo ou Babalawo, em Africa é profissão.
Este costume foi é normal para os nigerianos. Porém cuidado com os que estam por ai pela região sudeste, S. Paulo tá lotado de muçulmano se dizendo babalawo com pagina na iternet e fazendo iniciação de Ifá em todo mundo.
Ifá diz que todo babalawo, tirará seu sustento de seu trabalho, posso depois postar o esé e o odu que traz essa msg.
Osá diz que todo ori burukú, trabalhará para atrapalhar sua vida e a dos demais.
Naõ se distingue um louco por seu passos na rua, nem mesmo um rei.
Osá nos brinda com a máxima de que todo mal praticado irá retornar a vc.
Portanto tenhamos sempre em mente que ninguem é dono da verdade e que não temos dinheiro sobrando pra ficar confirmando jogo.
Ifá é perfeito, nós não.
Graças a Orunmilá que eu conheço e confio no meu Olowo e obtenho resultados.
A profição atravez de Ifá, não é erro.
Errado é a postura dos que vão a Africa comprar titulo de babalawo e voltam se achando o cara.
Gente muito cuidado com essa turma de awo que está por ai.
Poucos sabem quanto custa a formação de um babalawo, não é barato, a quantidade de livros a ser adquirido, traduções pagas, sem contar um iniciação fundamentada que não é barata, somando-se os custos de aproximadamente 15 dias na Nigéria.
E o seu estudo acompanhado por um mais velho é pago.
O buraco é muito mais embaixo, o custo de uma formação em Ifá passa de muitos mils Reais, o que recomendo é prudência e muita prudência.
Cuidado com o canto da sereia e com aquele sotaque africano.
Ifá cubano e Ifá nigeriano é muito diferente um do outro, Cuba tem patakins que não pertecem aos ensinamentos de Ifá e muitas diferenças mais, principalmente na iniciação e outras coisas que não me é permitido postar.
Ler textos de Ifá, não é vergonha nenhuma, pois antes se faziam jogos na presença de 4,5 até 8 awos presentes e cada um recitava os esés que sabia, para resolver o problema do suplicante, hj temos, graças a Orunmilá, os textos impressos em livros que auxiliam o awo na hora da divinação, ninguem sabe ao certo o numero de esés que compõem as escrituras sagradas dos olodu e sua familia, porém trazem cada um sua mensagem bem fundamentada.
A escrita ioruba tem aproximadamente 250 anos e os estudos sobre os poemas de Ifá aproximadamente uns 150, ainda estam juntando material a respeito deste sistema Oracular denominado Ifá, mas já se tem muita coisa publicada.
Somente as coisas de Igbadu é que jamais seram publicadas.
Babalawo não inicia ninguem em orisá, babalawo somente mexe com orisá se no ebó odu ouver prescrição de oferenda ao mesmo ou o pedido de adimu.
Babalawo é ‘faxineiro’ de espirito, ele nos limpa e nos entrega a Iyálorisá para o orisá ser cuidado.
Porém um babalawo pode ser iniciado no culto de orisá e ai a coisa muda de figura e ele tem autorização do orum para cuidar do neófito.
Para os que discordam e sei que seram muitos, deixo bem claro que cultuo Tradição ioruba, que difere muito dos dogmas praticados pelo candomblé, culto onde nasci, cresci, respeito, amo mas não o pratico dentro da liturgia proposta.
Espero ter ajudado.
Ire o.
Ègbé,
Foi enterrado ontem o Babalawó Cubano Rafael Zamora, Awo Ni Orúmila, Ogundá Keté. Radicado no Rio de Janeiro há alguns anos, morou também em Fortaleza, o conheci num seminário e ficamos próximos por algum tempo. Tinha um enorme conhecimento sobre Ifá e foi com ele que ouvi ótimas histórias e aprendi sobre a cultura religiosa em Cuba. Uma pena!
Vida que segue…
Naquele tempo, Orunmila não era mais que um jovem, de excepcional possuía apenas a vontade imensa de saber tudo o que pudesse.
Em suas andanças sobre os países então conhecidos, soube da existência de um grande palácio, onde havia 16 quartos, num dos quais encontrava aprisionada uma belíssima donzela denominada Sabedoria.
Muitos jovens aventureiros, guerreiros poderosos, príncipes e monarcas já haviam sucumbido na tentativa de resgatar a bela jovem.
Determinado a conquistar Sabedoria, Orunmila dirigiu-se ao local onde estava edificado o palácio e no caminho encontrou um mendigo que lhe estendeu a mão pedindo um pouco de comida. Colocando a mão em seu embornal, Orunmila dali tirou um pequeno saco com farinha de inhame, que era tudo que tinha para comer e de uma cabaça um pouco de epo (dendê), misturando tudo e dividindo com o mendigo, comendo uma pequena parte do alimento.
Depois de alimentar-se, o mendigo revelou a Orunmila o seu nome, dizendo que se chamava Esu e como agradecimento ofereceu ao jovem aventureiro um pedaço de marfim entalhado, dizendo:
“Com este marfim denominado Irofa deverás bater em cada uma das 16 portas do palácio, pois só assim elas se abrirão. Do interior de cada quarto ouvirá uma voz que te perguntará ‘quem bate? ’. Você se identificará dizendo que é Ifa, o senhor do Irofa. Pois só assim cada uma revelará o seu segredo.
A primeira porta – Ejiogbe
Representa o conhecimento da vida.
A voz perguntará então: O que está procurando? E você dirá, estando diante da porta do primeiro quarto, que deseja conhecer a vida, a competição entre os homens e que quer conquistá-la em nome de Ejiogbe, o princípio de tudo. A porta então se abrirá e conhecerá os segredos da vida.
A segunda porta – Oyeku Meji
Representa o conhecimento sobre a morte.
No segundo quarto, quando a voz te perguntar o que deseja, depois de ter se identificado como antes, dirá que deseja conhecer Iku, a Morte e que deseja dominá-la. Aprender a dependência das almas com a Morte e a reencarnação por intermédio de Oyeku Meji. Então a porta se abrirá e você conhecerá a Morte, seus hororres e seus mistérios. Se não demonstrar medo em sua presença irá adquirir o domínio absoluto sobre ela.
A terceira porta – Iwori Meji
Representa o conhecimento da vida espiritual com as forças do Orun.
Na terceira porta encontrará um guardião denominado Iwori Meji, o anjo exterminador que, depois de reverenciado, colocará diante dos seus olhos a determinação do criador sobre a Terra, os mistérios da vida espiritual e dos nove espaços do Orun, onde habitam deuses e sombras e todas as classes de espíritos que irá conhecer.
A quarta porta – Odi Meji
Representa o domínio da matéria sobre o espírito.
Na quarta porta você reclamará por conhecer o domínio da matéria sobre o espírito, a lei do Karma e a formação do gênero humano. O guardião desta porta chama-se Odi Meji, a quem deverá demonstrar respeito e submissão. É necessário que não se deixe encantar pelas maravilhas e os prazeres que se descortinarão diante de teus olhos, pois podem te escravizar para sempre, interrompendo sua busca.
A quinta porta – Irosun Meji
Representa o domínio do homem sobre seus semelhantes.
Na quinta porta quando for indagado dirá, diante de Irosun Meji, que procura o acaso da vida. O domínio do homem sobre seus semelhantes através do uso das forças físicas e imposições dos homens. Aprenda, mas não utilize jamais as técnicas reveladas para o mal. Apenas como defesa, para não se tornar vítima delas.
A sexta porta – Owonrin Meji
Representa o equilíbrio que deve existir no Universo.
Na sexta porta será recepcionado por um gigante do sexo feminino que deve ser saudado por Owonrin Meji a quem solicitará ensinamentos relativos à possessão espiritual, à cura dos seres vivos e ao equilíbrio que deve existir no Universo. Compreenderá então o valor da vida e a necessidade da morte, o mistério que envolve a existência das montanhas e das rochas. Ali será tentado pela possibilidade de obter muita riqueza, mulher, filhos e bens incomensuráveis. Resista a estas tentações ou verá ser reduzida a uns poucos dias de luxúria.
A sétima porta – Obara Meji
Representa o poder da realização dos desejos e sonhos do ser humano.
Agora estará diante da sétima porta. O habitante deste quarto chama-se Obara Meji, é velho e se apresenta de aparência bonachona. Poderá te ensinar prestígios da cura, soluções para os problemas mais intrincados e te dará a possibilidade de realizar todos os desejos dos humanos. Tome cuidado, pois o domínio desses conhecimentos podem te conduzir à prática da mentira, à falta de escrúpulos e o desequilíbrio mental.
A oitava porta – Okanran Meji
Representa o poder da palavra do ser humano.
No oitavo quarto deverá solicitar a permissão de Okanran Meji para conhecer o poder da fala humana, que infelizmente é muito mais usada na prática do mal do que para o bem, e o encadeamento das forças. Este guardião te falará em muitas línguas e de sua boca só ouvirá lamúrias. Aprende depressa e depressa foge deste local, onde imperam a falsidade e a traição.
A nona porta – Ogunda Meji
Representa os malefícios da corrupção e da decadência no ser humano.
Diante da nona porta, pedirá permissão ao seu guardião, Ogunda Meji para conhecer a corrupção e a decadência, que podem levar os seres humanos aos mais baixos níveis de existência. Naquele quarto, encontrará os vícios que assolam a humanidade e que a escravizam em correntes inquebráveis. Verá o assassinato, a ganância, a traição, a violência, a covardia e a miséria humana, brincando de mãos dadas com muitos infelizes que se tornam seus servidores.
A décima porta – Osa Meji
Representa o poder do fogo e da influência dos astros no ser humano.
No décimo aposento deverá apresentar reverências a uma poderosa feiticeira, cujo nome é Osa Meji. Ela vai contar o poder que a mulher exerce sobre o homem e o porquê deste poder. Conhecerá seres poderosos que praticam o bem e o mal, denominados Ajès que vão lhe oferecer seus serviços maléficos. Caso aceito fará de você o mais poderoso e o mais odiado ser da face da Terra.
Aprenderá a representação do tempo, a dominar o fogo, a utilizar a influência dos astros sobre o que acontece no mundo. Saberá das relações entre o sol e a Terra e a Terra e a Lua, principalmente a influência da Lua sobre os seres vivos. Cuide para que estes segredos não te transformem em um feiticeiro maldito.
A décima primeira porta – Ika Meji
Representa o mistério da reencarnação e o domínio sobre os espíritos.
Bata agora com o seu Irofa na décima primeira porta e a voz do guardião Ika Meji lhe dirá onde os peixes povoaram os mares, o gigante em forma de serpente te fará estremecer. Saúde-o respeitosamente e solicite dele a permissão para conhecer o mistério que envolve a reencarnação, o domínio sobre os espíritos Abikus que nascem com o destino de uma vida curtíssima. Aprenda a dominar este segredo e desta forma poderá livrar muitas famílias do luto e da dor.
A décima segunda porta – Oturupon Meji
Representa os segredos da criação da Terra.
Esta porta te reserva sustos e surpresas sem fim. Seu guardião se chama Oturupon Meji e é do sexo feminino. Possui forma arredondada, mas se parecendo com uma grande bola de carne quase disforme. Trata-se de um gênio muito poderoso que poderá lhe revelar todos os segredos que envolvem a criação da Terra, além de te ensinar como obter riquezas inimagináveis. Aprenda com ele o segredo da gestação humana e a maneira como evitar abortos e partos prematuros. Depois parta respeitosamente em busca da próxima porta.
A décima terceira porta – Otura Meji
Representa o pleno poder sobre a matéria, a força mágica.
Bata com cuidado e muito respeito, neste quarto reside um gigante chamado Otura Meji, que costuma comunicar-se de forma íntima e constante com a energia da criação. Aprenda então como nasceu à raça humana, o domínio do homem sobre todos os animais e como é possível separar as coisas.
Domine os mistérios de dissociar os átomos, adquirindo assim pleno poder sobre a matéria. Aprenda também a utilizar a força mágica que existe nos sons da fala humana, mas usa esta força terrível com muita sabedoria.
A décima quarta porta – Irete Meji
Representa o poder dos segredos dos espíritos da Terra.
Já diante da décima quarta porta, irá se deparar com Irete Meji, que nada mais é do que o próprio espírito de Ilé, a terra. Faça com que desvende seus mais íntimos segredos, aguarde-o e preste lhe permanente reverência e sacrifício. Saiba como ir e voltar do reino de Iku. Contate por seu intermédio os espíritos da terra, “Onile”, transformando-os em seus aliados. Aprenda com ele o poder da cura.
A décima quinta porta – Ose Meji
Representa os males físicos do ser humano.
Na décima quinta porta será recepcionado por Ose Meji, que irá te ensinar sobre degeneração, decomposição, doenças, perdas e putrefação. Aprenda que é perdendo que se ganha, siga sempre pelo caminho mais modesto.
Aprenda a sanar estes males e saia daí o mais depressa possível para não ser também vitimado por tanta negatividade.
A décima sexta porta – Ofun Meji
Representa a união dos poderes dos outros 15 odus de Ifá.
Finalmente a décima sexta porta, o último dos obstáculos que te separam da sua desejada musa. Aí reside Ofun Meji, o mais velho e terrível dos 16 guardiões, aquele que ressuscita os mortos, saúde-o com temor, dizendo “Epa Imole” só assim poderá aplacar a sua Ira. Contemple-o, mas não o encare, observe que ele não é como os outros que você já conheceu durante a caminhada. É a reunião de todos os demais que nele habitam e que nele se dissipam somente de forma ilusória. Conhecê-lo é conhecer todos os segredos do Universo.
“Se for esta a sua busca, então você encontrou a “Sabedoria”, leve-a consigo até a eternidade.”
Ase, Ase, Ase.
Ifá, o senhor do Irofá (bastão de marfim) nos ensina os poderes e qualidades dos 16 mejis da seguinte maneira:
Ejiobge: representa o conhecimento da vida
Oyekun Meji: representa o conhecimento sobre a morte.
Iwori Meji: representa o conhecimento da vida espiritual e do Orun
Odi Meji: representa o domínio da matéria sobre o espírito.
Irosun Meji: representa o domínio do homem sobre seus semelhantes.
Owonrin Meji: representa o equilíbrio que deve existir no Universo.
Obara Meji: representa o poder da realização dos desejos e sonhos do ser humano.
Okanran Meji: representa o poder da palavra do ser humano.
Ogunda Meji: representa os malefícios da corrupção e da decadência no ser humano.
Osa Meji: representa o poder do fogo e da influência dos astros no ser humano.
Ika Meji: representa o mistério da reencarnação e o domínio sobre os espíritos.
Oturukpon Meji: representa os segredos da criação da Terra.
Otura Meji: representa o pleno poder sobre a matéria, a força mágica.
Irete Meji: representa o poder dos segredos dos espíritos da Terra.
Ose Meji: representa os males físicos do ser humano.
Ofun Meji: representa a união dos poderes dos outros 15 odus de Ifá.
A filosofia de Ifá é uma das mais antigas formas de conhecimento revelada a humanidade. Infelizmente as revelações de Ọrúnmìlá, têm desde o início dos tempos, sido escondidas no mais completo sigilo e aqueles que poderiam dispor de tempo e possuir horas de folga para adquiri-los, não tinham recursos de ir atrás deles. Tudo o que sabemos hoje de Ifá, tem sido passado de geração em geração. Muito do que o povo conhece sobre Ifá é também revelado: até mesmo hoje em dia, pelo próprio Ọrúnmìlá, porque ele regularmente surge para seus seguidores em sonhos, para ensiná-los o que é necessário saber sobre sua obra. O conhecimento de Ifá tem sobrevivido essencialmente pela tradição oral de um sacerdote de Ifá para outro. Nenhum esforço consciente tem sido feito para publicar a obra de Ọrúnmìlá completa para o público consumidor. Até os sacerdotes de Ifá entre eles, são freqüentemente relutantes em compartilhar conhecimento por temor que se o mesmo se tornar de domínio público, a fachada mística oculta a qual eles operam será destruída. Isto não é totalmente sua falta, porque levaram pelo menos 21 anos de aprendizado para produzir um sacerdote eficiente.
Mas pelo fato que este trabalho era diretamente inspirado pelo próprio Ọrúnmìlá, não seria fácil para ninguém dispor de tempo, esforços e dinheiro, para iniciar desta maneira numa aventura interminável. Aquilo é dizer que a sociedade de Ifá chamada conhecimento é interminável, imutável e imortal. Ver-se-á de suas revelações que Ọrúnmìlá, embora a mais nova de todas as divindades criadas por Deus, era verdadeiramente a própria testemunha de Deus quando começou a criar outras substâncias orgânicas e inorgânicas. Este é o porque de ser consultado como o Ẹlẹri Upin. Somente ele conhece a verdadeira natureza e Orígem de todos os objetos animados ou inanimados criados por Deus.
Este conhecimento tem lhe dado desta maneira incomparáveis poderes que fazem-no o mais eficiente de todos os adivinhos, que eram as primeiras criaturas de Deus.
Seus seguidores que são capazes de alcançar algo do conhecimento conseqüentemente controlam enorme poder o qual tem muitas vezes confundido muito em chamando na magia ou fetiche.
Por outro lado à expressão “IFÁ” encerra as revelações, estilos devida, e religião ensinada por Ọrúnmìlá. Este é o porque de ser freqüentemente dito que Ọrúnmìlá é a divindade mas Ifá é sua palavra.
O sacerdote de Ifá é o pedaço da boca de Ọrúnmìlá e até comparativamente recentemente, ele era o eixo em torno do qual a vida diária da comunidade girava. Naqueles dias era respeitável ir abertamente até ele para buscar solução para os problemas da vida. Atualmente tem se tornado moda consultar um sacerdote de Ifá em segredo absoluto e furtivamente.
Três fatores têm sido os responsáveis por esta espetacular mudança de atitude.
O primeiro é a chegada da civilização moderna e a educação trazida desta forma. A segunda é a despótica influência das religiões modernas as quais eram usadas pela espécie humana como armas para conquistas não apenas das mentes mortais, mas também para manifestamente ambições de território.
O terceiro é o impacto agregado das duas primeiras forças. As crianças dos sacerdotes de Ifá, não mais desejam ser associadas com a religião e ao modo de vida de seus pais, aos quais eles rejeitam como superstições pagãs.
Muitos sacerdotes de Ifá dotados de brilhante conhecimento teórico e prático do oráculo, têm morrido não restando nada gravado de suas riquezas de conhecimento e experiência. O volume de livros os quais eu estou prestes a me lançar são uma tentativa para deixar um relato histórico da grande obra de Ọrúnmìlá.
Eles se destinam a provocar debates para o enriquecimento do conhecimento de modo que as gerações vindouras conhecerão sobre Ọrúnmìlá e seu acesso para religião, em tempo, ser orgulhoso por estar associado com ela. Este trabalho se designa também para assistir a estudantes da filosofia de Ifá na obtenção mais profunda do conhecimento o Ifismo, tão bem quanto gerar interesse nele.
Também irá prover assistência para aqueles que foram iniciados na religião , mas que continuam a duvidar da veracidade da concepção inteira de Ọrúnmìlá.
Freqüentemente quando uma pessoa vai a um sacerdote, ele conta para seu cliente os encantamentos do Ọdu específico que se apresentou para ele. Depois disso ele prescreve os sacrifícios a serem feitos sem preocupar-se em narrar ao questionador a história fundamental do sacrifício que ele está pedindo para fazer. Eles o fazem por que acreditam que a mente não iniciada não irá entendê-los.
O cliente começa a questionar se o sacrifício é ou não relevante.
Se ele faz ou não o sacrifício, torna a reputação do sacerdote de Ifá incerta e não as suas convicções da necessidade disto. Mais importante é uma tentativa para fazer a religião se classificar como muitas religiões novas, como o judaísmo, cristianismo, budismo e islamismo. Estas outras religiões tinham a vantagem da documentação anterior. Quanto ao mais, nós veremos que Ifá é muito mais rico e mais antigo corpo de conhecimentos.
È importante notar que todavia este trabalho não coloca reivindicações quaisquer que sejam por conta completa da religião de Ifá. É dito que ninguém pode saber no total a Obra completa de Ọrúnmìlá. Este trabalho é portanto o início, e a pesquisa continuará durante toda a vida do autor. Espera-se que ela será atualizada de tempos em tempos tendo em vista a ausência de pesquisas e revelações adicionais.
Por outro lado, o escritor espera com esses volumes de dezessete livros no todo, desmistificar a filosofia da Religião de Ifá. Contrário a todas as aparências externas, não há nada mágico sobre Ifá. A arte é análoga ao trabalho de astrologia. Um astrólogo conta o futuro de um homem lendo o comportamento das estrelas que estavam no céu na época em que a pessoa nasceu. Do mesmo jeito quando uma criança nasce, os instrumentos principais de divinação de Ifá são usados para sensibilizar sua cabeça e escutá-la. O instrumento irá declarar o nome do Ọdu que é sua estrela guia. O sacerdote de Ifá irá então revelar a história da vida do Ọdu que surgiu para ele e pode proclamar com cem por cento de certeza que a vida da criança irá tomar alguns caminhos que aparecem no Ọdu. É uma coisa que acontece quando o Ọdu particular surge no jogo quando uma pessoa é iniciada na religião de Ifá e na sociedade secreta (Ogbodu).
Por exemplo, se a cerimônia do nome ou durante a iniciação em ifá , Ejiogbe é o Ọdu que surgir , a pessoa pode convenientemente ser informada de que sua história de vida seguirá o caminha da vida de Ejiogbe.
Se por exemplo o iniciado é negro e de estatura média, ele pode ser informado que se ele é capaz de seguir os èto e ewọ de Ejiogbe ele certamente prosperará na vida e dispensará sua vida em serviços humanitários. Se por outro lado à pessoa é clara ou baixa, ele pode ser informado que ele não será provavelmente muito próspero a menos que consulte seu Ifá e execute sacrifícios especiais para remover os obstáculos que Ejiogbe tinha em circunstâncias similares. Neste caso Ejiogbe tinha retornado para o céu para se recuperar antes da fortuna lhe sorrir na terra.
No mesmo jeito, se algum Ọdu particular surgir no jogo , o sacerdote vai recomendar a perguntar se é para realizar algum sacrifício executado pelo Ọdu em tais circunstâncias. Se o jogo revelar que a morte da pessoa é iminente, o sacerdote simplesmente informará a pessoa para fazer um sacrifício que Ọrúnmìlá foi informado a fazer , e o qual ele recomendou a outros fazerem a fim de evitar o perigo da morte prematura em circunstâncias similares.
É razoável imaginar pela análise anterior que longe de uma vida de mágico, o sacerdote de Ifá é simplesmente um hábil intérprete. Contanto ele pode desenvolver uma memória retentiva, desde que a maiOría não pode ler e escrever, ele tem somente que relatar os problemas de um cliente com uma situação correspondente ao que ocorreu a milhares ou milhões de anos atrás, para revelar problemas constantes em uma informação de hoje e colocá-los na forma apropriada. Estas considerações da obra de Ọrúnmìlá são uma tentativa de auxiliar os não iniciados, bem como os neófitos, a serem capazes de interpretar as revelações de Ifá por eles mesmos, a fim de perceber que o sacerdote tenta fazer no discurso de sua prática a arte de Ifá.
È importante observar do início que Ọrúnmìlá não procura pela conversão dos fiéis. Esta é uma religião do indivíduo, o qual não confia na importância dos números para sobrevivência. No início Ọrúnmìlá ensina que a melhor maneira de compreensão é prezando seus conhecimentos, o que é completamente eficaz para seu trabalho e para a melodia de sua música.
Por: Cromwell Osamoro
Itans de Ogbe. (Ejiogbe)
O trabalho mais memorável de Eji-Obge no céu foi a sua revelação. Como a Cabeça que foi uma divindade, veio a ter um corpo permanente. As divindades foram Oríginalmente criadas sem cabeça, como são hoje, porque a Cabeça, ela mesma é uma divindade.
A CABEÇA COMO UMA DIVINDADE
O Awo que reverenciou as Cabeças, Orí-omo Atete Ni Iron (aqui dita como Orí), foram chamadas de Amure, Awo Eba ono, que vivia no céu.
Ọrúnmìlá convidou Amure para fazer uma prece para obterem uma figura física completa, porque nenhuma das divindades tinha uma cabeça naquele tempo. O Awo disse a Ọrúnmìlá para esfregar ambas as palmas das mãos para cima e orar para obter uma cabeça (Orí em Yorùbá ou Uhunmwun Arabona em Bini). Foi dito a ele para fazer um sacrifício com quatro obi, uma tigela de barro, uma esponja e sabão. Ele deveria manter o obi no seu altar de Ifá sem dividi-los porque um visitante inesperado poderia aparecer.
Orí (Cabeça) chamou também Amure para orar e foi dito a ele para servir seu guardião com os quatro obi, ele não tinha dinheiro para comprá-los, entretanto, foi lhe dito que somente após o sacrifício começaria a prosperar. Depois de fazer o seu próprio sacrifício, Ọrúnmìlá deixou os quatro obi em seu altar de Ifá como havia sido dito a ele. Mais tarde, Èşu anunciou no céu que Ọrúnmìlá tinha quatro obi bonitos no seu altar e estava procurando por uma divindade perfeita para quebrá-los.
Dirigidos por Ògún, todas as divindades foram visitar Ọrúnmìlá, uma após a outra. Porém, Ọrúnmìlá disse que nenhuma delas era suficientemente forte para quebrar os obi. As divindades sentiram-se fracas e deixaram-no perturbado.
Mesmo Oríşá N’Lá foi visitar Ọrúnmìlá, este o entreteve com diferentes e melhores obi, enfatizando que os obi especificados não foram feitos para serem quebrados. Já que Deus era conhecido por nunca perder a sua calma, ele aceitou os obi frescos dados a ele por Ọrúnmìlá e foi embora.
Finalmente Orí decidiu visitar Ọrúnmìlá, uma vez que Orí foi à única divindade que não havia ainda tentado abrir os misteriosos obi, especialmente porque ele nunca tinha dinheiro suficiente para comprar os obi requeridos para servir de guardião. Ele então foi à casa de Ọrúnmìlá.
Assim que Ọrúnmìlá viu Orí chegando em sua casa. O reconheceu e convidou-o para entrar. Ọrúnmìlá imediatamente pegou o jarro de barro encheu com água e usou a esponja e sabão para lavar Orí. Depois de secá-lo, Ọrúnmìlá carregou Orí para seu templo e pediu a ele que abrisse os obi que a tempos estavam aguardando por ele.
Depois de agradecer a Ọrúnmìlá por seu gesto honorífico, Orí orou para Ọrúnmìlá com os obi para que ele sentisse uma manifestação e preenchimento. Depois Orí usou os obi para orar para si e para ter uma residência permanente e cheia de seguidores. Orí então com toda força investiu contra os obi que abriram com um estrondo muito alto que ecoou por todo o céu.
Ouvindo o som da explosão, todas as divindades imediatamente ouviram que todos os obi, do templo de Òrúnmìlá haviam finalmente sido separados. Estavam todos muito curiosos em saber quem conseguira abri-los, uma vez que haviam desafiado a todos inclusive Deus (Oríşá N’Lá). Subseqüentemente Èşu anunciou que os obi haviam sido divididos por Orí, então todas as divindades concordaram que a Cabeça era a divindade certa para fazê-lo.
Quase que imediatamente a mão, o pé, o corpo, o estômago, o peito, o pescoço, etc, todos que antigamente tinham identidades distintas, decidirão unir-se e viverem junto à cabeça, eles não tinham entendido antes que ela era tão importante. Juntos carregaram a Cabeça para cima deles e lá no templo de Ọrúnmìlá a cabeça foi coroada como Rei do Corpo. É por conta de todo este ritual feito por Ọrúnmìlá em sua sorte que a Cabeça tocou o chão. Ọrúnmìlá é o mais novo, o mais importante e o mais popular de todas as divindades.
Para o filho de Ejiogbe viver na terra, tem que olhar para o conhecido Awo e preparar numa caveira de qualquer animal um banho especial para si contendo sabão. Ejiogbe é a divindade patrona da Cabeça porque foi ele quem fez no céu um sacrifício no qual a Cabeça foi coroada como o Rei do Corpo.
Ejiogbe se tornou o Olodu mais velho na terra mesmo ele sendo o mais novo. Pertence a segunda geração dos profetas que se voluntariaram para vir ao mundo com o objetivo de através de exemplos, fazerem um lugar melhor para se viver. Foi um apóstolo muito benevolente de Ọrúnmìlá, tanto no céu quanto na terra.
Por: Cromwell Osamoro.
Itans de Ogbe (Ejiogbe)
COMO EJIOGBE SE TORNOU O REI DOS OLODUS
Depois de todos os dezesseis Olodus terem vindo ao mundo, foi o momento para apontar a cabeça entre eles. Ejiogbe não foi o primeiro Olodu a vir para o mundo. Muitos outros tinham vindo antes dele. Antes deles, Oyeku-Meji que era o Rei da Noite tinha sido proclamado o mais velho. A maioria caiu em Oríşa N’lá (O filho de Deus, ou o representante de Deus na terra) para indicar o rei dos Olodu. Oríşa N’lá convocou todos e lhes deu um rato para repartir entre eles. Oyeku-Meji pegou uma perna, IwOrí-Meji pegou a segunda perna, Idi-Meji pegou uma mão e Obara-Meji pegou a mão restante. As outras partes foram repartidas em ordem convencional de idade. Ejiogbe sendo muito novo foi dada à cabeça do rato. Na seqüência Oríşa N’lá lhes deu um peixe, uma galinha, um pombo, uma angola e finalmente um bode, os quais foram todos repartidos de acordo com a ordem estabelecida com o rato. Em cada caso a Ejiogbe foi dada à cabeça de cada um dos animais sacrificados. Finalmente Deus (Oríşa N’lá) convocou-os para vir a ele para uma decisão depois de três dias. Chegando em casa Ejiogbe fez uma consulta oracular e lhe foi dita para dar um bode a Èşu. Depois de comido seu bode, Èşu lhe disse no dia indicado, que ele deveria assar uma raiz de inhame e guardá-lo em sua sacola junto com uma vasilha de água. Èşu também o avisou para ir depois para o encontro dos Olodus ao palácio de Deus.
No dia recomendado, os Olodus foram convocá-lo para a conferência. Após o deixarem, ele tirou inhame, descascou e o colocou dentro de sua bolsa com uma cabaça de água. No caminho para a conferência ele encontrou uma velha mulher, justo como Èşu previu e de acordo com o aviso dado ele aliviou a velha do peso da madeira para o fogo que ela estava carregando, porque ela já estava tão cansada que mal podia andar. Após aceitar de maneira agradável a ajuda, ela se queixou que estava com uma fome terrível. Instantaneamente Ejiogbe retirou o inhame assado de dentro de sua bolsa e o deu para ela comer. Depois de comer, ela pediu por água e ele lhe deu a cabaça d’água de dentro de sua bolsa. Com a refeição terminada ele carregou a lenha enquanto a velha senhora caminhou ao seu lado.
Ele não percebeu que a mulher era a Mãe do Deus Filho. (Oríşa N’lá). Entretanto como ele deu a impressão de estar com pressa, a velha perguntou-lhe onde ele estava indo com tanta pressa. Ele respondeu que ele já estava atrasado para uma conferência na qual Oríşa N’lá iria apontar o rei entre os Olodus. Ele disse que ela não estava tomando seu tempo, de qualquer maneira, já que ele era muito novo para aspirar à coroa dos dezesseis apóstolos de Ọrúnmìlá.
Na sua resposta a velha assegurou-lhe que ele estava indo para ser feito o rei dos apóstolos. Quando eles chegaram à casa da mulher, ela lhe disse para depositar a lenha atrás da casa. Ejiogbe já estava identificando a casa como a de Oríşa N’lá, quando ele compreendeu que a mulher que ele tinha auxiliado era ninguém mais que a mãe dele. Ele então se curvou em sinal de respeito. A mulher lhe disse para seguí-la até o interior da casa. Chegando lá ela trouxe duas peças de roupa branca, uma em seu ombro direito e outra em seu ombro esquerdo. Ela então inseriu uma pena vermelha de papagaio na cabeça de Ejiogbe e uma marcação (giz branco) em sua palma direita, depois ela lhe mostrou as 146 (Ota legbeje) pedras em frente e fora da casa de Oríşa N’lá e direcionou-o a ir e sentar no topo de uma pedra branca no meio. Em seu novo enxoval, ele foi se sentar lá, enquanto os outros esperavam em uma câmara de Deus.
Depois Oríşa N’lá perguntou aos outros por quem eles ainda estavam esperando e todos eles responderam que eles estavam esperando por Ejiogbe. Oríşa N’lá então perguntou-lhes pelo nome do homem que estava sentado lá fora. Nem mesmo eles puderam reconhecê-lo como Ejiogbe. Oríşa N’lá orientou-os a ir e prestar respeitos ao homem. Um após o outro eles foram se prostrar e tocar o chão com suas cabeças nos pés da onde Ejiogbe estava sentado. Em seguida Oríşa N’lá formalmente proclamou Ejiogbe como o rei dos Olodus da família de Ọrúnmìlá. Quase que unanimemente, todos os outros Olodus se queixaram aborrecidos demonstrando sua desaprovação pela nomeação do mais novo Olodu para chefiar entre todos eles. Neste ponto Deus lhes perguntou como eles repartiram os animais que ele tinha dado a eles durante os sete dias no período de avaliação. Eles explicaram como eles os dividiram. Ele lhes perguntou a quem foi dada a cabeça de cada um desses animais e eles confirmaram que tinham dado para Ejiogbe. Oríşa N’lá então exclamou que foram eles que voluntariamente apontaram Ejiogbe para ser o seu Rei, porque quando a cabeça está fora do corpo, o resto não tem vida. Com aquela observação eles todos se dispersaram.
Quando eles deixaram o palácio de Orişa N’lá, todos eles decidiram prender Ejiogbe em seus fortes braços. Não apenas resolveram não se reconciliar com ele como também decidiram nem servi-lo nem visitá-lo. Antes da dispersão Ejiogbe compôs um poema o qual ele usou como um encantamento:
Oja nii ki owo jaa,
Owuwu oni koo wo won wuu
Ikpe Akiko kiiga akika deenu,
Ikpe Oríre kii gun Oríre deenu,
Etuu kii olo tu won nimo,
Inu lo otin ire efo ebire wa.
Com aquele encantamento especial, esperava neutralizar todas as maquinações maléficas contra ele. Ele usou algumas espécies de folhas para este propósito. Após aquele incidente, eles lhe disseram que antes não podiam aceitá-lo como rei, ele teria de banqueteá-los com:
200 cabaças de inhame assado.
200 potes de sopa preparada com diferentes tipos de carnes
200 cuias de vinho.
200 cestas de obi, etc, dando lhe sete dias para organizar o banquete.
É desnecessário dizer que parecia uma tarefa impossível porque eles sabiam que Ejiogbe não poderia bancar financeiramente um banquete daquele tamanho. Ejiogbe sentou-se lamentando de sua pobreza, e a perspectiva de se tornar um pastor sem rebanho. Entrementes, Èşu veio a eles para descobrir a causa de sua melancolia e ele explicou que não tinha dinheiro disponível para financiar esmeradamente o banquete solicitado pelos Olodus, antes de eles poderem aceitar se submeter a ele. Èşu replicou que o problema seria resolvido se Ejiogbe lhe desse mais outro bode. Ejiogbe não perdeu tempo em dar o outro bode para Èşu. Após comer o bode, Èşu avisou-o a preparar apenas uma de cada de todas as coisas necessárias para o banquete e para fazer cento e noventa e nove recipientes adicionais cheios de cada item e enfileirá-los fora do salão do banquete no dia indicado. Ejiogbe seguiu a recomendação de Èşu adequadamente, neste meio tempo, cada um dos Olodu tinha estado fazendo pilhérias dele, já que eles sabiam que não havia jeito para Ejiogbe poder providenciar o banquete.
No sétimo dia, eles começaram a visitá-lo um a um para confirmar se ele estava certo com o banquete, já que eles não ouviram o som do socar do pilão vindo da sua cozinha, acreditaram que não iria haver banquete mais tarde. Entretanto, tendo ainda fora os potes cheios, Èşu foi para o salão e ordenou uma preparação só para multiplicar em potes cheios. Instantaneamente, todas as cabaças, potes de sopa, cuias, cestas, etc, estavam cheias com preparados frescos e o banquete estava pronto.
Assim que Oyeku-Meji chegou ao banquete descobriu o que estava acontecendo, ele ficou atônito em ver que o banquete estava pronto depois de tudo. Sem esperar por um convite formal, sentou-se para servir a si mesmo a comida.
Ele foi seguido adequadamente por Iworí-Meji, Idi-Meji, Obara-meji, Okonron-Meji, Irosun-Meji, Owanrin-Meji, Ògúnda-Meji, Osa-Meji, Otura-Meji, Irete-Meji, Eka-Meji, Eturukpon-Meji, Ose-Meji e Ofun-Meji. Antes de perceberem o que estava acontecendo, eles tinham jantado tudo e bebido para a alegria de seus corações.
Após o banquete, todos eles carregaram Ejiogbe acima de suas cabeças e começaram a dançar em procissão cantando:
“Agbee geege, Agbee Babaa, Agbee geege, Agbee Babaa.”
Eles dançaram em procissão através da cidade. Quando chegaram à margem do oceano, Ejiogbe lhes disse para colocá-lo no chão e ele cantou em louvor dos Awo que fizeram a divinação para ele e do sacrifício que ele fez. Com o que ele foi coroado formalmente o rei dos apóstolos de Ọrúnmìlá, com o título de Akoko-Olokún.
Neste momento, ele sacrificou caracóis na margem do oceano e foi o último sacrifício que ele fez antes de se tornar próspero e o trono começou a florescer e vicejar.
Por Cromwell Osamoro
Itans de Ogbe (Ejiogbe)
AKPETEBI ABORRECE EJIOGBE
Ejiogbe era conhecido por ser particularmente paciente e tolerante. Um dia, uma de suas esposas irritou-o tanto que ele decidiu sair de casa em fúria.
No caminho ele encontrou os seguintes agentes de destruição, um após outro, Èşu, Feiticeira, Abiku, Doença e Morte. Cada um perguntando onde ele estava indo com tanta fúria e fumaça. Em resposta ele lhes disse que estava saindo de casa porque sua esposa que não estava lhe permitindo ter paz de espírito. Cada um deles se comprometeu a retornar com ele para casa para negociar com a esposa ofensora.
À noite Ejiogbe partiu para casa, a esposa ofensora teve então um sonho no qual a assustaram tanto que ela decidiu ir a um divinador na manhã seguinte. Ela foi avisada que o infortúnio, doença e morte súbita estavam em seu encalço porque Ọrúnmìlá a tinha denunciado para os altos poderes.
Ela foi informada a varrer e limpar a casa, lavar suas roupas e preparar um banquete em múltiplos de cinco, tipos de sopa, inhame assado, carnes, vinho, obi, água, etc, de encontro ao retorno do seu marido e apresentar o banquete de joelhos para tão logo ele retornasse para casa.
Ejiogbe esteve fora por cinco dias, como ele retornou no quinto dia, todas as cinco divindades o seguiram até sua casa.
Assim que eles chegaram à entrada principal de sua casa, ele lhes disse para esperar e ele foi pela entrada dos fundos. Em lágrimas esposa ofensora se ajoelhou para abraçá-lo e implorar por seu perdão.
Ela lhe deu um jantar farto, e um para todos os dias que ele esteve fora. Sendo um homem com um coração mole como era, Ejiogbe juntou o banquete e deu-o as cinco divindades que estavam esperando fora. Após comerem, eles se direcionaram para atacar a mulher, mas Ejiogbe lhes disse que ela tinha se arrependido por suas transgressões, posto que fora ela quem preparara o banquete que eles tinham justamente apreciado. Ele relembrou-lhes de uma regra divina de que ninguém pode matar aquele que os alimentou.
Assim foi como ele salvou sua esposa da destruição.
Quando Ejiogbe surge na divinação para uma mulher casada lhe será pedido para preparar o banquete acima mencionado em múltiplos de cinco, por ela ter ofendido seu marido tanto que as divindades da destruição a tem perseguido em fúria.
Por: Cromwell Osamoro
Ola Pessoal,
Babalawo é UNO com o oráculo ifa Orumila no momento de uma consulta, no exercíco de sua função, assim como uma antena parabólica ele é apenas uma transmissor dessa sabedoria, no conhecimento dos odus, nos ebós recomendados, na conduta orientada e, na minha opinião pessoal, orientar conduta é de vital importância!
Tambem na minha opinião pessoal religiões mais novas ( principalmente as sincretizadas), carecem e tomam de empréstimo de outras religiões as normas de conduta. No nosso caso temos o kardecismo que nos chega com vários dogmas do cristianismo, a umbanda que é um culto a antepassados no meu modo de ver e que apenas faz referência aos orixás mas não os cultua de fato. O candomblé que aos poucos vai se libertando desse sincretismo imposto.
Vejam, tudo é válido…no sentido de que ter alguma crença é importante mas, algumas misturas irão levar as pessoas a becos sem saida, a perguntas sem respostas ou a confundir ainda mais as coisas.
Apesar de não ser escrito assim como a Bíblia, os versos e a sabedoria de Orumila que nos chega através de babalawo são tão eficazes como condutas morais e éticas como qualquer outro livro sagrado, são tão eficazes para acalmar uma alma aflita e desorientada através do amor dessa sabedoria. Sem essa sabedoria e amor pecamos todos nós sejamos cristãos, pagãos, candomblecistas, umbandistas, kardecistas…
Babalawo faz iniciação para Orumila ifa, babalawo não vai rodar com Orumila, mas babalawo conhece orisá e conhece seu orisá e pode ter comunhão com ele na sua particularidade.
Babalawo também tem comunhão com Orisá, pode cantar pra ele, dançar pra ele, vestir o seu orisá.O que impede isso?
Asé
Michelly,
Seu comentário é ótimo e concordo em genero, número e grau.
Babalawo também tem comunhão com Orisá, pode cantar pra ele, dançar pra ele, vestir o seu orisá.O que impede isso?
Apenas acrescento:
Nada impede que isso aconteça por que os Babalawos tem seus Babalorixás, assim como os Babalorixás tem seus Babalawos, ambos se completam.
Assim também é o culto a Egungun ou quando de um Axexe, quando Babalawos e Babalorixas precisam dos Alapinis e Ojês para os sacrifícios a Egungun e toda liturgia e os memos precisam de seus babalawos e babalorixás.
Mãos perfeitas e escolhidas para cada função.
“Porque nem tudo que se faz pode permancer escondido”. Máxima do Odú Ìwòrì Ogbé.
Axé.
Bàbá Fernando, ago, complementando com minha opinião, qualquer Babalawo, Oluwo ou Arabá (posto mais alto no culto de Ifá), pode e deveria ser iniciado no culto de òrìsá, pois esta experiência lhe daria um foco mais apurado do que ele já tem e lhe credenciaria a ir um pouco mais longe ao mexer com òrìsá. Concordo que na verdade o correto é o Babalawo ver caminhos de Odu e fazer os ebós no neófito e depois o Olorisá (zelador) cuidar da iniciação do mesmo.
A mão esquerda não se limpa sem ajuda da direita. Ogbe-meji.
Mo juba Olorisá.
Ire o.
Da Ilha,
Bem sabemos que o advinho que manipulava o Ifá era denominado por Babalawo de: Babá (pai) + Li ( que tem) + àwo (segredo) era a autoridade máxima do sistema religioso Yorubá, principalmente em Ifé, onde existiam os Babalawos Àwoni com seus irukeres, Opá Orèrè e até usavam Ekudidé, esse liturgia só existiu em Ilê Ifé. (antes que algum babalawo comece a usar o Ekodidé)
Segundo Willian Bascon, …o Babalawo era uma autoridade religiosa que deve ter conhecimento acerca de todas as Divindades Yorubá e não meramente daquela que ele pessoalmente reverencia, funcionando para a massa de fiéis e também para os outros sacerdotes de divindades diferentes. Ele ajuda os fiéis a tratar com amplo espectro de forças personificadas ou impessoais em que os Yorubás acreditam e a consumar, através da Divinação Ifá, os destinos individuais que lhes forem consignados por escolha própria desde o nascimento.
” Obé Ti o mu ki gbé kuku ará ré”
“Por mais afiada que seja a faca, ela não pode riscar seu próprio cabo”
Mo Juba omo-Ifá.
Bàbá Fernando, correto, mas é bom informar aos nossos internautas que o cargo de Babalawo puro e simples, sem iniciação em òrìsá não lhe permite mexer na cabeça de niguém.
Basicamente um Bori onde se invoca o Odu e o adimu, (comidas para os òrìsás), pois tem gente por ai iniciada em Babalawo, não é sacerdote de òrìsá e quer fazer iniciação por pura ganancia.
Portanto, o Babalawo tem que ter duas familias, a de òrìsá e a de Ifá, se não tiver é errado querer atuar nas duas frentes.
Mo juba Olorisá.
Ire o.
Da Ilha,
Por isso que: “Por mais afiada que seja a faca, ela não pode riscar seu próprio cabo”
Particularmente não concordo, é muita coisa para a cabeça de uma pessoa, estudar durante anos à fio os 256 Odús, itans, parábolas, liturgias e toda aquela confraria que tem que dar satisfação, $, aos Ogbonis, ainda depois se iniciar para Orixá!Até chegar através de obrigações, odun ijê e receber a cuia ou deká de Babalorixá. Uma coisa ou outra, ou bem seja um excelente Oluwò ou um excelente Olorisá. No Ketu/Nagô o Babalorixá apura o Orixá, descobre sua raiz, identifica e qualifica, passam anos aprendendo a entender porque se enrola o acaçá na folha de bananeira para Oxalá já que esta folha é de Exú.
“Mãos perfeitas e escolhidas para cada função”
Mo juba axé.
Da Ilha e Fernando…
” Por mais afiada que seja a faca, ela não pode riscar seu próprio cabo ”
Essa frase soa como uma sentença fatal, enfim, temos que optar. Ou fazer bem uma coisa ou outra, não é verdade?
E eu que estudo tanto e não vou jogar opele nem ser babalawo, claro que eu não teria a cara de pau pra sair por aí dando consulta com opele…rs…
Porque mulher não pode?
heimm?
bjs
Michelly
Michelly, prepare o ÓLEO DE PEROBA, VOCE PODE JOGAR OPELÈ IFÁ SIM. Dentro do Culto de Ifá, uma mulher pode se tornar uma Iyànifá, com todos os direitos de um Babalawo, existem algumas restrições, como manipular Ikins e na iniciação tem um ritual qvc não faz, mas isso é outra história. Minha casa inicia homens e mulheres no culto de Ifá, desde Isefá ( Primeira mão de ifá, o inicio do caminho onde é montado o igbá de Òrúmìlá), Iyànifá que já lhe falei e Babalawo. Portanto seus estudos e sua estrada não param nunca, é somente uma questão de querer e ser escolhido por Òrúnmìlá.
A frase a que vc se referiu não é como uma sentença, é uma parabola onde cada um tirará o ensinamento que encontrar. Eu vejo nesta frase o freio para as pessoas que querem ser Deus, as pessoas que querem abraçar o mundo e fazer tudo e cada um vai se encontrar nela.
Ire o.
Da Iha,
Mò Jùbá, que Orunmilá lhe abençoe.
Axé.
Bàbá, passamos a vida estudando e aprendendo. Não pense que daqui do meu cantinho não bebo de suas palavras tbm.
Não somos donos de verdade nehuma, então caçamos e aprendemos,
Awure aiku.
Mo juba olorisá.
olá manoela,
eu sou a rose,tenho 38 anos e a 4 estou na religião jeje.fiz um bori de 4 pé.
com 16 anos,começei a ler cartas atraves de uma revista sempre fui atraida por coisas místicas.hoje não necessito do baralho pr ler a sorte.
no começo tive muito medo,mas as pessoas sempre me procuravam pr ler a sorte.hoje tenho uma entidade que me avisa quando vem problemas por ai
e se uma pessoa me procura e começa e contar seus problemas,logo essa entidade começa a falar o que aconteceu e o que a pessoa deve fazer tudo bem detalhado,mas quando é em relação a mim,tenho que desifrar o que ela quer dizer.já perguntei o nome dela,ela diz que diferença não iria fazer se eu soubesse,mas a chamo com todo carinho de “a mulher”.eu a respeito muito e ela nunca disse algo que não acontecesse.lendo seu artigo,veio novamente a dúvida,como pode isso acontecer?sem cartas,sem búzios?por favor me explique que mediunidade é essa.as vezes vejo imagens como sena de filme é rápido mas diz muita coisa tanto em imagem como em palavras.
quem sou eu,ou o que sou eu, me ajuda.
abraços
Roseane, a Manuela está temporariamente afastada do blog, mas eu vou tentar te ajudar, ok?
Você tem o que nós podemos chamar de intuição, uma intuição muito boa. Não há por que ter susto ou se perguntar quem você é. Você é quem é só que com uma intuição. O que você não pode fazer é viver em função desta intuição, pois nem sempre tudo nos chega assim, antes. Existem informações que só chegam no momento que devem chegar.
Esta “mulher” é uma entidade. Se é pombagira ou não, não dá pra se saber assim, mas se ela não se identifica, respeite o momento dela.
Roseane, você deveria ser ter alguém ou algum lugar pra orientar você nesta questão. Nunca pensou nisso?
Axé!
oi Dayane tudo bem?
agradeço por estar me ajudando.já pensei em procurar ajuda,mas me disseram que isso não existe e que é coisa de minha cabeça,então desisti.
fui procurar na net e te achei.só gostaria de entender e aprender a lidar com essa intuição.na casa que frequento,poucos sabem lidar com isso,e outros se aproveitam sabendo que não consigo ficar calada quando a mulher fala,é meio desgastante parece que fico meio encorporada,mas não perco os sentidos.
tenho minha pomba gira maria molambo,minha mãe Iansã,as vezes penso que são as duas cada uma numa situação.bom vou respeitar o tempo dela.ela me ajuda muito e ajuda quem vem pedir ajuda,por esse lado fico muito feliz em poder ajudar.
não procurei ajuda fora da casa,pois aqui é meio complicado não dá pr confiar muito devido as bobeiras que fazem com a religião,pedi ajuda para vocês,pois tudo que li até agora é o que meu babalorixa me ensina.
obrigada por me responder.
abraços
Roseane,
Creio que um zelador veria facilmente qual entidade é essa e o que ela quer com você. E outra coisa, ele também ajudaria na doutrina dela para ela só falar na hora certa e não ficar desgastando você a qualquer momento. Isso seria totalmente possível já que pelo seu relato, o lugar no qual você frequenta também cultua entidades.
Acho que talvez você não tenha posto a questão com clareza ao seu zelador pra ele verificar a veracidade desta entidade. Seria o caso reconversar.
Axé!
Boa tarde a todos!
Sou uma abiã na minha casa, já fiz bori, assentamentos… participo de ebós.. e estou muito feliz com meu axé.. gosto muito de ler os posts, é sempre muito bom saber que nao estou sozinha nas minhas dúvidas…rs.. então gostaria de saber uma coisa.. como se inicia o processo de aprendizado do jogo de búzios ou tarot? sei que o zelador deve ver no jogo se o filho de santo tem mão para isso. mas tendo, qual seria o caminho? é pesquisa.. comprar livros sobre o assunto, e depois com o tempo o próprio orixá ir conduzindo por esse caminho? pergunto isso porque já sonhei e em sonho eu aprendia a colocar as cartas e o meu zelador no sonho é quem me dizia como fazer isso.. mas enfim.. gostaria de saber de vocês qual seria o caminho a percorrer..
Fernanda, em materia de oráculo quem nos autoriza é Òrúnmìlá, se o seu zelador ainda não olhou é pq ainda não foi feita nenhuma revelaçõa neste sentido. Cartas é uma outra vertente do oraculo e nada tem a ver com Òrúnmìlá / Ifá.
Vc como abian participar de ebó é complicado pq geralmente não é passado ao povo da casa o pq, para que e que ebó está sendo feito, cuidado…
Ire o.
sou abiã pq ainda não sou feita no santo, mas frequento a casa já há um bom tempo. Alguns dizem que você é abiã até sua feitura, outros que depende, que você pode ser iyaô dependendo de como foi feito seu borí se houve ou não iniciação. Mas posso dizer que com certeza já tenho uma vivencia boa de casa de santo, pois me faço sempre presente nas obrigações e no dia a dia da casa. Nos primeiros ebós que participei realmente não tinha noção, hoje já consigo identificar pelo que tem na mesa do ebó o direcionamento. mas voltando ao que foi perguntando sobre os búzios e o tarot.. sei que as cartas não tem a ver com ifá, por isso perguntei qual seria o caminho para o aprendizado… gostaria de saber qual seria o caminho de aprendizado para essas duas vertentes…
Fernanda, Yawo é o Elegum, aquele que levou adosu, se não iniciou é abian, Bori não credencia ninguem a nada e bori de feitura é enganção, coisa para tirar dinheiro de pessoas inocentes.
O Tarot vc pode estudar via livros, cursos e um bom professor. Ifá é diferente, ou deveria ser, o oráculo é manipulado pelos escolhidos e mesmo escolhido vc tem a responsabilidade de se conectar com Òrúnmìlá na hora do jogo, todo jogo é uma conecção com o ALTO, portanto fazer cursinho, ler apostila, ler livros é muito válido. Porém a iniciação no segredo é que vai determinar o seu grau de conecção, ou ele não existe ou ele existe via iniciação no culto de Òrúnmìlá ou receber o jogo de seu zelador, quando estiver devidamente autorizado.
O caminho é este e não há outro. Programinha de computador para descobrir òrìsá tbm é outra furada, este aviso serve para quem nos lê.
Ire o.
Então seria realmente tudo a seu tempo certo? não tenho pressa.. apenas queria saber realmente se estou caminhando como deve ser…
Mais uma dúvida.. essa escolha de Òrúnmìlá, como já li acima.. como é que acontece? seria em jogo? como Òrúnmìlá indica quem deve ser iniciado em seu culto de ifá?
Fernanda, somente saberemos consultando o oráculo, pois ai sim teremos a certeza que vc é uma escolhida. Não será como essas pessoas que dizem que jogam e fazem besteiras com a vida das pessoas.
Ire o.
Baba Fernando e Da Ilha Mutumbá!
Podem me falar sobre a pessoa que nasce regido sob o odù Etaogundá? Por favor!
Axé!
Renato sobre Ogundá meji, vc pode investigar em meu blog.
http://www.orisaifa.blogspot.com
Ire o.
Ótimo conselho Da Ilha!
Obrigado e Axé!
da ilha bom dia,feliz natal para voce e familia.sou a rosangela e estou prescisando da sua ajuda..no momento nao estou em ile nenhum mas tem30 anos da minha vida no espirtismo ,nao sou feita no santo.o poblema e que nos lugares que desenvolvi ninguem que mexer no meu ori e eu sinto que tem que ter uma pessoa qualificada para cuidar de mim.sempre tenho sonhos com um senhor vestido todo de branco me ensinando a fazer ebos e rezas.eu nasci 18/011962 as1000horas da manha .me responda como encontrar com o senhor para uma consulta.obrigado
rosangela,
Talvez o que você sonhe seja seu Orixá ancestral. Somente através do jogo de búzios para ver seus caminhos e obter uma orientação.
Axé.
hola soy de argentina y vivo en rio colorado. yo queria decir que es una linda religio y q a mi me esta ayudando mucho. fui a un templo de candoble en general roca rio negro argentina. todo muy lindo y tengo mi guia y mi busio que me protegen me la dio el pai gerson.
olá, vcs poderiam me indicar um bom lugar para jogar os buzios, tem a lista que peguei no google do Prof. Reginaldo Prandi, mas são tantos que fica dificil saber qual, moro no centro de são paulo, tenho facil acesso pra qualquer lado, preciso de uma orientação de alguém sério de verdade, porque só tenho caido com pessoas que não foram verdadeiras. muito obrigada. axé.
Luciene,
Você deve separar os bons que dizem a verdade e os que dizem o que você quer ouvir. Você vai me entender…
Axé!
o que é um akunko?
uma pessoa de oxossi pode ser regido pelo odu okaran?
há proposito: vcs poderiam falar um pouco sobre esse odu?
Luciane, não temos contato em S. Paulo, infelizmente.
Ire o.
Paulo
akun é um adorno feito de conchas ou coquinhos,
ko – juntar.
Vc pode ser regido por qualquer Odu, basta saber que é ele, não é regra esta sua informação.
Procure por Okonran em
wwww.orisaifa.blogspot.com
Meu blog pessoal.
Ire o.
boa tarde todo odu tem seu lado positivo e negativo gostaria de saber um pouco do odu 11 e o odu 3 se possivel seu lado postivo e negativo de cada um deles.agradeço
Vania vá em meu blog pessoal.
http://www.orisaifa.blogspot.com e procure por Ogunda meji e Owonrin e demais Odus meji.
Tem bastante trabalho para pesquisa e aprendizado.
Ire o.
Boa noite,
No livro de Beniste: jogo de búzios, o autor apresenta os 16 odús e seus respectivos caminhos, uns com mais outros com menos. Pois bem, pelo menos pra mim, não ficou bem claro como o olhador identifica em que caminho se apresenta a caída.
Cito o odú 8, ele informa 7 ou 8 caminhos, não me lembro bem. Como o babá sabe em que caminho esta caída esta se apresentado?
Espero que possam me tirar esta dúvida.
Muito ase.
Aldo somos detetives, vamos investigando todos os caminhos possíveis.
Creio que o mais correto para quem esta começando a se consultar como cliente é ir direto ao assunto:
Meu problema é este e gostaria de uma resposta.
Manipular um oráculo não é loteria e nem deveria ser.
As demais questões seriam, inseridas no jogo naturalmente, através das próximas caídas do buzios.
Resumindo, um pouco disto que lhe falei misturado com mais um monte de estudos e conhecimento sobre tema.
Ire o
Aldo,
Colaborando com a resposta do Da Ilha, são 8 os caminhos deste Odù, eles podem estar negativos (Lépè) e/ou positivos (Iré) e cada caminho pode representar uma situação. Por ser a dualidade preponderante neste caminho, todo cuidado é pouco com este Odù. A interação entre este Odù e o olhador é fator fundamental para saber diagnosticar o caminho correto a partir de Lépè ou Iré.
Axé.
Agora entendi perfeitamente. Muito obrigado pelo esclarecimento.
Kolofé Babás.
Prezados,
Cada pessoa é regida por um odu? Ou para cada momento da vida existe um odu regendo o caminho daquela pessoa conforme ela se encontra?
Silva,
Cada pessoa é regida por um Odù regente e para cada momento da vida outros odùs e omo odùs configuram nossas escolhas.
Axé.
Boa noite!
nossa n me canso d ler este blog, fico cada vez mais interessadas nos assuntos, esclarecidos por vcs cm tanto amor,respeito e coerência! Na terça-feira fui em uma tenda fazer um jogo e a Sra. jogou cartas e búzios p mim, falou muitas coisas óbvias e ate detalhes sobre minha vida mas ela logo me disse q eu estava cm Odu negativo no amor e por esse motivo eu nunca iria conseguir ficar cm ninguém, os relacionamentos iriam aparecer,mas n dariam certo e d fato isso esta acontecendo a quase 1 ano e disse ainda q foi a atual mulher do meu ex marido q fez magia, p eu n ficar cm ele e cm ninguém, falou da minha saúde,vida profissional e me tirou uns duvidas me deixando mais tranquila, porém me cobrou R$230,00 Reais p fazer um trabalho e desfazer a magia eu n tenho esse dinheiro no momento e mesmo q tivesse n me sentir confiante,pois conversei cm meu zelador cm o qual dou comida aos orixás, faço banhos, limpezas e ele me disse q s eu ja me cuido n era necessário fazer este trabalho pq os ebós q ele faz repreende o q me fizerem d mal, e nos jogos dele nunca apareceu esta magia e agora??? fiquei perdida confio em meu zelador e d fato minha vida tem evoluído muito cm os trabalhos q ele faz inclusive espiritualmente me sinto mais calma, mas sabia me sinto muito bem, porem a única área da minha vida q incomoda um pouco é esta mesmo nos relacionamentos q começam e termina d forma estranha sou muito cobiçada e ao mesmo tempo ninguém quer ficar comigo! Me orientem por favor tenha plena confiança em vcs! Abraço!
Nataly se sua vida está caminhando com o seu sacerdote, para que trocar de mãos. Se você tem duvidas, você deve falar com ele, investigar no jogo até a exaustão. Sempre haverá resposta para uma pergunta, o oráculo não deixa ninguém sem respostas.
Ire o.
baba mojuba asé ,como vai ?
baba venho fazer uma pergunta para ti que é o seguinte,
na iniciaçao a ifá ,passamos por provas e espiaçoes do Orisa?
para ver o que fazemos ,como agimos ,como cuidamos o nosso amor até onde vai o nosso respeito pelo nosso Babalawo……….
nossa paciencia e dedicaçao
por que parece que tem algo que dis assim ; se nao consceguirmos cuidar de nós mesmos e cuidar de uma mulher que vive ao nosso lado nao consceguiremos cuidar de orisá….me desculpe as palavras trocadas talves é que estava na minha mente ok um grande abraço do tamanho de Olorum meu velho e querido Babalawo. mojuba asé o
Nascimento eu ainda não sou Babalawo.
Na iniciação de Ifá não tem que passar por prova e expiação, de onde saiu isso?
Não posso falar da iniciação pois tudo se passa dentro do igbodú e ainda não entrei nele.
Você pode se iniciar em Ifá, mas autorização para cuidar das pessoas é dada pelo seu Oluwo e Ojúgbonà.
Não é uma coisa de fique a vontade, agora você é um babalawo, já pode isso, pode aquilo.
Nada disso Nascimento, nas famílias sérias, tem avalaviação, tem ensinamento, tem tempo de começar, isto é feito para aqueles que querem exercer a profissão de babalawo, um mínimo de cinco a dez anos de estudos, não tem nada a ver com poder aquisitivo, visto que para Ifá os ire a ser conquistados, são: vida longa, saúde, filhos, esposa/marido e dinheiro em último lugar (falamos de riquezas e não sustento).
Quanto a sua última pergunta, Babalawo não cuida de orisa, somente se ele for iniciado e com sacerdócio em orisa ele poderá cuidar da cabeça de alguém.
Espero que agora você arrume sua mente (smile).
Ire o.
ASÉ BABA OMÓ IFÁ AGORA PESQUISEI DIREITO E ME DESCULPE PELO ENGANO …. adoro conversar contigo sempre estarei te cutucando em um sentido evolutivo para meu aprendizado mesmo tendo ficado estreito este corredor de conhecimentos asé o modupé.
Ola.
Me indicaram uma pessoa que joga buzios e fui. Ansiosa por algumas respostas ja no inicio do jogo ele teve a visao de uma pessoa e disse que a energia desta eh muito forte na minha vida mas eu nao me interesso por tal pessoa embora ele mesmo casado ja demonstrou interesse. Mas nunca disse isso a ninguem. Desde entao essa energia eh sempre a primeira coisa que me eh revelado. Sera possivel que essa energia dele na minha vida atrapalhe me relacionar com quem tanto quero?
Desde ja agradeco
Aline,
De forma alguma, delete essa energia (pessoa) de sua cabeça.
Axé.
Boa noite. Meu Odu é Ossá Meji. O msm encontra-se em Ibì. Breve irei fazer uma oferenda ao msm(assim que entendi) para deixá-lo em Ire. O que posso esperar disso?
Paulo,
Não se muda caminho de ninguém, na verdade o que se faz é torna-lo mais accessível, acomodar melhor o caminho para que seja breve o período negativo.
Axé.
Eu gostaria de entender ainda a relação babalawo x babalorixá dentro do culto. No Afonja por exemplo, durante a sucessão é um Oluwo quem joga para revelar o novo comando da casa.
Mas veja, no candomblé sabemos facilmente reconhecer, através da arvore genealógica, da raiz da casa, quem é o que e onde. Como funciona com o babalawo? Como, no Brasil o Oluwo é reconhecido e identificado?
Grande abraço, asé!
Fernanda são sacerdotes completamente diferentes em suas funções.
Um Babalorisa cuida do culto de òrìsà, cuida da criação de seus filhos espirituais e tem como auxiliar os búzios para consultar regularmente.
Um Oluwo (O nome já diz, Olu=Grande Senhor – Awo=Segredo), ele está acima do posto de Babalawo (Baba=pai – Awo= Segredo) é altsa patente no culto de Ifá. O culto de òrìsà está contido no culto de Ifá, mas, não o inverso e um não pode andar na saara do outro, existem exceções:
O Babalorisa que se iniciou em Ifá (Itelodu) ou o Babalawo/Oluwo que se iniciou no culto de òrìsà.
Fora isso, na minha escola (não vou dizer que os outros estão errados), somente adosado entre em iniciação e somente um iniciado em Ifá pode consultar Ifá com o Opèlè ou os IKin.
Uma das máximas de nossa religião está escrita no Odù Ìká’fún:
Você só pode dar aquilo que você tem.
Portanto um Babalawo/Oluwo se não for iniciado não inicia ninguém.
Um babalorisa que não tem Ifá não jogo Òpèlè ou Ikin.
Um Oluwo é reconhecido mundialmente e lhe é devido o maior respeito, pois, somente um Oluwo pode iniciar um Bablawo, pois ele tem em sua posse a cabaça de Odù e sem esse objeto sagrado um babalawo não pode ser iniciado.
Sua pergunta requer muito mais explicação, mas, pelo blog é difícil colocar tudo no papel.
Ire alaafia
Entendo Odé, é mais complicado do que parece. Mas a resposta já foi muito esclarecedora.
Eu sei que tanto o senhor quanto seu Olwuo são pessoas da mais absoluta idoneidade e confiança, dignos de respeito e admiração.
Porém, verdade seja dita, está chovendo “babalawo” na internet e a informação está ficando cada vez mais corrompida.
Então, quando alguém quer procurar uma casa de candomblé idônea, tem a facilidade de perguntar raiz, quem veio antes como e onde, isso ajuda muito. Mas se a pessoa quer seguir o culto a Ifá, como hoje no Brasil ela pode se certificar de que está indo num local confiável?
Forte abraço, Asé!
Fernanda eu não indico nenhuma casa de Ifá no Brasil que não seja a do meu sacerdote.
Ifá infelizmente entrou no Brasil pela porta dos fundos.
Tem não iniciados, ou melhor, gente que fez apenas Isefa se intitulando um Awo, para ficar mais triste, por desconhecimento e má fé, não buscam conhecimento e aprimoramento dentro da religião. Querem apenas um diploma na parede para acariciar seus egos.
Você está coberta de razão em ser desconfiada.
Meu conselho, seja mais desconfiada ainda.
Ire alaafia