É com o coração repleto que inauguro uma nova fase.
Encorajado pelos meus generosos irmãos idealizadores deste espaço, Maria Manuela e Nelson Souza, decidi aceitar, ainda que temeroso, o convite para deixar registradas aqui algumas mal traçadas linhas contendo impressões pessoais acerca da nossa riquíssima religião.
O temor inicial advém do pouco, porém intenso, contato com o cotidiano do culto, especialmente pela posição por mim ocupada na complexa organização hierárquica do candomblé.
Sou um aguerrido abiãn que se emociona e se orgulha por ter reencontrado o caminho espiritual, e que está imbuído dos nobres sentimentos de cooperação e dedicação na luta contra a desmistificação, e, sobretudo, contra o descabido preconceito que insiste em assolar a religião e seus adeptos, durante anos.
Credito o preconceito, no primeiro momento, à falta de conhecimento, que está sendo frontalmente combatida em nosso espaço.
Chego para aprender diuturnamente com os pertinentes comentários lançados, e igualmente partilhar, com estrita observância a princípios éticos, experiências e descobertas.
Abraço a todos com carinho, agradecendo a acolhida.
Artur.
Seja bem vindo meu irmão!
Todos nós aguardamos a sua partilha de conhecimentos aqui.
Um grande abraço!
Muito Axé!
Manuela
SEJA BEM VINDO! ADORO ESTE SITE E ACHO QUE VC SÓ TEM ACRESCENTAR.SOBRE A DISCRIMINAÇÃO PASSEI POR ISSO NESSE FINAL DE SEMANA, AS VEZES AS PESSOAS CONFUNDEM UMBANDA COM CANDOMBLÉ SÉRIO. PORQUE AQUI NA MINHA REGIÃO ISSO É DIFICIL, FALOU QUE EU TINHA QUE LARGAR PORQUE MINHA VIDA SÓ IA ANDAR PARA TRÁS, UFFFFFA É UM SACO QUE ELA CONHEÇE MUITA GENTE QUE MEXE E SE DEU MAL. TB VAI SÓ ATRAZ DE PORQUEIRA PARA ARRUMAR NAMORADO, PROMETE PARA AS ENTIDADES MUNDOS E FUNDOS E DEPOIS EU QUE MEXO SÓ COM ORIXÁ AINDA TENHO QUE TOLERAR ISSO.MAS ENFIM VOU ADORAR APRENDER COM VC TB…..
Axé!
Minha querida irmã Manuela,
A responsabilidade é toda sua!
Obrigado sempre.
Axé!
Magda e Brenda,
Muito agradecido pelo incentivo.
Em breve postarei um artigo abordando a questão do preconceito acerca das religiões afro de um modo geral. É realmente um absurdo.
Continuem nos prestigiando.
Um abraço,
Artur.
Que a sua estadia neste blog seja eterna, sempre com informações abalisadas, inteligentes e de grande aprendizado (como Manuela e Nelson nos brinda sempre com suas postagens). Seja bem vindo ao blog 🙂
Axé !
Prezado Antonio Carlos,
O carinho de cada um de vocês, queridos freqüentadores desta casa, fortalece ainda mais nossa incansável luta.
Continue nos acompanhando na distribuição de informações sobre nossa religião.
Agradeço particularmente o apoio, rogando aos orixás que nos tragam o necessário discernimento.
Um forte abraço,
Artur.
boa tarde!!!!!
gostaria de saber qual a qualidade de oxossi que usa verde .grato
Olá Magda, concordo que há muito preconceito sim, mas você também foi preconceituosa no seu comentário em relação à umbanda… O fato de a umbanda lidar com entidades e não somente com orixás, não quer dizer que não seja “séria”. São coisas completamente diferentes!
um abraço
Joana
Sempre tive vontade de conhecer o candomblé, porém sempre parava na barreira de oferecer sangue…isso não entra na minha cabeça, sempre me questionei…isso é mesmo necessário ? Sei q não posso falar do que nunca vi…sempre escuto falando que depois que vc morre pra quem vc ofereceu o sangue sempre fica querendo mais…desde já me perdoem a ignorância, apenas estou escrevendo o que ouvi. Sempre leio a respeito dos orixas, pois os aprecio com o coração….Uma vez jogaram buzios e me disseram que sou filha de xango com yansa…..
Encontrei essa site por algum acaso e adorei as repostas nele contidas….vc pode responder a minha ?
Prezada Alessandra Nolasco,
Agradecemos imensamente a sua visita a esta casa.
A melhor maneira de se conhecer o candomblé é, no primeiro momento, buscar material escrito. A literatura especializada é vasta, e na barra do lado direito você encontra as “Leituras recomendadas”. Vale a pena conhecer.
A questão do sangue, intimamente ligada ao sacrifício ritual de aninais, é uma das questões nevrálgicas do candomblé aos olhos dos não adeptos.
No entanto, posso dizer que causa espanto o sacrifício pela banalização e despreparo de alguns ditos sacerdotes do culto.
A questão do sacrifício animal não é exclusividade do candomblé, pelo contrário, pode ser observada no Islão ( Qrban / qurbani; Udhiyah); no Judaísmo (Korban; do hebreu karov “vir para perto de Deus”); e até mesmo na Bíblia Sagrada encontramos menção ao sacrifício animal.
O sacrifício ritual é realizado em algumas ocasiões, e não ocorre diuturnamente. É um ritual extremamente sério, presenciado por alguns poucos adeptos da religião, e não há desrespeito ao animal ou crueldade, tudo é feito de maneira a não causar qualquer sofrimento ao animal.
Após o sacrifício, apenas algumas poucas partes são destinadas ao orixá (e não entidade, pois estamos falando de candomblé), dentre elas o sangue (onde está contido o axé).
Toda a carne do animal é consumida pelos adeptos e não adeptos, pois é uma forma de comunhão com o orixá, partilha do alimento.
Em algumas comunidades carentes espalhadas pelo Brasil, a única fonte de distribuição proteica advém do candomblé. Eu mesmo já presenciei a distribuição de aves e até mesmo caprinos para a comunidade que circunda minha casa, no município de Itapevi – SP.
Outra questão que pode ajudar você a entender, ainda que não aceite a idéia, é se perguntar de que maneira são abatidos os animais cuja carne você consome diariamente? Serão que são consagrados, respeitados, e todas as suas partes são aproveitadas? Será mesmo?
Olha Alessandra até o couro dos animais é utilizado para “encourar” os atabaques.
Quando a casa e o sacerdote são sérios, tudo fica mais fácil de ser assimilado.
Quanto a exigência de sangue após a morte por parte de quem quer que seja, é pura fantasia criada pelo imaginário popular. Orixá é fragmento da natureza, existe independente da nossa frágil existência!
Ainda que de forma extramamente singela, espero ter abrandado um pouquinho sua inquietação…
Quando quiser e precisar estaremos à disposição!
Um abraço,
Artur.
Artur, bom dia.
Fico encantada pela forma comos vcs (Manuela, vc e o Nelson) respondem às questões aqui apresentadas. Parabéns.
Pelo que li, acredito que nem sempre ocorra o sacrifício animal para que a haja a realização de algum trabalho espiritual, não é mesmo? Eu tenho curiosidade de visitar uma casa de candomblé, mas, assim como a Alessandra, tb tenho algum receio sobre o sacrifício.
Então, se vc puder, por favor, envie para mim (e-mail) o endereço de sua casa em Itapevi. Eu moro em Osasco, bem perto, e estou a procura de uma casa que pratique o candomblé de maneira séria.
Um abraço e boas festas.
Axé
Prezada Lúcia Almeida,
Credito o sucesso deste espaço à seriedade e a franqueza com a qual tratamos o assunto. Jamais damos uma roupagem mágica sobrenatural para a religião. Quem faz a diferença de fato é a fé de cada um.
É isso mesmo, nem sempre o sacrifício ritual é necessário. Por exemplo, é comum antes dos festejos a um orixá, se fazer o sacrifício ritual, mas não é regra.
Conheço uma casa que realizou recentemente festejos para as Aiyabás (orixás feminimos, de maneira genérica) é não “cortou” para os orixás, somente foram ofertadas “comidas secas” a pedido dos orixás, por meio do jogo de búzios.
Enviarei ao seu e-mail o endereço da casa que me acolheu, com maior prazer.
No entanto, aproveito o ensejo para deixar a dica do site do pesquisador Reginaldo Prandi (www.fflch.usp.br/sociologia/prandi), lá você encontra para download gratuíto o livro “Os candomblés de São Paulo”, além da lista de terreiros de candomblé no estado.
Espero ter colaborado.
Um abraço,
Artur.
seria uma honra se você,manuela,e nelsol(e os visitantes do si te também)visitassem o meu blog,que se chama:o candomblé por uma abian.
dexo o site logo abaixo:
http://littledollblog.blogspot.com
muito axé para todos
Prezada Stephanie,
Daqui a pouquinho estarei retribuíndo a gentil visita. Ficamos agradecidos e lisonjeados com o convite.
Um abraço,
Artur.
Gostaria de saber mais sobre abiaxé.
Obrigado.
Prezado Adilson,
Esta é uma questão polêmica, e cada zelador é adepto de um ou outra corrente doutrinária, se assim podemos nos referir. A confusão, que não julgo existir, ainda prevaleçe.
Encontrei no site do ILÈ ASÉ ÒGÚN SÒRÒKÈ um texto interessante, acredito que seja de Pierre Verger, falando sobre abikú e abiasé, bastante esclarecedor.
Aqui no blog a nossa irmã Manuela falou sobre o tema, está na barra lateral direita, em CATEGORIAS – Abiku.
Espero que ajude.
Um abraço,
Artur.
_____________________________________________
ÀBÍKÚ Enfim a verdade…
Só mesmo um grande mestre como Pierre Verger para nos tirar da ignorância sobre este tema, através da sua pesquisa e coragem, cujo legado será eterno. Se uma mulher, em país yoruba dá à luz uma série de crianças natimortos ou mortas em baixa idade, a tradição reza que não se trata da vinda ao mundo de várias crianças diferentes, mas de diversas aparições do mesmo ser, (para eles maléfico), chamado àbíkú (nascer-morrer) que se julga vir ao mundo por um breve momento para voltar ao país dos mortos, órun (o céu), várias vezes. Ele passa assim seu tempo a ir e voltar do céu para o mundo sem jamais permanecer aqui por muito tempo, para grande desespero de seus pais, desejosos de ter os filhos vivos. Essa crença se encontra entre os Akan, onde a mãe é chamada awomawu (ela bota os filhos no mundo para a morte). Os Ibo chamam os abikú de ogbanje, os Hauças de danwabi e os Fanti, kossamah. Encontramos informações a respeito dos abikú em oito itans (histórias) de ifá, sistema de adivinhação dos yorubá, classificados nos 256 odu (sinais de ifá). Essas histórias mostram que os abikú formam sociedades no egbá órun (céu), presididas por Iyàjansà (a mãe-se-bate-e-corre) para os meninos e Olókó (chefe da reunião) para as meninas, mas é Aláwaiyé (Rei de Awaiyé) que as levou ao mundo pela 1ª vez na sua cidade de Awayié. Lá se encontra a floresta sagrada dos abikú, aonde os pais de abikú vão fazer oferendas para que eles fiquem no mundo. Quando eles vêm do céu para a terra, os abikú passam os limites do céu diante do guardião da porta, oníbodé órun, seus companheiros vão com ele até o local onde eles se dizem até logo. Os que partem declaram o tempo que vão ficar no mundo e o que farão. Se prometerem a seus companheiros que não ficarão ausentes, essas, crianças apesar de todo os esforços de seus pais, retornarão, para encontrar seus amigos no céu. Os abikú podem ficar no mundo por períodos mais ou menos longos. Um abikú menina chamada “A-morte-os-puniu” declara diante de oníbodé órun que nada do que os seus pais façam será capaz de retê-la no mundo, nem presentes nem dinheiro, nem roupas que lhes ofereçam, nem todas as cosias que eles gostariam de fazer por ela atrairiam os seus olhares nem lhe agradariam. Um abikú menino, chamado ilere, diz que recusará todo alimento e todas as coisas que lhe queiram dar no mundo. Ele aceitará tudo isto no céu. Quando Aláwaiyé levou duzentos e oitenta abikú ao mundo pela primeira vez, cada um deles tinha declarado, ao passar a barreira do céu, o tempo que iria ficar no mundo. Um deles se propunha a voltar ao céu assim que tivesse visto sua mãe; um outro, iria esperar até o dia em que seus pais decidissem que ele casasse; um outro que retornaria ao céu, quando seus pais concebessem um novo filho, um ainda não esperaria mais do que o dia em que começasse a andar. Outros prometem à iyàjanjasà, que está chefiando a sua sociedade no céu, respectivamente, ficar n mundo sete dias, ou até o momento em que começasse a andar ou quando ele começasse a se arrastar pelo chão, ou quando começasse a ter dentes ou ficar em pé. Nossas histórias de ifá nos dizem que oferendas feitas com conhecimento de causa são capazes de reter no mundo esses àbíkú e de lhes fazer esquecer suas promessas de volta, rompendo assim o ciclo de suas idas e vindas constantes entre o céu e a terra, porque, uma vez que o tempo marcado para a volta já tenha passado, seus companheiros se arriscam a perder o poder sobre eles. É assim que nessas quatro histórias encontramos oferendas que comportam um tronco de bananeira acompanhado de diversas outras coisas. Um só dos casos narrados, o terceiro, explica a razão dessas oferendas: Um caçador que estava à espreita, no cruzamento dos caminhos dos àbíkú, escutou quais eram as promessas feitas por três àbíkú quanto à época do seu retorno ao céu. Um deles promete que deixará o mundo assim, que o fogo utilizado por sua mãe, para preparar sua papa de legumes, se apague por falta de combustível. O segundo esperará que o pano que sua mãe utilizar, para carregá-lo nas costas se rasgue. A terceira esperará, para morrer, o dia em que seus pais lhe digam que é tempo de ele se casar e ir morar com seu esposo. O caçador vai visitar as três mães no momento em que elas estão dando à luz a seus filhos àbíkú e aconselha à primeira que não deixe se queimar inteiramente a lenha sob o pote que cozinha os legumes que ela prepara para seu filho; à segunda que não deixe se rasgar o pano que ela usar para carregar seu filho nas costas, que utilize um pano de qualidade diferente; ele recomenda, enfim à terceira, de não especificar, quando chegar a hora, qual será o dia em que sua filha deverá ir para a casa do seu marido. As três mães vão então consultar a sorte, ifá, que lhes recomenda que façam respectivamente as oferendas de um tronco de bananeira, de uma cabra e de um galo, impedindo, por meio deste subterfúgio, que os três àbíkú possam manter seu compromisso. Porque, se a primeira instala um tronco de bananeira no fogo, destinado a cozinhar a papa do seu filho, antes que ele se apague, o tronco de bananeira, cheia de seiva e esponjosa, não pode queimar, e o abikú, vendo uma acha de lenha não consumida pelo fogo, diz que o momento da sua partida ainda não é chegado. A pele de cabra oferecida pela Segunda mãe serve para reforçar o pano que ela usa para levar seu filho nas costas a criança abikú não vai achar nunca que esse pano se rasgou e não vai poder manter sua promessa. Não se sabe bem o porque do oferecimento de um galo, mas a história conta que quando chegou a hora de dizer à filha já uma moça, que ela deveria ir para casa do seu marido, os pais não lhe disseram nada e a enviaram bruscamente para a casa dele. Nossos três abikú não podem mais manter a promessa que fizeram, porque as circunstâncias que devem anunciar sua partida não se realizaram tais como eles tinham previsto na sua declaração diante de oníbodé órun. Estes três abikú não vão mais morrer. Eles seguiram um outro caminho. Comentamos esta história com alguns detalhes porque ilustra bem o mecanismo das oferendas e de sua função. Não é o seu lado anedótico (de lenda) que nos interessa aqui, mas a tentativa de demonstração de que em país yorubás, a sorte (destino) pode ser modificada, numa certa medida, quando certos segredos são conhecidos. Entre as oferendas que os retêm aqui, na terra, figuram, em primeiro plano, as plantas litúrgicas. Cinco delas são citadas nestas histórias: Abíríkolo (crotalaria lachnophera, papilolionacaae). Agídímagbayin (não identificada). Ídí (terminalia ivorensis, combretacae). Ijá àgborin (não identificada). Lara pupa (ricinus communis – mamona vermelha). Ainda mais duas plantas são freqüentemente utilizadas para reter os abikú e que não figuram nessas histórias: Olobutoje (jatropha curcas, euphorbiaceae). Òpá eméré (waltheria americana, sterculiaceae). A oferta dessas folhas constitui uma espécie de mensagem e é acompanhada por ofó (encantamentos). Em país yorubá, os pais para proteger seus filhos abikú e tentar retê-los no mundo podem se dedicar a certas práticas, tais como fazer pequenas incisões nas juntas da criança e aí esfregar atin (um pó preto feito com ossum, favas e folhas litúrgicas para esse fim) ou ainda ligar à cintura da criança um ondè, talismã feito desse mesmo pó negro, contido num saquinho de couro. A ação protetora buscada nas folhas expressa nas fórmulas de encantamento é introduzida no corpo da criança por pequenas incisões e fricções, e a parte do pó preto, contida no saquinho do ondé, representa uma mensagem não verbal, uma espécie de apoio material e permanente da mensagem dirigida pelos elementos protetores contra os elementos hostis, sendo essa forma de expressão menos efêmera do que a palavra. Em uma outra história, são feitas alusões aos xaorôs, anéis providos de guizos, usados nos tornozelos pelas crianças abikú, para afastar os companheiros que tentam vir buscá-los no mundo e lembrar-lhes suas promessas. De fato seus companheiros não aceitam assim tão facilmente a falta de palavra dos abikú, retidos no mundo pelas oferendas, encantamentos e talismãs preparados pelos pais, de acordo com o conselho dos babalaôs. Nem sempre essas precauções e oferendas são suficientes para reter as crianças abikú sobre a terra. Iyàjanjasà é muitas vezes mais forte. Ela não deixa agir o que as pessoas fazem para retê-los e porá tudo a perder o que às pessoas tiverem preparado. Contra os abikú não há remédios. Yiájanjàsá os atrairá à força para o céu. Os corpos dos abikú que morrem assim são freqüentemente mutilados. A fim de que, dizem, eles percam seus atrativos e seus companheiros no céu não queiram brincar com eles, sobretudo para que o espírito do abikú, maltratado deste modo, não deseje mais vir ao mundo. Essas crianças abikú recebem no seu nascimento, nomes particulares. Alguns desses nomes são acompanhados de saudações tradicionais. Eles podem ser classificados: quer nomes que estabeleçam sua condição de abikú; quer nomes que lhes aconselham ou lhe suplicam que permaneçam no mundo, quer em indicações de que as condições para que o abikú volte não são favoráveis; quer em promessas de bom tratamento, caso eles fiquem no mundo. A freqüência com que se encontram, em país yorubá, esses nomes em adultos ou velhinhos que gozam de boa saúde, mostra que muitos abikú ficam no mundo graças, pensam as almas piedosas, a todas essas precauções, à ação de Òrúnmìlà, e à intervenção dos babalaôs. ALGUNS NOMES DADOS AOS ABIKÚ: Aiyédùn – a vida é doce. Aiyélagbe – Nós ficamos no mundo. Akúji – O que está morto, desperta. Bánjókó – Senta-se comigo. Dúrójaiyé – Fica para gozar a vida. Dúróoríìke – Fica tu serás mimada. Èbèlokú – Suplica para que fique. Ilètán – A terra acabou (não há mais terra para enterra-lo). Kòjékú – Não consinta em morrer. Kòkúmó – não morra mais. Kúmápáyìí – A morte não leva este daqui. Omotúndé – A criança voltou. Tìjúikú – Envergonhado da morte (não deixa a morte te matar). ITANS de IFÁ. É PRECISO CUIDAR DOS ABIKÚ, SENÃO ELES VOLTAM PARA O CÉU OFERENDAS PODEM RETER ABIKÚ NO MUNDO SUBTERFUGIOS PARA RETER OS ABIKÚ NO MUNDO MOSETÁN FICA NO MUNDO OLÓÌKÓ É O CHEFE DA SOCIEDADE DOS ABIKÚ ASEJÉJEJAIYÉ FICA NO MUNDO NA DÉCIMA SEXTA VEZ QUE ELE VEM OS ABIKÚ CHEGAM PELA PRIMEIRA VEZ EM AWAIYÉ ÍYÁJANJÀSÁ NÃO DEIXA OS ABIKÚ FICAR NO MUNDO. Estes itens completos são descritos numa edição da revista Afro – Ásia, em 14 – 1983, sob o título. *A SOCIEDADE EGBÉ ÒRUN DOS ÀBÍKÚ, AS CRIANÇAS NASCEM PARA MORRER VÁRIAS VEZES* As cerimônias para os abikú parecem ser pouco freqüentes entre os yorubás, a única assistida por Pierre Verger, a cerimônia foi feita pela tanyinnon encarregada do culto aos deuses protetores de uma família tradicional do bairro Houéta. Num canto da peça principal, oito estatuetas de madeira com 20 centímetros de altura e eram colocadas sobre uma banqueta de barro. Todos vestidos de panos da mesma qualidade, mostrando pela uniformidade de suas vestimentas, pertencerem a uma mesma sociedade (egbé). Seis destas estatuetas representam ábíkús e as outras duas ibeji. As oferendas consistiam de: oká (pasta de inhame). Obèlá (espécie de caruru). Èkuru (feijão moído e cozido nas folhas). Eran dindi, eja dindin (carne e peixe fritos). Depois da prece da tanyionnon e da oferenda de parte desta comida às estatuetas, foram distribuídas pela assistência. Uma sacerdotisa de Obatalá assistiu à cerimônia sublinhando as ligações que existem entre o orixá da criação, as pessoas de corpos mal formados, corcundas, alijados, albinos e aqueles cujo nascimento é anormal (àbíkú e ibeji). Portanto ao contrário que muitos falam nada tem a ver com a criança que já nasce “feita” no santo. ABIKÚ – CONSIDERAÇÕES DO AUTOR NOS TEMPOS DE HOJE. O legado dos antigos pelas suas crenças, histórias e ritos da sua prática religiosa e cultural, se adaptam e se aplicam em qualquer tempo, através da sua sabedoria, com muita propriedade. Em seu tempo, não há referências ao aborto, mas ao contrário, o esforço pela manutenção da vida, inclusive em quantidade. Pela prática divinatória através do jogo de búzios, nos dias de hoje identificamos muitos desses abikús, que percebemos em uma segunda instância, muitos são “criados”, passam a existir por ingerência do ser humano através do aborto, é até simples de entender e ver por uma ótica e lógica astral/espiritual a qual simplesmente não podemos deletá-la da nossa mente e inteligência, ou na pior das hipóteses, ignorá-la. No instante em que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, esta nova matéria existente já é provida de alma e espírito, que os cristãos chamam de “anjo da guarda” e os yorubanos de “orixá” (guardião da cabeça), este fenômeno consta na teologia Yorubana, na lenda de Ajálá, que será comentada. Quando da execução do aborto propriamente dito, o ser humano supostamente, exerce o “seu direito” de eliminar aquele ser; mas somente a parte material, o corpo, por ele criado através do ato sexual de procriação, matando de forma definitiva o feto. Mas e o que por ele não foi criado, alma e espírito, onde fica, para onde vai? Esta análise via de regra não é feita ou levada em consideração, acaso haverá conseqüências? Seriíssimas, que aqui descrevemos com muita convicção, pautado nas mais diversas constatações através dos consulentes, por mais de duas décadas, dos sintomas pós-aborto, a presença daquela “figura” que aparece de uma forma genética, oriunda de gerações passadas, os que são provocados e voltam ainda na mesma geração, e os que voltarão em nossos descendentes, e da forma mais imprevisível possível. A grande maioria de seres que nascem com deformidades, doenças graves, mortes prematuras… Tem grandes possibilidades de serem abikús fabricados pelo homem. Nos dias de hoje, quando morre uma criança ainda nova, há muita possibilidade de ser um abikú que está voltando ao “céu”, bem como persiste a probabilidade de voltar em um próximo filho, ainda na mesma geração ou na próxima; quando uma criança fica muito doente e corre risco de vida, pode averiguar na família se já há caso de aborto ou morte prematura, é bem possível. As reações, mais da mãe que do pai, em caso de aborto, porque muitas vezes o pai não fica sabendo e não participa da decisão, na sua vida, no seu dia a dia são sintomáticas: desequilíbrio generalizado, na vida pessoal, no trabalho, em casa, nos estudos, nada dá certo, nada vai bem, angustia, depressão, pessimismo, falta de ânimo, aparentemente tudo deveria estar bem, mas as coisas não “vão”. É a influência daquele “ser”, que contrariando as leis da natureza foi “fisicamente” eliminado, o qual fica gravitando num outro plano próximo aos pais, afetando suas vidas com estes sintomas. Até mesmo por uma questão de justiça, não poderá um abikú que foi “gerado” por uma família, aparecer em outra, que nada tem a ver com o ato irresponsável de outros, e percebemos que uma criança que já nasce deformada de alguma forma, ou uma doença grave com morte, quem sofre realmente na sua plenitude são os pais, porque a dor interna é maior que a dor física, a criança já nasceu daquela forma, para ela que não sentiu e não sabe ser saudável, não percebe e não imagina como se sente alguém normal, portanto a sua dor ou problemas, para si é normal. Esta situação pode e deve ser tratado no seu campo espiritual, o antigo nos legaram instrumentos dentro da religião yorubá, para fazê-lo, através de ebós e oferendas específicas, que se vale do mesmo princípio aplicado nos países yorubanos, quer seja: “enganar” os abikús; Muito se pode melhorar e modificar, evidente que em alguns casos é irreversível após o nascimento, mas se detectado ou informado o babalorixá ou yialorixá competente, pelo que foi descrita, a mãe que poderia vir a ter um filho abikú, por meio desses ebós e oferendas pode-se evitar a vinda de um ser deformado ou com problemas sérios, que na realidade, nada mais é que um “retorno sob forma de castigo” de atos nossos ou de gerações passadas, de um processo que nunca foi tratado ou interrompido. Desta forma vê-se que o aborto é uma situação que transcende a ingerência das pessoas, pois é algo ligado diretamente à natureza, e conseqüentemente ao Seu Criador, modifica-se ou escapa da lei dos homens, mas não à Divina. Este é um fato porque nenhuma religião da terra permite o aborto Há UMA DISCÚSÃO EM TORNO DE ABIKÚ, O NASCIDO PARA MORRER, MAS TODOS ESTÃO AQUI PARA EXATAMENTE ISSO. NASCER PARA MORRER. MAS ANLISEM ESTE TEMA.. ASÉ A TODOS.. SIQUEIRA DE ODÉ E RCMI.
Diferença de Abikú e Abiasé
É costume na cultura Gêge Yorubá dar nomes especiais a certas crianças chamadas ABIKÚ, cuja a tradução é “nascido para morrer”.Elas são consideradas pela ancestral cultura africana como pertences a uma legião de “demônios” que moram nas florestas ou em torno das árvores de Iroko,a gameleira branca,ou ainda figueira chorona.È sábio que cada um desse abikús quando nascem já trazem consigo o dia e a hora em que vão retornar para o “outro lado da vida” para companhia dos seus “amiguinhos” das florestas de Iroko. Geralmente esse tempo é determinado entre o nascimento e os 7 anos de vida.Assim as providencias são tomadas para que essas crianças permaneçam no mundo dos vivos. Fazendo esquecer as datas, e conseqüentemente seus “amiguinhos do outro lado”.Além de amuletos e magias feito nessas crianças , os quais vão desde símbolo,breves e patuás que são postos em suas pernas,braços e pulsos, pinturas destoantes são feitas em seu corpos de formam que transmitam sentimentos repulsivos para que assim os seus “antigos companheiros” do outro lado recusem uma nova ligação com “figuras deformadas” e os obriguem a ficar na vida.
Certos nomes significativos são dados a essas crianças ABIKÚS,para deixar claro que seus objetivos foram descobertos e antecipados:
NOMES DE ABIKÚ
1)Malómo – não vai embora novamente
2)Kosokó – Não existe mais pá (para cavar á sepultura)
3)Banjokô – Sente-se ou fique comigo
4)Durosimi – Espere para me enterrar (enquanto eu viver)
5)Jekiniyin – Permita que eu tenha um pouco de respeito
6)Akisatan – Não existe mais mortalha para sepultamento
7)Apará – Aquele que vai e vem
8)Okú – O morto
9)Igbekoyi – Nem a floresta quer a você
10)Enú-Kún-onipê – O consolador está desgastado
11)Akuji – Morto e acordado
12)Tijú-ikú – Envergonhe-se de morrer
13)Duró-orí-iké – Espere e veja como você será mimado
Festas especiais são feitas para esse tipo de crianças, nas quais o feijão fradinho e o azeite de dendê são fartamente distribuídos à todos como prato principal. Os abikús e outras crianças são convidas.
Assim como os “demônios” que as acompanham, para participarem dessas festas.Tal festa supostamente agradará aos “amiguinhos do outro lado” e os convencerá da permanência dos Abikús na vida normal, garantindo ainda os “amiguinhos” sempre um festim para seus deleites.
Os Abikús têm sido confundidos no Brasil com Abiaxé,que são as crianças nascidas “feitas de berço” e com missão espiritual.Os Abiaxés podem ou não refugar a missão espiritual na terra, retornando ao convívio de Olorún, dependendo unicamente do teor de compreensão que obtiverem de seus pais, mestres, tutores, cônjuges e etc…
Hipótese nº1 de ABIAXÉ – é oriundo de uma transmigração espiritual (morre em algum lugar, país,etc) e nasce na mesma hora ou horas depois em outro lugar e outro corpo. Carecendo apenas de um ritual de confirmação ou coroação do Ibá Orí (três adoxos e tudo mais), conforme o cargo espiritual designado por Ifá. É oferecido á Olodumaré e Olorúm pelos seus pais ou tutores e jamais conseguirá fugir de seu odú (predestinação), sob pena de refugar á missão terrestre (morrer), missão esta que geralmente é politica, missionária social ou espiritual.
Hipótese nº 2 de ABIAXÉ – é “feito” (raspado) na barriga da mãe, quando está é recolhida para a “feitura” e está grávida. Aí a criança recebe todos os fundamentos que a mãe receber, independente da qualidade de Orixá, nascendo “feita” deste mesmo orixá e carecendo apenas da confirmação ou coroação, as quais seguem as mesmas ritualísticas do primeiro caso de abiaxé.
Os Abikús são classificados em quatro modalidades:
Abikú Inã ou Izô – do fogo – Esse abikú é o que “come” a cabeça mãe (mata-a) no nascimento, ou “come” a cabeça do pai por acidente posteriormente. É um dos mais difíceis abikús de trato, e traz consigo a má sorte pra quem com ele mantiver relacionamento permanente. O abikú de fogo geralmente aliena o segmento social no qual estiver envolvido e não raro desenvolve uma psicopatia irreversível após os 21 anos. Uma pesquisa feita no Brasil constatou que a maioria desses abikús ou foram doados ao nascer, ou foram adotados por de seus pais legítimos.
Abikú Omí ou Azín – da água – Esse é o tipo que nasce de 6,7 ou 8 meses. Geralmente explode a bolsa-d´água da mãe nesse período e vai para incubadora. Morre precocemente ou cresce e sai desse período critico. Se seus avós forem vivos, estará ligado a eles mais do que aos pais. Seu principio de abi (vida) decorre entre 1 á 3,5 anos e o seu processo de Ikú (morte) inicia-se entre 3 á 5. O retorno dos “amiguinhos” é feito pro afogamento, tuberculose, desidratação ou cólera. A forma de evitar esse retorno é usar um nome contrário ao nome que trouxe de útero e promover trabalhos de ordem espiritual propiciando ofertas aos odús (presságios).
Abikú Alé – da terra – Esse tipo segundo a ancestral cultura Yorubana, os mais trabalhosos para os sacerdotes e parentes, uma vez que está intimamente ligada aos “amiguinhos das florestas” que com freqüência o chamam de volta. Muitas vezes nasce pro cesariana, ou de parto normal sanguinolento. É uma criança agitada, com tendências á neuroses familiares. Tem condição congregaste e como o abikú do fogo, costuma “comer cabeças” não só de parentes, como de outras pessoas. Contrata-se esse abikú,usando o nome contrário ao seu objetivo e promovendo-se festas anuais nas quais existam o feijão-fradinho e dendê em abundância para todos.A forma de retorno também é por acidente em quedas de alturas ou por doenças de pele e órgão digestivo.O tempo de vida (se não tratado) oscila entre 4 e 8 anos.
Abikú Fefé – do vento – Esse tipo difere um pouco dos outros demais, por ser de especial origem no meio do convívio das pessoas. Ele destaca-se em todo o ambiente desde seu nascimento que em geral, foi inspirado ou não planejado. Tem características próprias e pode ser facilmente induzido á manter-se na vida em face de sua instabilidade emocional inicial. Deve como os demais, ter um nome contrário ao fato constante instado ás delícias da vida. Por ter mais do que “amiguinhos” do outro lado, poderá ser salvo por Exú e Oyá na hora H.
Artur, obrigado pelo carinho com o qual você trata os assuntos.
Para mim esse assunto está só no início, quero saber mais.
Obrigado.
Muito axé para vocês!!!
Prezado Adilson,
O saber é uma das forças motrizes do mundo, e o melhor, não ocupa espaço!
Busque sempre mais conhecimento, e não se esqueça de compartilhá-lo conosco.
Obrigado pelo carinho.
Um abraço,
Artur.
Amei este site. Quero aprender, quero ter conhecimento, quero estudar, quero fazer o que deve ser feito da maneira correta. Parabenizo vocês. O trabalho de vocês é maravilhoso. Neves
Prezado amigo você pode me informa sobre o adoxo na nação de angola. estou com uma duvida e não achei resposta ainda ashè!!!!!
Parabéns pelo empenho em tirar dúvidas dos adeptos de nossa religião tão linda!!!!
venho acompanhando já à alguns meses e a minha dúvida é se uma mãe gestante tomar remédio para abortar e não conseguir, e depois do nascimento resolve entregar essa
criança para outra pessoa criá-la. seria um abikú? Axé!!!
Benditos meus caros,
Estou começando a frequentar assiduamente casa de Candomblé. Existe uma dúvida. No caso de casas de “Candomblé” (obs:entre aspas não por depreciação – mas, por se tratar de Omolokô) . As feituras nestas casas são válidas para os Candomblecistas? Porque o Omolokô que conheci no Rio de Janeiro, recentemente, há costumeiramente feitura, matança, ou seja, com isto com tudo o que dela faz parte. Há o preceito, etc.. Presença de cânticos em Yourubá ou Angola, toda paramentação, hierarquia, etc..
Mas, por outro lado, é sensívelvemte notado a diferença no toque do atabaque, no ponto cantado, em relação ao Candomblé, sem contar que em tempos em que não há Iaôs recolhidos ou algum outro impedimento, algo de força maior, no mesmo espaço físico cultuam Caboclos, pretos velhos, e nossos amigos Exús.
Quem é de Omolokô diz que o culto aos Orixás, é mais que meramente fac-simile do Candomblé. É candomblé de fato, pelo culto e pela patente do Babalorixá. Não há mescla, há o convívio pacífico de toque de Candomblé e culto á entidades em dias distintos.
Sabem melhor que eu, como se dá no OmolokÔ. Reintero que esta casa de Omolokô, além de bela, é séria. Quanto á minha pergunta… Os candomblecistas da nação Ketu, Angola, etc, aceitam feitura realizada num omolokô serio? Ou seria necessário a quem um dia raspou no Omolokô, querendo ir para Ketu raspar noovamente…?
São minhas dúvidas.
André Luiz,
Os candomblecistas da Nação Ketu/Nangô respeitam todos as nações e cultos, porém, para ingressar no candomblé ketu tem que se iniciar. Existem casas que consideram outras nações como o Angola, por exemplo, considerando seu tempo de iniciação, mas, raspa novamente por que Inkíse é Inkísse e Orixá é Orixá, já dizia o saudoso pai Waldomiro Baiano.
Axé,
Então pelo que eu pude entender que Cada Inkisse, Orixá ou Vodum possui peculiaridades próprias,
tratamento e culto diferenciados. Então o que se cultua e o que nasce na pessoa do filho de santo de OMOLOKÔ, iniciado por feitura e tudo o que desta faz parte é senão Inkisse? Creio que ficou entendido. Estariam ainda assim na mesma linha vibratória Orixás e Inkisses? Inkisses seriam por exemplo aqueles falangeiros que se recebe na Umbanda?
Nossa, é difícil compreender caso o meu raciocínio supracitado esteja correto; porque uma pessoa submete-se a um ritual de feitura que exije do iniciado tanto sacrifício, tempo, preceitos e tudo o mais para que recebam Inkisses e não Orixás! Não é uma crítica, mas, uma indagação. Por exemplo, numa saída de santo, todo aquele aparato (paramentos) na pessoa do filho de santo incorporado é somente Inkisse… Fui à uma saída de Oxalufon, Oxossi e Xangô no Omolokô. Tudo como numa casa de Candomblé, impressionante. Inclusive na riqueza mais graciosa dos paramentos, etc.. Lá inclusive, o Babalorixá explica como sendo casa de Candomblé, que é algo a parte do que é cultuado em outros dias. Caboclos, pretos-velhos e Exus e Bombogiras. É difícil entender a diferença. Um Orixá, ao meu modo de ver é divindade. Inkisse consegui entender como Egun. Pelo que entendi, no Omolokô é impossível que um Orixá nasça na cabeça e na pessoa de um filho de santo iniciado por feitura. Neste caso, não posso pensar duas vezes, e, procurar um Babalorixá de nação Ketu. Também ouso constatar e concluir que um Babalorixá de Umbanda e Omolokô, se não foram previamente inicados na Nação Ketu/Nagô nem naturalmente cumpridas as obrigações, inclusive de 7 anos, jamais teriam a mesma patente de um Babalorixá da Nação Ketu. Seriam estes, babás por respeito, contudo, apenas chefes de terreiro, por falta do crescimento hierárquico no genuíno Candomblé. Não desprestigiando ninguém, contudo, sendo legítimo.
Procurarei não mais o Babalorixá do Omolokô, mas um Babalorixá de Nação.
Outra coisa que me aflije, mas, enfrento por amor ao Orixá em primeiro lugr e pela questão necessidade. É verdade que um iniciado no Candomblé é humilhado e tratado como “lixo” pelos seus superiores, seja Ekedji, Ogan, Babalorixá, Pai pequeno ou Ebomi? Ou é lenda e loucura de um amigo meu que é Pai pequeno e tentou me desestimular em vão?
Axé,
De coração, peço uma luz, não quero de forma alguma devassar os mistérios da religião Espiritualista Candomblecista.