Olubajé é um ritual anual para Obaluaiê e só é feito em casas de Candomblé, sendo obrigatório em casas onde haja feito um Yawo de Obaluaiyê há menos de sete anos ou o próprio Zelador ou Zeladora seja deste Orixá.
Olubajé é uma palavra de origem Iorubana e significa Olú : Aquele Que; Ba : Aceita; Je : Comer.
Olubajé
Diz uma lenda que Xangô, um Rei muito vaidoso, deu uma grande festa em seu palácio e convidou todos os Orixás, menos Obaluaiyê, pois as suas características de pobre e de doente assustavam o rei do trovão. No meio do grande cerimonial todos os outros Orixás começaram a notar a falta do Orixá Rei da Terra e começaram a indagar o porquê da sua ausência, até que um deles descobriu de que ele não havia sido convidado.
Todos se revoltaram e abandonaram a festa indo a casa de Obaluaiyê pedir desculpas, Obaluaiyê recusava-se a perdoar aquela ofensa até que chegou a um acordo; daria uma vez por ano uma festa em que todos os Orixás seriam reverenciados e este ofereceria comida a todos desde que Xangô comesse aos seus pés e ele aos pés de Xangô.
Nascia assim a cerimónia do Olubajé. Porém, existem diversas outras lendas que narram outros motivos sobre o porquê de Xangô e Ogum não se manifestarem no Olubajé.
Aqui vou contar um resumidamente o que acontece nessa cerimónia:
Nesse dia todo o terreiro se encontra ornamentado na cor deste Orixá, Obaluaiyê – devo ressaltar que essa é a única cerimónia dentro do Candomblé que dispensa o Ipadé de Exú.
Chega a hora e o Babalorixá ou a Yalorixá faz soar o adjá, forma-se uma fila indiana, trazendo panelas de barro ornamentadas com faixas, todas elas contendo as comidas de todos os Orixás com excepção da comida do Orixá Xangô; à frente estará a Yalorixá ou o Babalorixá seguida por uma filha de Iansã, carregando uma esteira, uma outra com um pote na cabeça contendo a bebida sagrada das cerimónia chamada de Aluá, mais uma com um vasilhame de barro cheia de Ewe Lara (folha de mamona) a qual servirá de prato para as comidas; logo em seguida mais 21 pessoas ou 7 – estes são os números das comidas oferecidas – transportarão vasilhames de barro à cabeça, trazendo-os para o centro da sala, onde serão colocados sobre a esteira, formando assim a mesa do banquete.
É importante ressaltar que todos, como numa cerimónia de um Bori, inclusive os assistentes, deverão estar descalços.
Em seguida, três dos iniciados mais antigos servem as comidas, colocando um pouco de cada uma das comidas existentes no banquete sobre uma folha de mamona que serve de prato. Todos os presentes na cerimónia devem comer um pouco de cada uma das comidas, utilizando apenas as mãos para comer, e é também obrigatório que todos dancem ao som das músicas e cantigas que vão sendo entoadas em louvor do Orixá.
Todos batem palmas pausadamente – paó – saudando Obaluayê. Com voz forte e cheia de entusiasmo, esta frase melodiosa ecoa:
Omulú Kíí bèrú já__Kòlòbó se a je nbo
Kòlòbó se a je nbo__Kòlòbó se a je nbo__Aráayé.
Omulú não tem medo dde guerras,.
Na pequena cabaça traz a comida do ebó.
Boa tarde Nélson,
Mais uma vez venho aqui pedir que me ajude com uma dúvida.
É o seguinte… Tenho freqüentado uma casa faz pouco menos de 3 meses, e várias entidades já me avisaram que tenho que “colocar roupa”, e que o fato de eu não cuidar desse lado espiritual, contribui muito para que minha vida esteja meio que “amarrada”. Já cheguei a “passar mal” em algumas giras, inclusive. Acontece que anos atrás eu comecei meu desenvolvimento em outra linha (Kardecista), porém abandonei. As entidades já me disseram que meus guias não são do Kardecismo, mas que se eu quiser trabalhar nessa linha, pelo menos estaria trabalhando em algum lugar…
Sei que tenho que tomar uma decisão rapidamente, mas estou em dúvida de que caminho tomar, pois na casa onde freqüento atualmente me sinto muito bem, porém não concordo com sacrifícios de animais e nem com recolhimento de 1 dia ou mais…
Vc teria como me esclarecer melhor essa questão? E existe mesmo isso de os guias serem ou não de determinada linha?
Agradeço desde já,
Um abraço,
Andréa
Andrea Campos eu fiz uma compilação de uma resposta que dei à pergunta 127 do post Ritual de Iniciação (está na barra lateral), me parece que o assunto é o mesmo.
Sobre sua dúvida posso te dizer que são poucos os pontos de convergencia entre Kardecismo e Candomblé. Na verdade não vejo nenhum ponto convergente entre os dois seguimentos religiosos. O Kardecismo tem uma estrutura muito ligada ao conceito Cristão de entendimento de vida e morte, e bem e mau, de certo e errado, de pecado, e muitos outros. Mas tem uma clara e bem cuidada estrutra organizacional e de estudos religiosos. O Candomblé não tem estes temas nem essa estrutra toda (infelizmente), ele lida com Orixás que são a própria natureza (forças) e seus elementos, o Candomblé não tem vinculação com outras religiões a lhe impor normas ou mesmo sugerir ou influenciar em nada, é um religião totalmente autônoma. Veja que não digo que uma é melhor que a outra, mas precisa ficar esclarecido esse ponto. Para um bom entendimenteo do Candomblé a pessoa deve abstrair esses conceitos ou pré conceitos e entender a sociedade/comunidade do Candomblé e sua origem africana com sua hierarquia própria e próprio modo de ver a vida e o mundo.
Esse assunto é muito longo e precisa ser discutido com calma para não causar melindres ou maus entendidos, por isso vou para por aqui.
Então para te dizer que este ou aquele segmento é melhor fica muito complicado, eu amo o Candomblé e vivo muito intenssamente a religião e isso varia de pessoa para pessoa.
Sobre o sacríficio vc precisa entender o contexto da cerimônia, o animal é abatido e somente os axés são do Orixa a carne mesmo será dividida pela comunidade nas festas públicas, é dificil tentar te explicar isso em palavras, mas é comun ouvirmos que não há nada mais sagrado do que convidar seu Orixá para partilhar seu alimento, se vc pensar nisso olhando o sertão nordestino entenderá que quando uma daquelas famílias, que passam necessidades, ainda se dipoem a dar o que comer a um viajante, isto é um ato sagrado pra eles, ainda que seja farinha e rapadura, entende o sentido de divisão e comunhão que o alimento representa?
Leia pf alguns textos a esse respeito, estão na barra lateral lá em cima na caixa “AUTORES Nelson” abra e procure por “longo caminho do aprendizado” Sou filho de Orixá” e “notícias nas Casas de Orixá” é minha visão desta situação. Tomege do Ogum
GOSTARIA DE SABER SE UM INKISE PODE FAZER OLUBAJÉ, JÁ QUE ESSA CERIMONIA É OBALUAIE QUEM FAZ E É EXCLUSIVIDADE DA NAÇÃO DE KETU, E SABE-SE QUE INKISE E ORIXÁ NÃO SÃO A MESMA COISA.
Olá Márcia Maria
O correto é que não se faça ,pois como vc disse é ritual da nação Ketu e Kavungê, Kaviungo é um inquice da nação Angola. Isso não impede que se façam festas a esse Inquice,mas o ritual é diferente
espero ter esclarecido
axé
Gostaria de saber sobre Omulu, melhor, sobre a qualidade Alapafoman da nação Keto. Obrigada
Gostaria que fosse esclarecido se numa casa de candomblé, na nação Ketu, onde não haja filhos de santo de omulu/obaluaie, pode ser feito o olubajé. Se for feito este ritual, qual a consequencia para os filhos de santo que participam desta cerimonia sabendo disso. grata
Line,
No ketu/Nagô aqualidade do Omolú é Afoman, essa palavra alapa está ligada a um Egungun. Sinceramente não conheço. Este Omolú é raríssimo, rege a putrefação humana.
Axé,
Fernando D’Osogiyan
Renata Maria,
Se não houver filhos de Omolú e se nem o zelador (a) for do Omolú, por que do Olubajé? Faz-se a festa para Omolú, faz-se um bonito Orô, mais Olubajé não pode ser feito, nem com a presença de irmãos de Omolú de outra casa. Renata é aquela velha história de alguns não seguirem a liturgia de cada Orixá, Olubajé é além de tudo um grande Ebó que requer preceitos. Omolú de meu zelador ficava no centro do barracão arrumado por 21 dias que antecediam o Olubajé, só depois arriava para o Orô que era feito em sua cabana fora do barracão e pegava Inbosé completo, depois + 14 dias, outro Ebó e mais Orô. Ah! Renata, hoje em dia tenho visto Olubajé sendo servido dentro do barracão!? E por aí vai…
Axé,
Fernando D’Osogiyan
como saber se o yawo não é eekede ja fiz quartinha
bolonan e nenhum inkise se apresentou,o zelador diz que sou yawo,me errepio toda vejo os orixas sonho tenho intuição mesmo,o que falo dificilmente não acontece,
nasci.28/06/1981.
tenho certeza que sou da Oxum só nao sei se sou de Opará ou ajagura
sonhei há pouco tempo qua estava ajoelhada meu zelador abria meu Ori e saia OURO ao inves de sangue.
se puder me ajude…
angola minha nação que estou
lá oxum e oxossi
Mais acho que sou de obaluae…
Paula Barbosa o primeiro passo é vc identificar seu Inkise, porque se vc está numa casa de Angola, vc não pode ser de Oxum, veja na barra lateral no ítem Inkises que lá tem uma relação de muitos inkises.
A respeito de vc ter estas intuições, isso não quer dizer que vc seja rodante. Mas se foi tocado o bolonã (que muitos terreiros inclusive não consideram como ritual válido), mas se foi tocado e vc não virou aí fica difícil crer que vc seja rodante. Mas meu conselho é que vc procure uma roça que cuide de Inkise. O restante, sobre ser de Oxum Ajagura ou Opara, ou ser de Oluayê, isso é impossível no Angola. Tomeje
Oi Nelson… Sua benção.
Então, tocar bolonã, é um ritual de teste? Pra saber se a pessoa roda? Além desse existe outro?
Kolofé.
Robison existe sim, mas vc vai saber com o tempo e a necessidade, não apresse as coisas meu irmão, nãoé com cliques que vc vai saber do mundo todo do candomblé, é com lavar chão e ouvir, depenar e ouvir, varrer e ouvir, por favor leia o texto “longo caminho do aprendizado” clique na minha foto e procure o texto, axé. Tomeje
Boa Tarde Nelson.
Tenho 46 anos e desde os 12 anos de idade, que meus pais me levavam num terreiro de candomblé, pois diziam que eu tenho xangô com iansã porém não posso raspar a cabeça por ser abikun. Eu atualmente comprei alguns santos benzi e fiz um altar onde acendo velas e ofereço algumas pequenas oferenda para xangô, iansã, obaluaiê, oxossi, cosme e damião e oxalá apesar que as imagens sõa da Igreja Católica. Uma pessoa amiga por saber que eu sinto muito a presença do velho obaluaiê me sugeriu que eu oferecesse um olubajé para obaluiaê, mas a pessoa me disse que era pra eu fazer em minha casa onde moro com minha familia, disse que seria varias comidas de varios orixás e que depois de tudo pronto eu terei que tirar um pouco de cada comida e colocar na rua para o velho obaluaiê e o restante das comidas que é para eu distribuir com alguns convidados. Então diante do que eu li aqui nesse site que o olubajé tem que ser feito num terreiro e que a pessoa tem que ser do velho obaluiaê, eu quero saber se me ensinaram errado?
Fico muito grata e espero sua resposta
Rita o olubajé é uma cerimonia que tem por base a comunhão da comunidade com este orixá e deve sempre ser feita por quem tem o conhecimento específico desta cerimonia, não vejo motivo ou necessidade ou mesmo possibilidade de fazer um olubajé em casa. Rita não ser raspada não impede que vc seja iniciada se for de sua vontade, mas procure sempre casas sérias e de tradição, pessoas que realemtne entendam de candomblé para se aconselhar. Tomeje
Oi Nelson obrigada pela respsota e mais uma vez estou aqui buscando sua ajuda.
Eu quero muito zelar dos meus santos, mas quero fazer isso na minha casa, tanto que tenho um quarto que se precisar mando arruamr de acordo como o pai ou mãe de santo disserem pra mim. Fiquei sabendo tambem que primeiro tenho que fazer assentamento do exu, para depois assentar os orixás isso é verdade? Nelson eu fiz um altar como ja tinha lhe falado as coisas melhoraram pra mim na parte financeira, ams continuo com os sintomas da depressão, choro muito, fico triste e faço ate hoje tratamento medico. Essa depressão foi depois que minha filha faleceu, ela ia fazer 18 anos e morreu na mesa de cirurgia. Hoje tenho dois rapazes um com 31 e outro vai fazer 26, mas sinto um grande vazio dentro de mim há e convivo tambem com um homem há 5 anos, não temos filhos. Então posso assentar os orixás e o exu na minha casa para eu mesmo zelar deles? e onde encontrar um pai de santo ou mãe de santo de confiança? Eu moro em Salvador-Bahia. Por favor Nelson me ajude se puder me add se voce tiver msn o meu é ritaf42@hotmail.com Lhe peço tambem que me oriente como faço para desenvolver minha mediunidade educa-la pois sofro muito com isso tambem.
Vou aguardar sua resposta.
Abraços e muito axé pra voce.
Rita
Muito obrigada pela resposta, pois sou iniciada na nação Keto no asé Opo Afonjá para o orisá Omulu. A qualidade de meu orisá é Alapafoman, já pesquisei na internet, em livros, amigos, e não consegui muita coisa. Se tiver algo mais, ficaria grata. Desde já, obrigada.
Line este é como posso dizer…. o nome completo Dele, procure tb por Afomam. Tomeje
Rita a princípio e segundo a tradição das religiões afro, seja umbanda ou candomblé, não se cultua orixa em casa, vc pode até ter um ou outro orixa na sua casa, geralmente um exú, mas o culto temque ser feito na roça, o motivo é que nossas religiões ou segmentos são necessariamente comunitários e devem sempre ser desta forma,a transmissão do conhecimento é no dia a dia e na comunidade, por isso não existe a possibilidade de uma vida religiosa sem a comunidade. Inclusive eu penso que este seja um dos grandes motivos de termos tantos problemas na religião pois cada um vai criando sua própria rotina, sua própria forma de cultuar e vai criando sua própria religião sem fundamento algum, sem conhecimento algum, por isso é que somos tão radicais neste assunto de aprendizado, que tem obrigatoriamente de ser feito na roça e a convivencia na roça é que vai te ensinar de fato. Procure uma casa de umbanda tradicional ou kardecista, talvez vc com certeza vc vai encontrar amparo nestas casas. Tomeje
olá… estou com uma enorme duvida… sou ogan sempre fui filho de xango com oxum… agora resolvir fazer minha feitura… quem esta respondendo e somente omolu… achei muito estranho pois pela historia dos dois orixas isso jamais ia acontecer… ou estou errado…. obrigado aguardo ajuda…
Carlos isso pode acontecer sim, não é nada de mais, afinal a fixação do orixa no Ori se dá mesmo na iniciação/confirmação. Este fato tb pode acontecer quando o orixa é revelado baseado somente no “olhometro” e não num bom jogo de búzios. Tb pode acontecer isso quando saímos, por ex, da umbanda para o candomblé, pode haver mudança. Mas se vc está na mesma casa com o mesmo zelador aí não pode haver mudança, pois um zelador só pode informar ao filho qual o orixa do filho quando o zelador tiver absoluta certeza disso. Tomeje
Carlos, isso de “nunca” e “jamais” são sempre relativos em Candomblé.
Num toque lá em casa veio um Omulu e pediu pra dançar na hora do xirê de Xangô. E aí? E a “quizila”?
Meu irmão, você realmente pode ser tando de Xangô como de Obaluayê sim, mas isso, um dos dois (ou até mesmo outro) dará a certeza no momento da sua iniciação. O mundo dos orixás é meio “imprevisível”, não existe cartilha e tabelinha a serem seguidas, entende?
Axé!
Boa tarde irmaos de fe!
Eu gostaria de saber se em todo Ile depois do orixa ser feito comunga na igreja catolica. Uma amiga fez o santo no Ketu. Depois da feitura (da saida do orixa) no dia seguinte os filhos de santo vao a igreja, veem a missa e comungam.
Soube tambem que o medium pode receber o santo na igreja e o padre em muitos casos o padre sabe como desvirar.
Eu acho o sincretismo lindo. Frequentei a umbanda por um bom tempo e nunca soube deste ritual.
Eu queria saber mais sobre isso. Ir a missa e usual?
Obrigada
Luana,
ir a missa era ou ainda é para alguns axés, principalmente de Angola, um preceito. O Iyawo tinha que assistir a missa todo aparamentado, etc. Está incutido o sincretismo religioso, apenas isso.
Axé,
sua benção , tenha uma ótima quinta feira;
sua pág é uma aula realmente positiva.
recomendo sempre. axé
Motumbá !!!
Gostaria de obter mais informações sobre as características básicas do Orixá Obaluayê Jagum, da Nação KETU com águas de Angola.
Agradecido, Asè.
Cleverson.
Cleverson esta é um combinação bem complexa, ketu e angola mas… Sobre Jagum, como vc pode ver no post Ele é um dos Gurreiros de branco, não há como de faalr um básico sobre este assunto, vc deveria estudar primeiro Omolu e depois específicamente Jagum, não vejo como te expliczar em poucas palavras, desculpe-me. Tomeje
Oi,boa noite!!
Fiquei muito curioso a respeito do comentario da Luana Hercilia.O Fernando respondeu a ela,mas gostaria de saber um pouco mais.Muito obrigado
Rafael
Rafael R.
Isso não existe mais, era um sincretismo religioso apenas, por isso, e por ser contra ao sincretismo passivo, não me estendi no assunto. Outro detalhe, é que Luana diz que o santo vira na igreja, o padre acorda, isso realmente não existe, levavam o iyawo na igreja para assistir uma missa como forma de quebrar uma kizila.
Axé,
Fernando,
Obrigado pela sua resposta e pela atenção!!
Olá… eu Sou filha de Obaluaiê… mas como vc disse gostaria de saber se o olubajé é somente praticado nas casas de candomblé? Meu terreiro é Nagô… gostaria de saber se posso fazer está ooferenda…
Carolina quando vc fala em nagô está falando em candomblé tb. Mas Olubajé é uma cerimonia complexa e deve ser muito bem conduzida pro alguém experiente e que conheça bem os fundamentos desta cerimonia. Tomeje
pq nem xangô nem ogum se manifestam no olubajé?
a lenda diz q obaluiae comeia aos pes de xango e vice-versa, mas como isso seria possivel sem a presença de xangô??
e pq ogum tb nao se manifesta se a lenda fala so sobre xango e omolu??
axé!
poxa gostaria q alguem me respondesse!!
pq nem xangô nem ogum se manifestam no olubajé?
a lenda diz q obaluiae comeia aos pes de xango e vice-versa, mas como isso seria possivel sem a presença de xangô??
e pq ogum tb nao se manifesta se a lenda fala so sobre xango e omolu??
axé!
Olá! Na casa que partcipei o ano passado do olubajé… Os três sábados antes aconteceram as rezas com doação de alimentos e quem fosse na primeira reza teria que ir nas 3. No final das rezas passavamos os alimentos levados por nós em nosso corpo aradecendo e pedindo a Omulú bençãos. No ultimo sábado aconteceu o Olubajé de acordo com que foi escrito no post.(Isso tudo aconteceu no mês de agosto). É assmi mesmo que acontece… Rezas e depois o Olubajé? Ou tudo isso é o ritual do olubajé? Eu gostei muito… Me senti muito bem.
Abraços
Alessandra,
Esse ritual é próprio dessa casa que você foi, não faz parte da liturgia do Olubajé. Entendo que não devamos passar alimentos no corpo e depois doar as pessoas, na verdade o que se está doando já é ebó, pode ser bom para quem passa, mais não é bom para quem comer posteriormente.
Olubajé já é um ritual de ebó, proporcionado por Obaluaiye, dias antes de começar o Olubajé, o grande Orixá Obaluaiye irá ser homenageado com rezas, cantigas e receberá todos os seus alimentos votivos em sua casa. 14 dias depois do Olubajé ter ocorido, uma nova cerimônia é feita renovando as honras ao grande Orixá nos caminhos de Iká.
Axé,
Marianna,
No Olubajé somente Obaluaiye dança e canta enquanto todos comem o que lhes é oferecido. Pode ocorrer manifestação de algum Orixá antes de começar o Olubajé, pode ocorrer no Xirê, apenas no Xirê. O zelador da casa deve tomar providências para que só os Obaluaiyes façam o orô e todo ritual.
Olubajé é servido fora do barracão, constrói-se uma choupanazinha de palha para acolher todo a comida a ser servida ao povo na folha da mamona e se come com as mãos.
Olubajé ajeum ebó, ajeum, ajeum ebó!
Axé,
Boa Tarde Baba Fernando.
Vendo por esse lado o Senhor está certissimo. Sempre aprendendo nesse blog. Por isso adoro sempre ler os posts.
Mais uma vez obrigada.
BABA FERNANDO,MUTUMBÁ,BOM DIA!NO OLUGBAJÉ, QUAIS OS ORIXÁS PODEM FAZER PARTE,JUNTAMENTE C OBALUAÊ?
Val,
Nenhum Orixá participa do Olubajé, somente Obaluaiye. Ele convida à todos para seu banquete, o “Banquete do Rei Omolú”. No xirê antes de começar o Olubajé pode acontecer manifestações de outros Orixás que fazem as honras da casa e depois se retiram.
Obs: O Olubajé é feito fora do barracão, dançado por Obaluaiye sem descanso até que todos tenham comido e servido também em folhas de mamona e comido com as mãos.
axé.
Tomege (posso te chamar so assim?), brilhante a tua resposta para a Rita em 21 de Junho sobre “fazer a sua propria macumbinha” em casa… Acho que hoje em dia, as pessoas querem ser maiores ou melhores que a propria sociedade a qual pertencem e criam suas proprias leis e regras, validas para si mesmos. Acho que as religioes afro-brasileiras assim como outras de outras origens sao fundamentadas e seguem preceitos e informacoes que tem o seu pq. As pessoas nao querem ter trabalho. Querem passar direto aos finalmentes sem entender ao menos os pqs. Acho que – falando pela Umbanda – vc pode ter ate alguns elementos na sua casa (um altarzinho, algumas quartinhas, elementos de seguranca…) mas so em caso de falta de opcao e necessidade maior. E nao seria o ideal. Nao eh uma critica a questao da Rita, mas um comentario sobre uma tendencia perigosa da atualidade, ao meu ver… A propria familia anda se separando, se individualizando… Desandando… Devemos procurar reverter essa situacao.
Mas brilhante a tua colocacao. Parabens!
peço desculpa sou portuguesa e a pouco tempo começei a frequentar um pai de santo de comdonblé no qual me disse que eu era de iysan com ogum gostaria que me confirma-se se fosse possivel,o meu nome é virginia da conceiçao a data de nascimento é 9-3-1957.
virgina,
Somente através de um jogo de búzios obterá um parecer de qual seja seu Orixá. Data de nascimento não revela o orixá.
Que Iansã lhe ilumine.
Axé.
Bom Dia a todos.
Meu nome é Mayra, atualmente frequento a umbanda…
Adorei todas as perguntas e principalmente as respostas. Gostaria de saber se na umbanda também é necessario fazer o Olubajé.
Obrigada!
Mayra,
Nenhum ritual ou cerimônia do candomblé deve-se fazer na Umbanda se não vira Umbandomblé e perde-se a referência. Olubajé é uma festa, porém, o que poucos sabem que é um enorme ebó, nosso prato é a folha de mamona e comemos com as mãos louvando, cantando e agradecendo a Obaluaiye, o grande banquete.
Axé.
Motumbá!
Gostaria de saber o porque Xangô e Ogum não se manisfestam no Olubajé ? Se for possível saber é claro. Sei que fundamentos não são ditos, mas enfim essa é a minha dúvida.
Abian,
No Olubajé quem se manifesta é Omolú, a oferenda que comemos é um ebó, portanto, é exclusivo de Pai Omolú, podendo eventualmente oxumare e Nanã fazerem a corte. Qualquer Orixá pode se apresentar antes do orô, depois somente Omolú e eventualmente sua família.
Axé.
Muito Obrigado babá Fernando.
Motumbá!
Então isso explica o porque de também no olubajé ser reverenciada toda a família GI (Omolu, nanã, oxumarê, Iewa, ossain) ?
Eledá Akí ìbà asé
Abian,
As casas de Axé ketu/Nagô incluem na família Ji (à parte) apenas Omolú, Nanã e Oxumarê. As casas Nagô/Vodun incluem Ewá e Ossain. Reafirmo que Olubajé é uma festa restrita a Omolú com grande orô interno.
Mutunbaxé.
Obrigado babá Fernando, entendi!
Eledá Akí ìbá asé!
Olá, estou com uma duvida na cabeça desde agosto, se puderem esclarecer!
No Olubajé que eu fui após todos comerem as comidas servidas nas folhas, eles jogaram pipocas em cima de todos os presentes, e nessa hora quem é feito virou e quem não é “passou mal” inclusive eu passei mal, pq as pessoas viram ou “passam mal” quando a pipoca é jogada? Fiquei curiosa, pq não senti nada o xirê inteiro, só nessa hora.
Elisa,
O deburú ou duburú (pipoca) quando jogado nada mais é que um ebó, não é para passar mal, isso está no subconsciente das pessoas, nós temos nesse momento que agradecer a Omolú por nos permitir tomar este ebó. Quem está para se iniciar ou estar com problemas em geral que envolve o Orixá poderá sentir-se mal. No contexto geral, Olubajé é um grande ebó positivo.
Axé.
Olá Blog,
Já que estamos no mês do Olubajé, gostaria de saber a importância de Yansã/Oyá nesta cerimônia. Por que suas filhas carregam as esteiras?? Já ouvi dizer em um itan que Yemonja adotou Omulu, porém ela pediu que Oyá que cuidasse de suas feridas durante sete dias na esteira, livrando-o da morte. Por isso que a esteira é tão importante nesta cerimônia e na iniciação.
Poderiam me responder?
Asé o!
Julia a esteira está ligada a palha, dentro do Odù Ìrosùn méjì encontramos ela livrando o ser humano da morte.
Devemos ter em mente que Omolu é um Voodo da nação djedje e não podemos confundir com Obàlúwayè, òrìsà que cultuamos.
Quanto ao fundamento da esteira eu não posso ir além disso, sendo nosso òrìsà senhor das doenças, ligado a Arún e Ikú, nada melhor que nos proteger em uma hora que a plenitude de sua energia está entre nós.
Está cerimonia na verdade é um enorme ebó coletivo.
Na iniciação usamos a esteira para proteger o iniciado, pelo mesmo motivo exposto acima.
Ire o.
motumba, sera que xango não se manifesta no olubajé por que ele tem quizila com a morte ou nao tem nada a ver ? e porq nao se manifesta ogum ?
MArlos mo itan nos conta que Obàluwayè não foi convidado por Sàngó para uma festa, a ele foram atirados os ossos e restos de comidas.
Este itan muito bem contado está no livro A Fogueira de Sàngó.
Basta procurar no google e você encontrará o livro.
Ire o.
Mutumbá, meu Babá por uma longo história só realizou o olubajé nesse último domingo, dia 24/11. E eu fiz um mês de feita dia 21 desse mesmo mês, porém meu zelador vestiu meu Jagun. Durante o rum do meu oríxa senti sua energia indo e vindo, mas ao invés de vir com mais força acontecia ao contrário. Quando me desviraram, voltei com um sentimento muito ruim, chorando e etc. Minha Yá viu e veio conversar comigo, disse que a ekedi que deu rum em Jagun ficou muito nervosa, pois elem dele ser um orixá muito agitado é a primeira vez dele no salão depois da saída e pra completar foi o primeiro rum que a ekedi deu em santo. Minha Yá disse que o nervosismo da ekedi acabou assustando o santo. Minhas irmãs comentaram que ele nem o ilâ estava soltando, isso é normal?! Acredito cem porcento em minha Yá e meu Babá, porém fiquei com isso na cabeça.
Dofona ty Jagun, axé!
Victória a conexão entre você e seu orisa não passa pela cabeça da Ekeji.
A energia ir e vir é o mais natural do mundo, principalmente nos mais novos.
Mantenha sua pegada e conexão, com certeza seu relacionamento com a energia irá melhorar.
Ire
Obrigada Da Ilha!
Boa tarde a todos os membros desse maravilhoso grupo, que traz o conhecimento a todos nós. Muito obrigado por nos passar o seus ensinamentos. Gostaria que vocês me falassem sobre a família jí, o que seria essa família, quais Orixás fazem parte dela e se existe algum ítan falando sobre ela. Obrigado e axé a todos!
Rodrigo,
Nas casas de Ketu/Nagô, chamamos de família Jí os Orixás Omolú, Nanã e Oxumarê, Jí quer dizer “à parte”, ou seja, o culto feito à parte e moram à parte também. Quando entramos nas casas de Ketu podemos ver de imediato a casa de Omolú, normalmente, e sabermos que ali está sua família, a família Jí. Há uma cantiga antiga que conta esse Itan da família Jí.
Axé.
oiii eu sou Tiago sou ogan moro em brasília mais nasci em salvador.
vejo vc aprendendo e ensinando muito. tenho 27 anos e minha tátara vó era de yalorissa e dela pra ká minha família sempre foi do santo.
vim mora em brasília mais vir muitas coisas que não aprendi na baiha como ate ia-me pra Ogum com palito de dente. venho dizer que isso q vcs estão fazendo é ótimo pra religião que poucos fazem o certo muito obrigado axe pra todos.
Mo juba Ogan.
Adupè pupo baba.
ire aláàfià
Boa tarde irmãos de fé, eu sou um abian comecei a frequentar um barracão faz uns meses, e surgiram umas duvidas sobre a questão de iniciação na religião, pois eu tenho 30 anos e me falaram que eu já passei da idade pra raspar, e que eu poderia desenvolver a minha mediunidade,mais faltaria essa etapa importantíssima da feitura!!! E outra candomblé não toca só pra orixá? ou é normal tocar pra caboclo tbm??
Antônio pessoas falam o que tem vontade de falar.
Propriedade para falar é outra história.
Quem disse que é tarde para você se iniciar?
Por qual motivo você não deve se iniciar?
Baseado em que falaram que você não pode se iniciar?
Qual a idade mínima e máxima para se iniciar?
Quem disse que culto de òrìsà tem desenvolvimento espiritual?
O que será desenvolvimento espiritual?
Fazer caretas, mudar a voz e ter trejeitos?
Quanto absurdo!
Vá se inicie, busque a sua história, Òrúnmìlá diz que enquanto há vida, há esperança em Olódùmarè, para ver seus filhos mudarem sua conduta através da religião de òrìsà.
Iniciação é mudar de vida, mudar de hábito, mudar o caráter. mudar o pensamento, ter aprendizado e transforma-lo em sabedoria.
Iniciar não é roupa bonita e show no salão, isto é vaidade e vaidade não ajuda e pior, atrapalha o seu crescimento espiritual.
Crescer espiritualmente é conhecer Otito, o òrìsà da verdade, é conhecer Edan, òrìsà Ogboni que não perdoa trapaças, fofocas e traição.
Isto é se iniciar, não é ficar nos cantos do barracão falando mal e desejando o mal para seus irmãos de religião.
Ser correto, ser honesto e reto, não tem idade para começar.
Com certeza se estas pessoas são da casa que você está, creio que pensar um pouco mais sobre que local você vai frequentar é imperativo.
Tocam para Caboclos, pois, devemos homenagear e louvar o primeiro dono desta terra, os índios.
Ire
obrigado Da Ilha por tirar as minhas duvidas…. que olorum lhe de muito axé, pra continuar ajudando os irmão de fé nessa longa caminhada de aprendizagem.
Bom dia queria muito saber o nome das comidas que vão no alubajé tem possibilidade disto
Rita as comidas dos orisa, menos as comidas de Sango.
Ire
Olá a todos, gostaria de saber o que seria a família Jí no Candomblé, qual o seu significado, quais Orixás fazem parte dela e se ela é cultuada no mês de agosto. Obrigado e Axé a todos!
Da Ilha, foge da tradição ao invés de filhos trazerem as comidas votivas no Olugbajé, a coorte dos Orìsà a trazer?
Dofono,
Os Orixás podem trazer as comidas votivas do Olugbajé para serem servidos fora do barracão.
Obs: Hoje em dia tem muito zelador descumprindo esse ritual.
Axé.
Marcia Maria, a Nação Angola possui uma cerimônia religiosa similar ao olubajé, chama-se kukuana. Procure conhecê-la, pois também é muito bonita.
Na Nação Jeje não sei se existe alguma cerimônia parecida ao olubajé. No entanto Nunes Pereira e Sérgio Ferretti ao dissertarem sobre a Casa das Minas citam o banquete dos cachorros como sendo um ritual direcionado ao Vodun Acossi Sapatá, ocorrendo no dia 20 de Janeiro.
Fernando D’Osogiyan, “Nenhum Orixá participa do Olubajé, somente Obaluaiye. […] No xirê antes de começar o Olubajé pode acontecer manifestações de outros Orixás que fazem as honras da casa e depois se retiram.”
Mas Oyá não vem à frente de Obaluaiê no momento do sabejé ?
E Nanã, Oxumarê e Iemanjá não acompanham Obaluaiê, e se “sentam” à mesa do Olubajé ?
manoel,
No Olubajé somente Obaluaiye dança enquanto as pessoas comem, porque Olubajé é um ebó, já diz sua cantiga, os demais Orixás que estiverem presentes ficam sentados. Hoje em dia são poucas casas que matem a tradição do Olubajé.
Axé.
Rodrigo,
“Família Jí” ou “Unjí” é um termo utilizado pelos adeptos do candomblé da nação nagô-ketu para um grupo de divindades que acreditam serem oriundas do antigo Daomé. Entre essas divindades estão: Omolu-Obaluaiê, Nanã, Oxumarê, Iroko, Ossãe e Yewá.
Por acreditarem que possuem a mesma origem em comum, em muitos templos religiosos essas divindades são celebradas em conjunto, em uma mesma celebração ritual chamada de Olubajé, que tradicionalmente ocorre no mês de agosto.
O termo “Família Jí ou Unjí”, é uma referência as antigas e extensas Famílias de Voduns, que no Brasil só viria a sobreviver (ao que eu saiba) na Casa Grande das Minas.
Contudo, apesar das Famílias de Voduns ter praticamente desaparecido dos cultos afro-brasileiros, essa tradição religiosa de origem Ewe-Fon muito influenciou na construção do candomblé brasileiro. Sendo uma das justificativas, por exemplo, para as tão polêmicas qualidades dos orixás, onde uma divindade preponderante muitas vezes passa a representar outras divindades distintas.
No entanto muitos questionam o termo Jí ou Unjí dado a esse grupo de divindades (Omolu-Obaluaiê, Nanã, Oxumarê, Iroko, Ossãe e Yewá), intimamente vinculadas a terra. Pois Jí, refere-se ao panteão ou “família” dos voduns do alto, do céu e ao ciclo das águas.
Também devemos esclarecer que no Benin, Gana e Togo Omolu-Obaluaiê-Xapanã-Sapatá e Nanã são tradicionalmente considerados divindades oriundas da cultura nagô-yorubá. Sobre essa apaixonante questão indico a você a leitura de “Orixás” e “Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns na Bahia de Todos os Santos”, ambos de autoria de Pierre Verger.
Sobre as reais origens dos Orixás Ossãe, Yewá e Iroko permanece em aberto, a espera de pesquisas consistentes e aprofundadas.
Espero ter ajudado em seu questionamento.
Forte abraço.
Luana Hercilia,
a visita do iniciado (yaô) a igreja católica, assistindo a uma missa, como parte do seu processo iniciático é um resquício do período colonial sincrético. Oficialmente abolido através da Iyalorixá Odé Kayode (Maria Stella de Azevedo Santos), atual dirigente do Ilê Axé Opó Afonjá, uma das casas matrizes da religião do candomblé brasileiro. Logo, uma autoridade religiosa de peso.
A questão do padre saber “desvirar” o orixá no iniciado em transe, é porque muitos padres frequentam, gostam, pesquisam e até mesmo são iniciados no candomblé. Pode ser contraditório, mas essa é a verdade dos fatos.
Apesar da “missa do yaô” e outras necessidades da igreja católica ter sido oficialmente abolido do candomblé contemporâneo, muitos sacerdotes e sacerdotisas tradicionalistas ainda as praticam. Contudo são praticas e associações cada vez menos usuais, que dentem a desaparecer por completo.
Espero ter lhe ajudado.
Que minha mãe Iemanjá lhe abençoe.
Marianna,
entenda, em todas as civilizações e culturas os ritos estão fundamentados nos mitos. Logo, devemos buscar nos mitos a justificativa para Ogum e Xangô não participem da cerimônia do Olubajé.
Em vários mitos, ou variações de um mesmo mito (característica constante na mitologia), narra-se a oposição entre Nanã e Ogum. Em uma passagem de uma versão deste mito, após uma longa discussão entre as duas divindades que se encontram no mercado, Ogum enfurecido empurra Nanã sobre uma poça de lama e lhe desfere um golpe profundo com sua espada ou facão. Nanã por sua vez lhe o espragueja, lançando maldições.
Como Nanã é peça chave para a celebração do Olubajé, Ogum nela não se fará presente, em uma rememoração ao mito que os opõe.
O embasamento mítico mais usual para a celebração do Olubajé é a presença de Omolu a uma festividade, a qual não teria sido convidado. A narração mítica prossegue, narrando que após ingerir muito de vinho de palma, Omolu decide dançar. Mas devido a sua deformidade física e a sua embriaguez dança desengonçadamente, em determinado momento tropeça e cai. Causando riso e escárnio entre os orixás. Apenas Xangô permanece neutro, e sensibilizado ajuda Omolu a se levantar do chão. Encolerizado pela humilhação sofrida, Omolu lança terríveis doenças sobre todos e retira-se mancando.
O mito prossegue, narrando a consulta dos orixás enfermos ao oráculo ifá, que lhes indica a obtenção do perdão de Omolu.
Como Xangô não participou da zombaria e foi poupado da cólera de Omolu não tem porque participar do Olubajé, uma cerimônia que fundamentada em um mito que rememora a remissão dos outros orixás.
No entanto, alerto a você para a decodificação dos mitos, que tal qual os itans do Ifá, estão repletos de simbolismos, particularidades culturais e fragmentos históricos. Atualmente muitos fazem constantes citações aos itans do Ifá, mas simplesmente não conseguem interpretá-los.
Espero ter ajudado.
Quando participo de um olubajé me da alergia no braço e só passa com água de arroz….
Patricia,
O ritual do Olubajé não deixa de ser um ebó, então procure seu zelador, abra um jogo e apure o porque isto acontece.
Axé.
Boa tarde !!! Vc poderia me esclarecer o significado de ser 100% regida pela família Gi.
Grata
Eli,
Essa familia compõe Omolú, Nanã e Oxumare, entendo que ser desta familia é ser regido 100% ! Família Gi quer dizer “à parte” , culto separado e moram juntos, no culto Ketu/Nagô.
Axé.
Boa tarde Nelson, a pouco tempo comecei a frequentar uma casa de candomblé, Dote Renato de Gu, nação Jêje, e queria aprender mais sobre. O Pai de Santo disse que sou de Oxalufan, e que preciso de feitura, mas tudo no tempo certo. Não preciso apressar os acontecimentos. Gostaria de saber se em alguma cerimônia, corro risco de “bolar”. E onde encontro artigos, vídeos, e outros para aprender mais
Miriam,
Só aprendemos candomblé vivenciando dentro da Casa de candomblé, como abiyan, ralando, ouvindo, prestando atenção. Essa casa não é Jeje puro, e sim Jêje nago/vodun, ou seja, cultua vodun e Orixá, pois Oxalufam é um Orixá Ketu/Nagô. Não se aventure a se iniciar sem antes conhecer muito bem acasa, seu doté, seus irmãos e sentir-se bem acolhida.
Axé.
Olá , não conheço muito sobre orixás. Mas sempre tive fascínio por Omolu / Obaluaê , tanto que anos atrás frequentava uma casa e meu pai jogou, e ele gritou, mas não somente ele gritou ,pois xangô tambem se manifestou , tanto que meu teve jogar várias vezes pra ver se alguém mais se manifestava , pois até então omulu e xangô estariam juntos e bem próximo , coisa que não eu saiba pelo que pesquisei e meu pai falou que não poderia acontecer , tanto que quase no último momento alguém mais se manifestou tbm não tão forte como os dois primeiros mas se manifestou , tanto pra minha surpresa uma orixá que sinceramente não tenho intimidade , sei que não precisa de intimidade e sim respeito , mas se houver os dois acredito que seria ótimo !!! Então apos esse jogo meus orixás ficaram meio que assim
Omulu
Oxum velha
Xangô
Bom não sou iniciado e hj não frequento , mas ontem aconteceu uma coisa estranha , estava eu num banco de uma praça aí passou um ser e aí acabou por conversamos e no meio dessa conversa a pessoa disse que eu de xangô !!!
Sei que os orixás até eles serem assentados , podem ocorrer mudanças , bom pensei que esta pode ter visto xangô , mas isso não quer dizer que sou dele ,não tenho problema com , pelo contrário ficaria feliz de qualquer forma ou com omolu ou xangô ou oxum ou qualquer outro , mas confesso que esses dois mexem comigo Omolu e Xangô e Oya tbm , tanto que achava que era ela que apareceria ao lado de Omulu ,mas apareceu Oxum. Isso é comum de acontecer ?