Ejá
Peixe pargo, entra na mesa do borí e participa da iniciação.
O peixe (EJÁ) é visto como símbolo da fecundidade e fraternidade no Candomblé. É ligado a vários Orixás ligados a água e a pesca.
O peixe é o próprio espírito das águas, sendo que esta representa o fluído vital, o fluxo de informações e conhecimento espiritual e material, por isso também representa a sabedoria repassada pela descendência.
O peixe representa as potencialidades individuais de cada um, pois a imensidão do oceano é a sua casa e a liberdade o seu próprio caminho, por isso usamos no Borí, para que tenhamos nossa liberdade das nossas escolhas e caminhos.
O peixe é a comida em vários pratos e oferendas de Orixás, entra no Borí e na iniciação, é um poderoso atin.
Normalmente utilizam-se o pargo ou cioba, pois o peixe equilibra e acalma o Orí proporcionando calma e paz.
Determinados peixes servem também de inibidor de energias negativas, como o bagre, por exemplo, que acompanha e protege a mesa de borí e vai no carrego.
Segundo as tradições antigas, é proibido o uso e alimentação dos peixes de couro, pois estes vivem enterrados na lama e no lodo, assim como todo animal proveniente desse habitat.
Peixe bagre entra na mesa do borí e acompanha o carrego.
Referências: Página Ikodide
Acervo cultural Ilé Àse Òsòlúfón Íwìn
Dayane
Euandilu
Fernando D'Osogiyan
Hùngbónò Charles
Odé Ợlaigbo
Manuela
Candomblé 
No Borí de iniciação, principalmente, a presença do peixe é fundamental e de vital importância liturgica, carrega também a ancestralidade.
Ejá fún eró!
Boa tarde, pai Fernando!
O que significa Eja fun ero?
Outra coisa, nessa circunstância, o sexo do peixe não é levado em consideração?
Mario,
Você não é iniciado?
Axé.
Boa tarde, pai Fernando!
Não entendi a pergunta?
Creio que o senhor sabe que sou!!!
Mario,
Perguntei porque, pelo menos aqui no Rio, quando se oferece o Ejá ao Ori na cerimônia do Borí, saldamos: Ejá fun eró, ou seja, que o peixe traga a essência do apaziguamento, a “calma”, aqui todo iyawo sabe.
Axé.
Boa tarde, pai Fernando!
Que bom que todo iyawo aí sabe, pois a diáspora, como o senhor sabe, trouxe grandes prejuizos pra religião, no tocante a rituais, fragmentação de conhecimentos, conceitos deturpados, sem contar que nossa religião não tem seminário, dogmas, papas, bispos, direito canônico e um rigor miserável, como tem a Igreja Católica.
E no Candomblé é tudo muito solto e cada Casa diz ter sua doutrina. Eu não sabia esse significado e quando não sei, pergunto a quem sabe.
Sem nenhum problema de dizer que não sei!
Um abraço.
Mário,
Eu admiro quem diz não sei. A cerimônia de bori é toda rezada e cantada, é uma festa em referência a cabeça que se está presenteando.
Axé.
MUITO INTERESSANTE!!!
Me Aconselhe por favor tenho que dar um Bagre pra finalizar minhas obrigações mas estou com um enorme problema já procurei em todos os lugares possíveis mas não achei este bendito peixe cada peixaria me da uma desculpa diferente ora ta em falta ora ta fora de época resumindo não encontro, e o pior meu prazo esta se esgotando tem algum outro peixe que eu possa dar para substituir este ? O que tenho que fazer e um Baguerí ! Sabendo que o nome já diz tudo mas talvez haja outro peixe que possa se fazer pra mesma função ? desde já obrigada e muito axé …………
Kelymar,
Pergunte ao zelador se pode substituir o bagre por outro peixe.
Axé.
Baba Fernando, o porco também vive na lama e no entanto não ouvi falar em restrição. Se aplica apenas a animais marinhos?
Fernanda,
Se aplica a vários animais inclusive o porco, existem restrições para os filhos de Nanã e Omolú.
Axé.