Olo: significa expansão e poder;
Dun: significa tempo e longevidade;
Má: significa criação dos quatro pontos cardeais do Universo,
representados pelos quatro primeiros Odù:
Èjìogbe Méjì – representando o fogo, o Sol.
Òyèkú Méjì – representando a água, a Morte.
Ìwòrì Méjì – representando o ar, a Transformação.
Òdí Méjì – representando a terra, o Renascimento.
Re: significa a estabilidade da força de realização, que nasce, cresce, reproduz e morre.
No sentido mais profundo que encontramos, ao analisarmos o nome de Olódùmarè, encontramos o significado de “Eu sou aquele que é” ; o nome designando o próprio ser, o ser das coisas em sua manifestação plena e em sua relação com o Universo. A revelação do nome é extremamente significativa na propensão de Olódùmarè para a sua Criação.
Esse nome é único porquê contém todo o mistério, e representa toda a plenitude do nosso Universo e quando é pronunciado, nos leva a eterna busca da perfeição. É o nome da Santidade transcendente, que exprime a presença dinâmica de Deus, todo Poderoso em Sua Criação e a fidelidade de sua assistência aos homens.
Para entender nossa relação com o Todo-poderoso, nós temos que nos lembrar de três pontos importantes:
– Todas as coisas neste universo foram criadas por Olódùmarè.
– Olódùmarè é a Fonte do “Ser”, sem a qual nós não poderíamos existir, ter vida, ser racionais ou “inteligentes”.
– Olódùmarè é conhecido como o Determinador e Controlador do Destino. Nós estamos sob controle e governados, do princípio ao fim.
Com exceção do dia que nascemos e o dia que é suposto que iremos morrer, não há um único evento na vida que não possa ser previsto, mudado e necessário.
Olódùmarè é a força criativa central. Para os Yorubá, Olódùmarè concebeu o Universo em um êxtase de si mesmo. Assim, podemos dizer que a criação tem suas raízes no futuro, pelo qual ele vive. O mundo é inquieto porque foi criado dinamizado. Criado assim, o mundo só pode existir em evolução. Sua perfeição aparece desde a origem. A criação se realiza numa ascensão espiritual progressiva, desde a matéria dita inanimada, até atingir, no homem, a dignidade da consciência, que está muito além da questão da cor de sua pele, ou sua raça.
Existe, para o Yorubá, por detrás das aparências e do mundo visível, um elemento inteligente, “racional”, que regula, dirige, anima o cosmos, e que faz com que esse cosmos não seja caos, mas ordem.
Há, com certeza na origem do Universo, um impulso de pura consciência, que é Olódùmarè.
Olódùmarè é um espírito infinitamente perfeito, que existe por si mesmo e de que todos os outros seres recebem a existência. Olódùmarè é o ser sem semelhança. Por isso quando o nomeamos, apenas tangenciamos sua essência.
A existência de Olódùmarè, mais que um pressuposto, é verdade fundamental, ponto de partida para qualquer discurso religioso.
É como se primeiro, reconhecêssemos a sua existência, depois procurássemos a ponte capaz de nos levar a ele, capaz de propiciar a religação com nossa origem. Afinal, nas extremidades invisíveis do nosso mundo, abaixo e acima da nossa realidade, paira o espírito.
Nosso espírito e esse ser transcendente a quem chamamos Olódùmarè, são levados a se encontrar.
No entanto, é natural, para todos nós, a idéia de que não podemos compreender Olódùmarè. Na medida em que ele é infinito, princípio e fim de todas as coisas, encontra-se além dos limites humanos e de sua compreensão. Podemos, sim, conhecê-lo através de seus atributos e deduzir a sua existência através de suas manifestações no Universo e nas coisas criadas.
Somos levados, também, ao conhecimento de Olódùmarè pelo que conhecemos e sabemos com clareza e precisão que Olódùmarè não é.
Para crermos na existência de Olódùmarè e avançarmos em direção aos seu conhecimento é necessário que não comecemos por usar os caminhos da razão. Olhamos e vemos; o mundo é um espelho a mostrar permanentemente a sua presença e grandiosidade, infinita e perfeita.
Diante do maravilhoso e fantástico espetáculo da Criação, a razão humana é capaz de caminhar até o conhecimento da existência do Criador. Em seus reflexos espalhados pelo Universo, ela pode adivinhar suas perfeições de poder, de beleza e de bondade, manifestos em cada ser e em cada elemento. Sua realidade objetiva e invisível manifesta seu eterno poder e sua divindade – torna-se compreensível, desde a criação do mundo, através das criaturas.
No Culto Yorubá podemos afirmar que Olódùmarè é único no céu e na terra, o Supremo sobre todos nós e o chamamos referindo-nos particularmente as suas características de “Senhor de todas as coisas”, “o Soberano que está no Òrun”, “Aquele que tem a máxima autoridade sobre tudo”.
Olódùmarè pode ser conhecido por muitos nomes – afinal de contas, muitas são as suas particulares manifestações nos diversos momentos e planos da Criação, e assim, muitas vezes, ele é chamado de ÒLÓFIN ou OLORÚN.
Olódùmarè é na religião Yorubá o Deus Único, Supremo, Onipotente e Criador de tudo o que existe. Seu nome significa, “O Senhor, o qual é nosso eterno destino”.
Olódùmarè é nossa máxima representação espiritual no universo, ele é o Arquiteto Universal da nossa existência nos mundos paralelos de Òrun e Àiyé.
Quando o mundo começou, havia convivência entre as divindades e os seres humanos, todos podiam ir ao Òrun e voltar quando desejassem. Não havia limitações entre o Òrun e o Àiyé. Então, alguma coisa aconteceu e um extenso espaço surgiu entre o Òrun e o Àiyé. A história do que aconteceu é contada de várias formas, e todas levam a um só motivo. O homem pecou contra o Poder Supremo e uma barreira se levantou. O privilégio da livre comunicação desapareceu em troca do diálogo indireto através das diferentes formas oraculares estabelecidas e legadas pôr Òrúnmìlà.
Não há escuridão que se propague se temos conosco a fé na luz de Olódùmarè.
Os Yorubá acreditam em um Deus supremo, Olódùmarè. Olódùmarè é muito remoto ao Yorubá através de suas virtudes e dualidade. Em outras palavras, Deus criou ambas as forças: “boas ” e ” más ” e jogou no universo; ele deu Àse (poder) para ambos os lados. ” Quando você falar quase ” bom “, você já pressupôs ” mal “”. Há sempre dois lados de toda história ou problema.
Dentro de Ifá o cosmo é dividido em dois. O lado direito está habitado pelos poderes sobrenaturais benevolentes e o lado esquerdo está habitado pelos poderes sobrenaturais e malevolentes. Os poderes benevolentes são os Òrìsà e as associações úteis deles/delas com o ser humano. Os poderes malevolentes são as energias destrutivas do mau como Ikú (morte), Arun (doença), Òfò (perda), Èpè (maldição) e assim por diante. Não há nenhuma coexistência calma entre estes dois poderes, eles sempre estão em conflito.
“Eu não tenho nada além daquilo que todas as pessoas têm, a única diferença entre mim e os demais é que eu acredito na presença de Olódùmarè em minha vida e sempre o coloco à frente de minhas atitudes!”
Àse !
(Texto baseado no artigo de Sango Biyi )
Por: Obaala Oluwo Efun Áwo Pèjú Ifárunola Adesanya
Eu sei que na Cuba, Olofin representa Olodumare na terra e Olorum no céu.
Dominic,
Na tradicional religião yorubá e nas afrodescendentes, o Ser Supremo é Olódùmarè, que vive numa dimensão paralela à nossa, conhecida como Òrun. Por isso, também aclamado como Olorun, Senhor do Òrun. É o criador do Òrun e do Àiyé, o universo conhecido ou ainda desconhecido por nós.
Em meu àse prestamos homenagens anualmente o ritual Mo jubá:Ajubá Olodumare/Olorun/Olofin, Asedá/Akodá, Orixás, Ancestrais, Babás/Iyás, Ajoies/Ogà, Eleguns, Egunguns, etc.
Olódùmarè é o DEUS do povo de língua Yorubá.
Àse, adupé omo Ifá Da Ilha
Da Ilha, boa tarde!
Há na literatura de Ifá algo que trate sobre a verdade, sobre esse conceito?
Um abraço.
Oi grande mestre da Ilha
Peço licença para uma orientação sobre um despacho ,que foi colocado na porta de minha irmã . O despacho era uma galinha com o pó pescoço sangrado e coagulado ,costurada e cheia de alfinetes .
Muito Obg por a sua atenção
Boa tarde . se ao seu alcance estiver ficarei grata se poder nos orientar sobre o significado .Obg
Bênção para sua vida e familiares
Oi Mestre Da ilha ,preciso de um entendimento do Senhor ,sobre minha vida profissional . Trabalhei numa empresa dezenove anos e dez meses ,dei meu sangue ,minha vida por essa empresa ,vesti a camisa da empresa ,era bem vista e bem conceituada ,até um dia que precisei ajudar uma pessoa num exame pó ara se aposentar ,e eu nem conhecia essa pessoa ,ajudei por ajudar . por conta disso fui despedida por justa causa ,já faz oito anos ,sofro muito por isso ,porque amava muito meu trabalho ,ele era muito importante para me ,era tudo . Mesmo assim arranjei outros empregos ,Mais no ano passado no mês de outubro fiquei desempregada ,por ser um emprego público ,por a prefeitura e nunca mais ,a mais de um ano estou desempregada ,sinto me muito triste . Se poder me dar uma luz nas portas empregos sou muito grata.
Chuva de benção na tua vida
Boa tarde! Tem algum e-mail que eu possa falar com vocês?
Maria,
olhe se email.
Mazinha
As vezes as pessoas tomam decisões descabidas e sem pensar, acabam arrastando seus destinos para o buraco e podem perder o fio da meada para sempre ou padecer por um bom tempo.
Esse exemplo pode ser um caso clássico.
Ògúndá mèjì é um dos Odù que falam sobre esse tipo de atitude.
Infelizmente somente a consulta oracular poderá informar o que houve durante esse processo.
Opiniões soltas e jogadas ao vento são muito perigosas.
Ire
Mazinha somente uma consulta poderá lhe dizer o que realmente representa esse ebó.
Fale com ela para jogar bastante água e pedir paz.
Não deixe de fazer a consulta.
Ire
Lindo ensinamento! axé. Cida D’omonja
Texto maravilhoso. Obrigado por compartilhar essas lições. Pois a gente que quer aprender passa por poucas e bias atrás de estudos. O problema disso são as marmotagens. Deparar com alguém de noa vontade que escreve com propriedade conhecimentos básicos públicos, para não inciados é uma dádiva. Continuarei a acompanhar os posts. Àse.
Explicação e excelente definição a um ser supremo. Maravilha, amei e parabéns!
Ase.
[…] texto retirado do site ( https://ocandomble.com/2015/12/09/olodumare/ ) […]