Candomblé

Publicado em Candomblé | 25 comentários

25 Respostas

1. em Agosto 31, 2012 às 7:48 pm Ogã Marcelo de Baru.

   Acreditem,

   Minha noiva, ekedi, professora de nível fundamental do município do Rio de janeiro, nesta semana durante uma reunião com os Pais, comentava o quanto era difícil organizar as crianças para ir pro pátio fazer educação física, ela usou uma forma de expressão figurada. “Todas as vezes eu tenho que rezar Pai nosso, Ave maria, Um terço e uma missa para que eles sigam em forma para educação física”. imediatamente um pai a interrompeu e disse: ” Olha só professora, nossa família é evangélica e não concordo com esse negócio de rezas de outra religião na sala de aula”. Não é só com exu, Buda, Maomé, Nossa senhora aparecida, Santa Barbara, São João inclusive São sebastião que mesmo sendo padroeiro da cidade também não pode. Pasmem. Imensurável é a palavra certa para descrever o tamanho deste mal chamado “preconceito”.

   
   
2. em Agosto 31, 2012 às 7:58 pm PEDRO GABRIEL CARNEIRO

   MUITO BOM O CORPO DO TEXTO.O QUE NÃO SE SABE É QUE A IGREJA CATÓLICA EXERCE AINDA SUAS RAÍZES PRECONCEITUOSAS QUE IMPEDEM, NO MÍNIMO, DESTES ASSUNTOS SEREM PENSADOS E DESTA REALIDADE SER QUESTIONADA.GRATO

   
   
3. em Agosto 31, 2012 às 9:04 pm Luiz

   Dayane, minha irmã, só vim pra dizer que apoio a colocação da professora que escreveu o artigo…” que meu pai Exu traga muita confusão…”

   
   
4. em Agosto 31, 2012 às 10:01 pm Silvana Duarte

   Não vejo a ação como racismo mas sim INTOLERÂNCIA RELIGIOSA, o que, na minha opinião é tão repudiável quanto. Infelizmente, algumas pessoas de outros segmentos religiosos preferem seguir como “animais” “com viseiras de cavalo”, ignorantes, crentes no que pastores ou padres dizem, conhecem somente a palavra “aleluia”, seja o que for dito por esses. Não vi quando tal reportagem saiu mas acho que a professora deveria ter denunciado a diretora. De acordo com a lei, o que esta fez, é proibido, e, se ficarmos passíveis diantes de qualquer discriminação, esses atos se repetirão para todo e sempre. Não adianta reclamarmos somente na imprensa, no facebook, ou outra rede social. A justiça é INERTE, precisa ser provocada, se não fizermos a nossa parte, ou seja, SE CABE DENÚNCIA PORQUE NÃO FAZÊ-LO? Asé a todos os irmãos!!!

   
   
5. em Setembro 1, 2012 às 12:52 am Luiz

   Muito axé para você Silvana Duarte, concordo com todas as suas palvras!

   
   
6. em Setembro 1, 2012 às 2:56 pm Caboclo

   Bm dia!

   Em outros posts eu comentei sobre a oferta do ensino religioso em nosso país. Parte do pressuposto de que o ensino religioso deve-ser-ia “ensinar religião”, mas continuam a ensinar dogmas católicos. O q seria “ensinar religião” creio q teria q abordar e problematizar os contextos históricos, sociais e políticos de todas as religiões possíveis, ou então, dizer aos estudantes que a crença religiosa tanto no Brasil quanto no resto do mundo é plural, ou seja, não existe uma verdade religiosa, ou uma verdadeira religião. Entretanto não é isso q ocorre nas escolas. Mas o interessante é q os evangélicos perceberam q o ensino religioso é uma espécie de catecismo, sendo assim, pelo fato, de não concordar com partes dos dogmas católicos, os protestantes não aceitam o ensino de religião nas escolas. E diferente dos praticantes de culto afro, esses brigam para q seus filhos não sejam submisso a tal ensino.
   Mas o “povo dos cultos afros” aceita passivamente os paradigmas católicos passando o candomblé, catimbó, umbanda e etc, para “algo” de segundo plano, ou de importância secundária. Com isso as crenças católicas ganharão mais voz e espaço. Pergunte a qualquer reverendo se o catolicismo permitiria o inverso. A resposta provavelmente será negativo.
   Contudo a questão acima não diz respeito ao ensino religioso e sim uma espécie de intolerância religiosa que bebe de um sentimento racista e estupido. Mas enquanto os praticantes de culto afro não se destacar e marcar seu espaço(é permitido pela constituição), esses tristes eventos se repetirão. No IBGE de 2010 menos de 1% declarou praticante de candomblé, umbanda e coisas do gênero. e quase 70% declararam católico.

   modupe.

   
   
7. em Setembro 1, 2012 às 11:57 pm Luiz

   Caboclo, axé meu irmao!

   No senso fikei esperando o rapaz do senso (moça na verdade) para eu dizer sou do axé. Meu questionario foi o siples e nao tinha a questao sobre a religiao. A casa de meu pai de santo, nosso ilê também foi de questionario simples. N a minha roça nao foi por falta de vontade, somos cerca de 80/90 só dois responderam o completo. Mesmoq uerendo nos expor, a estatistica tambeém esta contra nos.
   axé

   
   
8. em Setembro 3, 2012 às 5:14 am Julia

   Olá, adoro a pagina de vocês e vim aqui pra tirar uma dúvida. Oque seria Oyatentum? um cargo de filhos de oya? Sou filha dessa maravilhosa orixá e gostaria de saber!
   beijos!

   
   
9. em Setembro 3, 2012 às 11:21 am Fernando D'Osogiyan

   Julia,

   Me parece um (orukó) nome iniciático de uma filha de Oyá. É o nome que o Orixá fala no dia da saída, pelo qual será reconhecido para sempre.

   Axé

   
   
10. em Setembro 3, 2012 às 3:06 pm Caboclo

    Bm dia Luiz

    Concordo estatística é fácil de manipular. Mas pelo fato, da cultura Brasileira ser marcada fortemente pelo catolicismo, em mts casos, os cultos afro passou pra uma segunda importância. No livro Agô Agô Lonan da pedagoga Maria de Lourdes Siqueira, em uma das páginas que não me lembro, é descrito pela autora que algumas casas de candomblé as pessoas batizavam na Igreja católica, em seguida podendo se iniciar no candomblé. Ou seja, esta na hora desse quadro mudar, mas acredito q vai demorar um pouco.

    modupé.

    
    
11. em Setembro 3, 2012 às 7:53 pm Luiz

    Boa Tarde Caboclo!

    Concordo plenamente com você. Sou professor e viajo de final de ano…as pessoas sempre falam para mim: Nossa você vai passar o natal longe da familia? Eu sempre respondo pra elas; Natal é festa de católico, eu nao sou catolico! Eu não posso é passar longe de meus irmão nas águas de Oxalá, isso sim!

    muito axé

    
    
12. em Setembro 5, 2012 às 11:47 am Caboclo

    Bm dia Luiz!

    No caso do natal o catolicismo passa a ser secundário. Interesse primário é o comércio. “Papai Noel”. Mas de fato, o natal é uma data católica. Nascimento.

    é se o.

    
    
13. em Setembro 5, 2012 às 4:12 pm Mário Carmelo Barbosa dos Santos

    Boa tarde, Dayane!

    Já que a figura central do texto é Exu, gostaria de abrir uma outra situação que envolve Exu. Ora, Exu é o transmissor de recados entre o orun e o ayiê, é orixá, logo está no contexto filosófico-teológico do povo yorubá (Nigéria).

    Por que cargas d”agua existem pessoas que dizem ter Exu de Jurema se a Jurema é outra realidade, surgiu em espaço e tempo diferentes?

    Há até quem afirme que Yemanjá é mãe da Jurema!!! Como se a Jurema precisasse de mãe!? Que atribuição teria Exu, na Jurema??? Ela precisa de Exu pra que?

    Poderia dizer algo sobre isso, o que vc. acha, entende…?
    Um abraço.

    
    
14. em Setembro 5, 2012 às 4:15 pm Mário Carmelo Barbosa dos Santos

    Boa tarde, senhor Fernando!

    Num outro espaço, eu postei uma pergunta, acho que o senhor não viu. É o seguinte: Qual o significado do opaxorô, e daquelas três estruturas com pingentes de diversos formatos?
    Um abraço.

    
    
15. em Setembro 5, 2012 às 4:32 pm Dayane

    Mário,

    É tudo força de expressão. Muita gente diz que tem Exú de Jurema pra se referir ao catiço, à entidade exú que ela carrega. É o equivalente a dizer “tenho exú de Umbanda” pra se referir a entidade.

    Yemanjá não tem nada com Jurema.

    E alguns adeptos assimilaram exú na Jurema com mesmo princípio de movimento, procura, transformação que nós sabemos que ele tem e também por conta do contato que a Jurema teve/tem com a Umbanda. Nada relacionado a alguma necessidade da Jurema, pois os mestres têm todas as condições de trabalhar tanto quanto os exús. No fundo, os valores de ambos são bem parecidos. Daí esse contato.

    Axé.

    
    
16. em Setembro 5, 2012 às 8:16 pm Fernando D'Osogiyan

    Mário,

    Opaxorò é um cajado de metal branco ou de madeira que Oxalufon carrega. Os pingentes que seguem abaixo representam os vários estágios da criação do Mundo.

    Axé.

    
    
17. em Setembro 7, 2012 às 11:32 pm lulu

    Acho um absurdo, mas pessoalmente acho que nao se deve ter ensino religioso nenhum, em escola nenhuma.Afinal de contas, o estado ‘e laico, as escolas deveriam ensinar filosofia, politica, sociologia e a formar pessoas abertas,tolerantes e com pensamento critico.Sou ateia, mas acho que isso e uma escolha pessoal, acho que a escola nao deve incentivar nem o ateismo nem algum tipo de religiao, afinal a escolha e pessoal

    
    
18. em Setembro 8, 2012 às 7:16 pm Mário Carmelo Barbosa dos Santos

    Boa tarde,
    Obrigado pelas respostas.
    Mas, por que só deve colher folhas com a presença da luz do sol?
    Um abraço.

    
    
19. em Setembro 11, 2012 às 11:58 am Fernando D'Osogiyan

    Mário,

    Porque a energia das folhas se traduz com a luz do sol e Pai Ossãe gosta de oferendas a luz do dia.

    Axé.

    
    
20. em Setembro 11, 2012 às 3:01 pm Mário Carmelo Barbosa dos Santos

    Sr. Fernando, boa tarde!

    Obrigado!
    Tenho outra, soprar no ouvido no momento em que querem que alguém saia do transe, significa o quê?
    Obrigado mais uma vez e um forte abraço.

    
    
21. em Setembro 11, 2012 às 8:48 pm Fernando D'Osogiyan

    Mário,

    Exatamente o contrário, a pessoa não está mais incorporada e fica como se estivesse estacionado na passagem do transe, daí ser muitíssimo importante as Ekedis saberem “acordar” a pessoa do transe. Sopra-se levemente o ouvido quando a pessoa não está mais incorporada, mas ainda está em transe. (transe no contexto de “passagem”)

    Axé.

    
    
22. em Outubro 22, 2012 às 5:58 pm Jeffersom Chaves

    Bm trde!

    Nas escolas brasileiras vão ser obrigatório o ensino de História, cultura e literatura Africana. Isto é pra ontem. Estou participando de um grupo de estudos acadêmicos neste tema. há mt tempo q os livros didáticos de história traz uma idéia euro-ocidental com relação a África, e mts das vezes reduz esse imenso cotinente há um pequeno lugar com uma crença e único tipo cultural. Com a origem de sua história no Brasil colônia. Em alguns casos, há leituras extremamente pejorativas por parte dos estudantes. Mas graças a luta de alguns estudiosos em África essas questões estão mudando e pra melhor. Com isso acredito q a intolerância estão com seus dias contados. E exu vai poder sim. Será imposível não levar a abordagem de Exu para as escolas, mesmo que implicitamente. Pois países como a Nigéria e suas regiões geo-culturais serão abordados.

    Axé.

    
    
23. em Dezembro 7, 2012 às 9:53 pm Raphael

    Concordo Plenamente com este texto, deviram dar respeito a todas as religioes, e culturas principalmente africana, pois o povo sofreu muito com o dito Homen, A questao do Catolicismo proibir e falar publicamente que EXU (sarava sua falangeira) , eh coisa do DIabo foi que na Decada de 60 a 80 abriu uma vasta aceitacao espiritualista; Umbanda e Candomble e muitos catolicos se converteram tornando espiritualista e os catolicos estavao cada vez mais com menos adebtos, Agora estao sendo os Evangelicos que estao tomando lugar kkkkkk.
    Anyways.
    MUITO AXE A TODOS , MUITA PAZ.
    (desculpe-me pelo erro de portugues, moro no exterior).
    abracos.

    
    
24. em Agosto 19, 2014 às 2:42 pm julio cesar

    a porra do preconceito é mesmo foda e é pior ainda por parte desse povo chamado de evangélico eu sei que existe uma grande minoria que realmente são pessoas de ótimo caráter e conduta mas se repararmos bem veremos se repetir os mesmos absurdos da igreja católica na chamada ” idade das trevas”.
    onde a desinformação o fanatismo e religiosidade cega não só fortaleceu a corrupção do clero como também condenou milhares de pessoas inocentes a mortes barbaras . estamos vivendo hoje o que chamo de “A nova idade das trevas ” isso graças a ignorância,fanatismo,ganancia,religiosidade cega,e a bosta do racismo numa merda de país 90% negro

    
    
25. em Agosto 19, 2014 às 9:11 pm Da Ilha

    Julio este tipo de palavreado somente coloca mais gasolina onde deveria ser jogada água.
    Não é com intransigência que iremos nos colocar onde devemos e temos o direito de estar.
    Somos a religião mais antiga, não mudamos nossos fundamentos, não mudamos nossa forma de fazer rito sagrado.
    Não temos o velho e novo Ifá, não temos dogmas e nem crenças absurdas.
    Nossa filosofia é o crescimento do ser humano e não o desenvolvimento da espiritualidade, do pé de dança ou outros detalhes menos votados.
    Não devemos ficar nos digladiando com quer que seja e nem tampouco ofender outro ser humano que tem apenas uma crença diferente da nossa.
    Repense suas palavras, não desejamos para ninguém, aquilo que não queremos para nós.
    Isto não é ser bonzinho, é um principio Ogboni, é sagrado e devemos respeitar.
    Não precisa ser um Ogboni para seguir este ensinamento.

    Ire

    
    

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