Sacríficio é uma palavra que devemos ressaltar em nosso culto, quando ofertamos qualquer elemento ao Òrìsá devemos tratá-lo também como EBÓ.
Ebó é todo elemento ofertado a uma força espiritual, seja ela de que natureza for, ajogun (forças negativas), irunmolé (òrìsás que não são funfun-branco) ou òrìsá funfun.
Quanto ao Ebó Ejé, oferecimento de sangue, as críticas tornaram-se cada vez mais contundentes, com apoio externo, inclusive da mídia, que não perde a oportunidade de associar qualquer fato ligado ao nosso culto com Bruxaria, Magia Negra, Vodoo (como aspecto pejorativo) e etc…
É surpreendente como pessoas que são leigas nestes fundamentos e incapazes de resolver problemas gravíssimos que a religião Iorubá por inumeras vezes se defronta e resolve, vem nos atacar nos chamando de primitivos e incivilizados.
Creio que civilizado para eles, é a forma como os matadouros abatem estes animais, as touradas do México e da Espanha católica, os safáris, caçadas na Inglaterra anglicana, as rinhas de galo / cães e etc…
Não se questiona a vida perdida dos animais sem nenhum propósito, ufanismos à parte, o que importa é o produto final. O contrabando de animais silvestres e exoticos, criação de pássaros em cativeiro, criados em gaiolas como souvenir e pesca de arrasto que mata indiscriminadamente e vorazmente servem apenas para aguçar a vaidade de possuir um acessório de pele e/ou couro e a ganância financeira. As iguarias gastronomicas fornecidas por animais em extinção não é questionada, a vida perdida destes animais sem nenhum propósito, não passa de um meio.
Imolação maior fez o Cristianismo, a religião do amor, que com sua Inquisição e Cruzadas, dizimou milhares de vidas e faz-se vista grossa para tal acontecimento, tratado-o apenas como fato histórico, isto sim é inexpugnavél.
Discriminar e perseguir religião alheia é certamente muito mais grave que qualquer ato litúrgico praticado por nós.
Não somos dissimulados ao ponto de ignorar o ciclo de vida e morte, sabemos de nossas responsabilidades.
A Terra (Ikole Aiye), como um grande Ile ikú, alimentada por este ciclo de morte e renascimento desde os primórdios, nos fornece o material necessário impregnado dos elementos insubstituiveis para nossa liturgia, não podemos deixar que uma visão utópica transgrida essa lei sagrada.
Dentro do Velho Testamento encontraremos o Levitico, o terceiro livro da Bíblia atribuído a Moisés. Os judeus chamam-no Vayikrá. Basicamente é um livro teocrático, isto é, seu caráter é legislativo; possui, ainda, em seu texto, o ritual dos sacrifícios, as normas que diferenciam o puro do impuro, a lei da santidade e o calendário litúrgico entre outras normas e legislações que regulariam a religião.
A maioria das pessoas que consomem carne não se preocupa com a origem deste animal, seu abate e posterior comercialização, estão desconectados da realidade. Menciono também os vegetarianos, que ao tirar da terra legumes, verduras e hortaliças, também estão tirando vidas, neste caso, eliminando a seiva, sangue verde, a respiração, a fotossíntese, deixando de ser um ser vivo para lhe dar a vida.
Dentro do Culto Ioruba a imolação de animais é tratada com respeito, gbaduras e orikis, onde este sangue estará dando vida a outros e fertilizando a própria terra.
Lembrando o iton onde Olodunmarè determina que a terra, Onilè, será o principal receptáculo de todo oferecimento.
Dentro de Ifá, nos Odu Irete-meji e Oturupon’turá, Òrúnmìlá determina a troca dos seres humanos pelo dos animais, foi quando a cabra substituiu a filha de Òrúnmìlá no ritual de ebó ejè.
A permanência do ser humano sobre a Terra exige sacrifícios constantes. Sacrifício de tempo e de privação de algo em detrimento de outro, o sacrifício das transformações e a oferta de dinheiro à custa de esforço através do trabalho, todos girando em um processo interminável que se resume a dar e receber.
Os sacrifícios de animais praticados pela religião iorubana, vão além do ASÈ, servem para alimentar o povo, pois a carne é consumida pelo egbè.
Note-se que a vida animal oferecida através de ebó, dentro do Culto Yoruba, é rezada e seu espírito enviado com todo o respeito a terra dos ancestrais e para os nove espacos do orun..
EBÓ.
Uma das três formas de asé encontrada no reino animal é o Ejé, o sangue.
O sangue que nos dá a vida em sua plenitude, sempre foi considerado divino, não existe um laboratório que o fabrique, é a força divina em seu estado material.
Tudo incluído na composição da Terra esta contido, também, na composição do sangue. Por exemplo, zinco, água, minerais, ferro, magnésio, etc… Note-se que todos os reinos, seja ele mineral, vegetal ou animal, está contido em nosso sangue e vice-e-versa.
Sacrificar os animais não são regras e as orações específicas da ação dão graças a Deus pelo sacrifício.
Exemplo: O primeiro passo é agradecer a Deus pelo espírito do animal que vai em missão. Então, nós agradecemos a Deus pela comida, a carne que vamos comer, e agradecemos também a Mãe Terra, Onilè, que nos deu este alimento para sobreviver.
Os demais componetes liturgicos tem sua missão, tais como:
Obi:utilizado como oráculo para conversar com as energias e para onde encaminhar os ebós, aplacar a ira de energias negativas e a fruta da vida onde no momento de comunhão com os Orisas a pessoa se conecta com sua ancestralidade.
Orogbo:utilizado para vida longa, aumento de resistência e perseverança da pessoa, quando utilizado com casca para que um segredo não seja revelado.
Oyin (mel):Utilizado para alegria, bem estar, harmonia, prosperidade e para que algo ou alguém nunca seja desprezado.
Epo (dendê):Elemento de efeito calmante, trás equilíbrio e facilidades.
Iyó (sal):Para sorte e preservação, para que a pessoa consiga manter suas conquistas. Dinheiro e vida longa.
Atare:Utilizado para consagrar o diálogo dar forças as palavras, utilizados em comidas e também para multiplicar os desejos.
Oti ( mais usado em rituais, Gin ) O GIN TEM COMO PRINCIPIO A PURIFICAÇÃO DA PALAVRA. E TAMBÉM O DESPERTAR DA ENERGIA. A FAVOR DO SUPLICANTE.
Owo eró:búzios utilizados para comprar AS DIVIDAS E A FALTA DE DINHEIRO das pessoas.
Moedas antigas:Utilizadas para pagar os Ajóguns (energias negativas que podem ou não estarem ligadas com as Yami.
Osun:usado para que a essência vital, simbolizando o sangue vermelho vergetal, para que o asè e as conquistas não se acabem.
Efun:para atrair o asé, representa a água.
Yerosun:Elemento sagrado de Ifá tem o poder de transmitir o asé de Odú ao que esta sendo feito, ativar o Odú Ifá.
E outros elementos mais.
Vemos então um conjunto de elementos que agrupados vão fornecer o produto final a ser enviado ao Alto, Ikolé Oorun.
Nossa religião, como uma das mais antigas, tendo sua ritualistica registrada nos Esès, ESCRITURAS SAGRADAS, ditadas por Òrúnmìlá e registradas por Ifá, o òrìsá da sabedoria e testemunha de tudo que existe no universo. Mobiliza e transfere este asé atravéz de rituais de várias especies, que são direcionados a Olodunmarè pelo portal que é aberto por Ose’turà e encaminhado por Esú.
Os Ebós Ejè oferecidos dão movimento ao fluido vital liberado, o asè, que atua fora do campo material tendo o poder de transformação sobre coisas desejadas ou indesejadas que estejam afetando o ser humano.
O òrìsá, como energia do cosmos, não necessita de comida propriamente dita e muito menos de sangue, o sangue nada mais é que o fluido vital que corre em nossas veias nos assegurando a sobrevivência , como é inerente a todos os seres vivos. Quando este material, ejè, é encantado e liberado, ele atua como veiculo operador, atua como uma profilaxia espiritual ou reforçando a energia já instalada.
As correntes que se opõem a esta prática, nos taxando de primitivos, desconhecem o poder deste veiculo, como trasferidor de asè.
Podem de uma certa maneira estar tentando criar uma nova religião, como temos vistos pessoas pregando o Candomblé Verde, embora isso também seja sacrifício, desde que orientado por Ifá, não quer dizer que o sangue animal seja excluido.
O que temos que ter em mente é a sacralidade do ato, o silencio, o respeito, as orações, os orikis e os ofós, devem seguir uma ritualistica condizente com o momento, onde todos os participantes, principalmente Onilus e Asogun responsáveis pelo ato sagrado da imolação e o sacerdote proferidor das palavras encantadas.
A Iyábase, responsavel pela sequência do ato liturgico, é por demais importante na finalização do Oro, onde a preparação do eran, carne, seguirá ordens ditadas pela energia invocada, atravéz de Ifá, no jogo de Obi abatá.
Ao se encerrar a missão com todos os elementos colocados aos ‘pés’ do Igbá ou ojubó, igbá coletivo da casa, saberemos se tudo foi aceito por Òlodunmarè, com nova caida do obi, orogbo,esun isu (inhame cozido) ou igbin (caracol).
Tudo finalizado damos sequência com a preparação do nosso banquete, onde nos confraternizamos e agradecemos a Olodunmarè e a Onilè o alimento recebido.
Asè.
Por: Heliane Haas, Olowo Ifarunaola e Da Ilha.
Uma das poucas verdades que percebo na natureza não é exatamente a “lei do mais forte” mas sim que a vida se alimenta da morte. No livro de Carlos Castañeda “Viagem a Ixtlan” ele escreve que a morte de um ser vivente pode ser uma dádiva para outro, e que a nossa própria morte alimentará alguém ou alguma coisa.
Abraços,
“Drummonzinho”
Leonardo. boa noite.
Aos não iniciados em nosso culto fica dificil entender esta parte da liturgia;
Vc tem razão em dizer que a nossa morte alimentará alguém.
Esse alguem, chama-se Onilè, aquela que ofertou a materia básica para nosso corpo, a terra, e devolveremos no dia e hora determinada por Òlodunmarè.
O ciclo de vida e morte, explica essa alimentação/devolução.
Que não nos falte, ao menos a terra, para nos acolher no final de nossa vida.
Asè.
Desculpe o comentário de uma leiga, mas gostaria de um exclarecimento, é mais uma curiosidade, mesmo…
O sacrifício de animais é normal no Candomblé? Quais animais costumam ser sacrificados?
Abs,
Vicky
Em breve, bom dia.
Como vc deve ter lido no post acima, o sangue é um veiculo transmissor de força vital (asè), quando se faz necessário este ritual acontece, nada é indiscriminado, nada é por vontade própria, seguimos as ordens de Òrunmìlá, òrìsá Testemunha de tudo que acontece e vai acontecer no Universo, ele, atravéz de seus Odus, traz todas as mensagens necessárias ao nosso ‘bem viver’ e se isso inclui o sacrfício, ele será feito.
Ire o.
Caro da Ilha
Também li o Velho Testamento. O velho Judaísmo, e outras antigas religiões não negam o sacrifício animal. A minha pergunta agora seria: A crucificação de Cristo, literalmente “o cordeiro de Deus”, seria no fundo um grande Ebó pela humanidade?
Abraços.
Leo, boa tarde.
Acho que o erro humano foi fundamental para este ato, a crucuficação, Barrabás foi libertado e Jesus penalizado, o Judeu em sua plenitude de consciência votou um plebiscito.
O Cristianismo que adora um martir, abraçou este fato e transformou em bandeira de sua causa.
Em nossa religião precisamos que o sangue toque algo sagrado para haver a transmissão da energia vital, o que diferencia e muito deste asssassinato ou execução penal.
Herodes dormiu tranquilo pois lavou suas mãos.
E eu lavo as minhas, pois não sou católico.
Não acredito neste ebó universal.
Ire o.
E parabéns pelo nivel das perguntas.
Da Ilha,
Obrigado pela resposta!
Abs,
Vicky
Salve, salve!!!
Adorei o txt!
É dificil vermos ligações coesas sobre as Antigas Escrituras e nossos cultos de hj em dia. Mto bem colocado! Mas sinto falta de ler sobre Ori. Muito se fala sobre Orixá, mas sobre Ori quase não se vê.
1000 bjks
D’Oxun,
Temos dois post que falam sobre Ori, clicando na minha foto você encontrará Eborí que sintetiza bem o tema.
Axé,
D’Osun, a coesão entre os sacrificios contidos no Velho Testamento, a Cultura Tradicional Yoruba e O Candomblé, são divergentes, porém não são tão diferentes.
Os cultuadores antigos, imolavam animais em altares de pedras, o oficio era encaminhado pelos sacerdotes da religião e eles deliberavam os destinos de orgãos e carnes e tinhamos diferenciação na oferta, quem tinha mais dava mais e era tratado de uma forma diferenciada.
O Culto Tradicional e o Candomblé tem todo o cuidado de reverenciar, Onilè, Ose’tura, Esù, a energia encarregada de receber a oferenda e Olodunmarè.
Vemos então, um conjunto de forças atuando em favor de alguém.
A grande diferença está neste ponto.
Ire o.
Salve, salve Da Ilha!
Concordo plenamente. Inclusive não é so nas Escrituras que encontramos paralelos com os cultos originários da África. Em quase todos os continentes encontramos esses paralelos e desde os primórdios. Para você ter uma idéia, os incas acreditavam que os sacrifícios eram necessários para que os deuses tivessem acesso a única coisa que eles não tinham: sangue, leia-se matéria, órgãos, vida. Dessa forma eles acreditavam estar apaziguando os ânimos dos deuses. Mas isso é uma longa história… rsrsrsrsrsrsrsrs
1000 bjks
Da Ilha gostei muito deste post me ajudou bastante.
Concordo com tudo que vc falou na primeira parte do texto…
Engraçado pois quando eu entrei para o candomblé e não sabia nada x nada, e essa parte de sacrificios ejé,etc que tanto assobram as pessoas e as deixam milindradas nunca foi obstáculo para mim, depois de ler e pesquisar e de conversar no meu terreiro com os mais velhos fiquei mais facinada e encantada.E não consigo enchergar pq as pessoas acham tão terrivel, pois nada se disperdiça, tudo é aproveitado!!!!!!!!!!
Me assuta mais quando leio sobre a prática do candomblé vegetariano, pois como fazer uma comida par Osun sem ovos, e assim vai.Li até que alguns distorcem falam do falecido Pai Agenor Miranda, pois este era contra o sacrificio de animais!!!!
Me assusta mais do que os outros de fora pois, estes não sabem o pq do ejé, mais quem esta dentro sabe de sua importância.
Carolina, obrigado pelas palavras.
Quanto ao Sr. Agenor Miranda, in memorium, devo esclarecer que existe por ai, umas edições de sua entrevistas no youtube, muito mal editadas, que denigrem sua imagem.
ELE NUNCA DISSE QUE ERA CONTRA A IMOLAÇÃO DE ANIMAIS, ISTO FOI EDITADO UMA MALDADE SEM LIMITES.
Ifá nos diz que um inutil vivo e um inutil morto é a mesma coisa, pois essas pessoas continuaram inuteis.
Que eu nunca me depare com a ira de egungun.
Adukpé o.
Mo juba Iyà.
Eu vi o documentário e tb não sei se esta completo, mais vi no video uol. Nele ele fala algumas coisas mais não se posiciona contra realmente.
Mais é sempre preocupante ver como as pessoas usam mau as coisas para justificarem o que fazem!!!!!!!
Gostei destas ultimas palavras.É a mais pura verdade.
Ha estou lendo algusn de seus posts no seu blog, estou gostando muito.
Ki ba se, alafiá mi Iyá.
Onon tutu, Onon aje.
Ire o.
Pai Da Ilha, kolofé
Apenas para complementar: o termo Magia Negra, como sabemos, é um termo com conotação como em: “ele é um negro, mas com alma de branco”.
Portanto, temos mais é que afirmá-lo, lutando pela não pejorativização que os leigos cometam. Devemos dizer: somo sim “Magia Negra”, no sentido de nosso conjunto de saberes e vivências têm origem na África, mas aberto a todos sem distinção de cor de pele.
Somos sim “Blues Negro”, “Jazz Negro”, “Samba Negro”, “Tango Negro” (pra quem não sabe, tango tem origem nos negros escravos de buenos aires). Somos sim magia e música de outras cores e etnias, inclusive somos sim “Magia Negra”!
Ire o.
Luciano, como vc mesmo diz, magia não tem cor, magia é magia e ponto final.
Dar conotação à magia em benevola ou malefica é individual, pois quem direciona tudo é seu Ori e a magia continuará tendo o mesmo nome.
Asè.
Da ilha meu amigo, estou sem folego. Espero velo em breve meu velho!!!
Tata, boa noite.
Algo que possa ajudá-lo ??
ase
respeito os sacrifícios, somente acho que poderiam ser feitos de forma mais ¨humanitária¨, como nos abates legalizados…
tornar o animal inconsciente antes da sangria, que tem que ser feita com o coração batendo ainda… existem aparelhos próprios, que dão choques elétricos em animais de 2 ou 4 patas… o candomblé pode evoluir sim, pq não?
acho que a dor de se ter um pescoço cortado, independente do grau de consciencia do animal, deve ser muito forte, mistura de dor de corte com asfixia, pois pega a traqueia e exofago…
agora, sou da opinião do grande pai agenor que considerava que o axé poderia ser obtido das plantas somente, o sangue verde…
Ronaldo, obrigado pelas palavras. Mas fazemos magia. O animal fica entorpecido nas aduras que fazemos. Não é do jeito que os leigos pensam. Quem não sabe realizar o ato deve ser sim fizcalizado, pois estas rezas são ensinadas a qualquer sacerdote de uma casa de àse e tradição.
Choque eletrico, deve ser uma delicia, quem sabe usá-lo para tratamento dentário, operações de pequeno porte e etc. Acho que a sociedade evoluida poderia utilizar este medotodo indolor e completamente legal.
Quanto ao Senhor Agenor, isto é uma história imbecil que veicularam na internet em um video editado. Sua sabedoria não permitiria abrir mão do maior e mais importante veiculo de distribuição de àse.
Infelizmente este assunto não pode ser discutido em toda sua profundidade com pessoas que não estão envolvidas com os mistérios de nosso culto.
Agradecemos, mas fazemos isso a milenios e continuaremos fazendo.
Ire o.
da ilha, e demais do fórum,
obrigado pelos esclarecimentos.
é claro que quando falamos em matança, sabemos, nós espiritualistas, que ocorre uma passagem, uma mudança de dimensão.
o princípio que habita no animal não acaba. não morre.
e acreditamos que os orixás aproveitam o axé do animal, seu sopro de vida, para magia.
creio que o princípio de consciencia do animal então é direcionado para algum lugar que o faça evoluir.
pelo que vc falou, talvez ocorra um tipo de hipnose entao nos animais..
tal como até alguns dentistas hj em dia usam, ao inves de anestesia.
nunca participei de uma obrigação com sacrifício, até pq ela é secreta.
mas fico feliz em saber que então o animal não sofre… que ele fica entorpecido… vc percebe isso claramente então?
tenho até algum conhecimento de candomblé.
mas não sou iniciado.
já jogaram buzios para mim, e sou de oxaguian, acho q vc tb né (guia azul clara e branca).
o pai de santo me disse então que sou de candomblé e não de umbanda.
mas por mais que entenda do lance dos sacrifícios, eu não quero seguir esse caminho. respeito demais, e agora depois do q vc falou, mais ainda.
o que vc aconselha então para mim?
eu na verdade sou espiritualizado, eclético, gosto de conhecer as várias visões de mundo, das várias religiões. até pq, acho q devido a nossa limitação cerebral, nunca iremos conceber uma visão global da vida.
acho legal juntar os pedaços, entende…
mas tenho pouca fé…
o pai de santo até falou q eu devo cuidar nais de meu santo.
enfim, muitas coisas na mente… muitas idéias… fico meio perdido ás vezes…
obrigado
Ronaldo, obrigado pelo carinho, mas não sou inicado em Obatalá, sou inicado em Erinlè.
Acho que nem todos nasceram para se iniciar no culto de òrìsá, mas saber de sua vida e de seu caminho é uma porta que nossa religião oferece.
Sem sacrificio, sem vitória!
Adorar, não é fanatizar. Cuide do que é seu, receba a energia de seu òrìsá e verás que o mundo se torna mais humano a sua volta.
Sorria e outros irão sorrir tbm.
Ire o.
Que coincidência, também sou de Oxaguiãn assim como Ronaldo e passo pelas mesmas aflições. Respeito todo argumento que justifica o sacrifício animal, mas não consigo imaginar um ser vivo, um ser vivo como eu, que nasceu com os mesmos direitos que eu, assim como a Vida, tenha que morrer, abreviar sua vida em salvação da minha. Me sentiria muito egoísta com isso. Sou abiã prestes a tomar meu primeiro bori pra começar a minha iniciação e tenho esse drama no meu coração. Peço agô aos mais velhos e aos mais novos, mas infelizmente isso não faz sentido no meu coração. Parei até de comer carne pensando.. “bom pelo menos, vão ser menos animais mortos por minha causa”. Sim, as plantas também merecem viver e por isso eu também me sinto culpado por ter de comê-las.
Será que poderíamos ofertar o próprio sangue em um ebó?
Encontrei minha felicidade e paz de espírito no Candomblé, uma religião que amo tanto e que sou muito grato por ter me livrado de Iku. Fui parar na mesma pois estava a beira da loucura, em uma vida totalmente desarmonizada, e não digo no sentido de alcool e drogas e coisas do tipo, mas sim estava passando por muitos problemas psiquicos, a beira do suicídio.
Agora, se eu tiver de matar um animal para que eu seja feliz… ainda prefiro a morte!
Motumbá!
ps: isso não é uma crítica a quem realiza os ebós ejés, mas sim uma coisa pessoal e que me senti a vontade de compartilhar neste site que admiro muito.
Oxalassi,
A religião dos Orixás, a sua cultura, só perdura porque sua liturgia é tribal. Entendemos o sangue como essência: o sangue animal, mineral e vegetal. Para qualquer tipo de sacrifício dentro do candomblé, é feita uma reverência à doação do animal que, será consumido por todos da comunidade, por tanto, alimento que será divididos por todos, passa a ser um Axé.
Ikú quando vem buscar alguém, não pergunta a idade, se é filho único, se é uma criança, etc, etc. Não! Em absoluto, a morte vem muitas vezes fora de hora, pega-nos desprevinidos, dor profunda e algumas vezes não passa, nunca passará. Ikú não diz seus motivos, não tem conciência alguma, mata e fim, o sacrifício.
Esta é a minha religão, onde rezamos para as folhas/ervas para agradecer a pai Ossaim, onde louvamos os espíritos de cada animal sacrificado, onde louvamos a energia da natureza, sem hipocrezia, sem fanatismo, sem exageiros, com entendimento, com dogmas, liturgia e teologia.
Um dos animais que fazem parte da liturgia de nosso pai Oxaguian é o Ibí (caracol) além da cabra, frangas, pombos e Etú. É com esse Imbosé que se vivifica a energia de Oxaguian. Muitos chamam um desses Ibí de escargot, que é servido nos melhores restaurantes do mundo apenas cozido na água e sal, prato caríssimo.
Não matamos animais para Orixá, aí está sua falta de esclarecimento sobre este assunto e que lhe atormenta tanto, os animais participam da liturgia com muito respeito e entrega, e isso é comprovado através do jogo e que nos faz ter uma profundo respeito e preceito.
So mesmo vivênciando internamente a presença do Orixá no dia a dia, nas obrigações para você entender que apesar de sermos uma religião tribal, somos muito mais consciêntes de que muitos religiosos de outras religiões, algumas até que lhes ensinam a pensar.
Axé.
Fernando D’Osogiyan,
obrigado pelos esclarecimentos e acho que estou começando a pegar o espírito da coisa…
Realmente, e acho que as religiões deveriam respeitar isso, o Candomblé é uma religião de muito fundamento, onde nada é feito de maneira aleatória e frívola. Desde o primeiro dia que entrei na casa do meu Pai, que é uma pessoa de muito respeito e austeridade, percebi que tudo, mas tudo mesmo tinha fundamento e explicação. Desde as micro às macro ações.
Assim que li sua resposta, fui conversar com meu Pai e tive acesso a algumas informações e alguns fundamentos que me acalmaram bastante. E neste sentido, pela sua explicação, estou começando a fazer alguns links com o que meu Pai me ensinou…
De fato o animal não morre para o Orixá, ele transcende a outro plano de forma responsável e não sofre por isso.
Agora, meu Pai me disse que, infelizmente, nem toda Casa de Santo age desta forma. Algumas não tem respeito nenhum ao animal e nem pelo corpo do mesmo antes de ser servido à comunidade e que, nós candomblecistas, deveriam nos unir para fiscalizar e denunciar estas práticas. Principalmente à vigilância sanitária, pois algumas casas despacham o que sobra do animal em qualquer lugar de forma irresponsável o que acarreta até algumas doenças.
Estou contente com sua atenção e pela resposta!
Que nosso Pai do Progresso possa nos abençoar sempre em busca da sabedoria e do rompimento com o preconceito!
Axé!!
ola gostaria de saber o que se liga realmente na cabeça de um medium quando a derramamanto de sangue em sua cabeça de certos animais e que qualidades de espiritos se aproveitam deste ritual e qual sua função, se aguem sabe a resposta por favor me responda atraves de meu e-mail façan este favor para mim e estarei eternamente agradecido um axe para todos..
silvioweber@yahoo.com
Silvio clik em minha foto e veja post sobre sacrificio.
Boa leitura.
Ire o.
Boa tarde!
Faz um tempo, estava discutindo com alguns amigos sobre o sacrificio animal no Candomblé.
Nenhum deles era da religião, e só me vi obrigado a entrar na discursão devido aos comentários preconceitusos e totalmente fora de contexto, tipico de pessoas que nunca foram à um barracão, e que resumem a religião como “aprendi que essas coisas não fazem bem” ou “isso é coisa do demônio”. Com certeza absoluta, não fui o unico e nem serei o ultimo a escutar estes tipos de comentários.
Pois bem, devido a isto entrei na discursão e falei de forma muito simplificada e até onde os meus conhecimentos alcançam sobre o assunto.
Quando falei que o animal é tratado com muito respeito e após a sua imolação tudo seria aproveitado, desde a carne ao couro, me foi levantado uma questão que eu não tive respostas…
Me indagaram sobre o fato não incomum de galinhas inteiras serem deixadas em encruzilhadas…
Não tive argumentos quanto a isto e inclusive acabei ficando um pouco intrigado…
Poderiam por favor, me esclarecer um pouco sobre esses fatos, pois isso acabou tendo um certo conflito com o que eu aprendi sobre o assunto.
Muito obrigado!
Alex
Alex toda e qualquer imolação tem um destino e uma finalidade.
Ha milenios que animais são imolados, esta galinha que é deixada na rua inteira, não é 0,000000001% da quantidade de carne que sobram nos pratos de refeições da humanidade, mas esta não é a resposta e apenas um dado estatistico.
Cada animal tem uma finalidade, cada orgão tem a sua finalidade tbm.
Seu sangue é utilizado de forma respeitosa e de utilidade fundamental dentro do culto.
O destino que a dado a carcaça deste animal é apontada pelo oráculo, o seu destino pode ser o Ègbé para consumo (quase sempre), okoritá meta, caminho, estrada, rio, mata, buraco, lixeira e etc…
Não somos nós que devemos retrucar ou apontar um lugar por vontade própria.
Se me perguntarem o por que de deixar um animal interio na rua, responderei que sua carne tem uma energia que a torna impropria para consumo.
Como alguns povos que não consomem carne que é proveniente de um animal que foi imolado sem cuidados e com sofrimento.
O ato da imolação é sacro e cercado de sigilo, devido aos seus fundamentos, esta polemica não é retrucada por completo pois não podemos revelar uma serie de fundamentos e muita gente imola como um ato normal e sem qualquer tipo de preparação.
Esta é a verdade.
Pessoas se metem a fazer coisas que viram fazer e não tem sequer o conhecimento do que estam cantando ou rezando neste momento.
Fazem por repetição e provocam cada vez mais confusão e duvidas na cabeça das pessoas leigas.
Imolar é um ato sagrado e que requer conhecimento do que se está fazendo.
Ire o.
Da Ilha, muito obrigado por sua resposta, que como sempre está muito digna de reflexão e sabedoria.
Não cabe a mim saber estes tipos de fundamentos a fundo, porque se não tiver no meu caminho um dia ter estes conhecimentos, que assim seja!
O que me foi explicado está completamente satisfatório.
Este ponto da liturgia (imolação), pelo o não entendimento minimo de modo geral da sociedade, acaba por gerar ou reforçar o preconceito existente.
Deputados, vereadores que deveriam ser pessoas mais esclarecidas, de tempos em tempos tentam aprovar alguma medida que inviabilize a imolação nas cerimônias religiosas afro-brasileiras. Se pessoas que hipoteticamente com um grau de instrução elevada pensam assim, imagine pessoas carentes de informação e cultura?
Tenho medo onde esta intolerância toda pode levar…
Espero pelo o dia que o diálogo entre as religiões levem a um entendimento e que todos se respeitem, religiosos, não religiosos, sociedade, mundo.
Mais uma vez obrigado!
Alex
Alex se as pessoas soubessem para que serve, sangue, penas/couro, cabeça, orgãos, visceras, rabos, patas e carne de um animal imolado, não brincariam, não imolariam sem qualquer pretexto e não fariam sem conhecimento de causa.
Ire o.
Anjo não há resposta, esta postado por mim um doc. chamado sacrificio, macabro, demoniaco, são expressões catolicas, a imolação é milenar, não somente no Candomblé, mas outras religiões. O que falta a todos que são contra a foto de imolarmos um animal é a falta de conhecimento.
Bonito mesmo deve ser um boi levar um choque eletrico e depoois ter sua cabeça decepada, ou a galinha enfiada em um cone e ter sua jugular cortada, sem ao menos alguém agradecer aquele ser pela sua missão que neste caso é alimentar pessoas.
Fica dificil se discutir um assunto sem poder entrar em fundamentos, sem entrar no merito do sangue e o que ele representa como veiculo trasmissor de àse.
Seu culto tem pouco tempo(não chega a 150) para tentar entender uma cultura com mais de 10.000 anos, culto que se baseia no catolicismo e no culto ao desencarnado, acho bonito este trabalho de guiar estes espiritos sem luz, elevá-los a uma condição melhor, mas não tente criar juizo de valor sobre o que não se sabe e muito menos baseado por video do You tube, pessoas sem escrupulos que ficam profanando atos secretos e intimos que nos pertecem.
Com todo respeito, vc não conheçe nosso culto e não tem o direito de julgar ou achar isto ou aquilo, a não ser que vc tenha argumentos maiores que um video no You tube, e a energia ruim que vc sentiu estava retida em seu Ori e não no ato da imolação.
Quando Fernando sita que Ikú quando vem, não olha idade, sexo ou condição social é por que esta é a realidade da vida e está atrelada ao seu destino, que inclusive é escolhido por vc.
Gostei da forma como vc abordou o assunto mas totalmente fora de propósito e de dos fundamentos necessários parsa uma elucidação.
Fiquemos assim, nós imolamos e vcs cuidam de obsessores. Faremos um trablho em prol da humanidade e dos mais necessitados.
Abraços e volte sempre.
Que a paz de Frei Luiz possa sempre lhe acompanhar.
Estou com o Candomblé e não abro. A civilização judaico-cristã esquece que Moisés fazia sacrifícios animais. Quando colocamos flores nas igrejas também estamos sacrificando vidas, só que não sai sangue quando cortamos uma flor. Ninguém tem pena do alface, só do coelhinho branquinho bonitinho. Vamos parar com essa pieguice. Somos animais humanos. Os maiores predadores do planeta. Para mim, a maior lição que o Candomblé ensina é que a vida se alimenta da morte. Isso é realismo. Meu corpo há de alimentar a terra, ou talvez algum bicho, quando eu morrer. Nada mais justo.
Não entendo porque excluiram meu post.
Anjo seu post se perdeu, assim como a resposta que eu lhe enviei.
Teremos que fazer tudo novamente, não é nossa culpa, problemas tecnicos.
Ire o.
Boa tarde Leonardo Drummond de Lembá!
Legal o que vc postou.
Isso chama reciclagem da matéria. Faz parte do ciclo da vida a decomposição. Nada se perde, apenas se transforma. E de fato o vegetal também tem vida, o problema é que achamos que não tem. Nisto várias pessoas arrancam as flores para enfeitar o lar, mas quando ficam sabendo de um sacrificio reclamam. esquecem que as flores também tem sangue, e se for analizado por tal ângulo estas pessoas também estão matando,sangrando, sacrificando.
Como em um trecho de uma cantiga de logun:
“Baba odé Ewe Ejé” (pai caçador as folhas tem sangue)
(Altair t´Ogun)
Axé.
Interessante este post, parabéns!
Sou ainda muito novo no candomblé para entender a complexidade de seus rituais. Sempre fiquei incomodado com a prática do sacrifício, mas procuro entender que o uso do sangue é insubstituível e que não se faz por mera tradição. Muitas explicações que ouço do povo de santo é que isto ou aquilo é assim porque é tradição e não se muda. Não concordo com esse tipo de justificativa. Entendo que o Candomblé tem “muitos segredos guardados”, mas que tudo tem um porquê de ser, mas justificar determinadas práticas só por ser mera tradição não dá para aceitar. Uma coisa é dizer que Oxum gosta de Ouro quando na África nem ouro existia, mas tudo bem, o Candomblé é uma religião brasileira, de tratrizafricana, mas brasileira, então tudo bem que Oxum venha a gostar de ouro e se vestir da cabeça aos pés com este elemento, muito embora, a princípio, Orixá seja uma energia cósmica e não um ser humano desencarnado.
Espero que com o tempo eu possa entender melhor que certos fundamentos sejam insubstituíveis.
Axé
João vc tem razão, tudo tem um por que. Fazemos deste cantinho um local onde as pessoas possam entender os “porque” de muita coisa. Muitas vezes não podemos comentar certos assuntos, visto que são assuntos internos e não são segredos, desde que vc seja um inicado. Ma s com certeza tudo tem um porque e dizer que a tradição mandar fazer assim é um hipocrisia imensa, onde o bom carater deveria orientar o questionado a responder, “Não sei, vou procurar saber e lhe ensino depois.”
Humildade é tudo dentro do nosso culto, pena algumas pessoas não entenderem que um pergunta é apenas uma oportunidade de alargar seus conhecimentos.
Ire o.
creio que o ato de se imolar um animal é um ato de transformação, e não de morte. então, quanto ao animal há duas coisas envolvidas, o seu princípio vital e o seu princípio inteligente, seja lá como se queira chamar.
o princípio vital é a energia utilizada pelas entidades (espíritos e elementais) nos trabalhos de magia em geral. nas casas de candomblé mistas, onde se há também umbanda e cristianismo, são feitos os trabalhos de antigoécia, ou seja, a magia para quebrar a magia que foi feita para algum propósito ruim. essa energia é chamada de axé, e sabemos que ela é a mais forte de todas. como o petróleo atualmente, no plano material.
o princípio inteligente, que no animal é instintivo, se usa para criar e alimentar o elemental artificial (orixá) que irá seguir a pessoa que fez obrigação. o bori é a concepção do orixá, o yawo o seu nascimento, e por aí vai…. assim como o animal, o elemental artificial (orixá) possui uma inteligência instintiva e lida com as forças da natureza. provavelmente auxiliado por inteligências superiores.
cremos que nos rituais bem elaborados, e em casas sérias, o animal na hora de sua transformação recebe o auxílio das entidades para minimização do sofrimento durante a transformação. e os membros que realizam também os cortes, além de treinados, são auxiliados pela outra dimensão.
por isso a importância de se seguir todos os rituais. é como na polícia e nas forças armadas, cheia de rituais de disciplina para que a ordem e seriedade seja mantida, pois se mexe com coisa muito séria e até mesmo perigosa. no candomblé também é assim.
como encontramos desvirtualizações na polícia, encontramos também, infelizmente, em casas de candomblé não sérias.
por respeito ao animal, todo ato deve ser louvado. e como no mundo atual, onde se depende do petróleo que é uma energia poluente, também do lado de lá se depende da energia vital animal, mas creio que possamos pensar desde já no uso de energias alternativas e menos poluentes, de ambos os lados.
aí possivelmente não será mais candomblé, mas uma derivação…
e há pessoas que já pensam nesse sentido… na transição…
enfim, isso tudo é só uma idéia, de acordo com o que entendo de tudo, estou aberto a opiniões. sei que esse assunto é algo que não se deva discutir abertamente, pois nem todos entendem, mas aqui é um espaço para tal, pois há pessoas inteligentes, sem preconceitos e envolvidas com o tema.
da ilha, haveria a possibilidade de alguém não iniciado mas com anseios de comprender e estudar o candomblé participar como observador de alguma obrigação fechada do candomblé? de repente se isso fosse autorizado através dos búzios? confesso que eu teria vontade, apesar de não ser iniciado, já conheço meus arquétipos através do jogo de búzios, e já assisti a muitas saídas de santo…
saudações…
Ronaldo, se o Oro é interno (fechado) não há como um não inicado participar. E mesmo dentro do Ilè nem todos poderão participar de algumas etapas.
E mesmo aqueles credenciados e com cargo podem ficar de fora devido a sua energia naquele dia.
Portanto se já dificil para os internos, imagine para os de ‘fora’.
Não podemos expor algumas situações pois estariamos quebrando regras e profanando segredos.
Neste caso seriamos severamente punidos, é por isso que muitas vezes, algumas pessoas não participam de alguns Oro.
Ire o.
Ronaldo imolar não é transformar, (instrumento de transformação é o fogo), imolar é alimentar a terra, é transferir a energia vital do àse atrvés do sangue do animal.
Animal não tem inteligencia, ele tem consciência. Consciência do seu papel na cadeia mistica e alimentar, Ifá é abundante em informações sobre o papel de cada especie ou grupo/familia de animais dentro do nosso contexto filosófico.
O principio vital é o àse, pois provem da Fonte (Òlódùmarè) o seu mantenedor é Èsú. O àse é tudo que está presente no Universo, tendo como principio que o universo é uma malha que se trança e todos dependem de todos, todos se apoiam em todos de forma ciclica, o ar que nos envolve (Òrò) fornece liga de tudo que existe, onde Òbátàlá e Èla são responsaveis por este elemento (Ofúrùfú).
Tudo na natureza tem uma forma de consciência, o proprio animal tem a sua, seu Orí lhe fornece dados muito mais compreensiveis para ele, do que para o ser humano com toda sua inteligencia e capacidade de analize.
Instinto é Orí Ode, livre-árbitrio.
Não alimentamos òrìsá ou qualquer força da natureza com sangue (salvo a terra, para onde devolvemos este elemento sagrado).
O àse não é forte e nem fraco, ele tem quantitativo, ou você coloca pouco ou coloca muito àse, por isso rezamos e louvamos nosso òrìsá (via Ìgbá) constantemente, para manter o que já tem e acrescentar.
Borí não é concepção de òrìsá nenhum, Borí é cerimonia ritualistica de alinhamento de nossas energias com nosso duplo no òrun.
O Iyawo não vai a lugar nenhum, ele se alinha e permite que as energias sejam captadas de forma plena durante seu processo iniciático.
òrìsá não é artificial, ele é intangivel. sua consciencia não é intintiva, ela é superior, soberana, tem Ori e é dotada de uma grandiosidade extrema, consciencia superior ao de qualquer òrìsá é a de Òlódùmarè.
Ratificando o animal que ofertamos não recebe auxilio nenhum, ele é consciente do seu papel dentro da trama universal, a forma de suavizar sua morte é o respeito ao seu espirito, a sua doação, a sua forma de entender que sem ele não conseguiriamos alcançar as portas do òrun.
O Asogún é um instrumento de auxilio, quem corta é a faca e ela pertence a Ògún, seu treinamento vem do paragrafo acima.
Neste tópico vc tem razão, temos que seguir tudo a risca pois os riscos (rs) são grandes, tanto para quem oferta, com para quem está recebendo as bençãos.
Quanto a poluição a que você se refere, acho que o petroleo mereçe uma alternativa, pois ele polui demais a atmosfera e o meio ambiente.
Quanto ao nosso jeito de cultuar, QUE VC DIZ SER POLUIDOR, gostaria que você nos apontasse um caminho novo, talvés o Candomblé light, sem gordura trans, sem açucar e sem sal, sem dendê, sem àse, sem cargo, sem faca, sem igba, sem sacerdote, sem Ilè, sem pessoas inicadas, enfim algo assim:
Eu posso rezar via celular no viva voz, afinal de contas minha voz estará lá no recinto.
Somos deste jeito POLUIDOR, ha mais de 10.000 mil anos, somos o culto mais antigo da face da terra, emprestamos nossas leis sagradas a todas as religiões da terra, não existe uma que não tenha bebido de nossa fonte sagrada.
Nosso espaço é democratico, mas gostamos de ofensas, NÃO SOMOS POLUIDORES, somos defensores e guardiões da natureza, pois sem ela não existe culto a òrìsá.
Estamos abertos, as sujestões de como não poluir, OU SEJA, NÃO FAZER ORO N’PÁ.
Ire o.
obrigado pela sabedoria e pelos esclarecimentos da ilha… acho que não dá mesmo para tentar traduzir para a linguagem racional a sabedoria do candomblé, por isso talvez o simbólico seja melhor para expressar o que possa ir além de nossa compreensão… a poluição a que quis me referir é a nossa incapacidade de aceitar a questão do orô… poluição de nossa mente… desculpe o mal entendido, não quis ofender… saudações…
Ronaldo,
Eu achei a sua ideia um tanto vaga, meu irmão. Você lançou pontos, soltou frases, mas não articulou os argumentos para que quem lesse visse alguma coerência e o que você realmente quer dizer.
Numa parte você diz:
“por respeito ao animal, todo ato deve ser louvado. e como no mundo atual, onde se depende do petróleo que é uma energia poluente, também do lado de lá se depende da energia vital animal, mas creio que possamos pensar desde já no uso de energias alternativas e menos poluentes, de ambos os lados.
aí possivelmente não será mais candomblé, mas uma derivação…
e há pessoas que já pensam nesse sentido… na transição…”
Achei um tanto contraditório certas partes do que você falou. Se você amarrar melhor seus argumentos creio que a discussão flua melhor.
Axé.
então pessoal
fica difícil mesmo argumentar racionalmente coisas que de repente estão além da razão humana…
talvez andar nos domínios da fé e da emoção sejam mais válidos nesse caso…
é fato que não somente eu, mas muitas pessoas curtem o candomblé mas não ficam à vontade para participar de rituais que envolvam cortes à faca de animais.
fico pensando que a morte por degola é muito cruel.
sou carnívoro, mas parto do princípio que hj em dia os animais antes de serem abatidos sofrem um processo de insensibilização.
isso é necessário sempre, por lei.
por isso e por outras então muitos questionam se poderiam participar do candomblé utlizando energias mais sutis, provenientes de plantas, que possuem sistemas nervosos menos complexos, e por conseguinte, a provável dor sentida seria menor.
acho que independente disso tudo, a sensação da gente ao ver a manipulação de energias sutis provenientes de planta é bem melhor do que ao ver o abate de animais.
muitos utilizam animais pequenos, dizendo que dão menos trabalho para abater.
nossa, esses cabritinhos e carneirinhos são tão bonitinhos né…
enfim, e com todo respeito, é isso que passa na cabeça de muita gente.
e sabemos que na natureza acontecem coisa que parecem cruéis. imagino que alguns animais são devorados por predadores de forma aparentemente muito mais cruéis que por corte à faca. e mesmo filhotes tb são…
talvez haja uma sabedoria por trás disso tudo…
é a natureza…
e o candomblé simula a natureza….
abraços
Axé á todos os presentes,
Não podia me furtar á esse fato que aconteceu comigo:
No dia em que estava sendo realizados cortes para Exu,o morin foi colocado,os copos,bebidas,até aí tudo bem,mas,depois veio algo inusitado para mim: copos foram preenchidos de leite,e,esse mesmo copo foi completado com o sangue do animal,aí,pergunto eu,é comum ou usual se dar leite para Exu?No aguardo de resposta,Motumba.
rafacas,
Não é normal e desconheço esse ritual.
Axé.
Motumba,Babá Fernando,
É que isso aconteceu comigo,a MDS alegava que era um orô de Exu Onan para abrir meus caminhos,porém,aconteceu o oposto,minha vida desceu pelo ralo,quase fui despejado até.Mas,bom filho de fé não teme a morte,e consegui dar uma timida virada no jogo,por isso da minha pergunta:que raio de orô é esse que te esculacha em dó?É um segredo do mal?Ninguém quer me dar informações sobre isso,é péssimo apanhar sem merecre e ainda pagar por isso,não foi pouco.
Axé oo.
rafacas69,
Por que você não procurou a zeladora? É obrigação dela ver se isso que aconteceu com você tem ligação com o ebó ou não e se teve, é obrigação dele perceber o que aconteceu de errado.
Axé.
Kolofé,Dayane,
Pior de tudo,após alguns anos de casa,descobri que a zeladora tinha (tem) inveja de meus orixás,consequencia?Ela abusou de minha ignorancia,e fez gato e sapato,agora já estou começando á me recuperar,aos poucos,sei disso,mas,que nao volto para essas arapucas,volto não!
E,mazelas á parte,tenho uma pergunta:
Será que poderíamos ofertar o próprio sangue em um ebó?Teria alguma consequencia negativa?Ou positiva?Agora sim,buscando conhecimento,já que na net,não achei referencias…
Agradeço desde já,Motumba.
Peço desculpas por ser chato,mas,alguém poderia me dar uma luz?Axé o.
Amei o texto, porém gostaria de uma explicação melhor sobre a parte que diz “ESCRITURAS SAGRADAS” que teriam sido ditadas por Òrúnmilá e registradas por Ifá… Desconheço completamente tal informação. Muito obrigado.
Michel as Escritura Sagradas foram ditadas por nossa autoridade máxima (conhecida) Olódùmarè, Òrúnmìlá o segundo na hierarquia conhecido como Ibekeji Olódùmarè, foi o responsavel e testemunha de tudo que aconteceu e foi deixado como legado, normas, regras, tabus e etc.
Os Odù, energias universais, testemunharam cada fato e cada frase ditada, eles são nossos guardiões e mensageiros.
Eles tem em seus ‘arquivos’ as mensagens de Deus, as nossas Escrituras Sagradas, que foram passadas e guardadas, de forma verbal, pelo povo nigeriano durante milenios e hoje está sendo catalogada e arquivada nas grandes casas e faculdades nigerianas.
Basta estudar Ifá e você encontrará respostas para todas as perguntas sobre nosso culto.
Querendo conhecer um pouco sobre esta filosofia visite meu blog: http://www.orisaifa.blogspot.com
Ire o.
Babá Da Ilha, o senhor poderia esclarecer qual seria o significado, sob a visão de Ifá, de cada um dos animais oferecidos aos Orisa (Igbin, Pepeye, etc).
Ire O.
Boa tarde irmãos, olha há um tempo a traz eu fiz um ebó e não houve matança de animais, pelo menos na minha presença, ha algum erro do babalorixa nesse quisito ?
Ogan eu tenho isto postado em meu blog pessoal.
http://www.orisaifa.blogspot.com
Procure por ebo, tem muito mais que sua pergunta abrange.
Ire o.
Louco Apaixonado não há erro nenhum, nem todo ebo precisa ter um animal.
Fazemos ebo com uma cabaça de água e faz tanto efeito quanto uma boiada.
O importante é seguir as orientações do oráculo, ele informa o que precisa ser ofertado, ok.
Ire o.
Baba, parabéns pelo texto de seu blog, muito objetivo, me esclareceu bastante.
Mas ainda sobraram alguns pontos: As caças (coelho, preá), o Ajapá e o Elédè, que para mim parece ser o ponto mais controvertido.
Aguardo ansiosamente sua resposta!
Ire o.
Ogan os animais arrisco, que usam de esperteza para sobreviver são os mais indicados nos ebos onde o cliente precisa ser mais ativo e elétrico para conquistar algumas coisas na vida.
Eléde (porco) é a prosperidade.
Àjàpà = longevidade e outras coisas mais que estão dentro de fundamentos que não podem ser ditas no blog.
Ire o.
Boa Tarde !
Agradeço ao conhecimento que esta equipe oferece, sempre orientado !
Minha dúvida é com relação a Pai Agenor, é verdade haver vídeos na internet que podem ter sido mal editados e colocarem uma opinião controversa na boca de um oluô tão importante na memória do Candomblé. No entanto recentemente li o livro “Pai Agenor”, de Diógenes Rebouça Filho (filho de santo do mesmo), biografia autorizada pelo senhor Agenor, que relata seu descontentamento com sacrifício animal. Ele (Agenor) mesmo diz que não é a favor, defende essa modificação como evolução do Candomblé e diz que em seus trabalhos apenas se utiliza do axé das plantas. De certo, isto se deu após se tornar um Babalossain. Com todo respeito a equipe de “ocandomblé”, eu como carne, não estou sendo hipócrita na crítica e sei que participo da matança de alguma forma, minha questão é além disso. Gostaria de saber se vocês acreditam que o Candomblé poderá um dia deixar de fazer sacrifícios animais? Como o senhor Agenor conseguia fazer Candomblé desta forma? Onde estão estes fatos que mostram se isso era real ? Será que os filhos de santo de Pai Agenor não podem relatar se isso era verdadeiro? Obrigado !
Douglas,
Clicando na minha foto, você encontrará um post dedicado ao Pai Agenor que tive o prazer de ter conhecido. Na verdade ele se referia ao excesso de sacrifícios que se tem feito no candomblé, que, aliás, eu concordo em gênero, número e grau.
Axé
Fernando D’Osogiyan, boa tarde !
Verifiquei nos seus posts no blog e apenas encontrei o vídeo “um vento sagrado”. Por favor, qual o título do post ?
Realmente tenho visto que a prática do sacrifício animal tem si tornado uma prática corriqueira, até banalizando a visão sagrada deste ato. Qualquer coisinha já é motivo para tal, no entanto, acredito que as casas sérias seguem o conselho de Ifá e realizam diante da necessidade.
Gostaria de ter tido o mesmo prazer de conhecê-lo. Então, Pai Agenor realizava sacrificio animal em seus trabalhos, feituras, etc, e não como a mídia relata e insinua tal prática abolida pelo mesmo ? Obrigado !
Axé
Olá Douglas, (veja no site do pai Agenor)
Pai Agenor não gostava de matança, mas entendia a necessidade da realização do ritual. Como você bem disse, a banalização da visão sagrada do ato, também a total falta de entendimento e esclarecimento sobre o porque da amolação de animais. Orixá e o ser humano caminham juntos com o mesmo objetivo religioso, bem sei quando meu Pai Oxalá toma a frente da Casa, sua ordens e demandas. Nunca em tempo algum nesses meus quase 32 anos de iniciado, meu Pai pediu algum sacrifício de animal, todos que aconteceram foram em função da minha posição e interação com sua energia. Na verdade o que vale na realidade é o Orí, este sim, precisa necessariamente ser realimentado anualmente, propiciando o movimento das energias e o engajamento de Axé. Orí em dia, Orixá conectado em sintonia constante.
Gente, tenho uma dúvida (importante pra mim) se, sendo vegetariana, não por dieta, mas por ética e estilo de vida (diminuir ao máximo o uso de animais) e quero me iniciar no candomblé, meus rituais ficam “defeituosos” por optar não usar nada que envolva um animal? É impossível ser do candomblé sem usar carne? Ou não sabemos se vai ser necessário usar animal e a gente fica correndo risco quanto a isso?
Especifico que entendo o sacrifício no candomblé, eu respeito e vejo o preconceito hipócrita de pessoas que comem animais que sofreram em abatedouro e apontam o sacrifício como algo cruel, etc. O meu “problema” é que não consigo participar e muito menos consumir um animal morto, do fundo do coração, então não tenho como abrir exceção.
Grata.
Verônica as vezes é necessário, quase obrigatório comer a carne de um determinado ritual em nossa vida espiritual.
A carne que está sendo consumida pelo iniciado é um ponto carregado de àse (energia vital), eu sinceramente não sei como lhe responder sem perguntar isto ao oráculo.
O seu problema é o consumo e tendo havido recusa, nada de positivo será passado através deste alimento (será como comer isopor), o seu Orí rejeitou a partir de agora ou de muito antes. E o que Ori rejeita, nenhum òrìsà abençoa, veja post sobre Bori (é importante para vc), clicando na foto de Baba Fernando e procure o tema, depois, visite meu blog e pesquise Orí em:
http://www.orisaifa.blogspot.com
Você vai encontrar informações importantes para quem está se iniciando.
Ire
Da Ilha, muitíssimo obrigada. Com certeza lerei.
oi conheci uma mulher e ela falou que é cruzada de sangue.
nos todos estavamos bebendo e a pomba gira veio nela e falou que era a maria padilha da porta do inferno. Ela conversou comigo, e falou que apartir daquela lua eu iria ser filha dela, mais não pra ser puta mais uma filha,e que ela iria me proteger de tudo que é ruim e tudo que eu precissar eu posso pedir pra ela. Mais eu queria saber o significa eu ser a filha da maria padilha rainha do inferno ??? Por favor me ajude
Laryh,
Não significa absolutamente nada, parece uma mistificação sem tamanho, não perca seu tempo com esses obsessores.
Axé.
LEGAL O TEXTO, COM OS SEUS FUNDAMENTOS MAS VEJAMOS:
“Menciono também os vegetarianos, que ao tirar da terra legumes, verduras e hortaliças, também estão tirando vidas, neste caso, eliminando a seiva, sangue verde, a respiração, a fotossíntese, deixando de ser um ser vivo para lhe dar a vida.” PARA COMEÇO DE CONVERSA, VEGETAIS NAO TÊM TERMINAÇOES NERVOSAS COMO ANIMAIS, NAO SENTEM DOR COMO NÓS ANIMAIS E ASSIM POR DIANTE , DAÍ, É UMA TREMENDA COMPARAÇÃO SEM FUNDAMENTO ALGUM E SEM NEXO E SEM SENTIDO.
MAS IGNORANDO ESSA PARTE, CONTINUAMOS: “A permanência do ser humano sobre a Terra exige sacrifícios constantes(…)” REALMENTE, ISSO É VERDAE, INCLUSIVE É SABIDO TAMBÉM QUE O SACRIFÍCIO MAIOR A DEUS NÃO É O DO SANGUE, E SIM O SEU PRÓPRIO SACRIFÍCIO EM FAZER O BEM, FAZER O MELHOR, DAR O MELHOR DE SI! OU ESTOU ERRADO?
MAS TUDO BEM, CONTINUANDO: “O primeiro passo é agradecer a Deus pelo espírito do animal que vai em missão. Então, nós agradecemos a Deus pela comida, a carne que vamos comer, e agradecemos também a Mãe Terra, Onilè, que nos deu este alimento para sobreviver.”
NOSSA, QUE LINDO NÉ? EU MATO, COMO, FAÇO O QUE EU QUISER, MAS COMO AGRADECI A DEUS ANTES, ENTAO TUDO CERTO, NÉ VERDADE? QUANTO A COMER, ATÉ É ACEITÁVEL, DE CERTO PONTO (SE BEM QUE PARA SOBREVIVÊNCIA, O SER HUMANO NAO PRECISA MAIS COMER CARNE, AFINAL, ELE JÁ VIVE EM UM MEIO ONDE SE PODE ENCONTRAR E PLANTAR DE TUDO , DIFERENTEMENTE DE MUITOS SÉCULOS PASSADOS ONDE O HOMEM REALMENTE TINHA QUE CAÇAR PARA COMER E SOBREVIVER.) COMO NÃO ESTAMOS NA ÉPOCA DAS CAVERNAS (EMBORA MUITOS AINDA QUEIRAM CONTINUAR NELA ), ENTÃO NÃO É JUSTIFICÁVEL MATANÇA NENHUMA (INCLUSIVE PARA SE ALIMENTAR). AGORA, BASEADO NISSO, VC DIZ: “AH, MAS O SANGUE TEM MUITA ENERGIA, MUITO AXÉ (ASÉ) OU QUALQUER OUTRO NOME QUE QUISEREM USAR QUE É A MESMA COISA. BEM, DE FATO, O SANGUE TEM, ENTÃO POR QUE AS PESSOAS QUE VÃO FAZER OS SACRIFÍCIOS NÃO UTILIZAM O PRÓPRIO SANGUE? O SANGUE SE RENOVA COM O TEMPO, TENHO CERTEZA QUE NAO FARÁ FALTA HEHE. AGORA, SE POR VENTURA VOCÊ MORRER… NÃO TEM PROBLEMA TAMBÉM, PORQUE AQUELE QUE FOI BENEFICIADO, SEM DÚVIDA IRÁ ORAR POR SUA ALMA E ELA UM DIA ENCONTRARÁ A PAZ EM ALGUM LUGAR, OU PELO MENOS UM DIA SEU ESPÍRITO VOLTARÁ BEM MAIS LEVE NÉ?
BOM, PESSOAL, EU RESPEITO A RELIGIÃO DE VOCÊS (OU PELO MENOS TENTO). O QUE EU TENHO COLOCADO AQUI É O MEU PONTO DE VISTA HUMANO E SINCERO, E NÃO ENRAIZADO EM QUALQUER RELIGIÃO MITOLÓGICA (COMO A YORUBÁ). MUITO AINDA PARA ESCREVER, MAS VOU DORMIR.
Oi boa noite estou precisando de uma explicação e de um conselho ,vou explicar eu sou filho de ogum cherokee e de Iemanjá e sugundo o meu pai de santo eu carrego o ze pilintra da linha do trem mas nunca recebi ele mas o meu pai de santo recebi um Egum com luz chamado José pilintra dos anjos e a um mês atras eu fiz um pacto de sangue com o José pilintra dos anjos e ele disse que depois do pacto ele iria tirar o exu que eu carrego o Zé pilintra da linha do trem e iria passar a virar na minha cabeça, isso pode acontecer ? Um egum com luz pode fazer pacto de sangue pra poder dominar minha cabeça ? e tirar o meu exu ? Por favor ne ajudem…
Bruno,
Vamos só esclarecer alguns pontos:
1- Não existe Ogun Cherokee ou você é do Orixá Ogun ou você é do Vodun Xeroquê, são entidades distintas de nações diferentes.
2- Esse tal Zé Pelintra da linha do trem não existe, saiba que Zé Pelintra é um encantado do Catimbó do nordeste.
3- Zé Pelintra dos Anjos está mistificando e inventado pactos que não existem e confundindo sua cabeça e sua vida.
Conselho: Caia fora desse sujeito, procure uma boa Casa religiosa para cuidar de seus Orixás e sua Cabeça.
Axé.
Boa tarde, pai Fernando!
Como o tema é imolação de animais, pergunto se há alguma importância, na corda que puxa o caprino, pois ela é posta sobre a cabeça do animal no igba.
Um abraço.
Mário,
Sim, pois cantamos quando se está amarrando o orí e acorda acompanhará o carrego.
Axé.
Adorei o texto, achei muito esclarecedor, gosto de ler sobre o candomblé embora não seja adepto. Tenho uma dúvida, na verdade duas rs, o eje do animal sacrificado é depositado em um “vasilha” a parte do assentamento do orixa? E quanto a pedra ota, apenas uma pedra é posta no assentamento?
allan,
O Ejé é depositado diretamente no assentamento onde se encontra o Otá.
Axé.
” (…) Oti ( mais usado em rituais, Gin ) O GIN TEM COMO PRINCIPIO A PURIFICAÇÃO DA PALAVRA. E TAMBÉM O DESPERTAR DA ENERGIA. A FAVOR DO SUPLICANTE.”
Com as novas influencias africanas, os adeptos do Candomblé Brasileiro vem adotando o GIN, em substituição a nossa nacionalíssima CACHAÇA, que sempre foi utilizada, perfeitamente, na elaboração de oferendas e ritualidades no cotidiano dos nossos templos religiosos.
Sinceramente nunca entendi esse novo modismo, sobretudo porque, o GIN nunca foi uma bebida africana. Trata-se de uma bebida alcóolica, industrializada, de origem europeia. Cujo teor alcóolico assemelha-se em muito a outros aguardentes, entre eles a nossa velha CACHAÇA.
Creio que se fossemos realmente nos respaldar aos antigos costumes africanos, o correto seria substituirmos a cachaça pelo EMU, também conhecido por VINHO DE PALMA. Não por uma bebida industrializada europeia , que NUNCA CONSTOU EM NOSSAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS, E MUITO MENOS NA ÁFRICA ANTIGA.
Sendo que, Oti significa qualquer bebida destilada de teor alcóolico forte. Ou seja, NUNCA FOI SINÔNIMO DE GIN EUROPEU.
” Quanto ao Ebó Ejé, oferecimento de sangue, as críticas tornaram-se cada vez mais contundentes, com apoio externo, inclusive da mídia, que não perde a oportunidade de associar qualquer fato ligado ao nosso culto com Bruxaria, Magia Negra, Vodoo (como aspecto pejorativo) e etc…”
Não faço objeção alguma a imolação ritual de animais no Candomblé, uma vez que a mesma se da através de animais domésticos, largamente utilizados na alimentação humana em todo o mundo.
Contudo, não podemos ignorar, que muitas autoridades religiosas, são contrárias a essa prática ritual. A exemplo do saudoso Pai (Agenor Agenor Miranda Rocha), que abertamente fazia oposição a mesma. Sugerindo a prática do “Candomblé Verde”, uma realidade adotada por babalorixás e iyalorixás.
No entanto, a abolição da imolação de animais, contribui imensamente para intensificar a descaracterização do Candomblé Brasileiro, processo esse observado desde meados do século passado.
Professor Agenor, como grande formador de opinião, evidencia (e legitima) a prática do Candomblé Verde, mas não revela como nele proceder, sem se recorrer aos animais.
Ele se esqueceu de dizer, como fazer por exemplo:
– a realização de um bori, que pede a imolação de um peixe;
– a preparação, de praticamente todos os amalás para Xangô, que obrigatoriamente levam carne;
– oferendas e ritos à Oxalá, que exigem a imolação do igbin;
– os ritos propiciatórios as Iyámi. E por ai vai…
Também devemos considerar, que o Candomblé, é uma religião essencialmente gastronômica. Onde a imolação dos animais, nada mais é que uma reminiscência da antiga prática da caça, oriunda dos diversos povos africanos [preponderantemente constituídos de caçadores], dos quais ela se originou. Após a caçada favorável, uma parte da caça abatida, era sempre destinada aos deuses.
Mesmo quando esses povos se tornaram agrários, os frutos da terra continuaram a ser compartilhados com os deuses, como forma de agradecimento pela colheita farta e pedidos de renovação da fertilidade da terra.
Vindo daí, os elaborados pratos, que se integraram a culinária brasileira. Uma vez que todas tradicionais iguarias oferecidas aos orixás no Candomblé, são oriundas do cotidiano africano antigo. Sempre se reservando, a melhor porção para os ancestrais e os deuses.
Com a vinda dos africanos para o Brasil, novos aromas e sabores foram experimentados e apreciados, passando assim dignos de serem também compartilhados com seus deuses. Motivo pelo qual o milho passou a ser do agrado de Oxossi, o amendoim de Ossãe, a batata-doce de Oxumarê, a batata-baroa de Yewá e os frutos do mandacaru de Exú.
A imolação de animais no Candomblé, não tem absolutamente nada de excepcional.
É apenas uma forma dos seus adeptos, compartilhar com as divindades, seu próprio alimento do dia a dia. Isso fica explícito, no compartilhamento desses animais sacrificados, com todos os presentes as suas cerimônias públicas. Rememorando assim, o compartilhamento da caça com toda a comunidade tribal do passado distante.
Sendo que muitas das oferendas, destinadas aos orixás, após algumas horas, são consumidas pelos seus filhos-sacerdotes, em uma perfeita comunhão e absorção de axé.
Manoel boa noite.
Esse texto grafado de sua autoria diz:
“Contudo, não podemos ignorar, que muitas autoridades religiosas, são contrárias a essa prática ritual. A exemplo do saudoso Pai (Agenor Agenor Miranda Rocha), que abertamente fazia oposição a mesma. Sugerindo a prática do “Candomblé Verde”, uma realidade adotada por babalorixás e iyalorixás”.
Não corresponde a verdade e já deu muita confusão, em memória de Agenor que por sinal foi muito amigo de minha sacerdotisa, devo esclarecer que o vídeo está editado, foi uma maldade sem fim o que postaram. Essas palavras nunca foram ditas por ele, ele nunca pregou Candomblé verde ou o que o vá-lha. Um pessoa com seu conhecimento e recursos, requisitado como Olhador (termo que ele mesmo usava) das grandes casas da Bahia, jamais, se prestaria a um papel tão chulo e degradante para com sua biografia.
Creio que você seja apenas mais um dos que foram induzidos ao erro por esse vídeo nefasto e que deveria ser banido do Youtube, seu livro Caminhos de Odù, Editora Pallas, no Odù Okonran (logo no primeiro verso onde ele diz que o ebo se compõem de Preá e etc.) desmorona completamente essa covardia que fizeram a sua memória.
Quem conheceu e quem conhece quem o conheceu sabe que o inverso de tudo que está nesse maldito e a verdade que deveria constar para a história.
Aditando:
“Professor Agenor, como grande formador de opinião, evidencia (e legitima) a prática do Candomblé Verde, mas não revela como nele proceder, sem se recorrer aos animais.”
Me desculpe, mas, isso é completamente incorreto, estamos falando com 22 milhões de internautas que já visitaram esse blog e a informação não é verdadeira. Por lealdade a minha sacerdotisa e a memória de Agenor não poderia deixar de esclarecer esses fatos.
Cordialmente
Odé Ợlaigbo,
a questão que o senhor expõe é muito séria e bastante complexa. Pois quando diz que, “ESSAS PALAVRAS NUNCA FORAM DITAS POR ELE”, nos leva a crer que foram simplesmente forjadas.
Ou que, devido a avançada idade do professor em questão, teriam sido ditas aleatoriamente. Supostamente em decorrência de problemas senis, demência ou alguma deficiência mental semelhante.
Quando o que assistimos, um documentário biográfico relevante (sobre a vida de Agenor Miranda Rocha), envolvendo diversas pessoas conhecidas e renomadas, nos apresenta um professor bastante lúcido, seguro de suas palavras e em plena vitalidade mental.
Sugiro que o senhor volte ao vídeo, e o reveja atentamente. E para que não fique nenhuma dúvida, convido a todos para que também o assista.
Manoel o vídeo é editado.
Não estou em uma disputa, estou ajudando no resgate de uma reputação ilibada.
Cordialmente.
“Em Breve
Desculpe o comentário de uma leiga, mas gostaria de um esclarecimento, é mais uma curiosidade, mesmo…
O sacrifício de animais é normal no Candomblé ? Quais animais costumam ser sacrificados ? ”
Vicky,
a prática do “sacrifício” de animais no Candomblé é tão normal como a sua e a minha ida ao supermercado e ou ao açougue, para a compra da carne de um animal “sacrificado” que será servido no almoço e no jantar.
Com uma grande diferença, esses animais, antes de serem imolados ritualmente, são sacralizados. Uma vez que, para o Candomblé tudo é uma dádiva de Deus. Inclusive o alimento que nos alimenta, fundamentalmente essencial para a manutenção da vida.
Os animais “sacrificados” no Candomblé (e em todos os outros cultos afro-brasileiros), são os mesmos animais domésticos utilizados como alimento em todo o mundo.
São eles:
– galinha;
– galo;
– pombo;
– ganso;
– peixe;
– caracol;
– galinha de angola;
– pato;
– cabrito;
– carneiro;
– marreco;
– boi;
– peru;
– faisão;
– codorna.
E raramente, também animais de caça [geralmente obtidos de criadores autorizados pelo IBAMA], tais como;
– veado;
– cágado;
– tatu;
– galinha d’água;
– juriti;
– cutia;
– preá.
Odé Ợlaigbo,
não sei o que o senhor entende por editar, mas o que nós vemos no presente documentário, é o professor expressando sua opinião particular em relação a imolação de animais no Candomblé.
Concordando ou não com o seu ponto [do professor] de vista, devemos respeitá-la e considerá-la.
Fica claro e evidente, ao assistirmos ao vídeo, que o professor era totalmente contrário a imolação de animais. Inclusive, revelando abertamente, ter abolido tal prática.
E veja, eu particularmente, não sou partidário da opinião de Agenor Miranda Rocha. Uma vez que não sou vegetariano e muito menos vegano.
Fui bastante claro quando disse, não saber como ele procedia dentro da ritualidade do Candomblé, sem a recorrência aos animais.
E para mim, torno a dizer, não vejo nenhuma excepcionalidade na imolação de animais. É como escrevi a cima, o mesmo que se ir a um supermercado, um açougue, ou a um aviário. Apenas diferencia a sacralização e a ritualização.
Sendo que, não podemos ignorar (ou ocultar) o chamado “Candomblé Verde”, uma realidade praticada pelo professor em questão e por outros babalorixás e iyalorixás também.
Se está certo ou errado, não me compete dizer.
Manoel o vídeo mostra ele falando em hipótese, tem muito mais comentários antes dessa maldita edição, eu assisti ao vídeo original e infelizmente já não o tenho, perdi meu HD.
Quanto ao tal Candomblé verde, Vegano ou sei lá o que mais querem inventar, posso apenas dizer que essas pessoas não conhecem Ifá, não conhecem uma religião milenar e Tradicional. Não sabem e conhecem a função do sangue dentro de um ritual.
Nunca viram um animal morrer na ‘reza’ e muito mais coisas e não cabem ser divulgadas aqui.
Não conhecem Òsá mèjì e os efeitos da magia.
Enfim, não vamos buscar pelo em ovo, minha observação foca apenas em manter viva a memória de um homem que deu sua vida pela religião, que morreu abandonado pelos supostos ‘amigos’ no bairro do Engenho Novo, aqui no Rio de Janeiro na companhia de uma sobrinha (se não estou enganado), homem reto, conhecedor dos caminhos, um grande sacerdote. E enquanto vida eu tiver vou rebater esse vídeo nefasto que apenas denigre toda sua trajetória.
Candomblé verde…, na cabeça de Agenor?
Cordialmente
Senhores,
Assim como “sem folha sem Orixá”, sem Etú sem iniciação, sem adôxu!
Candomblé verde não existe, vamos parar de inventar moda, vamos respeitar a liturgia milenar.
Por isso cantamos no sacrifício (entrega):
“Ara bia bia etú
O kenken,
Ara bia bia etú
O keken.”
Axé.
Eu já uma vez explodi meu emocional quando sobre animal morto e consumido depois da cerimônia, acabei me arrependendo sobre essa explosão que tive, parece que entendi o recado de estudar mais sobre candomblé. Hoje, depois de 4 anos sem consumir nada de origem animal (carne, ovo, mel, pescados, couro, lã, leite…) evitando cada vez mais uso de farmacos e agora entendo que não precisamos do sangue animal para alimentar, e pelos trechos da Mãe Stella de Salvador de quando não tiver mais necessidade de sacrificar animais, serão reduzidos naturalmente, eu percebi que esse dia finalmente chegou. Candomblé é muito mais que sacrifícios, entendi perfeitamente isso e gosto de ler as histórias das divindades, percebi que além das plantas não terem terminações nervosas e sciencia capaz de sentir dor, não removendo suas raízes, parte fundamental para não morrer, elas tem capacidade de se renovar ainda na terra, mesmo usando suas partes, não da mesma forma que os animais. Eu amo as histórias dos Orixás, mas não posso ser a favor do sacrificio do sangue animal continuar, e isso vai muito além de opinião. Perguntaram enfim se o animal quer ser sacrificado? Ele não vai por ele mesmo nas facas…isso eu sei. Hoje consigo enxergar animais não humanos não como alimento, mas como meu semelhante, amigo. O cuidado com a Terra já não é o mesmo dos ancestrais, mudamos muito. Podemos muito bem viver com 90% do nosso cotidiano sem origem animal envolvida. Eu sou prova viva enquanto digito esse texto, e sei que meus esforços chegam até maiores porcentagens.
Reconheço meu erro de não se concentrar na minha ansiedade e deixar as palavras dominarem a mente, de digitar coisas que soaram como ofensas, quando na verdade quero estar longe. Que minha culpa se converta em conhecimento sadio.
A religião camdomblé também muda aos poucos, assim como outras religiões, e isso não é algo ruim, o mundo se recicla e vamos nos adaptando.
Sem contar da alimentação vegetal poder alimentar muito mais pessoas no mundo do que de orgem animal, tendo em conta que pelo menos 37% dos vegetais a nivel mundial vão para ração de animais para abate. Alimentação vegetal pode salvar o mundo. (fonte: Revista época, resposta feita pela SVB).
Depois de tudo que escrevi: não olhem apenas o consumo de vegetais como algo “moda” da nova geração. Consumo de vegetais é de fato um ato político e talvez uma das formas mais eficazes de preservação das matas.
70% das doenças modernas são de origem animal, afirma ONU em novo relatório: http://yogui.co/70-das-doencas-modernas-sao-de-origem-animal-afirma-onu-em-novo-relatorio/
L obrigado pela sua publicação.
As religiões milenares usam o sacrificio animal e eu não vou lhe explicar a razão, por motivos óbvios.
Por acaso vc foi ‘pentalhar’ as outras religiões milenares ou você acordou e escolheu a nossa?
Você foi estudar as outras religiões para saber se eles sacrificam e se sacrificam por o fazem?
Respeito seu ponto de vista, respeito sua forma de alimentação, porém, isso é uma coisa que diz respeito a você e apenas a você.
Não me interessa o que você almoçou ou jantou, me interessa saber se você precisa de ajuda.
Se você está bem, então siga o seu caminho natureba/vegano e nós continuaremos na proteína animal.
Sinceros comprimentos
Odé Ợlaigbo.
Produtos de origem vegetal são ricos em agrotóxicos.
Maçã ganha 19 pulverizações de pesticida antes da colheita.
Batatas são plantadas junto com defensores agricolas, no mesmo bucaro entram os dois.
L por favor, sua verdade e sua vida lhe pertencem.
Ire alaafia (paz)
Okualé.
Tenho respeito pelas opiniões de todos e sinto felicidade ao ler, porque são os tempos que correm…
Orunmilá fala, mas Ossaim também fala e Olodumare escuta a todos e determina conforme a evolução humana.
Liturgia milenar feita por nossos ancestrais que temos que respeitar, mas não sendo determinante até o fim dos tempos, porque o homem evolui na sua forma de ver e respeitar a vida.
Cada Ilé vai ir evoluindo, tempo ao tempo. Cada religião e credo vai ir evoluindo.
Candomble verde não existe (e Prof. Agenor nunca utilizou este termo)
Prof. Agenor não gostava do sacrificio animal, mas claro, respeitava.
Cheu ep Babá!
Axé.
Boa noitte uma bela matéria conteúdo direto e educativo os nossos irmãos deveriam ler mais para que o infinito conhecimento sobre o nosso valoroso culto que resgata nossa família
o que são os imbosés ?
Agô 🙏
Que sāo os Imbosés ?
Despacho dos Imbosés !?
Perohe Jana,
Imbosé é o conjunto de animais de uma iniciação. Por exemplo: 1 animal de 4 patas + bichos de pena.
Axé