As interpretações errôneas sobre os costumes do Candomblé…
Na última década houve um exacerbado aumento de Sacerdotes no Candomblé, sobretudo, aqueles que se tornaram Ìyálòrìsàs/Babalòrìsàs, imediatamente após terem concluído sua obrigação de sete anos. Mas será que somente a obrigação de sete anos outorga a um iniciado o direito ao sacerdócio? A resposta é não, vejamos por que.
Criou-se nos últimos tempos, o indevido paradigma de que ao completar a obrigação de sete anos, o iniciado poderá instaurar o exercício do sacerdócio. Fato é que o sacerdote não nasce quando do término da sua obrigação de sete anos, mas muito antes, quando do seu nascimento. Na rica e bela cultura dos Òrìsàs, acreditamos que trazemos para o Aye (terra), a missão de nossas vidas acordada ainda no Orùn (céu). Em linhas gerais, isso quer dizer que a pessoa traz a missão de se tornar um sacerdote já no seu nascimento, isso está cravado irreversivelmente no seu destino, eles são os Omo Bibi (os bem nascidos).
Dessa forma, as pessoas que são “consagradas sacerdotes”, somente por terem completado o ciclo de sete anos, mas que não traz impresso no seu destino essa missão, poderá causar sério prejuízo a si mesmo e, principalmente aos seus seguidores.
Um Sacerdote de Òrìsà, além de obviamente zelar pela Divindade, zela pelos filhos dessas Divindades, ou seja, o sacerdote cuida de pessoas. É muito importante destacar esse ponto: “O Sacerdote cuida de Òrìsàs, de Pessoas. Ele cuida de Cabeças”. Nesse sentido, vale salientar que a obrigação de sete anos é um passo muito importante na vida de qualquer Omo Òrìsà e condição sine qua non para um futuro sacerdote, mas não é a obrigação de sete anos que tornará um Omo Òrìsà em sacerdote. Isso deve ser claro a todos.
Mas se não é a obrigação de sete anos que outorga o sacerdócio a um iniciado o que é então? Como dito acima, isso está impresso na memória ancestral daquele indivíduo, ele traz consigo essa missão do Orùn, que será revelada por meio do oráculo ou por voz pessoal do Òrìsà. Em uma primeira leitura, isso pode parecer utópico, no entanto, vamos lembrar a consagração sacerdotal de alguns dos mais importantes nomes do Candomblé.
A reverenciada Ìyálòrìsà do Opo Afonjá, Mãe Senhora de Òsun, recebera a navalha que fora de sua avó Ìyá Oba Tosí, ainda na sua iniciação, sendo que sua Ìyálòrìsà Mãe Aninha, anteviu que ela seria uma sacerdotisa. A querida Ìyálòrìsà do Gantois, Mãe Menininha, foi consagrada Ìyálòrìsà pelos Deuses, que a escolherem e a sentaram no trono do Ile Iya Omi Ase Iyamase, sem a interferência humana. Na nossa casa, o Terreiro de Òsùmàrè, nosso amado Pai Pecê, foi indicado como futuro Babalòrìsà logo no seu nascimento, sendo carregado no barracão pelo Òrìsà Ògún de sua Avó, a inesquecível Mãe Simplícia.
Não queremos em momento algum, dizer que a consagração dos sacerdotes deve ocorrer nos parâmetros mencionados, mas queremos sim dizer que é necessária uma consulta muito acurada ao jogo de búzios, questionando aos Òrìsàs se aquela pessoa realmente deverá ser consagrada sacerdote. É preciso saber se aquela pessoa realmente foi escolhida pelos Òrìsàs para ser um Babalòrìsà ou Ìyalòrìsà, isso é algo muito sério.
Aqui em Salvador, por exemplo, há muitos Egbon (Omo Òrìsà com suas obrigações de 7 anos completadas, mas não consagrados sacerdotes). Esses Egbon, antiguíssimos e de conhecimento requintado da Religião dos Òrìsàs não se tornaram Babalòrìsàs/Ìyálòrìsàs por um único motivo, a saber: Não carregam nos seus destinos essa missão. Esses antigos são felizes por serem Egbon, são felizes por zelar pelos Òrìsàs na casa onde foram iniciados. São felizes por serem consultados pelos mais novos, sobre as histórias do povo antigo. São felizes por dizer: “Eu sou egbon da Casa A ou B”.
Quando questionados por muitos a razão de não serem Babalòrìsàs/Ìyálòrìsàs, eles imediatamente respondem: “Oh meu filho, eu não nasci com essa missão não, minha missão é ajudar a casa onde eu me iniciei”. Alguns inconformados reiteram: “Mas com tanto saber, você tinha que ser sacerdote”. Esses antigos Egbon, por sua vez, no elevado grau de sabedoria, acumulada ao longo de anos, finalizam a conversa dizendo: “Oh meu filho, saber é o de menos, é preciso nascer para ser”…
Que Òsùmàrè Arákà esteja sempre olhando e abençoando todos!!!
Ilé Òsùmàrè Aràká Àse Ògòdó
Fonte: https://www.facebook.com/casadeoxumare
Motumbá Dayane. Linda e sábia postagem. Nós, que seguimos a religião dos Orixás, precisamos PRELIMINARMENTE sermos humildes, sermos convertidos e não convencidos. Nós todos, que seguimos a religião dos Orixás, temos uma função, também acordada no Orun. Seja ela qual for, tenha a certeza, é muito importante. Imagino que sou uma simples gota no oceano mas sem esta única gota, o oceano estaria incompleto. É assim que precisamos pensar. As Yas e Babás precisam do mais humilde Yawô e vice e versa. Somos um círculo e quanto mais paramos para pensar e olhar a religião de perto, mais aprendemos.
Que Omolu, meu PAI, pelo mês de nosso OLUBAJÉ a abençõe, dê muita SAÚDE E SABEDORIA. ASÉ.
Dayane,
Muito obrigado por trazer-nos este texto. Como já afirmei noutros comentários, nasci na fé cristã e só agora encontrei o candomblé, já acompanhei muito de perto a ordenação de sacerdotes católicos e, a forma como foi exposto o chamado do sacerdote do Orixá, me fez lembrar da palavra VOCAÇÃO, nascemos com ela e ao redor dela giram nossos anseios, desejos, felicidade, realização pessoal, enfim nossos sonhos mais secretos. Não adianta fujir, esconder-se, tentar mudar de vida ou de escolhas, “quem nasce pra ser só pode ser, senão não será”. E não adianta tentar ser o que não se é. Não precisa muito, basta um pouco de intimidade com o Orixá para perceber nos olhos de quem é chamado o brilho, a cor, a marca de quem foi chamado(a) para a missão de Babá/Yiá.
Um cheiro bem bom pra ti, viu nêga!
Que Baba mi Odé e Yiá mi Oxum te concedam toda sorte de prosperidade e de bençãos!
P.S: Pra quem não nos conhece, aqui na Bahia temos o costume de valorizar o abraço e principalmente o cheiro (é um roçar do nariz e da boca, durante o abraço, sobre a pele do outro, geralmente no pescoço ou, como preferimos chamar: no cangote, essa ação faz liberar o perfume natural da pele de quem é cheirado e, para além do físico, sentimos a alma do outro) e, acreditem, o cheiro de um(a) sacerdote/sacerdotisa é diferente!
Day, gbedome novicè!
Muito bom e exclarecedor este texto que vc nos trouxe, sacerdócio é uma coisa seríssima demais, uma jornada que não é fácil, um compromisso muito sério que exige grande responsabilidade e dedicação, um caminho que não cabe a tantos quanto vemos trilharem.
Que nosso pai Bessém nos abençoe.
Acè
Boa noite a todos!
A cada texto que leio, valorizo ainda mais minha yalorisa e nossa casa de candomblé!
Parabéns pelas postagens!
Asè
Parabéns,muito claro o texto e contundente a respeito desse tema que acho de altíssimo importância pq envolve vida de pessoas , no caso de quem procura a casa de um pai/mae de santo que não seguiu esses requisitos,e a credibilidade da religião
Dayane quero parabenizar por esse belíssimo texto,que Oxaguiã te ilumini cada dia mas pra que todos nós possamos deleita-se dos seus ensinamentos.
Fiquei um tempo com a mão suspensa no teclado pensando no que escrever. Entao pensei diteim os dedos no teclado preto e aqui vai….Parabéns toda vez que penso que você se esgotou ( texto sobre amor) ai vem você como vento em dia de calor renovando nossas forças! Eparreei! Oyá que nossa mae sempre lhe proteja, e que Meu pai Obaluayê te de vida longa!
axé
Já pude observar , empiricamente falando , que pessoas que detém cargo para exercerem o Sacerdócio , demostram desde sempre uma maturidade que parece estar a frente do seu tempo , independente de iniciação ou tempo de Santo ; Sacerdócio para mim tem muito a ver com Responsabilidade que transcende a esfera do individual ,a pessoa passa a ter a Responsabilidade Cármica sobre todo um coletivo de pessoas , realmente é para poucos …
Day, o texto encerra Atunwà, Orí, Destino, Odù, Iniciação, Aprenzidado, Caráter, Aprovação final do òrun e Sacerdocio.
Um tapa na cara da vaidade, pois o falso sacerdote quando conheçe a verdade do dia-a-dia, perde o chão, se transforma em um mostro e acaba do jeito que a gente ja sabe.
Parábens ao autor do texto, parabens a você por pescar esta pérola e que ela sirva de alerta e medidor de vaidômetro.
Mo jùbá Obinrìn Òya.
Que o òrun lhe conceda vida longa.
Ire o.
Egbe,
O texto é construtivo, claro e esclarecedor, além de dar uma sacudida de realidade em muitos abians e iyawôs que almejam o sacerdócio sem nem sequer saberem dos seus próprios caminhos, das responsabilidades e do equilíbrio constante que deverão ter já que manusearão cabeças e zelarão orixás.
O pessoal do Axé Oxumarê foi direto na questão.
Axé e obrigada!
Ègbé,
O Axé Oxumare a qual pertenço por raiz, vem sempre nos brindando com informações relevantes sobre a cultura e liturgia do candomblé. Axé Bábá Pecê, egbomis, minha querida Mãe Nilza de Ògún.
Axé.
Mutunbá, pai!
Dayane,
O texto é tudo isso mesmo, construtivo e esclarecedor. O que mais vemos por aí são pessoas que decoram livros sobre a religião, fazem pesquisas na internet, colocam roupas de sacerdote e saem por aí pregando o que leram, se fazendo passar pelo que não são, enganando as pessoas sérias, de caráter e íntegras de nossa religião.
Manuseia-se Àse quem passou Àse!
Axé.
Mutunbá, mãe ekedi Sonia!
Pois é, mãe. A gente deve tentar desmistificar pra ver se as pessoas entendem que cargo não é apenas pra demonstrar status: é responsabilidade, dedicação, sacrifício e aprendizado constantes.
Axé! 😀
Meus parabens a todos vcs por esse site muito bom leio sempre mais hj eh a primeira vez que comento eu passo por isso que vcs escreverao todos me dizem que nasci pra ser um zelador mais ainda acho que nao mais c for da vontade dos orixas serei com muito orgulho,carinho e muito respeito
João,
Terás um longo caminho pela frente de muita humildade e aprendizado dentro de uma casa de candomblé, cumprir seus ciclos de iniciação, obrigações e tornar-se um egbomi para depois, se Orunmilá permetir e lhe conferir o cargo de um Babalorixá.
Boa sorte, axé.
Qua oxalá vos abençoem,
Axé. Não entendo muito sobre espiritismo mas queria desejar um Saravá e de acordo com a educação um sincero Namastê,
que todos tenhamos paz, saúde, sorte e amor.
filosofiaincomum3
Oxalá lhe abençoe, hoje e sempre.
Axé.
Belo texto, sacerdote de verdade é o orun quem escolhe, e nós como seres humanos dotados da centelha divina identificamos os verdadeiros dos falsos, assim sendo mais justos com a própria religião.
Obrigação de 7 anos Outorga à Prática do Sacerdócio?
Com relação a esta matéria, gostaria de parabenizar o autor, este fato é muito relevante, muitos se intitulam pais ou mães sem serem indicados pelo MAIOR, simplesmente precionam o iniciador(pai ou mãe) e recebem(pagando ou não) o deca,
e se autorgam mestres, mais de quem é a culpa? minha que obriguei tal ação ou de que me iniciou? já que orumilá já tinha definido meus caminhos, este não devria ser auterado.
Ora, hoje nossa religião esta bem esvaziada, frutos de atos como este, pessaos incapazes e sem conhecimento, batizando santo, quizilando santo e cortando caminhos, nesta linha quem poderia reverter tal situação? colocando cada um em seu caminho?
Fica registrada aqui minha visão, concordando com a do autor.
sds
Jorge Eduardo
Boa noite!Por favor uma pergunta.Todas as pessoas que são médiuns rodantes tem um casal na esquerda,ou seja,um exú e uma pombagira para incorporar e como podemos saber se um médium está mistificando?Me desculpem se estou perguntando demais.Boa noite a todos!!
Naldo esta pergunta não é dificil de responder quando vc tem uma certa experiência. Mistificar é uma palavra que pode r entendida de diversas formas, as vezes vemos pessoas incorporando um personagem e achando de muita boa fé, que estão realmente incorporadas. As vezes vemos o Ori tomar conta da situação e ouvir uma avalanche de besteiras.
Sçao muitas as situações, porém creio que o próprio veneno irá acabar fazendo efeito com esta pessoa. O melhor que podemos fazer é nos afastar desta pessoa.
Ire o.
A QUESTÃO DE:: Fez sete deu Obrigação é Pai de Santo , Zelador
MUTUMBAXE mais velha . meu nome é ARTHUR.
Eu nunca me pronunciei por escrito em relação aos seu textos mas sempre
vi em ssuas letras claridade mental, agora neste que versa em relação a
mania que parece já estabelecida tanto na minha cidade natal onde fui preparado para orisá quanto aqui em São Paulo onde resido atualmente e tristemente. Mania esta de todo o mundo que completa set anos ter de receber a tal cuia e ninguem questionar de maneira aberta, eu sou de 1990
e lá atráz já houvia esta coisa que eu na minha ignorãncia em relação a coi-
-sa de santo questionava como cidadão leigo do assunto e achava muito
estranho, pois como poderia uma pessoa que fizera sete anos de santo e
só por isto estar apta a zelar por pessoas, e isto foi uma das coisas que me afastaram do meu seio espiritual situação que estou retomando pois não tem jeito , mas voltando ao cerne da questão , voce tem toda a razão tem que nascer e eu achava não eu acho tambem a mesma coisa, mesmo sabendo que houvera situações especiais em que pessoas foram colocadas na ca-
deira após muuita discução e com o avl do próprio orisa.
Que fazer com este mar de fakes que permeiam o candomblé, culpa deles
não, culpa de quem compctuou com a marmotagem, quefaz mil pessoas se
semtirem enganadas depois de jogos , trabalhos e mentiras . Que fazer……
Olha eu pessoalmente se tivesse este cargo ficaria muito atormentado pois,
zelar pela vida de pessoas, não deve ser fácil nestes tempos em que vivemos.
Pergunta: eXISTE FOLHA PAR A CURA DESTE MAL
PARABENS PELA CORAGEM DE POR O SEU DEDO NESTA FERIDA PODRE, POIS SEI QUE COMO OUTRAS COISAS , É MAIS FÁCIL FECHAR OS OLHOS. PARABENS DE VERDADE
TO DAYANE
Obrigado pela resposta Srº da Ilha,mas por favor não sendo insistente poderia me responder a primeira pergunta sobre se todos os médiuns rodantes incorporam tanto o Exú quanto a Pombogira ou só se trabalha com um dos dois.Parabéns por mais esse artigo,aqui em São Paulo virou um festival de “zeladores enganadores” falando cada absurdo sem tamanho,o pior que carregam uma multidão atrás deles,que acreditam,e isso já faz anos.Se tivesse tido a honra de ter encontrado pessoas como vocês,mas acho que não está no meu caminho entrar em um terreiro pois sempre que penso que achei um me decepciono.Que Oxala de vida longa a todos vocês que são sérios pois a religião está precisando.Antigamente para se ter registro em uma Federação tinha que passar por uma prova para mostrar que realmente estava incorporado,hoje em dia as Federações daqui estão mais interessadas em fazer shows,festivais e com as mensalidades á receber.Tem até presidente de federação que nunca participou de terreiro algum e hoje já dá diploma de associado a certos terreiros.Axé a todos.
Naldo, agô.
Não é unanimidade todo rodante ter que trabalhar com entidades. Alguns rodantes trabalham, outros não, uns só com exú, só com pombagira, ou com os dois. Isso varia e depende de muita coisa: se o axé cultua, permite, se o próprio orixá libera ou não. Não é uma questão de única sentença.
Axé.
Arthur Dias Da Silva, boa noite.
me de ago minha irmã Dayane!
São muito verdaddeiras suas palavras e concordo muito com todas elas. Só vim aqui para te falar que meu irmao o Querido Nelson, Tomage vai abrir a roça dele se Ogum assim permitir agora em outubro, quando ele faz 25 anos de santo. Se vc olhar nos comentarios antigos vai encontra lo lá. Já era um babalorixa, como disse meu Babá Fernando numa ocasião. Veja 25 anos de santo.
axé que meu pai te abençoe vc e minha Irmã Dayane com vida longa e saude!
Não resta dúvidas que o conteúdo deste site nos leva a muitas reflexões. Independente de qualquer coisa somos eternos aprendizes.Quanto mais soubermos maior será a responsabilidade e muito mais teremos que aprender!Parabéns a todos que se empenham em saciar as nossas dúvidas, esclarecendo-as com textos de fácil compreensão e mantendo um bom nível.Considero este site muito importante para todos como parte de um ótimo aprendizado até para aqueles que “acham” que são detentores de todo o conhecimento!Afinal estamos sempre aprendendo uns com os outros e tudo é válido como experiência! Sábio e Grandioso é o ser que não prende dentro de si o conhecimento e que tem a boa vontade de compartilhá-lo com outros seres em nome da perpetuação infinita do amor incondicional e da verdadeira ” Caridade ” ; de geração à geração, contribuindo desta forma com a evolução de todos os seres conforme o merecimento de cada um!
Motumbá a todos.
Gostaria de perguntar , no caso de ia/babakekerê: são cargos diferentes do de ia/babalorixá ou todo pai/mae pequena, será ia/ baba um dia? Pode ser que esteja no caminho de uma pessoa ser sempre e somente kekerê?
Axé!
Renato,
O Babakekere ou a Iyakekere são antes de tudo Babalorixás e iyalorixás. O cargo apenas os coloca dentro da hierarquia da casa de candomblé, são os eventuais substitutos e podem tomar a frente em diversas situações sempre com o poio do Baba/Iyalorixa da casa. É o segundo na hierarquia de uma casa e todos devem respeita-lo no mesmo nível.
Entendo que esse cargo de Baba ou Iyakekere é exclusivo, intransferível e vitalício, faz parte do Axé de forma única e a pessoa não deve sair para abrir sua casa, pois este cargo o outorga também um zelador de sua casa e pode interagir de uma forma direta, pois o cargo é dado e confirmado por Orunmilá, o Orixá da casa confirma e a pessoa e o próprio Orixá reafirmam os votos.
Obs: Existem casas que o baba ou a iyakekere saem de suas casas para abrir suas próprias casas ou assumir uma casa, respeito, mas, não concordo, pois se tinha cargo para abrir sua própria casa não poderia rebecer o cargo de Baba/iyakekere, um erro no meu entendimento.
O Babakekere ou a Iyakekere são, como disse, Babalorixás e Iyalorixás exclusivos de suas casas, colocam barcos, tem seus ogans e ekedis e se posicionam como eventuais substitutos do Babalorixá ou Iyalorixá quando até de sua morte.
Axé.
Muito bem Baba Fernando. Realmente eu achava que esse fosse uma especie de pre-cargo ao sacerdocio (baba/ialorixa), mas pela visao do senhor, eh um cargo distinto e por nao haver acumulo de cargos, ele nao virá a ser um babalorixa ou ialorixa. Bem, eu conheço pessoas das duas formas, tanto kekerê que saiu pra abrir sua casa como aqueles que nao sairao nunca. Também respeito.
Obrigado.
Axé!
INTERESSANTE , SEM MUITO SABER O PQ SEMPRE TIVE ESSA OPNIÃO Q FAZER SETE ANOS N SIGNIFICAVA SER PAI OU MAE DE SANTO, SEMPRE ACHEI Q É O ORIXA Q TE AUTORIZA A TAL RESPONSABILIDADE UNS TEM UM DESTINO A SEGUIR DE SEMPRE ESTA PROXIMO AO ORIXA E OUTROS A JUNTO AO ORIXA ORIENTAR DESTINOS, E AGORA TENHO CERTEZA.
SOU MUITO LEIGA APESAR DE TER NASCIDO AO LADO DE UMA BABALORIXA MINHA MÃE CARNAL MAS COMO NUNCA SE FEZ QUESTÃO EM NOSSA FAMILIA DE SEGUIR OU N ELA ME DEICHOU A MINHA ESCOLHA E AGORA N MAIS ENTRE NÓS ME VI INICIANDO NO NAGO,N ME PERGUNTE COMO E PQ.
ALGUNS JA ME DISSERÃO Q OXUM PEDE SEUS DIREITOS Q VEM SENDO EXISRGIDOS DES-DE MEUS ANTEPAÇADOS COMO SE MEU ESPIRITUAL ESTIVESSE A FRENTE DE UMA SIMPLES INICIAÇÃO, CHEGO A N CONCORDAR PQ APESAR DE AMAR A RELIGIAÃO N TENHO COMO ME IMAGINAR C ESSA RESPONSABILIDADE, POIS SEI O QUANDO É SERIO E N ME ACHO APTA A ISSO.
MAS MUITOS DE MEUS CONCEITOS DE UMA PESSOA LEIGA VEJO Q DEPOIS FAZ O MAIOR SENTIDO
KOLOFÉ
DESCULPE UMA PERGUNTA AOS MEUS MAIS VELHOS O Q É UMA ABIAXÉ?
Esmeralda,
Não se desculpe por perguntar, pois não é ofensa querer saber. 🙂
Abiaxé é a criança que nasce de uma mãe que foi iniciada no período de gravidez. A criança já cria um vínculo com a religião por ter “participado” da iniciação junto com a mãe, mas isso não quer dizer que não tenha que dar suas obrigações caso deseje permanecer na religião.
Axé.
obrigada querida Day,é q me informarão q eu seria uma Abiaxé, como sempre soube q seria exatamente como vc explicou, n entendi pq eu poderia ser se minha mae n foi iniciada em minha gestação ela tbm era do axé mas quando eu nasci ela já era yalorixa existe alguma outra forma de ser uma abiaxé? pois hj minha mãe n mais esta entre nós e escuto é q sou herdeira e q oxum vem querendo seus direitos… complicado né
kolofé
Esmeralda,
Se a sua mãe era iyalorixá, você como filha biológica e se iniciada com suas obrigações certinhas, teria chances de ser herdeira do axé da sua mãe sim. Logicamente com tudo isso visto e afirmado pelos búzios. Mas isso não se relaciona com o assunto abiaxé. É só o significado do termo que tá super deturpado no seu caso.
Axé
obrigada Day mais uma vez,!
Axé
Dayane, motumbá minha irmã.
Não é do meu feitio “dar pitaco”, mas não poderia me omitir em lhe dar os meus parabéns por esta postagem. Este texto deveria ser publicado para conhecimento do maior numero de pessoas possível, pois, quem sabe assim, acabe-se com este afã, esta irresponsabilidade de muitos que tem por aí, de se tornarem baba/ya.
A coisa está num nível tal, que recentemente tomei conhecimento de uma criatura que com dois anos (isto mesmo dois anos) de iniciado, recebeu deká e rotula-se babalorisa. Sinceramente, não sei de quem é a irresponsabilidade maior; se do próprio, ou de quem lhe concedeu o direito.
Mo júbà. Baba mi Ogiyan lhe cubra de bençãos e muito asé.
Luiz, Mo júbà.
Eu sempre penso que esses concessões só podem ser feitas pelo mais velho. Se o mais velho concede, o mais novo faz. Então torna-se uma cadeia, pois o mais velho de hoje que concede esse tipo de direto sem o mais novo tê-lo no momento deve ser porque também o recebeu quando não era pra receber, então esse tipo de acontecimento passar a ser considerado como “certo” e “normal”.
Axé.
Daya, olha só. Eu não entrei em detalhes mas é mais ou menos por aí: a criatura foi feita numa casa e depois de um tempo (meses) chegou com a estória de que o eledá dela estava pedindo para que ela abrisse casa; mas como, se ela não tinha tempo? Que Orisa é esse? Aí como não obteve sucesso em sua casa mãe, roubou o igbá, deu obrigação em outra casa e recebeu o suposto deká. Sinceramente, fico a me questionar como o Orisa permitiu isso, como aceitou? É por essas e outras que a nossa religião tão linda vive avacalhada, não é levada a sério como deveria. Lamentável.
Asé, forte abraço.
Dayane, Motumba!
Sempre entendi sobre cargos no Camdomblé como vc e o Sr. Fernando de Osogiyan dissertaram, porém gostaria de tirar uma dúvida: Uma pessoa pode receber um cargo de ialorixá/babalorixá por merecimento? Sempre acreditei que este cargo já vinha desde o nascimento e que isso poderia ser visto no jogo de búzios antes mesmo de uma feitura.
Axé e obrigada!
Ane,
Sim, de fato o cargo pode ser visto até mesmo antes da iniciação, mas, quem constrói esse caminho para fazer jus ao cargo é a pessoa, caso contrário, o cargo não lhe é conferido. O mesmo para aquele que não tem cargo, mas que durante boa parte de sua vida contribuiu para que Orunmilá o outorgasse o posto e certamente credenciado pelo seu Orixá.Sintetizando: pessoas que nasceram com o cargo e não fizeram nada para merece-lo e pessoas que não nasceram com o cargo e que fizeram por merece-lo. Orunmilá é sábio!
Axé.
Sem duvida, Orumilá é muito sabio, mas fez o senhor muito sabio tbem!
axé babá
Fez mesmo. 😀
Obrigada Babá, por responder a minha pergunta! Então pode-se dizer que estas pessoas são verdadeiramente agraciadas, já que não nasceram com o posto, porém por amor e dedicação recebem este presente.
Motumbá Babá, Que Orunmilá cubra a vida do senhor e de todos que colaboram nesta página de bençãos! Axé
Oi tudo bem?
Espero que sim!
Bom fui iniciada na nação keto ainda na barriga da minha mãe, hoje tenho 27 anos e estou fugindo da minha obrigação de 7anos porque todos me dizem que tenho missão e que tenho que seguir com isso, sou feliz em só ajudar nas obrigações e nos toque e nao quero ter filhos de santo nem nada do tipo, acho que nao estou preparada ,tem algum jeito de eu não assumir essa missão?
Sempre que quero desistir fico muito doente.
Renata o cargo de Ìyálòrìsà não é dado e recebido por obrigação/imposição, veja este texto:http://orisaifa.blogspot.com.br/2013/02/sobre-o-odu-lhe-dar-direito-ao.html
Não temos o direito de pegar nada que não nos pertence e nem podemos carregar o que não nos pertence.
Se você não deseja o cargo de Sacerdotiza, seu Orí recusou, não há òrìsà/irúnmòlé ou até mesmo o próprio Olódùmarè que lhe faça seguir este caminho.
Na minha casa dizemos que Orí suporta tudo, resta saber se a consciencia e o psicologico da pessoa irão suportar.
Não há por que você ficar se apurrinhando com esta história, afinal de contas Òrúnmìlá forma lideres e lideres são seguidos expontaneamente, você é uma pessoa que gosta de seguir, Òrúnmìlá não lhe daria um cargo.
Obs. Ter este cargo no seu destino é uma história e você querer este cargo é outra história completamente diferente, que será completamente diferente da vaidade daqueles que querem status e que por sinal é bem diferente daqueles que se preparam para um dia se houver autorização/chamado estarem prontos para assumir a responsabilidade.
Creio que você está certa em não querer, não devemos seguir este caminho sem o Orí centrado, com duvidas, medos e o que é mais importante, saber que a responsabilidade irá faltar na hora H. E você é uma mulher responsavel, antes de cometer um erro, você se certifica que não vai errar.
Siga seu caminho, siga em paz, ‘pague’ seus sete anos e deixe òrìsà atuar em sua vida, eu duvido que você seja maltrada ou penalizada.
Temos Orí Ode (livre arbítrio) e devemos usá-lo com sabedoria e você está sendo sabia.
Ire o.
A bênção, Motumbá, Kolofé, Mucuiú aos mais velhos e mais novoes, que são os mediadores deste interessante e esclarecedor espaço de comunicação. Já fiz alguns questionamentos antes , respondidos sabiamente pelos sacerdotes, que aqui encontrei, e olhe, tudo serviu para me direcionar bem. Sou um ogã, que depois de dar obrigação de 07 anos,e pouco mais de 10 de axé, tive que abandonar o terreiro que frequentava, juntamente com minha família e vários outros seguidores, por motivo de extorsão, desonestidade e terrorismo psicológico por parte dos dirigentes. Tive ajuda de outras casas (senão não sei como estaria). Mas o pior é que descobri que há erros em QUASE TUDO que foi feito pra mim e de pelo menos “todas” as pessoas mais próximas e da família que sairam de lá por algum motivo. Não quero mal de ninguém, mas agora tenho que consertar QUASE TUDO que foi feito no meu caso, assim como os outros estão tendo que fazer, em outras casas. Isto é complicado, mas necessário, pois a vida tem que seguir. Clamo a Olorum misericórdia a todos e que os que estão errados tomem consciência dos seus atos e sejam responsabilizados. Oxálá nos proteja! Axé!
Jose a mãe de Èsù eh pesada!
Ire Baba.
Minha escolha religiosa veio após me dar oportunidade de conhecer outras religiões. Me iniciei frequentando a umbanda que tanto respeito, mas o candomblé me devolveu a fé, a força e com isso a confiança nos orixas.
Sou uma pessoa de personalidade forte, gênio difícil. Minha arrogância e prepotência se perderam no meio de tano amor a minha religião. Sendo filha de Oyá (que já carrego personalidade forte), se tornou um desafio praticar a humildade. Aprendi tanta coisa na minha religião! E sei que o aprendizado sempre será infinito. Tenho certeza disso. E por isso fica mais fácil ter o coração aberto para a sabedoria…
Faço 7 anos ano que vem, vejo parentes de santo com mais intusiasmo que eu, pensando no cargo, no poder e no desejo de tornar-se uma Doné (sou de Jeje mahrin).
Mas nada disso me enche os olhos, não abracei minha religião pra isso, não deitei meu ori por 4 meses ao chão pesando em poder.
Sentir a energia de minha mãe Oya, ter fé e acreditar sempre, é o mais importante de tudo. Foi pra isso e por isso que fui iniciada no candomblé.
Amor, humildade, fé e força são minhas buscas insensantes nesse universo que escolhi dentro da minha religião.
Kolofé e axé!
Dofona de Oya
Cris isto que você descreve eu chamo do mal de Èjì Ogbè (Èjì Onilè é o Odù que lhe dá corda para você se enforcar), a prepotência, o deixa que eu faço, ninguém sabe nada, se não for do meu jeito não serve e por ai caminhamos…Isto se chama Orí buruku. Um trabalho individualizado e as vezes coletivo, que a maioria das casas de àse não fazem com o recém-iniciados, culto que deveria ser quase que obrigatório. Nossa religião trabalha em função de Orí e não do òrìsà/Voodo, a atividade fim é o ser humano, consertar o que está errado e não deixar o meio ser o seu progenitor. O trabalho de Orí envolve conhecimento, sabedoria, sacerdote Olórí e muito mais.
Eu pergunto em 7 anos de vida espiritual você pegou seu igbá Orí e levou para um lugar e foi rezar seu Orí, olhar dentro de você e buscar seus erros e pontos onde melhorar seu caráter. Caráter não é apenas ser honesto e não mexer com o marido da outra! Envolve todos estes pontos que você tocou e muitos outros.
Vigiar nossos passos, nossas atitudes, nossa mesquinharia, nossa vaidade, nossa arrogância, ganancia e etc. Isto é exercício diário, devemos cuidar e burilar estes sentimentos diariamente.
Olódùmarè quando nos criou, criou bons seres humanos, como somos espíritos e como tal somos eternos, não devemos buscar nenhuma evolução, Ifá nos diz que devemos nos lembrar de quem somos e nos limpar das sujeiras do dia a dia, que perduram por milhares ou centenas de anos.
É difícil entender nosso culto, que é um dos cultos mais fáceis de ser seguido.
Pois não falta literatura, não falta direção, não falta sabedoria e mais: Temos resposta para todos os problemas através de Ifá/Òrúnmìlá, mesmo que a resposta desagrade ou seja uma resposta de um fim terreno. Mas sem resposta não ficamos.
Nossa vida é sacrifício, sacrifício e sacrifício. Em todos os itans e poemas de Ifá, Olódùmarè fala que devemos sacrificar, para podermos usufruir das benesses terrenas. Porém, infelizmente a humanidade não pensa assim, somos religiosos apenas quando colocamos o pé dentro do Ilè àse, acordamos e não louvamos Olodumare, não louvamos Ori, não louvamos Èsù e não olhamos para o Sol, o sol de Obàtálá (Osalá), aquele que nos deu vida, modelou nosso corpo e nosso destino, aquele que não nega um favor a um filho, aquele que está sempre pronto a envolver o mais necessitado em seu Alá, mesmo que isto envolva saber que a sujeira está impregnada no corpo do suplicante.
Faça sua parte, vigie, reza e peça a seu Orí para lhe mostrar o caminho da origem.
Ire oná Ìyà.
Epá Afèfé Ikú.
Mo juba Obinrin Sàngó.
Lendo o comentário do leitor José, tenho um breve relato. Minha esposa é feita(filha de odé), por obra de olorun teve que abandonar sua casa de origem, pois bem corremos e encontramos “uma” que nos parecia merecedora, ledo engano, o zelador da casa queria que pagar sua obrigação de 21 anos, e eu de forma açodada e imatura, propus ajuda-lo na obrigação, ai é que entra a má fé de quem seria beneficiado, não podendo eu cumprir com o trato, o cidadão(zelador) ficou de biquinho, o bem querer de antes tornou-se um descaso, esqueceu que prometeu realizar a obrigação dos 3 anos do orixá de minha esposa, só por que eu não realizou o interesse pessoal dele, uma casa dessa não merece crédito nenhum, muito menos citar qualquer referência dela.
sds,
Jorge Eduardo
Jorge fique sabendo, o que vale é o sacrifício.
Faça o sacrifício que tiver que fazer para terminar a obrigação de sua esposa.
Não tem que se envolver com a história de ninguém.
Cada um tem sua responsabilidade com seu destino. Você não faz parte desta história.
Pense nisso.
Ire o.
Baba Da Ilha, Motumb! Confesso que no entendi o dizer “a ME de s pesada!” o sr. quis dizer: “a ME de s pesada!” Por que os dois dizeres , por incrvel que parea se aplicam no meu entender, mas de formas direrentes (rsss). Ire Baba!
Ou seria a “Mo”
Em 17 de junho de 2013 07:40, Jos Lzaro Santos escreveu:
> Baba Da Ilha, Motumb! > Confesso que no entendi o dizer “a ME de s pesada!” o sr. quis > dizer: “a ME de s pesada!” Por que os dois dizeres , por incrvel que > parea se aplicam no meu entender, mas de formas direrentes (rsss). > Ire Baba! > > >
Me perdoe eu deveria ter escrito: A mão de Èsù é pesada.
Ire o.
O termo “Egbon” é sinônimo de “Ebomi”?
Gabriela você está correta.
Egbon = irmão mais velho (cronologicamente).
Egbon mi = Meu irmão mais velho.
O Candomblé fez desta frase um cargo, que não é reconhecido em lugar nenhum do mundo.
Quem faz sete anos e toma as obrigações é Òyè (aquele que tem titulo).
Uma pessoa mais velha que a outra dentro da hierarquia da casa é um mais velho e portanto deve ser respeitado como Egbon mi, por que Ebome, Ebambi e outras versões desta frase são muito curiosas e nada mais que isso.
Ire
Olha não sei se fui errada, queria saber se fui errada!
Eu senti algumas incomodação na casa de candomblé que estou indo a dois anos sou só boriada ainda não fiz santo, amo muito tudo lá, e as vezes quero fazer muita coisa para ajudar, e com isso acabei falando coisas que achava errado e com isso fui punida, aceite e assumi, porém depois de tudo isso sinto todos diferentes comigo. Então pedi para o pai de santo meu zelador se podia se indicada para outra casa! Nossa ele ficou muito bravo muito bravo, eu achei que isso seria bom para mim e para todos, ele disse que fui infantil, por favor diga fui mesmo errada onde eu errei!
Rosana eu não sei o que você falou para e sobre as pessoas.
O ser humano tem um grande defeito:
Ele consegue arrumar confusão, não com o que diz, mas, pelas forma como diz.
Se ‘todos’ ficaram contra você, boa coisa não foi…
Aproveite que já está tudo amarrotado e peça desculpas publicas a todos.
Quem sabe o assunto se encerre neste ponto.
Ire
Bom dia,
Na obrigação de 7 anos tem de se raspar de novo? Já vi casas que não se raspa e outras que raspam
will,
Não há necessidade alguma embora algumas casas raspem novamente alegando a renovação do ciclo.
Axé.
A benção
Gostaria de saber se os senhores conhecem alguma casa de candomblé que siga a risca sua raiz e tradição em Curitiba ou região para indicar.
agradeço desde já.
axé
Olá boa tarde
Uma dúvida, por gentileza, ao completar 7 anos e dar sua devida obrigação o yawo passa a ser egbomi correto? Na ausência de missão para ter uma casa aberta o pai/mãe de santo podem não querer dar esses direitos para este egbomi?
Rosana,
Obrigação de 7 anos não outorga direitos a ninguém, somente para aqueles que tem o cargo de Babalorixá ou Iyalorixá, pois nem todos nasceram para serem zeladores e abrir casa. Caso o iyawo não tenha cargo de Babalorixá ou Iyalorixá, poderá ganhar um cargo dentro da sua própria casa.
Axé.
Tem um mundo de casa abrindo, mas o que tem de casa fechando antes de um ano…
Fernando, se me permite vou fazer uma pergunta bem boba, mas eu acho que não sou só eu que não sabe. Os sacerdotes antigos não iniciados não raspam mesmo? Não tem filho? Nem dentro da própria casa de origem?
Todos os filho de uma casa devem então ser feitos pela Iya da casa?
E quando se sai e abre terreiro, continua a ligação? Se presta satisfação a Iya da casa onde se iniciou?
Axé
Fernanda,
Como pode ser um sacerdote antigo e não ser iniciado? Então, nunca foi um sacerdote.
Todos os filhos devem ser iniciados pelo zelador da casa, pode acontecer da mãe pequena da casa também fazer iniciações.
Quem a bre a Casa de um filho é o seu zelador, assim é tradição no Candomblé.
Axé.
Desculpaaaa escrevi asneira, estava com meu filho pulando em cima de mim e digitando rsrs. Eu queria escrever filho de santo antigo e não escolhido para o sacerdócio.
“Quem abre a casa de um filho é seu zelador”, eu não sabia disso, muito obrigada pela explicação.
Se o filho após aberta a casa não seguir as tradições da casa de origem pode ser punido?
Fernanda,
Raros são os filhos que são escolhidos para o cargo de Babalorixá ou Iyalorixá, eles trazem o cargo por sua ancestralidade e são confirmados no Ifá, através de Orunmilá que é o Senhor do destino, portanto, somente aqueles que tem cargo podem ser Zeladores. Aqueles que não tem podem ocupar outros cargos importantes dentro da casa de santo.
Axé.
Sim, todo cargo na verdade é importante. Como é lindo preparar a comida do Orixá, transmitir ensinamentos aos mais jovens ou ter a imensa responsabilidade de um axogun.